Arquivo do Adventistas.Com: Ellen White Sonha com James [Tiago] White Após Sua Morte

Portrait_RSomos gratos aos irmãos que nos enviaram algumas traduções, através das quais pudemos compor este texto em português. Esta versão final foi revisada pelo ex-redator da CPB e tradutor de vários livros do Espírito de Profecia, Azenilto G. Brito.

(Publicado em Setembro de 2001)

Alguns dias após estar implorando por luz ao Senhor com relação à minha tarefa. À noite, sonhei que eu estava na carruagem, guiando, sentada ao lado direito. Pai estava na carruagem, sentado ao meu lado esquerdo. Ele estava muito pálido, mas calmo e composto. “Ora, pai*?”, exclamei. “Eu estou tão feliz por tê-lo ao meu lado mais uma vez! Eu tenho sentido que metade de mim se foi. Pai, eu o vi morrer; eu o vi enterrado. Teve o Senhor pena de mim e deixou que voltasse para mim novamente para trabalharmos juntos como fazíamos?”

Ele parecia muito triste. Ele disse: “O Senhor sabe o que é melhor para você e para mim. Meu trabalho era muito querido para mim. Nós cometemos um erro. Respondemos a convites urgentes de nossa irmandade para assistir a reuniões importantes. Nós não tivemos coragem de recusar. Essas reuniões nos exauriram mais do que percebemos. Nossa ótima irmandade esteve agradecida, mas eles não entenderam que nessas reuniões nós carregamos fardos maiores que nossa idade podia suportar com segurança. Eles nunca saberão o resultado dessa longa e contínua tensão sobre nós. Deus desejaria tê-los feito carregar os fardos que suportamos durante anos. Nossas energias nervosas foram (39) continuamente sobrecarregadas, e assim nossa irmandade ao interpretar mal nossos motivos e ao não perceber nossos fardos, enfraqueceu nossa vontade do coração. Eu cometi erros, e o maior deles foi permitir minhas simpatias pelo povo de Deus levarem-me a carregar trabalhos sobre mim que outros deviam ter carregado.

“Agora, Ellen, convites serão feitos como antes, desejando que você compareça a reuniões importantes, como foi o caso no passado. Mas apresente essa situação perante o Senhor e não responda aos mais sinceros convites. Sua vida pende como se estivesse num fio. Você deve contar com descanso tranqüilo, liberdade de toda excitação e toda preocupação desagradável. Nós certamente contribuímos em muito com nossas penas em assuntos de que o povo precisa e sobre que tivemos iluminação, e podemos apresentar diante deles luz que outros não têm. Assim você pode trabalhar quando sua força voltar, o que acontecerá, e você poderá fazer muito mais com sua pena do que com sua voz.”

Ele me encarou como se apelando e disse: “Você não negligenciará essas advertências, não é, Ellen? Nosso povo nunca entenderá sob que dificuldades trabalhamos para servi-los porque nossas vidas estavam interligadas com o progresso da causa, mas Deus sabe de tudo. Eu lamento por ter-me sentido tão profundamente inadequado e em emergências agido de modo irrazoável, sem cuidar dos princípios de vida e saúde. O Senhor não exigiu que carregássemos fardos tão pesados enquanto nossa irmandade tão poucos. Devíamos ter ido para a Costa do Pacífico antes, e dedicado nossas vidas a escrever. Você fará isso agora? Você, quando sua força retornar, pegará sua pena e deixará escritas estas coisas que há tanto antecipamos, e agirá devagar? Há coisas importantes de que o povo precisa. Faça desta sua primeira ocupação. Você terá que falar um pouco ao povo, mas fique longe das responsabilidades que nos exauriram.”

“Bem,” disse eu, “Tiago, você ficará para sempre comigo agora e nós trabalharemos juntos.”

Disse ele: “Fiquei em Battle Creek por muito tempo. Eu deveria (40) ter ido para a Califórnia há mais de um ano. Mas eu quis ajudar o trabalho e às instituições em Battle Creek. Cometi um erro. Seu coração é terno. Você será induzida a cometer os mesmos erros que cometi. Sua vida pode servir à causa de Deus. Oh, quão preciosos assuntos Deus me faria trazer ao povo, preciosas jóias de luz!”

Eu acordei. Mas esse sonho pareceu tão real. Agora você pode ver e entender porque não sinto que é minha tarefa ir a Battle Creek no propósito de assumir as responsabilidades na assembléia da Associação Geral. Não é minha tarefa apresentar-me na assembléia da Associação Geral. O Senhor me proíbe. Isso é o bastante. — Carta 17, 1881, pp. 2-4. (para W. C. White, 12 de setembro, 1881.) White Estate Washington, D. C. 25 de Março, 1980.

* Tratamento carinhoso entre cônjuges, em que o marido é tratado de “pai” e a esposa de “mãe”.

Texto original em inglês:

Ellen Dreams of James After His Death

A few days since I was pleading with the Lord for light in regard to my duty. In the night I dreamed I was in the carriage, driving, sitting at the right hand. Father was in the carriage, seated at my left hand. He was very pale, but calm and composed. “Why Father,” I exclaimed, “I am so happy to have you by my side once more! I have felt that half of me was gone. Father, I saw you die; I saw you buried. Has the Lord pitied me and let you come back to me again, and we work together as we used to?”

He looked very sad. He said, “The Lord knows what is best for you and for me. My work was very dear to me. We have made a mistake. We have responded to urgent invitations of our brethren to attend important meetings. We had not the heart to refuse. These meetings have worn us both more than we were aware. Our good brethren were gratified, but they did not realize that in these meetings we took upon us greater burdens than at our age we could safely carry. They will never know the result of this long-continued strain upon us. God would have had them bear the burdens we have carried for years. Our nervous energies have been

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continuously taxed, and then our brethren misjudging our motives and not realizing our burdens have weakened the action of the heart. I have made mistakes, the greatest of which was in allowing my sympathies for the people of God to lead me to take work upon me which others should have borne.

“Now, Ellen, calls will be made as they have been, desiring you to attend important meetings, as has been the case in the past. But lay this matter before God and make no response to the most earnest invitations. Your life hangs as it were upon a thread. You must have quiet rest, freedom from all excitement and from all disagreeable cares. We might have done a great deal for years with our pens, on subjects the people need that we have had light upon and can present before them, which others do not have. Thus you can work when your strength returns, as it will, and you can do far more with your pen than with your voice.”

He looked at me appealingly and said, “You will not neglect these cautions, will you, Ellen? Our people will never know under what infirmities we have labored to serve them because our lives were interwoven with the progress of the work, but God knows it all. I regret that I have felt so deeply and labored unreasonably in emergencies, regardless of the laws of life and health. The Lord did not require us to carry so heavy burdens and many of our brethren so few. We ought to have gone to the Pacific Coast before, and devoted our time and energies to writing. Will you do this now? Will you, as your strength returns, take your pen and write out these things we have so long anticipated, and make haste slowly? There is important matter which the people need. Make this your first business. You will have to speak some to the people, but shun the responsibilities which have borne us down.”

“Well,” said I, “James, you are always to stay with me now and we will work together.” Said he, “I stayed in Battle Creek too long. I ought to have

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gone to California more than one year ago. But I wanted to help the work and institutions at Battle Creek. I have made a mistake. Your heart is tender. You will be inclined to make the same mistakes I have made. Your life can be of use to the cause of God. Oh, those precious subjects the Lord would have had me bring before the people, precious jewels of light!”

I awoke. But this dream seemed so real. Now you can see and understand why I feel no duty to go to Battle Creek for the purpose of shouldering the responsibilities in General Conference. I have no duty to stand in General Conference. The Lord forbids me. That is enough.– Letter 17, 1881, pp. 2-4. (To W. C. White, September 12, 1881.) White Estate Washington, D. C. March 25, 1980.

Fonte: Manuscript Releases, Volume Ten, Chapter Title: Ellen G. White and Family Life, pages 38-40.

Fonte: Manuscript Releases, Volume 10, Título do capítulo: “Ellen G. White and Family Life” [Ellen G. White e a Vida Familiar], pages 38-40.

4 comentários em “Arquivo do Adventistas.Com: Ellen White Sonha com James [Tiago] White Após Sua Morte”

  1. Li o texto sobre o sonho de E.W. Pelo marido, após sua morte. Mas como posso acreditar nesta postagem aqui no blog? Nunca ouvi falar deste sonho e ela ter aceite os conselhos do marido apos sua morte. Como provar que, o que foi aqui escrito é verdade?

  2. Nada de extraordinário! Um sonho, como tantos outros, projeção de sua psique, ainda afetada pela morte do marido, que expressa seus sentimentos e suas razões explicativas. O texto não subscreve qualquer crença na presença do morto. Só uma leitura descontextualizada do texto pode levar alguns a interpretações extravagantes. Ellen deu-lhe crédito, a título de aviso, como estava habituada a fazer com as outras projeções, as quais, apesar de subjetivas, acreditava serem de origem sobrenatural, fruto de um dom profético, … que está bem longe de ser demonstrado!

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