Protesto anti-racismo em frente ao Colégio Adventista de Santos

04/12/2015 15h12 – Atualizado em 04/12/2015 15h12
Grupo protesta contra proibição de ‘black power’ em escola de Santos
Estudante não conseguiu fazer rematrícula por conta do cabelo. Colégio afirma que não impediu aluno por conta de preconceito.
Do G1 Santos

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Manifestantes realizaram ato na porta da escola de Santos (Foto: Vinicius Kepe/G1)

Manifestantes realizaram um ato em apoio ao estudante Vinicius Santos Dias, de 16 anos, que não foi autorizado a fazer a rematrícula para o próximo ano letivo em um colégio de Santos, no litoral de São Paulo, por resolver adotar o cabelo no estilo ‘black power’.

Vinicíus estuda no Colégio Adventista há sete anos. Ele conta que, por causa do cabelo, foi chamado cinco vezes na sala da direção da escola, durante o ano, para conversar. A escola pediu para que ele cortasse o cabelo ou saísse da escola.

Cerca de 30 pessoas, entre alunos e representantes de movimentos sociais, se reuniram em frente ao portão da escola, localizado na rua Guararapes, no bairro Vila Belmiro, 39, na tarde desta sexta-feira (4).

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Com faixas e cartazes, eles repudiaram a atitude da escola que, segundo os manifestantes, teve motivação racial e preconceituosa, já que o estilo do cabelo adotado pelo aluno não interfere em nada no desempenho escolar ou na rotina da instituição.

Outro lado

Em resposta ao G1, o Colégio Adventista de Santos, informou que que não impediu o aluno Vinicius Santos Dias de renovar a sua matrícula por preconceito de nenhuma espécie. A escola diz que a filosofia da Educação Adventista em todo o mundo prega a igualdade e é contra qualquer tipo de intolerância.

A instituição ainda afirma que existe um regimento interno, assinado pelos responsáveis pela matrícula, que não permite o uso de cabelo tal como o aluno apresenta. Esta prática é um padrão que é aplicado a todos os alunos e é adotado pela instituição há muitos anos, independente de cor ou raça.

A escola afirma que os contatos foram realizados algumas vezes e diz que não foi imposto de forma autoritária que ele cortasse o cabelo. O colégio também afirma que ele não foi impedido de praticar as atividades escolares durante o ano letivo. Tendo em vista que o aluno demonstrou insatisfação com as diretrizes da escola, os pais foram convocados a uma nova reunião.

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Estudante afirma que não vai tirar sua identidade (Foto: Rafaella Mendes/G1)

Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/12/grupo-protesta-contra-proibicao-de-black-power-em-escola-de-santos.html

10 comentários em “Protesto anti-racismo em frente ao Colégio Adventista de Santos”

  1. Achei o interessante a manifestação promovida pelos estudantes e demais, em prol do aluno impedido de realizar a matrícula em função do cabelo. Toda instituição, sem exceção, possui normas relativas a matrículas, e em cuja obrigação, os pais devem possuir ciência das mesmas e caso concorde, concretizar a matrícula.

    O objetivo das normas não é discriminar, mas uniformizar, manter um padrão, seja de comportamento ou mesmo de vestuários. Mas continuemos, em nenhum momento o aluno sofreu preconceito, muito ao contrário, foi advertido das normas da instituição, e que estas deveriam ser respeitadas.

    O estilo “black power” não define a raça, cor ou credo, e por uma razão bem simples, nem todos usam “black power”, enfatizo, nem todos. São estilos determinados por épocas, ambientes e outras variantes no decorrer da história cultural.

    Se este mesmo aluno estivesse em uma Instituição Militar, o que ele faria? A regra básica para a matrícula nesta instituição seria o corte do cabelo, e sobe nenhuma hipótese, permitiria o uso do estilo “black power”. E nunca nenhum soldado ou estudante com estilo dentro de uma instituição militar.

    A questão fundamental é que a norma partiu de uma instituição religiosa, norma adotada e de conhecimento de todos que ali estudam. Ora, são 7 (sete) anos estudando em uma escola confessional, religiosa e transparente nas questões das regras, e foi neste momento, que surgiu a necessidade da objeção da norma.

    Finalizando, estamos e vivemos em um estado democrático de direito, eu, cidadão, não sou obrigado a aceitar as normas impostas de instituições, mas tenho a obrigação de respeitá-las. Sendo assim, fica a critério do aluno estudar em uma escola em que se sinta aceito.

  2. Embora eu não seja mais adventista e discorde daa doutrinas dela, temos q colocar os pingos nos is. Que eu saiba um loiro de cabelos compridos tb nao pode se matricular, nem um caucasiano com cabelo punk/gótico. Ora está claro q nesse caso não se trata de racismo, mas de normas da instituição quanto ao corte de cabelo.

    Se ele não quer cortar o cabelo procure outra escola, ou será q a escola adventista é o último biscoito do pacote? A melhor escola do mundo? Na minha cidade não, tem uma escola q deixa ela no chinelo.

  3. Uma pergunta para quem administra o site: vocês dedicam um site ou uma vida para criticar a igreja adventista pois a acham errada, então segundo vocês qual é a igreja que ensina todos os mandamentos da bíblia e tudo da forma correta ou mais perto disso ? Desde já agradeço

    1. Devem existir várias outras. Mas sugerimos, por exemplo, a Igreja Cristã Bíblica Adventista (ICBA), do site http://www.igrejacrista.com. Contudo, esclarecemos que, em nosso entender, não há necessidade ou obrigatoriedade de estar filiado a qualquer denominação para ser aprovado por Deus. Ieshua (Jesus) disse que onde houvesse duas ou três pessoas reunidas em Seu nome, ali Ele estaria, no meio deles.

      1. Perfeito. Conheço muitos grupos. E como voce disse, não há necessidade para ficar preso a prédio ou sistema. Ezequiel cap 34 todo mostra bem como estarão “as ovelhas” nos últimos dias.

    1. NUNCA li na biblia qualquer declaração de Jesus com respeito a aparência das pessoas, ou que valorizasse tal. Pelo contrario, seus ensinos sempre enfatizaram que todo o mal praticado pelo homem parte de seu interior, de seu coração. Valores institucionais, sejam de instituições cristãs ou não, são regras impostas pelos homens pela sua maneira de julgar as coisas ou pelas suas preferências. É um absurdo julgar uma manifestação como esta, como um ataque a uma instituição “sagrada”. Se é cristã, deveria agir em proporção as palavras e ensinos do Cristo.

    2. Sr. Gedson ,Esse é teu argumento ao direito do jovem? Chamar os outros de maconheiro? por causa do cabelo ou cor da pele? Tens que ser processado para aprender a respeita a etnia.

      1. Com suas conclusões, você está se igualando a eles: não chamei de maconheiro por causa do cabelo ou cor de pele. Chamei de maconheiro aos maconheiros. Assista ao vídeo: há até mesmo uma camisa com folhas de marijuana.
        Isso não é um protesto antirracismo, até mesmo porque não houve racismo. É um protesto esquerdista barato!
        “Direito do jovem”? Ninguém tem o direito de fazer arruaça ou de difamar ninguém. Pelo contrário, o grande problema com esses manifestantes esquerdopatas é o desrespeito a qualquer tipo de norma!
        Analise direito antes de expressar opiniões levianas!

        1. Concordo com você.
          Essa miséria chamada esquerda tem a pretensão de derrubar todas as regras estabelecidas, alegando que elas oprimem algum “coitadinho”. Os esquerdopatas usam os argumentos mais mentirosos e cínicos possível. Neste caso, é o suposto racismo por parte da escola.

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