João de Deus, Ivan de Deus, Rodrigo de Deus, Leandro de Deus… Somos todos irmãos?

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Por que o senhor recebe nesta casa de saúde pessoas de todas as religiões?
Acredito em Deus, acredito em Moisés, acredito em Buda. Jesus tem 2 mil anos. Mas a cultura japonesa tem 10 mil anos. Eu tive a honra de ir aos Estados Unidos para conhecer a primeira igreja adventista. E tiro o chapéu. Só não concordo com o dízimo. Em minha casa, quem quiser ajuda. — João de Deus, no Correio Braziliense

​João Teixeira de Faria, o João de Deus, é um médium de 76 anos. Na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), ele realiza atendimentos em que supostamente oferece cura espiritual. Os tratamentos envolvem passes (transferência de energia com as mãos), cápsulas de passiflora, vendidas em uma farmácia própria, e cirurgias espirituais —atendimento que pode envolver cortes caso seja solicitado pelo fiel.

Os primeiros relatos de assédio foram revelados pelo jornal O Globo e pelo programa Conversa com Bial, da TV Globo. Nos últimos dias, dezenas de mulheres relataram a diferentes veículos de imprensa terem sido abusadas sexualmente pelo médium.

Algumas vítimas disseram que tiveram partes íntimas do corpo tocadas por João, outras, que ele as teria obrigado masturbá-lo ou a fazer sexo oral, sempre a pretexto de que estaria realizando um trabalho de cura. Elas afirmam que não haviam procurado a polícia por vergonha, receio de que não fossem levadas a sério e por temer represálias. Também há denúncias envolvendo crianças e adolescentes.

A pedido do Ministério Público de Goiás, a Justiça determinou a prisão preventiva do médium. Esse tipo de prisão serve para garantir a aplicação da lei e pode ser determinada quando há evidências de que o crime foi cometido e que foi o acusado quem o praticou.

Neste domingo (16), João de Deus se entregou na encruzilhada de uma estrada de terra no município de Abadiânia (GO), às margens da BR 060. A negociação foi feita entre o advogado do médium, Alberto Toron, e o delegado geral da Polícia Civil.

Existe uma força-tarefa nacional para investigar o caso e muitas mulheres e familiares de possíveis vítimas já entraram em contato com Promotorias em diversos estados. Foram colhidos ao menos 30 depoimentos pelos Ministérios Públicos de SP, MG, RS, DF e ES. Em Goiás, a Promotoria recebeu ao menos 335 mensagens relacionadas ao caso. Também houve atendimento a mulheres de pelo menos seis países.

Há endereços de email para onde podem ser enviados relatos (somosmuitas@mpsp.mp.br, em SP, caopcrim@mpma.mp.br, no MA, e denuncias@mpgo.mp.br, em GO). As vítimas podem receber proteção especial em caso de necessidade.

Por quais crimes o médium pode ser acusado?

Algumas possibilidades são estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude ou importunação sexual. Especialistas afirmam que isso depende das circunstâncias de cada ato, analisado de forma individual.

Para a promotora do Ministério Público de São Paulo Silvia Chakian é possível que eles sejam considerados como estupro de vulnerável. “Cada caso é um caso. Mas o uso de medicação e a situação psíquica e emocional são vulnerabilidades. Uma paciente em tratamento de doença terminal não teria condições de esboçar reação”, diz.

Para a professora de Direito Penal da FGV, Maira Zapater, os relatos até o momento não indicariam estupro, porque não teria havido “violência ou grave ameaça”. Segundo ela, se enquadrariam melhor em violação sexual mediante fraude, quando a vítima confia no autor e é enganada.

Assédio em ambiente religioso

Com relação a casos absurdos como esse de assédio em ambiente religioso, sugiro que investiguem o caso de assédio e sedução mediante falsas promessas, envolvendo o pastor adventista nacionalmente conhecido por seus vídeos de mensagens que atingiam 15 milhões de pessoas ao dia, Ivan Saraiva.

O referido líder religioso atuava também como palestrante e apresentador do programa Está Escrito, da Rede Novo Tempo de Comunicação, tendo inclusive homenageado pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul por seu trabalho na internet. Apesar disso, pode ser acusado de assédio no trabalho e violação mediante fraude por usar de sua superioridade no organograma da empresa e influência “espiritual” para assediar e seduzir com prnessas enganosas sua secretária e colega na apresentação do programa, Eloá Godoy, casada com um músico funcionário da mesma rede, conhecido como “JR”.

Nas promessas dizia que deixaria a família para ficar com ela duraram cerca de dois anos, enquanto isso ele continuava pregando, orando e batizando como pastor da denominação. Até que ela gravou e divulgou um áudio em que ele confirmava o caso e, assim, obteve uma prova ou confirmação de toda a história.

A partir daí, iniciou-se uma “Operação Abafa o Caso”, com um convite arranjado às pressas para que ele fosse pastorear uma igreja em Nova Iorque. Enquanto a moça a quem seduziu, teria sido demitida da Novo Tempo e excluída da Igreja. Agora, líderes como Leandro Quadros, também apresentador da Novo Tempo, sugerem que os irmãos que comentarem o caso nas redes sociais sejam também excluídos da lista de membros da denominação.

A divulgação do caso, como aconteceu com o tal João de Deus, pode estimular outras jovens que, por ventura (ou desventura) tenham sido seduzidas pelo tal pastor em suas viagens pelo Brasil para que venham a público denunciar o fato.

Conviria esclarecer ainda o caso de outro apresentador famoso da Novo Tempo, afastado temporariamente para abafamento do caso faz algum tempo, mas que já retornou às escavações de conteúdo para o programa.

Ah, é bom ficar de olho também em teólogo apologista que está cada vez mais excitado para falar sobre as técnicas e posições sexuais sugeridos pela Bíblia, oferecendo inclusive “estudos bíblicos” sobre o tema…

1 comentário em “João de Deus, Ivan de Deus, Rodrigo de Deus, Leandro de Deus… Somos todos irmãos?”

  1. Tão pilantra quanto esse Ivan Saraiva, é o fanfarrão que sugere que essa Eloá foi vítima. Meteu chifre no marido dela, mas diferente do pastor adúltero/talarico, ela é vitima. Ah, vai ver se eu tô na esquina!

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