Editor da CPB e diretor do Centro White discordam de Michelson Borges

Em texto publicado na versão online da Revista Adventista, EDUARDO RUEDA, mestre em Teologia e responsável pelos livros de Ellen G. White na CPB e RENATO STENCEL, doutor em Educação e diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP), discordam do que Michelson Borges e outros pastores fazem, quando se utilizam de textos atribuídos a Ellen G. White como única e infalível interpretação para a compreensão de textos e temas bíblicos, como acontece, por exemplo, em relação à doutrina bíblica da terra plana, coberta por um domo sólido onde foram colocados o Sol, a Lua e as estrelas, segundo o que diz Gêness 1 e outras dezenas de passagens bíblicas.

Michelson Borges, no blog Criacionismo, escreveu:

“Ver cristãos defendendo o terraplanismo já é espantoso, mas ver adventistas enveredando pelo mesmo caminho plano é ainda mais assustador! Os adventistas do sétimo dia consideram inspirados os escritos de Ellen White. Muito embora esses escritos não sejam uma segunda Bíblia, eles são muito importantes, uma vez que a autora recebeu orientação divina para escrevê-los. Quando o assunto é Terra plana, bastam algumas citações de textos de Ellen White para refutar a ideia…”

Objeções como essa já foram refutadas aqui mesmo no site. Basta clicar neste link para ver o resultado da “busca” sobre esse assunto. Contudo, convém ler o artigo abaixo para confirmar o erro de Michelson Borges e outros que usam Ellen White, como se fosse autoridade infalível para a interpretação bíblica!

No artigo, Eduardo Rueda e Renato Stencel contam que há mais de um século ficou decidido que essa não é uma prática correta. Quem conhecia o modo como seus textos eram produzidos, jamais a aceitaria com essa autoridade toda.

Por conta disso, nessa conferência bíblica de 1919, da qual participaram 65 pessoas — editores, professores de Bíblia e História dos colégios e seminários adventistas, bem como membros da Comissão da Associação Geral — conforme informam os autores no texto abaixo, ficou decidido em resumo que:

1. SOBRE A BÍBLIA: A Escritura é “verbalmente inspirada”. Os progressistas, no entanto, embora cressem na infalibilidade do texto bíblico, não o consideravam inerrante em cada detalhe cronológico, numérico, histórico ou linguístico. Enquanto isso, os tradicionalistas, mais dogmáticos, diziam que essa flexibilidade, assumida pelos progressistas, poderia gerar problemas. Dessa forma, adotaram um pressuposto mais rígido: a Escritura é inerrante em cada detalhe.

2. SOBRE EGW: Ellen G. White nunca reivindicou ser uma autoridade em História* e jamais declarou ser mestra absoluta de Teologia.  Assumir uma posição de inerrância em relação a Ellen White pode ser perigoso. Não é a nossa posição, nem é correto afirmar que o Espírito de Profecia seja o único intérprete seguro da Bíblia. Afinal, a própria irmã White declarou que “a Bíblia interpreta a si mesma.” 

Algumas das dificuldades que a igreja enfrentava por parte dos críticos e dissidentes eram geradas pela crença na inspiração verbal e na infalibilidade de Ellen White. A profetisa nunca reclamou inspiração verbal. Acusações de plágio, por exemplo, poderiam ter sido evitadas se, desde o princípio, tivéssemos compreendido isso da maneira como deveria ter sido.

Se sempre tivéssemos ensinado a verdade sobre esta questão, não teríamos nenhum problema ou choque na denominação agora. Mas o choque ocorre por que não ensinamos a verdade, e colocamos os Testemunhos num plano em que Ellen White declara que eles não estão. Reclamamos mais para eles do que ela própria o fez.

Embora não estivessem na pauta original, os debates sobre a autoridade e o uso dos escritos de Ellen White, bem como sua relação com a Bíblia ocuparam dois dias da conferência.

*Convém lembrar que a cosmologia dos povos antigos faz parte também de sua História, a qual é também um ramo da Ciência. No caso da cosmologia dos hebreus, presente na Bíblia, nós a entendemos como revelada e inspirada pelo próprio Deus e não pode ser refutada por Ellen White ou qualquer outro profeta ou pregador pós-bíblico. Mas leia o texto da Revista Adventista e tire suas conclusões! Grifos acrescentados.

A inspiração profética de Ellen White e a conferência bíblica de 1919

Da redação

1 de julho de 2019

Entenda o que uma série de reuniões realizadas há cem anos tem que ver conosco hoje
EDUARDO RUEDA E RENATO STENCEL

Foto: acervo Andrews University – James White Library

Quando o assunto é Igreja Adventista do Sétimo Dia, o “cardápio” favorito dos dissidentes, e dos críticos em geral, é basicamente sempre o mesmo: Trindade, ênfase pós-lapsariana na natureza de Cristo, ataques ao sistema administrativo da Igreja e ao papel de Ellen White e seus escritos. Entre estes, o último talvez seja o mais controverso.

E não são poucos os que, com a mente oprimida por dúvidas, acabam abandonando a denominação por não saber dar uma resposta consistente aos que questionam o dom profético.

Afinal, qual é o papel que os escritos de Ellen White realmente desempenham? Qual o nível de autoridade que eles possuem? Qual o tipo e o grau de inspiração dos Testemunhos?

LEIA TAMBÉM: O ano que não terminou

O objetivo deste artigo é analisar brevemente como essas questões foram abordadas na conferência bíblica de 1919 (que completa cem anos em 2019 e é tema da matéria de capa da Revista Adventista deste mês), realizada em Takoma Park, Maryland (EUA), e as dificuldades decorrentes de se aceitar o modelo de inspiração verbal para os escritos de Ellen G. White.

Contexto histórico

Inspirada nas grandes conferências proféticas realizadas pelos fundamentalistas protestantes no começo do século passado – cujo tema predominante era o iminente retorno de Cristo –, em um mundo ainda abalado pela primeira Guerra Mundial, a conferência de 1919 tinha o intuito de fortalecer a unidade entre os principais pensadores da igreja em certos temas de caráter teológico e pedagógico (Michael. W. Campbell, The 1919 Bible Conference and its Significance for Seventh-day Adventist History and Theology, Andrews University, 2008, p. 81).

O encontro reuniu editores, professores de Bíblia e História dos colégios e seminários adventistas, bem como membros da Comissão da Associação Geral. Ao todo, o concílio teve a participação de 65 pessoas.

A reuniões aconteceram entre os meses de julho e agosto, e contaram com a presença do então presidente da Associação Geral, pastor Arthur G. Daniells. Durante a assembleia, foi dada ênfase à necessidade de um estudo mais profundo da Bíblia, e dedicada atenção especial aos temas que eram considerados fundamentais no adventismo (para ver os relatórios originais das conferências, clique aqui).

Entre os tópicos em pauta, constavam: a pessoa e obra mediadora de Cristo; a natureza e obra do Espírito Santo; as duas alianças; os princípios de interpretação profética; a chamada “questão oriental” (que dizia respeito à interpretação do “rei do Norte”, em Daniel 11); o poder bestial de Apocalipse; os 1.260 dias; os EUA na profecia; as sete trombetas; Mateus 24; a identificação dos 10 reinos de Daniel 7, entre outros temas de natureza pedagógica (Report of the 1919 Bible Conference, 1º ago.; Campbell, The 1919 Bible Conference and its Significance for Seventh-day Adventist History and Theology, p. 84).

Todos esses assuntos foram tratados como estando relacionados à hermenêutica. A preocupação era estabelecer princípios seguros de interpretação.

Ellen G. White em pauta

Inicialmente, a intenção do concílio não era discutir a inspiração profética de Ellen White. O assunto não estava na pauta. O tema surgiu “por acaso” quando, no décimo dia da reunião, o debate tratava de interpretação profética. Os participantes encontraram algumas dificuldades de caráter histórico nos escritos de Ellen White. A partir daí, Arthur Daniells percebeu a necessidade de abordar o assunto de maneira mais abrangente. W.E. Howell, que presidia a assembleia, convidou Daniells para explanar esse tema no dia 30 de julho. Sua fala tinha como título “O uso do Espírito de Profecia em nosso ensino de Bíblia e História” (Report of the 1919 Bible Conference30 jul., p. 1.187).

A temática desse discurso foi basicamente a autoridade dos escritos de Ellen White. Durante o debate, algumas questões importantes surgiram.

Intérprete infalível?

A primeira, levantada por Clifton L. Taylor, líder do Departamento Bíblico do Canadian Junior College, tinha que ver com o uso exegético dos escritos de Ellen White (p. 1.194). Devemos recorrer a ela como intérprete do texto bíblico? Seus comentários sobre determinado texto das Sagradas Escrituras devem ser considerados autoritativos, infalíveis e a única explicação correta para eles ou não?

Com o endosso de J.N. Anderson, professor de Bíblia no Washington Foreign Mission Seminary, Christian M. Sorenson, professor de História no Emmanuel Missionary College, e W.W. Prescott, ex-editor da Review and Herald e então secretário de campo da Associação Geral, Daniells respondeu que assumir uma posição de inerrância em relação a Ellen White pode ser perigoso. Ele deixou claro que “não é a nossa posição, nem é correto [afirmar] que o Espírito de Profecia seja o único intérprete seguro da Bíblia” (p. 1.195). Afinal, como salientou W.E. Howell, a própria irmã White declarou que “a Bíblia interpreta a si mesma” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 462).

Daniells foi taxativo também ao lembrar que as doutrinas adventistas não foram formadas com base em Ellen G. White.  De acordo com ele, nossas crenças vieram por meio de intenso estudo das Escrituras, sendo posteriormente confirmadas pelo Espírito de Profecia. Assim, o estudante deve recorrer primeiramente à Bíblia e então, somente então, o Espírito de Profecia deve ser utilizado para “ampliar a visão”, bem como qualquer outro material que o ajude na compreensão do texto.

Autoridade histórica 

Outra questão importante foi levantada por Prescott, nas seguintes palavras: “Como devemos utilizar os escritos do Espírito de Profecia como uma autoridade para resolver questões históricas?” (p. 1.202). A resposta inicial de Daniells foi que Ellen White “nunca reivindicou ser uma autoridade em História” e jamais declarou ser “mestra absoluta de Teologia. Ela apenas fez declarações fragmentárias, deixando aos pastores, evangelistas e pregadores o encargo de resolverem todos esses problemas bíblicos, teológicos e históricos” (Herbert E. Douglass, A Mensageira do Senhor, Casa Publicadora Brasileira, 2000, p. 435).

Qual deve ser, então, a atitude do leitor ao encontrar dados imprecisos ou mesmo erros históricos nos escritos de Ellen White? Isso deve enfraquecer sua fé nos Testemunhos?

Daniells reiterou que Ellen White nunca “se propôs a definir questões históricas”, uma vez que os próprios historiadores não concordam plenamente entre si. “Nunca entendi que ela atribuísse infalibilidade às citações históricas”, ele enfatizou (Report of the 1919 Bible Conference, 30 jul., p. 1.212).

Discutidas essas questões, o ponto mais conflitante da assembleia ainda estava por vir.

Inspiração verbal

Ellen G. White foi verbalmente inspirada ou não? Seus escritos foram inspirados palavra por palavra? Cada palavra foi inspirada por Deus?

Este artigo não tem como objetivo tratar da inspiração da Bíblia, se esta foi verbal ou não, e sim da inspiração dos Testemunhos. No entanto, saber como os componentes da conferência encaravam a inspiração da Bíblia pode ser útil para entender também como eles consideravam os escritos de Ellen White.

Houve duas linhas de interpretação representadas em 1919. Essas duas escolas de hermenêutica concordavam nos pontos essenciais, principalmente no que se refere à autoridade da Bíblia e à necessidade de um estudo profundo da Palavra de Deus. Apesar disso, as divergências entre “progressistas” e “tradicionalistas” ficaram claras à medida que o debate se aqueceu (Michael. W. Campbell, The 1919 Bible Conference and its Significance for Seventh-day Adventist History and Theology, Andrews University, 2008, p. 81).

Tanto progressistas como tradicionalistas afirmavam que a Escritura é “verbalmente inspirada”. Os progressistas, no entanto, embora cressem na infalibilidade do texto bíblico, não o consideravam inerrante em cada detalhe cronológico, numérico, histórico ou linguístico. Enquanto isso, os tradicionalistas, mais dogmáticos, diziam que essa flexibilidade, assumida pelos progressistas, poderia gerar problemas. Dessa forma, adotaram um pressuposto mais rígido: a Escritura é inerrante em cada detalhe.

Em relação a Ellen White, também havia duas abordagens. O grupo dos chamados progressistas era composto por homens que haviam conhecido pessoalmente Ellen White e testemunhado o processo de composição de seus escritos, chegando a participar dele muitas vezes. É possível que Daniells e Prescott fizessem parte dessa ala. Os progressistas aceitavam que os escritos de Ellen White, embora inspirados, não são infalíveis. Mesmo alguns dentre eles que criam na inspiração verbal entendiam que essa inspiração não implicava, necessariamente, inerrância (Campbell, “The 1919 Bible Conference and its Significance for Seventh-day Adventist History and Theology”, p. 168). Parece também que os progressistas faziam distinção entre a Bíblia e o Espírito de Profecia, no que se refere à natureza da inspiração.

Os tradicionalistas, por sua vez, eram um grupo mais jovem, que não havia trabalhado pessoalmente com Ellen White. Em linhas gerais, consideravam seus escritos verbalmente inspirados e estando no mesmo nível das Escrituras.

Arthur Daniells vinha sofrendo nos últimos anos acusações de ser “cético nos Testemunhos”, pelo fato de não crer que eram verbalmente inspirados. Segundo W. E. Howell, o ponto de vista da inspiração verbal parecia ser o que mais predominava entre os membros da Igreja e muitos pastores na época (Douglass, A Mensageira do Senhor, p. 436).

Dificuldades decorrentes do modelo de inspiração verbal

Daniells argumentava que algumas das dificuldades que a igreja enfrentava por parte dos críticos e dissidentes eram geradas pela crença na inspiração verbal e na infalibilidade de Ellen White. Segundo ele, a profetisa nunca reclamou inspiração verbal. Acusações de plágio, por exemplo, poderiam ter sido evitadas se, desde o princípio, “tivéssemos compreendido isso da maneira como deveria ter sido” (Campbell, “The 1919 Bible Conference and its Significance for Seventh-day Adventist History and Theology”, p. 164).

Muitos dos que criam na inspiração verbal haviam ficado perplexos e desnorteados após a revisão do livro The Great Controversy, em 1911, supervisionada pela própria Ellen, na qual várias alterações de caráter técnico foram realizadas. Se O Grande Conflito havia sido inspirado palavra por palavra, e a inspiração é infalível, porque necessitaria de ajustes?

Arthur Daniells defendia a ideia de que o profeta é um instrumento divino, mas sua parte humana não deve ser ignorada. Ele lembrou que Ellen White repetia com frequência: “Temos este tesouro em vasos de barro” (veja mais em Atos dos Apóstolos, p. 330), reconhecendo que era uma frágil mulher, limitada, tentando fazer da melhor maneira possível a obra que lhe havia sido confiada. Daniells afirmou que, a partir do momento em que reconhecemos que Ellen White não era infalível e que seus escritos não eram verbalmente inspirados, damos uma oportunidade para a manifestação do humano. Segundo ele, não deveríamos nos surpreender ao encontrar erros (que não afetam a essência da mensagem) nos escritos inspirados, uma vez que a inspiração divina não inibe o elemento humano (Report of the 1919 Bible Conference, 1oago., p. 1.243).

De acordo com G.B. Thompson, secretário de campo da Associação Geral, as controvérsias geradas na igreja podiam ser atribuídas a “uma educação errada que nosso povo recebeu. Se sempre tivéssemos ensinado a verdade sobre esta questão, não teríamos nenhum problema ou choque na denominação agora. Mas o choque ocorre por que não ensinamos a verdade, e colocamos os Testemunhos num plano em que ela [Ellen White] declara que eles não estão. Reclamamos mais para eles do que ela o fez (p. 1.238, ênfase acrescentada). Para Thompson, “a evidência e a inspiração dos Testemunhos não estão em sua inspiração verbal, senão em sua influência e seu poder na denominação”.

Os debates sobre a autoridade e o uso dos escritos de Ellen White, bem como sua relação com a Bíblia ocuparam dois dias da conferência. Embora não tenha estado na pauta a princípio, este tornou-se, no fim das contas, o tema principal da reunião.

O que uma série de reuniões realizada há cem anos tem que ver conosco hoje? Que relevância têm para nós os assuntos abordados naquela assembleia?

Por não terem uma visão clara quanto à natureza da inspiração de Ellen White, os adventistas de modo geral têm enfrentado preconceito e críticas. Somos vistos como tendo uma segunda Bíblia nos escritos da pioneira, o que, sabemos, não corresponde à verdade. Ao longo da história da denominação, foi atribuída a Ellen G. White uma autoridade exagerada que ela mesma nunca reivindicou, ao ponto de igualar seu nível ao da Bíblia e considerá-la, como Roderick Owen, a intérprete “infalível das Escrituras” – uma posição que ela jamais reivindicou. Em Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 37, Ellen White afirmou: “Com relação à infalibilidade, nunca a pretendi; unicamente Deus é infalível”. W. C. White, que trabalhou intimamente com sua mãe por muitos anos, declarou: “Minha mãe nunca reivindicou ser uma autoridade em História”.

Usando de maneira errada os Testemunhos, muitos acabaram por ofuscar o brilho da “luz maior”, a Bíblia, citando frequentemente Ellen G. White como palavra final em vez de recorrer às Escrituras com essa finalidade. Sem falar da perda de credibilidade diante dos críticos e do uso “bélico” que muitos fazem dos Testemunhos, utilizados tantas vezes como espada ou escudo em brigas dogmáticas que giram, em sua maioria, ao redor de assuntos periféricos.

Não queremos aqui, de maneira alguma, diminuir a importância de Ellen White como profetisa. Pelo contrário, colocar o Espírito de Profecia dentro da moldura adequada e atribuir-lhe a função que ele realmente possui enaltece, em vez de diminuir seu valor.

Finalmente, a principal contribuição da conferência bíblica de 1919 foi evidenciar a coerência do modelo de inspiração do pensamento, em vez da inspiração verbal, como o que melhor explica o processo de inspiração da Bíblia e dos escritos de Ellen White, assim como confirmar seu papel como “Mensageira do Senhor”.

EDUARDO RUEDA, mestre em Teologia, é responsável pelos livros de Ellen G. White na CPB; RENATO STENCEL, doutor em Educação, é diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White no Unasp, campus Engenheiro Coelho (SP)

Fonte: http://www.revistaadventista.com.br/blog/2019/07/01/a-inspiracao-profetica-de-ellen-white-e-a-conferencia-biblica-de-1919/

9 comentários em “Editor da CPB e diretor do Centro White discordam de Michelson Borges”

  1. Vocês teriam esse distanciamento caso EGW insinuasse crer na terra plana?

    Vocês citariam o Talmude (usado para justificar a terra plana) para milhares de passagens que discordam da nossa fé, ou mesmo as que tornam Cristo um charlatão?

    Curioso o fato de se aceitar prontamente as possíveis falhas humanas de EGW e de sua limitação em história e etc (considerando ser o dom de profecia algo que ocorre em humanos, falhos, como destacado no seu texto) e não se colocar em questionamentos os profetas bíblicos (humanos) em nenhum momento. Os textos bíblicos não são 100% referências históricas ou científicas absolutas. Teólogos e arqueólogos reconhecem muito das contribuições históricas da Bíblia, mas são levados a entender que o seu valor literário não está nessa precisão, e sim como um guia de fé e aconselhamentos de caráter e etc.
    A Bíblia foi escrita em pelo menos 3 idiomas muito antigos, por autores ainda discutidos e em datas questionáveis e com um estilo poético/lírico bem específico e coerente para aquela época, e para aquele nível de conhecimento. Como pode parecer sensato extrair fragmentos de textos escritos em proto-hebraico e tomá-los como verdades científicas? Dito isso, não quero desautorizar a Bíblia como um livro atual para questões de alma e fé, mas apelar para o bom senso e o distanciamento lógico que precisa haver nesses casos.
    A fé nunca foi tão ridicularizada diante das atuais descobertas científicas, e isso parece injusto, tendo em vista seu valor no que diz respeito a atingir corações e almas quebrantadas. Não promovam ainda mais esse escárnio divulgando teorias absurdas e sem respaldo nenhum nem bíblico, muito menos científico.
    Se os vossos empenhos fossem em divulgar o amor de Cristo, ao invés de teorias como “antivacina” e “anticientíficas”, lucraríamos infinitamente mais.

  2. Alguém coloca esse senhor em um foguete da NASA. Aí ele pára com essa ignorância sem sentido. Vá pregar o que Deus determinou para o fim dos tempos. A mensagem presente. Vá pregar sobre justificação pela fé! E isso mudará sua vida.

  3. Amigo não sou psicólogo, mas é muito fácil perceber essa fixação doentia no Michelson Borges/terra plana. Cada um deve prestar contas a Deus sobre sua vida, o Michelson, eu e você! Vamos pregar a volta de Jesus! Isso realmente é o que importa!!!

    1. Meu querido irmão, como já deve ter ficado sabendo, apesar de nossos métodos questionáveis para alguns como o senhor, em pouco tempo já conseguimos somar 11 milhões de terraplanistas apenas no Brasil e especialmente entre os cristãos.

      A pseudo-ciência já está tão desacreditada que 1 de cada 4 brasileiros não aceita mais a fakenews de que o homem foi à Lua e a máfia das vacinas e outras drogas já lamenta o prejuízo pelo descrédito da Medicina vendida à Indústria Farmacêutica. Ou seja, a Operação Credibilidade Zero para a Ciência a serviço do Mal está surtindo seu resultado.

      Contudo, como mostra outra notícia desses últimos dias, embora a pseudo-ciência tenha caído em descrédito, o gado, ou melhor, rebanho de ovelhas, em vez de se voltar para o verdejante alimento das Sagradas Escrituras, confia cada vez mais em seus líderes religiosos, a quem terceirizam o estudo da Bíblia.

      Leia em: http://www.criacionismo.org/2019/07/26/maioria-dos-brasileiros-sabe-que-a-ciencia-muda-mas-a-palavra-de-deus-permanece-para-sempre/

      Ao focar a atenção de nosso reduzido mas crescente número de leitores em homens como Michelson Borges, por exemplo, estamos simplesmente adotando a estratégia de Davi com sua funda. Miramos na testa do gigante mas o objetivo é aterrorizar todo o exército globista e antibíblico com argumentos certeiros e fortalecer a fé do nosso povo, direcionando-a para a Palavra de nosso Deus, o Deus de Israel, criador da Terra plana, que nos observa bem de perto, ali do Céu, onde mora e reina em Seu santuário e de onde logo enviará Seu Filho para descer à Terra e buscar-nos.

      Não é possível falar da volta de Cristo a pessoas que já não acreditam sequer na existência dEle, nem imaginam como seria possível que Ele, entronizado sobre as nuvens pudesse alcançar uma bola giratória molhada que persegue o Sol pela Via Láctea a milhares de quilômetros por hora.

      Se a Terra girasse ao redor de si mesma, do Sol, da Via Láctea e do Universo, só nos restaria esperar as voltas de Cristo para alcançá-la e não simplesmente a volta dAquele que subiu ao Céu e prometeu que logo desceria à terra com poder e grande glória para resgatar os Seus.

      “Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.

      Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.

      …Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. — II Pedro 3:3-13

      1. Tudo bem amigo! Entendo sua colocação, porém não concordo com a comparação Davi x Golias que vc usou, porque usando essa lógica atacamos, além das pessoas, idéias e isso não nos torna melhores. Não temos que nos preocupar se as pessoas acreditam ou não em Jesus e na Sua volta, temos que pregar. Nossa missão é pregar Jesus, apenas isso nos foi pedido. É bem verdade que quanto mais nos aproximamos do fim, mais difícil as coisas ficariam, basta olhar o mundo ao redor. A impressão que vc passa é de muita ira/revolta contra Michelson Borges, Leandro Quadros, Rodrigo Silva e cia. E se vc estiver errado? Contra quem vc acha que estaria lutando? é sempre bom pensar que existe essa possibilidade…

        1. Errados somos todos nós, seres humanos. Mas a Bíblia está sempre certa. Os homens citados são apenas símbolos de uma organização maligna que se apoderou da estrutura adventista para afastá-la da Verdade, encaminhando-a ao domínio de Roma.

          1. Olha não é que o M. Borges não foi aceito no seminário, ele tinha apenas 15 anos de idade e o padre o aconselhou a ver se era isso mesmo que ele queria. No caso do R. Silva qual o problema de fazer Doutorado, Mestrado ou Graduação em Universidade Católica? Da mesma forma que alguém se forma em Universidade Adventista e não se torna praticante, porque o contrário seria obrigatório. Qual foi a mentira que o L. Quadros falou? Onde ele errou? A forma como vc tem usado textos/vídeos fora de contexto atingem pessoas como eu, que um dia fui católico, conheci as verdades bíblicas e hoje batalho para crescer na graça de Jesus. Tenho inúmeros amigos católicos, dos quais agradeço a Deus por conhecê-los e por terem, na minha infância, me influenciado para o bem. M. Borges, R. Silva e L. Quadros não são Jesuítas infiltrados e nem se apoderaram de nada na IASD. Não são infalíveis, muito pelo contrário, mas são usados por Deus. E qual personagem bíblico, exceto Jesus, foi infalível?

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