Instituição de saúde é filantrópica e negou aumento de preços em decorrência da pandemia
Por Mariana Zylberkan
Publicado em 6 maio 2020, 17h24
Hospital Adventista em Manaus é acusado de praticar preço abusivo de consultas para coronavírus Procon AM/Divulgação
O Hospital Adventista em Manaus está sendo investigado pela Câmara Municipal e pelo Procon do Amazonas pela prática de preços abusivos de consultas particulares para tratar pacientes com coronavírus. A cidade vive um colapso no sistema público de saúde, não há leitos de UTI disponíveis e registrou mais de 2.600 mortes entre março e abril, mais de 100% acima da média de óbitos no período pré-epidemia. Oficialmente, 459 morreram por coronavírus no município até esta quarta-feira, 6.
De acordo com o vereador Chico Preto (PMN), a instituição, que é filantrópica e, portanto, tem isenção tributária, aumentou de 500 reis para 3.000 reais as consultas especificamente para quem chega com sintomas de coronavírus. O valor da caução para internações, que era de 50.000 reais, passou para 100.000 reais, segundo o vereador. “Causa indignação a ganância e a usura neste momento tão delicado que a cidade de Manaus vive”, disse Preto.
Em nota, o Hospital Adventista negou que tenha aumentado o preço das consultas e internações e explicou que os novos valores se referem a um pacote de tratamento para coronavírus, que inclui consultas, exames laboratoriais e de imagem “para agilizar o atendimento através do tratamento específico”. Em função da pandemia, o hospital informou que suspendeu os atendimentos particulares na emergência.
Diante das denúncias, o vereador questionou a Prefeitura de Manaus sobre o montante de impostos que o Hospital Adventista deixou de pagar aos cofres municipais em função dos benefícios tributários. O Procon do Amazonas notificou o Hospital Adventista, que deverá apresentar documentos que sustentem o valor cobrado nas consultas nos meses de março e abril. O hospital informou que apresentou os documentos pedidos.
Com mais de 8.100 casos confirmados de coronavírus, o Amazonas é o segundo estado no país com maior incidência de infectados por 1 milhão de habitantes, 1.957. Em primeiro lugar está o Amapá com 2.283, na mesma proporção. A maioria dos casos, 60%, está concentrada na capital Manaus e cidades no entorno. O ministro da Saúde, Nelson Teich, esteve na cidade no início desta semana para articular ações com os governos estadual e municipal na tentativa de aumentar a capacidade de atendimento.
IASD é apenas uma empresa com fins lucrativos. Escola particular que exige uniforme feito pela empresa adventista, que usa nas cantinas alimentos feitos na indústria de alimentos adventistas, que exige uniforme feito pela indústria de vestuários adventistas e os livros só podem ser os da editora adventista… hospital que cobra três mil reais a consulta… simplesmente perderam a noção. E tudo isso sob o selo da filantropia para ter isenção de impostos!!! Sem falar na indústria televisiva e estúdios de música! Acho que se Jesus voltasse hj, ele diria “olha só, precisamos conversar, vocês não entenderam muito bem minha proposta “…