China, nova imagem da besta romana perseguidora — Escravidão totalitária, tirania e democídio

Não podemos permitir que a China, e suas supostas boas intenções nos enganem. Os chineses não estão querendo apenas fazer negócios.

Essa nunca foi a intenção deles. Hoje, o Partido Comunista Chinês é guiado por uma filosofia conhecida como Tianxia, e o ponto central da doutrina sugere que os chineses — etnia Han — são superiores ao restante da humanidade, e estão destinados a governar o mundo. Algo muito similar a teoria da superioridade da raça ariana, apregoada pelo Terceiro Reich, cujo teórico principal fora Alfred Rosenberg.

Veja este vídeo em espanhol:

Autoridades aduaneiras dos EUA apreendem 13 toneladas de cabelo humano da China. Suspeita-se que os produtos de beleza venham dos campos de concentração do regime chinês. Confira essa e outras notícias no vídeo acima.

A China é um país de enorme pluralidade cultural, embora muitas pessoas não saibam disso. Terceiro maior país do mundo, a China continental é composta por quase uma centena de diferentes povos, raças, etnias e civilizações.

A etnia Han, no entanto, é a majoritária; estimada em um bilhão e trezentos milhões de pessoas, corresponde a quase 92% da população. Muitos dos povos e raças que habitam a China, no entanto, não usufruem dos mesmos direitos que a maioria étnica Han, algumas delas sendo brutalmente escravizadas há séculos.

Ao longo de toda a sua história, a China foi castigada por uma nefasta sucessão de governos brutalmente autoritários. De fato, ao estudarmos a turbulenta história do dragão asiático, fica fácil constatar que nunca existiu liberdade na China continental. No período imperial, por exemplo, os chineses eram proibidos pelo governo de ensinar seu idioma a estrangeiros, sob pena de morte.

Naquela época, o cristianismo já era proibido, sendo severamente restrito; apenas em algumas regiões o proselitismo cristão de alguns bravos missionários era relativamente tolerado. Extinto o período imperial, começou a brutal ditadura militar de Chiang Kai-shek. Depois da mortífera guerra civil entre nacionalistas e comunistas, Mao Tsé-tung implementou oficialmente o comunismo, em 1949. Desde então, a China vem sendo governada pelo autoritário e despótico Partido Comunista Chinês.

É verdade que nos anos 1980, Deng Xiaoping implementou reformas liberalizantes na economia, e o capitalismo foi plenamente incorporado ao modelo econômico do país. No entanto, na política, a China continuou sendo uma ditadura totalitária.

Desde que assumiu o poder, em 2012, o imperador autócrata Xi Jinping vem implementando sórdidas e draconianas medidas autoritárias. Como Simon Tisdall corretamente escreveu, “os impactos negativos da ascendência de Xi estão em toda parte.”

Tendo concentrado uma imensurável quantidade de poder em suas mãos, Xi Jinping é o homem mais poderoso da China desde Mao. Conforme Simon Tisdall explica, “Xi Jinping exerce um nível de controle social não visto desde Mao (…), empenhado em extirpar todos os vestígios, pedidos e demandas de pluralismo político e dissidência pública.

Os casos de repressão na China infelizmente não são novidade. O que é diferente — e subestimado no ocidente —, é o modo como Xi está expandindo inexoravelmente e decididamente os sistemas draconianos de controle social centrados no partido comunista e na ditadura de fato de um homem: ele próprio.”

Depois de ter extirpado completamente o limite da presidência a dois mandatos — como fora instituído por Deng Xiaoping —, Xi Jinping, além de ter seu pensamento político incorporado à constituição, “se tornou presidente vitalício (…) Ele consolidou o controle pessoal do politburo, das forças armadas, da comissão de segurança nacional e da burocracia estatal, todas expurgadas por ele. Grupos da sociedade civil, mídia, internet e instituições religiosas e acadêmicas sofrem restrições rígidas.”

Ele pretende agora realizar uma expressiva tomada de poder global, que varia de estratégia de acordo com o local. Regiões autônomas que o governo totalitário de Pequim considera suas por direito — como Hong Kong e Taiwan — sentirão de forma ostensivamente agressiva a mortífera espada do domínio chinês. Outros países, como Brasil e Estados Unidos, por exemplo, serão conquistados de forma mais sutil e diplomática, porém não menos incisiva.

Alguém duvida?

Recentemente, Xi Jinping afirmou que a China é o único verdadeiro estado soberano do mundo. Com uma ideologia completamente sinocêntrica, que coloca a China como o centro do mundo, não é nenhum um pouco improvável que ele pense sinceramente dessa forma, e não hesite em expressar isso de maneira clara.

Os chineses estão determinados a conquistar o mundo, e não hesitarão em fazer o que for necessário para atingir esse objetivo. No entanto, eles já começaram isso há muito tempo. Muitas pessoas ignoram o fato de que uma parcela expressiva do continente asiático já está sob total domínio dos chineses. O dragão asiático é esperto, dinâmico, versátil, flexível, sorrateiro, se adapta às mais variadas situações e circunstâncias. Nunca conquista diferentes países da mesma maneira, mas se adapta a situação de cada um. Laos, Birmânia, Camboja, Tadjiquistão, Quirguistão, Turcomenistão, Sri Lanka e Paquistão, entre outros, são países que hoje são inteiramente dependentes da China.

A China praticamente possui todas as jazidas de jade do noroeste da Birmânia — terceiriza a extração através de miseráveis mineradores locais e depois paga o que quer pelas pedras brutas, normalmente, um valor inferior ao que é praticado no mercado — e a astronômica dívida do Paquistão tem por credores os maiores bancos chineses. Assim, a China vai sorrateiramente se apropriando das riquezas das nações, e usando tudo o que consegue arrebanhar para o seu próprio benefício.

As nações que não tem muitas riquezas naturais a serem exploradas podem sempre ser endividadas. Governos locais, regionais, nacionais, são subornados e comprados. Os chineses aprenderam a fazer negócios, e jamais apostam para perder. Nações inteiras da Ásia hoje foram completamente conquistadas.

Habitantes de nações pequenas como Camboja e Sri Lanka hoje são obrigados a aceitar o fato de que seus países transformaram-se, na prática, em colônias chinesas. Países com mão de obra barata, cujas riquezas podem ser todas extraídas e enviadas para os grandes conglomerados da China continental. Normalmente, nesses locais, os chineses enriquecem avidamente, e as populações locais empobrecem, com restrições econômicas, monopólios, apropriações indevidas de terras e regulamentações arbitrárias que favorecem unicamente os grandes conglomerados chineses.

O autocrático governo chinês não respeita nem mesmo a própria população. Por que razão iriam se preocupar com os povos de outros países? Não podemos esquecer que hoje o totalitário governo de Pequim está envolvido no democídio sistemático da população chinesa. O objetivo do governo é erradicar todas as religiões e exterminar todas as pessoas religiosas, para instituir o ateísmo marxista-leninista como a política oficial de estado.

O Partido Comunista Chinês pretende fazer do estado o deus máximo de toda a sociedade chinesa, para reinar soberano sobre tudo e sobre todos. Isso é muito comum em um estado totalitário marxista-leninista; Deus é substituído pelo estado, e Jesus Cristo pelo ditador que está no poder. O PCC pretende promover a completa e total secularização da sociedade.

O tratamento dispensado aos cristãos, por exemplo, é pavoroso. Diariamente, Bíblias são confiscadas, igrejas são fechadas e posteriormente derrubadas, seu terreno é confiscado pelo estado, missionários estrangeiros são deportados e casas onde grupos de oração e estudo da Bíblia se reúnem são monitorados.

Recentemente, cristãos foram obrigados a substituir ícones e representações de Cristo por retratos do imperador Xi Jinping. O estado passou a oferecer também polpudas recompensas financeiras para quem denunciar pessoas que praticam a religião cristã, o que é uma grande tentação para pessoas pobres que passam necessidades terríveis.

Muçulmanos também são vítimas de deploráveis atrocidades perpetradas pelo governo totalitário de Pequim. Aproximadamente um milhão de muçulmanos turcomenos da etnia uigur estão encarcerados em campos de concentração — chamados de “campos de reeducação” — construídos em sua terra natal, a região de Xinjiang, localizada no noroeste da China.

Nestes estabelecimentos sórdidos e abomináveis, que não ficam atrás dos campos de concentração nazista, os uigures sofrem torturas excruciantes. São forçados a abandonar sua religião, renunciar às suas crenças e jurar lealdade absoluta ao estado e ao imperador Xi Jinping. Os indivíduos que morrem vítimas da tortura são rapidamente incinerados em grandes fornalhas industriais, para impedir a família de reclamar o corpo e dar ao falecido um funeral religioso.

A região de Xinjiang virou literalmente um estado policial. Os uigures são vigiados 24 horas por dia. O pretexto do governo é combater o extremismo islâmico, mas o que o Partido Comunista efetivamente tenta suprimir é o desejo dos uigures de separar-se da China e serem independentes, já que eles possuem aspirações separatistas. Nada mais justo. Como estão sendo brutalmente escravizados pelos chineses, eles nutrem um anseio natural por liberdade.

Uma política de agressiva assimilação cultural também está sendo ostensivamente adotada no caso dos uigures. Chineses da etnia Han — por ordens do governo — infiltraram-se em famílias uigures, para destruir sua cultura e tradições, e obrigar todos os uigures a falar apenas o mandarim, e adotar hábitos e costumes convencionais chineses. Em determinados casos, crianças foram retiradas de seus lares, para que seus pais não passem a elas sua cultura, idioma e tradições.

Assimilação cultural forçada é uma estratégia adotada pela etnia Han há muito tempo; foi assim que quase erradicaram a cultura manchu, natural da Manchúria. Hoje, a maioria dos manchus sabe falar apenas o mandarim. Apenas duas dezenas de manchus falam a língua manchu como primeiro idioma. No entanto, em anos recentes — em um esforço para não deixar a língua desaparecer —, centenas de milhares de manchus aprenderam o idioma, e o utilizam como língua secundária.

Esse exemplo. no entanto, está longe de ser um caso isolado. Seriam necessários extensos relatórios para discorrer com justiça sobre todos os povos que foram colonizados à força pelos chineses, e obrigados a adotar os hábitos, costumes, língua e tradições dos chineses da etnia Han. Alguns, com diferentes níveis de sucesso, como os manchus, conseguiram evitar a erradicação do seu idioma e da sua cultura.

A crueldade e a brutalidade do governo chinês com relação a certos grupos específicos é ignorada por pessoas de fora da China. Membros de uma religião conhecida como Falon Gong, por exemplo, são literalmente tratados como mercadoria pelo governo. Integrantes desta crença são deliberadamente sequestrados para serem assassinados e terem seus órgãos retirados, para serem comercializados no mercado negro. A China hoje é um ponto central na rota do tráfico internacional de órgãos humanos.

É necessário enfatizar que isso é realizado como política de estado. Jiang Zemin — que foi presidente da China de 1993 a 2003 — criou um departamento governamental unicamente para isso, o nefasto e macabro Escritório 610, cuja finalidade é perseguir, encarcerar e assassinar membros da crença Falon Gong.

Em determinados casos, é possível encomendar qualquer órgão, rins, coração, fígado, córneas, diretamente da equipe de profissionais dos hospitais do estado e exigir que tenha sido retirado de um membro da religião Falon Gong. Como não fumam, nem bebem — em função de sua crença —, pessoas dessa religião são conhecidas por serem muito saudáveis.

A perseguição e o extermínio a membros dessa religião já acontece há muito tempo. O famoso relatório Kilgour-Matas — redigido pelos especialistas David Kilgour e David Matas após extenso estudo e pesquisa —, mostrou como são inexplicáveis os números absurdos de transplantes realizados na China, e magistralmente desproporcionais o número de operações com relação ao número de doadores. Eles também mostraram como o governo chinês realmente esconde o que está acontecendo, não sendo nenhum pouco transparente nessa questão.

Na região do Tibete, budistas continuam sendo sequestrados e assassinados diariamente. O Tibete é outra região da China que há décadas luta por independência, mas permanece sendo escravizada pelo governo totalitário de Pequim.

Com o sistema de crédito social — que, através da aplicação de restrições, penalidades e marginalização social severa, dependendo da transgressão, obriga todos os cidadãos a serem completamente obedientes ao governo em tudo —, a escravidão totalitária do Partido Comunista sobre toda a sociedade chinesa em breve estará completa.

Hoje, milhões de chineses estão impossibilitados de andar de avião ou metrô, porque seu comportamento não está plenamente de acordo com os padrões de lealdade e obediência absolutas exigidas pelo partido. Essas pessoas podem tentar realizar a compra das passagens, que não é processada, validada ou concluída, em função de péssima pontuação no crédito social.

Esse tipo de penalidade, no entanto, está entre as mais suaves. Quem tiver pontuação muito baixa pode perder o emprego e não se qualificar para nenhum tipo de trabalho, e ficará sem recursos para comprar alimentos. Severas restrições já estão entre as punições a serem adotadas.

Determinadas pessoas não podem frequentar mercados ou centros comerciais; seus cartões de crédito foram cancelados e não são mais processados em um determinado número de estabelecimentos. Em breve, muitas pessoas poderão ficar completamente relegadas à total marginalidade e ao ostracismo, sendo consequentemente forçadas a viver em uma condição de pobreza e miséria extremas.

A sociedade chinesa hoje é definitivamente a mais controlada e vigiada do mundo. Com quase duzentos milhões de câmeras espalhadas pelo país inteiro, o governo pretende instalar mais quatrocentos milhões nos próximos anos. Em breve, é possível que os cidadãos passem a ser vigiados, monitorados e observados até mesmo no interior de suas próprias residências, sem poder usufruir de quaisquer momentos de privacidade.

O festival de horrores que é a China contemporânea deixaria qualquer pessoa decente profundamente indignada. Além de ser a pior ditadura totalitária da história humana — apenas durante o período maoísta, no mínimo 60 milhões de chineses perderam a vida, das formas mais excruciantes possíveis —, o nível de depravação, tirania e brutalidade do regime comunista chinês deixaria a Alemanha Nazista parecendo o governo dos ursinhos carinhosos.

Infelizmente, os representantes da República Popular da China são mestres da dissimulação, sabem usar carisma e diplomacia a seu favor; parecem inofensivos no início, mas sabem apertar a culatra no momento oportuno. O que muitas pessoas não entenderam é que além de escravizar sistematicamente povos e nações, o governo chinês pretende ensinar outros governos a escravizarem suas respectivas populações, exportando o totalitarismo político através de ferramentas de controle social.

Em sua ingenuidade e ignorância, a maioria das pessoas realmente não tem a menor noção do festival de abominações e depravações que é o governo da República Popular da China. Os chineses querem porque querem dominar o mundo. Com eles, nenhuma relação comercial é apenas uma relação comercial.

Não há absolutamente nada de inocente em uma relação diplomática com a China. O dragão asiático avança incólume no seu sórdido projeto para colonizar o mundo. O que muitos ainda não conseguiram compreender é que os chineses — etnia Han — se lançaram em um sórdido e nefasto projeto de poder e conquista global, onde eles serão supremos e soberanos. Todos os demais povos, raças e nacionalidades serão os seus escravos.

Wagner Hertzog

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