Organização Decide Numerar Dizimistas! Você Confirma Esta Notícia? 

Informações (ou boatos?) que nos chegam de todo o Brasil dão conta de que uma estranha ênfase na "teologia da prosperidade" começa a dominar os seminários de treinamento sobre Mordomia Cristã ministrados por representantes da Organização Adventista.

"Foi a primeira vez que ouvi a pregação da teologia da prosperidade igualzinha à da Igreja Universal ser pregada na Igreja Adventista. O pastor usou aqueles textos bíblicos de Malaquias e Provérbios que prometem bençãos materiais. E a IURD foi citada como parâmetro!"

Os diretores de Mordomia nas igrejas estariam sendo orientados a ensinar que ´"dizimar e ofertar é bem mais que um ato de amor. É também uma forma de garantir estabilidade financeira. 

"Na minha cidade, o pastor contou que a esposa e outros irmão fizeram um pacto especial com Deus e estão ganhando muito dinheiro hoje."

"Disseram que antes de recolher as ofertas e dízimos, será feita uma leitura de testemunhos daquele tipo: 'Antes eu era pobre, desgraçado, quebrado, mas agora, depois que destinei tantos por cento para a Igreja, sou feliz, fiquei rico, meu salário quadruplicou, minha mulher se batizou, minha sogra morreu...' Vai ser duro de agüentar!"

Outro detalhe que está chocando alguns irmãos é o anúncio de que, em alguns Campos, começará a ser entregue aos membros trimestralmente uma espécie de relatório, contendo o valor total entregue pela igreja e o valor que cada um dos membros repassou à tesouraria, em dízimos e ofertas. O problema é que, junto ao nome daqueles que não devolvem o dízimo ou não encaminham suas ofertas pelo envelope, estará escrito da seguinte forma: 0 (zero) dízimos, 0 (zero) ofertas.

"Lembrei-lhe o caso dos desempregados. E o pastor nos disse que até estes vão receber o relatório com nota 0 (zero)."

Estaria sendo divulgado também que as igrejas não devem pedir dinheiro à Missão ou Associação para cobrir despesas. "Elas têm de se virar!" recomendou o departamental.

O pior de tudo, o mais grave, terrível, assustador e incrível de todo o noticiário econômico adventista é que, em alguns Campos, já está decidido e anunciado que cada membro terá um número-código para que suas doações e devoluções possam ser melhor controladas.

"É para a Associação poder identificar mais fácil quem são os não-dizimistas e impedi-los de assumir cargos." A medida já foi batizada como "o número dos bestas".

São informações verdadeiras, de irmãos que nos pedem para denunciar. Mas antes de fazê-lo com maior veemência gostaríamos de saber de você, leitor, se, em seu Campo a ganância dos administradores já atingiu esses limites? Pergunte ao tesoureiro, discuta com os demais irmãos e informe-nos através do e-mail: adventistas@adventistas.com.

Confirmo Tudo! E Digo Mais...

Todos estamos numerados, sim. Cada membro recebe um número no envelope de dízimo. É fácil comprovar. Nunca me importei com isso até ler a matéria em seu site. Ocorre que, misteriosamente, eu e diversos colegas, há muito tempo na liderança da congregação, há dois anos não recebemos qualquer incumbência na igreja, nem para reprisar a Lição da Escola Sabatina. Algo de macabro ocorre nos bastidores, e ninguém fala. Desconfiamos do que falam de nós.

Mas, afinal, devolvemos o dízimo ou não? Sim, mas sem a burocracia de preencher folhinhas. Na sacolinha, mesmo. Quem é o responsável que use a inteligência e realize a contabilidade de acordo com as necessidades locais, e não as imposições de Associações luxuosas.

Essa vale a pena escutar (ler!): estava em um seminário quando escutei o presidente da Associação Sul-Paranaense, António Moreira, relatar sua aventura de fé. Ao ser transferido para o Mato Grosso do Sul - na época MT -, não tinha carro. Então, tratou de pagar consórcio, e orou solicitando um milagre no sorteio da Loteria Federal, pois era assim que o pessoal conseguia retirar veículos por esse sistema de compras nacional das montadoras.

Qual não foi sua surpresa ao ser sorteado sábado, no primeiro mês! Motivo que o levou a instar com os ouvintes a serem fiéis nos dízimos e ofertas "a fim de que os pastores possam pagar seus consórcios". 

Aliás, de carros importados agora! Acredita? É isso mesmo. Tércio Sarli tem um Alfa Romeo, a coisa mais linda do mundo. Eu tenho uma BMW, porque minha profissão o permite, mas 1.100 reais não permitem que um pastor tenha veículo além dos populares Gol, Corsa, Palio e Fiesta, muito menos importados caríssimos.

Alguém pode alegar que foi herança. Engraçado como todos têm herança! E foram algum dia pobres, até mesmo filhos de pastores. De onde surgem essas heranças? Bem, ele economizou durante vinte anos. Até pode. Mas, e o IPVA, quem paga? Se é a administração da Igreja, é sacanagem, pois tenho amigos professores e demais obreiros que suam um bocado para pagar prestações de Brasílias e Vemaguetes da vida. 

Cadê a coerência? Para que carros bons se eles só viajam de avião? Trata-se de paradoxo, concordam? Estou ficando de saco cheio disso tudo. A cada dia meu sangue circula mais rápido nos canais competentes, enquanto que o sangue de barata deles circula em vias incompetentes.

Chamar nos bastidores da corrupção os membros que aparentemente, à vista de todos como os fariseus, não derramam suas ofertas no gazofilácio, causando estrondo na União, de Numerados da Besta, é motivo para pagarem caro nas barras da justiça. Não da brasileira, que essa definitivamente não presta, mas da celestial. Essa turma está no bico do urubu, candidatíssima à cidade celestial... do lado de fora, é claro.

Eu queria ver um pastor macho - outra coisa difícil, em todos os sentidos - confirmar na minha cara essas coisas. Aquilo que escrevi no PS da última correspondência merece ser investigado. 

Casos sexuais estão sendo abafados com muito dinheiro, nas capitais, colégios e administrações. Por que com muito dinheiro? Porque se trata de estupro, sevícia. Não são só os católicos que sofrem com isso. Há muito pastor solteiro envolvido em tramas diabólicas. E casados muito mais. Se querem tirar satisfação comigo, estou à disposição. Não será difícil me achar, pois sou um dos três únicos RP (Relações Públicas) adventistas em Sampa. -- PR/ML.

Não Sei de Nada Disso!

Olá, Robson.   Tenho acompanhado sua home page e tenho notado alguns bons assuntos que têm sido publicados. Alguns outros porém, não concordo, mas, moramos em um país livre, democrático e acima de tudo, Deus nos deu o livre arbítrio. 

Quanto ao assunto que você pediu para escrever, no que se refere a troca de dízimo por cargos (carta que você recebeu), sou membro da Associação Norte Paranaense da IASD, sou ancião de igreja, já fui tesoureiro (1999) e vice (2000) e jamais tive conhecimento desses procedimentos, nem mesmo a questão de numerar os dizimistas. 

Afirmo que as leitura que fazemos no sábado não são com objetivo de prosperidade financeira, mas sim espiritual e até hoje (faz sete anos que estou na igreja) nunca escutei um sermão desse tipo ("Dê para a igreja e fique rico", como prega a IURD). 

Pacto com Deus, temos sim, mas por livre e expontânea vontade. As bençãos de Deus existem, sim, mas creio e tenho certeza que você também, que elas são em amor por nós, por nossa fidelidade e lealdade a Ele e não em função de quanto damos.

Acredito no sistema de dízimos, porém, se estão sendo utilizados de maneira errada, quando sabemos, temos que falar. Do contrário, não tem como dedicar tempo para ficar procurando "cabelo em ovo". Quanto às ofertas (1º, 2º e 4º sábados ou oferta mensal), somos nós quem decidimos o que fazer. Se entregamos à igreja e os responsáveis estão gerindo mal, temos uma comissão dentro dela para resolver. Se não funcionar, a oferta do próximo mês está em suas mãos e não nas mãos deles. É você quem decide o que fazer. 

O que não creio ser correto é que mesmo sabendo que tem administração errada das ofertas, eu continuo a entregar só para ter o que reclamar. Podemos colocar um basta bem cedo, não precisamos esperar. Já os dízimos, bem, aí a coisa é mais séria, com que direito vou reter ou destinar um dinheiro que não é meu?

Nesse caso, meu irmão, só pela misericórdia de Deus!   Vivemos em momentos solenes, nos últimos dias e você tem alertado às pessoas do que está acontecendo. Isso é muito bom. Continue publicando matérias que comprovam o que sempre esperávamos - a volta de Jesus está mui próxima.

EGW diz que temos que ter uma reforma. Temos que reformar nossa vida (igreja invisível) e não a igreja (templo/organização).

PS: Acompanhei seu relato quanto a sua saída da CPB. Olha, "... todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus..."   Um grande abraço, Carlos.

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