E os Nossos Escândalos, Até Quando Serão Abafados e Ignorados no Brasil?

Não é só no Brasil, em outros países existem inclusive estatísticas oficiais sobre abusos sexuais em famílias e comunidades adventistas. (Ver links no rodapé desta página.) Mas o assunto vem à tona, no rastro das recentes denúncias contra religiosos católicos do mundo inteiro.

Casos de homossexualismo de vinte anos atrás, supostamente ocorridos num internato brasileiro, envolvendo profissional ligado à música, têm sido relembrados. Outros mais recentes também, como o do pastor-estuprador, que foi preso exatamente no dia da última visita do presidente Jan Paulsen ao Brasil. Aqui mesmo no Adventistas.Com já houve várias denúncias de envergonhar qualquer um que seja membro da igreja e zele pela reputação dos que a ela permanecem filiados.

O que incomoda é a aparente omissão da liderança, que cheira à conivência e cumplicidade.

De um lado, noticia-se que os adventistas são campeões brasileiros de filantropia para com crianças em idade idade escolar, uma vez que só no Campo da UCB a Adra estaria investindo quase 90 milhões de reais por ano no atendimento a menores carentes. Isso equivale a 350 mil reais investidos por dia, contando-se apenas os dias úteis. Como não há relatórios específicos sobre as entidades que recebem esses valores, pode-se até duvidar e supor que tenha havido algum equívoco em sua totalização, ou estaria ocorrendo algo de ilícito no setor.

Por outro lado, uma Organização que se diz tão preocupada com a educação e o oferecimento de melhores condições de vida às crianças e adolescentes, não pode simplesmente tentar abafar ou ignorar os clamores dos que pedem uma apuração rigorosa de todas as denúncias contra obreiros de colégios e outras instituições, que estariam desencaminhando meninos e meninas, garotos e mocinhas, seja através de práticas homossexuais ou heterossexuais, com ou sem penetração ou mero exibicionismo para fotos.

E que aqueles que, após verificação, sejam encontrados em falta, que tenham suas credenciais cassadas e, mais que isso, sofram com a divulgação das razões pelas quais estão sendo punidos, como acontece aos criminosos comuns, cuja imagem de modo algum é preservada pela sociedade, que cobra da Imprensa informações completas também neste sentido.

Transferir simplesmente o pastor-problema de lugar pode significar colocar em risco outros jovens de outras comunidades. Dia desses, um rapaz adventista lamentava que havia chorado e erguido a voz em solidariedade a um pastor acusado de infidelidade faz alguns meses e, há poucos dias, soube que o mesmo pastor transferido para outro Campo como departamental JA havia repetido erro, só que desta vez sem ter como negar.

Outro caso que nos foi informado envolve a mulher de um pastor, que simulou uma saída de casa e posicionou-se estrategicamente debaixo de sua própria cama de casal. Em poucos instantes teve confirmadas suas suspeitas, pois o marido retornou para casa e fez sexo com a empregada, uma senhora até de mais idade que a esposa, e que se relacionava com ele no mesmo quarto em que ele e a esposa dormiam.

Pastores que se insinuam para cima das ovelhas têm sido acobertados pela direção de Campos, que sugere às senhoras que fazem as denúncias que orem pela conversão desses pastores... Mas não são apenas os pastores que são acusados. É sabido que num estado da Região Centro Oeste já flagraram esposa de pastor fazendo sexo com o motorista do ônibus, no bagageiro do veículo que levou o grupo até o local do acampamento. O que mais se pode esperar?

Deus dê também maior coragem às vítimas desses abusos para que estas não mais se escondam no anonimato e venham a público, seja na polícia ou no jornal de sua cidade, denunciar o que lhes ocorreu, para que a pressão da opinião pública force uma reação da justiça humana, intimidando aqueles que já não temem a Justiça divina. -- Robson Ramos

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