EUA Traem Seus Valores Fundamentais e Cumprem a
Profecia
Os exilados que fugiram para os
Estados Unidos “decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da
liberdade civil e religiosa. Suas idéias tiveram guarida na Declaração da
Independência, que estabeleceu a grande verdade de que "todos os homens são criados
iguais", e dotados de inalienável direito à "vida, liberdade, e procura de felicidade".
E a Constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os
representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis. Foi também concedida
liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Deus segundo os
ditames de sua consciência. Republicanismo e protestantismo
tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo
de seu poder e prosperidade. Os oprimidos e desprezados de toda a cristandade
têm-se volvido para esta terra com interesse e esperança. Milhões têm aportado às suas
praias, e os Estados Unidos alcançaram lugar entre as mais poderosas nações da Terra.
Mas a besta de chifres semelhantes aos
do cordeiro "falava como o dragão.
E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela
habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E ... dizendo aos que
habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia".
Apoc. 13:11-14.” (Grande Conflito, 441 e 442, grifos acrescentados)
Para os EUA dominarem sobre o planeta, e
para eles falarem como o dragão, isto é a imposição do decreto dominical, devem eles
rejeitar seus princípios pelos quais se tornaram a maior nação do mundo. “Por um decreto
que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação
americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o
protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder
romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança os
Estados Unidos for induzido a repudiar todos os princípios de sua Constituição,
que fizeram dele um governo protestante e republicano, e adotar
medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber
que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo.”
(Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 150 e 151, grifos acrescentados).
“Os fundadores da nação procuraram
sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável
resultado - intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que "o Congresso não
fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o seu livre exercício", e
que "nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para
qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos". Somente em flagrante
violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser
imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior
do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos do
cordeiro - professando-se pura, suave e inofensiva que fala como o dragão.” (Grande
Conflito, 442 e 443, grifos acrescentados)
Esta é uma das profecias importantes
para o tempo do fim. Ela nos serve como indicador preciso da proximidade da volta de
JESUS. Pois, quando os EUA estiverem renunciando os seus princípios, os relacionados a
liberdade de culto e os relacionados a democracia, e aos direitos dos cidadãos, o fim
estaria chegando. Em certa intensidade, isso já está acontecendo, desde ao menos após o
dia 11-09-2001, no ataque às torres gêmeas. Possuindo várias reportagens e notícias a esse
respeito, selecionamos um artigo, o mais recente para uma reflexão. -- Prof. Sikberto
Renaldo Marks, texto recebido pela internet.
EUA traem seus valores
GÜNTER GRASS
Global Viewpoint
BEHLENDORF, Alemanha - Uma guerra longamente desejada e planejada está em curso. Apesar de
todas as deliberações e alertas das Nações Unidas, um aparato militar ultrapoderoso atacou
preventivamente, violando a legislação internacional. Nenhuma objeção foi considerada. O
Conselho de Segurança foi desdenhado e tratado como algo irrelevante.
Enquanto as bombas caem e a batalha por Bagdá continua, a lei do poder é que prevalece.
E, baseado nesta injustiça, o poderoso tem a força de comprar e recompensar aqueles que
talvez o queiram e de desprezar e mesmo punir os outros. As palavras do atual presidente
americano - "Quem não está conosco está contra nós" - pesa sobre os fatos da atualidade
como a ressonância de tempos bárbaros. E não é nada surpreendente que a retórica do
agressor cada vez mais se assemelhe à de seu inimigo.
O fundamentalismo religioso leva ambos os lados a abusar do que pertence a todas as
religiões, tomando a noção de Deus como refém de seus próprios entendimentos fanáticos.
Mesmo os alertas passionais do papa, que conhece quão duradouros e devastadores foram os
desastres provocados pelas mentalidades e ações das cruzadas cristãs, foram inúteis.
Atordoados e sem ação, mas também cheios de raiva, estamos testemunhando o declínio moral
da única superpotência mundial, carregados pelo conhecimento de que uma única conseqüência
desta loucura organizada é certa: estão sendo alimentadas motivações para mais terrorismo,
para mais violência e contra-violência.
São de fato os Estados Unidos da América, o país do qual nos lembramos carinhosamente por
tantas razões? O generoso benfeitor do Plano Marshall? O abnegado instrutor de lições de
democracia? O ingênuo autocrítico? O país que certa vez tomou os ensinamentos do
Iluminismo europeu para se livrar da dominação colonial e para dar si uma Constituição
exemplar? Foi este o país que fez da liberdade de expressão um direito humano
incontestável?
Não são apenas os estrangeiros que se chocam enquanto este ideal se empalidece a ponto de
agora parecer uma caricatura de si mesmo. Há muitos americanos que amam seu país, pessoas
horrorizadas com a traição de seus valores fundamentais e com a soberba dos que seguram as
rédeas do poder. Eu estou com eles. Com eles, eu me declaro pró-americano.
Eu protesto com eles contra as brutalidades trazidas pela injustiça do poderoso, contra
todas as restrições à liberdade de expressão, contra o controle de informações que lembra
as práticas de Estados totalitários e contra as equações cínicas que fazem a morte de
milhares de mulheres e crianças aceitáveis enquanto interesses políticos e econômicos são
protegidos.
Não, não é o antiamericanismo que está provocando estragos na imagem dos Estados Unidos;
nem é o ditador Saddam Hussein e seu país amplamente desarmado quem ameaça o mais poderoso
país do mundo. São o presidente Bush e seu governo que estão diminuindo os valores
democráticos, que estão levando ao desastre o próprio país, ao ignorar as Nações Unidas, e
que agora aterrorizam o mundo com a violação da legislação internacional.
A nós, os alemães, freqüentemente se pergunta se temos orgulho de nosso país. Responder a
essa questão sempre é um peso. Há razões para termos dúvida. Mas agora eu posso dizer que
a rejeição a essa guerra preventiva pela maioria no meu país me fez sentir orgulho da
Alemanha.
Depois de termos sido enormemente responsáveis por duas guerras mundiais e seus
conseqüentes crimes, nós parecemos ter dado um passo difícil. Parecemos ter aprendido com
a história.
A República Federal da Alemanha é um país soberano desde 1990. Nosso governo fez uso dessa
soberania com a coragem de se opor aos aliados em sua causa, com a coragem de proteger a
Alemanha de um passo atrás para um tipo de comportamento adolescente. Eu agradeço ao
chanceler Gerhard Schroeder e seu ministro do Exterior, Joschka Fischer, por sua
resistência, apesar de todos os ataques e acusações, dentro e fora do país.
Muitas pessoas têm se sentido desesperadas nestes dias, e com boas razões.
Ainda assim, nós devemos impedir que silenciem nossas vozes, nosso não à guerra e nosso
sim à paz.
O que aconteceu? A pedra que empurramos até o pico da montanha está, outra vez, no seu pé.
Mas nós temos de levá-la para cima de novo, mesmo que saibamos que ela pode rolar abaixo
novamente.
Günter Grass ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em
1999. Seu último livro, Passo de Caranguejo, foi publicado no Brasil pela Nova Fronteira.
Fonte:
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/04/09/int021.html
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