Ministerial Ensina que Membro Deve Pedir Autorização para Pastor Antes de Denunciá-Lo

 

Prezado irmão Robson Ramos,

Hoje, sábado (26/04/2003), esteve na Igreja (Itaguaí/RJ) da qual sou membro, o Pastor Ministerial, Graciliano Martins, considerado como o Pastor dos Pastores da Associação RJ-Sul. Ele começou pregando bem, falando da sua vida quando criança, como conheceu a Jesus. Em seguida, citou II Cor. 5:16, onde Paulo fala que não devemos viver para nós mesmos, e sim viver para Cristo Jesus que morreu por nós.

Até aí o sermão estava ótimo. Foi quando ele mudou para II Tim. 2:3, que diz que devemos ser como bons soldados de Cristo, e a nossa arma é a Bíblia. O Pastor falou bem quando disse que não devemos ser como alguns que se dizem cristãos e quando lhes é pedido para mostrarem na Bíblia suas bases cristãs, ficam folheando a Bíblia para lá e para cá, e não as encontram.

Disse que a nossa arma na luta contra o mal, é a Bíblia, devemos aceitar só o que está escrito nela e nada mais. Mas ele deve ter se esquecido que na Bíblia não há um Deus formado por 3 pessoas, e sim, conforme João 17:3, que conheçamos ao Pai, como único Deus verdadeiro, e seu filho que nos enviou, Jesus Cristo, para que obtenhamos a vida eterna.

Em virtude disso, não posso aceitar essa doutrina esdrúxula de nossa Igreja sobre a trindade, pois isso seria agir como um soldado que vai à guerra para lutar, não por Cristo, mas por Satanás.

Ele disse então que os adventistas como bons soldados devem obedecer estritamente as normas da Igreja, não falando falso testemunho contra seus superiores e da Organização Adventista. Nessa parte, o Pastor explicitou o 9º mandamento, onde não devemos levantar falso testemunho contra o próximo, nas palavras do Pastor "não fofocar".

Fiquei mais abismado, foi quando ele exemplificou que um "soldado" para dar fazer uma reclamação de um "Cabo", contra algum ato deste, o soldado deve pedir permissão ao Cabo, até aí ele falou corretamente, mas continuando com o relato do Pastor, ele falou que se o "Cabo" não permitir que o subordinado represente contra ele, o "soldado" deve ficar calado.

Foi nesse ponto que o Pastor demonstrou realmente o que ele queria com esse sermão, pois eu, como militar, posso afirmar que "se o superior não der a permissão para seu subordinado para que este represente contra ele, o subordinado pode representar assim mesmo contra seu superior, para isto basta que o subordinado vá diretamente a um Superior maior que o seu, e este vai julgar o Superior do subordinado por 2 (duas) transgressões disciplinares, a que ele cometeu primeiramente com seus atos contra o subordinado, e também por não ter dado permissão a seu subordinado para representar contra ele".

Então o Pastor Graciliano comparou os adventistas a soldados e disse que os bons soldados devem obedecer todas as normas e regulamentos de sua corporação e de sua nação. Com isso fica explícito o pensamento dos líderes de nossa Igreja, que qualquer denúncia contra algum deles, devemos pedir permissão a eles, e se eles não concederem, devemos ficar calados e aceitar as suas normas.

Porém, como no militarismo, todos devem ser julgados, inclusive os superiores. Por isso se nossos líderes nos ensinam no caminho errado, eles não seram julgados por homens, pois todos estão de comum acordo, mas serão julgados por nosso Superior Supremo. Eles serão julgados por Deus, tanto por ensinarem suas ovelhas no caminho errado quanto por não deixarem elas mostrarem o caminho correto.

O Pastor Graciliano no seu sermão não falou na Trindade, mas para quem está a par do assunto, deu para se notar o que realmente ele queria com seu sermão, de que como bons soldados devemos aceitar todas as normas e até "desmandos" de nossos líderes, e ficarmos calados como bois que vão ao matadouro para serem mortos. Um abraço deste seu irmão e Cristo.

Márcio.

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