O Que Houve de Errado com a "Teoria dos Nomes Monárquicos"?

Fiquei atônito quando hoje, às 13h00, vi no plantão do jornal Hoje, da Globo, a notícia em edição extraordinária de que a fumaça branca da chaminé da capela Sistina já podia ser vista. Eu estava aguardando a divulgação do nome do novo papa que eu esperava ser um nome inédito conforme a interpretação da teoria dos Nomes Monárquicos, e estava ansioso por ver o cumprimento desta interpretação diante dos meus olhos e ao vivo. Esta teoria já foi publicada neste site (ver links no rodapé) e também está disponível no endereço eletrônico http://www.666man.net, e foi escrita por Ron Johnston.

Qual não foi minha decepção e também a de muitos irmãos ao redor do mundo que estudaram a profecia e aguardavam a divulgação de um novo nome inédito na história do catolicismo quando o porta voz do vaticano anunciou o nome do novo papa – Benedictum XVI.

Pensei comigo: Como pode ser? Estaria a profecia falhando? Não!! A profecia não pode falhar... deve haver algum problema na interpretação. Passei a tarde de hoje pensando e meditando nos versos 8 a 11 de Apocalipse 17 e algumas vezes perguntava a meu Deus – Senhor, qual é falha nesta interpretação?

Em Apocalipse 17:9 e 10 está escrito:

As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada;
10 são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo.

A sete cabeças da besta são sete montes. Monte em profecia quer dizer poder exercido por reinados, dinastias ou grupos de homens. Na Igreja Católica Romana, estes grupos de homens que exercem o poder dito “infalível”, os papas, estão arranjados através dos seus próprios nomes. A distinção entre papas com o mesmo nome se faz através dos numerais que acompanham o nome e os organiza em uma seqüência ordenada. Deste modo, a mulher assentada sobre sete montes, representa a Igreja Católica comandada, a partir da chaga mortal (1798), por sete grupos de homens distingüidos por seus títulos papais, ou nomes monárquicos. Isto é, os sete montes são sete nomes, seis dos quais foram adotados por papas ao longo da história da Igreja Católica e um é inédito. São eles:  Pio, Leão, Gregório, Bento, João, Paulo e João Paulo. Os seis primeiros já foram adotados antes de 1798 e o sétimo é um nome composto de dois nomes que juntos formam um nome inédito. Estes nomes foram adotados pelos papas a partir de 1798, na fase “já não é” (versículo 8) quando a besta não exerce mais o poder que exercia nos 1260 anos de supremacia papal.

No versículo 10 é dito que são também sete reis. Rei não preenche o mesmo significado de monte. Enquanto monte representa uma seqüência de homens no exercício do poder secular, rei aponta para um indivíduo. Portanto, sete reis em Apocalipse 17:10 seriam sete papas em seqüência que se sucederam a partir do início da fase “já não é”. São eles: 

Chaga mortal   Pius VI (1775-99)
Número   Nome
1   Pius VII (1800-23)
2   Leo XII (1823-29)
3   Pius VIII (1829-30)
4   Gregory XVI (1831-46)
5   Blessed Pius IX (1846-78)
6   Leo XIII (1878-1903)
7   Pius X (1903-14)
8   Benedict XV (1914-22)
9   Pius XI (1922-39)
10   Pius XII (1939-58)
11   John XXIII (1958-63)
12   Paul VI (1963-78)
13   John Paul I (1978)
14   John Paul II (1978-2005)

Vieram-me à mente as palavras de Apocalipse 17:11: “A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição”(negrito suprido). O nome Benedictum escolhido por Ratzinger foi o nome do oitavo papa a partir da fase pós 1798, e também é um dos sete nomes monárquicos ou montes sobre os quais a mulher se assenta desde 1798. Cumpriu-se hoje, diante dos nossos olhos a primeira parte do versículo 11 de Apocalipse 17.

Na parte final de Apocalipse 17:10, temos interpretado que cinco dos sete reis caíram, mas a idéia de que João esteja se referindo aos sete reis não é correta. Na verdade, a referência é aos sete montes. Cinco dos sete montes, em realidade já caíram e se caíram foram ao abismo. São os cinco primeiros nomes que não seriam mais utilizados por papas a partir de então até o ressurgimento da besta. O tempo presente “existe” da profecia é o tempo do sexto monte, no pontificado do papa de nome Paulo VI que na perspectiva do apóstolo João seria sucedido por um monte, ou um nome monárquico, que até então ainda não existia, o de João Paulo, nome este usado pelos papas João Paulo I e João Paulo II, e que permaneceria pouco tempo quando comparado à duração total dos demais nomes monárquicos adotados anteriormente.

Em Apocalipse 17:8 é dito que “a besta está para subir do abismo e vai-se para a perdição”. Isto implica que a besta é mais especificamente um dos cinco primeiros montes que já caíram, pois é dito que ela “está para subir do abismo”. Deste modo, então ela é um dos cinco montes que já caíram. De acordo com o verso 8, a besta seria um dos seguintes montes: Pio, Leo, Gregório, Bento ou João. No verso 8, Deus nos identifica qual dos cinco: o monte do oitavo rei na sucessão de papas a partir da chaga mortal – Bento.

O que poderia ter trazido certo desapontamento poderia ser o não cumprimento do que previa a interpretação da teoria dos nomes monárquicos de que o próximo papa deveria ter um nome inédito na história. Apesar deste erro, o cálculo da soma do homem 666 conforme lá é mostrado está correto e confirmado pela história. O nome não poderia ser inédito, pois de acordo com a profecia, a besta, a partir de 1798, deveria ter apenas sete cabeças e não oito. Ou seja, a mulher está assentada sobre apenas sete montes e não oito. O fato de que até o reinado de João Paulo II a soma contabiliza 665 é forte indício de que o seguinte indivíduo na sucessão papal é a “besta que sobe do abismo e vai-se para a perdição”.

Tudo isto traz uma implicação importante. Vivemos sob o reinado da besta. Ou seja, é no pontificado do atual papa que teremos a união entre poder civil e religioso a nível mundial e o estabelecimento do Decreto Dominical. Que Deus nos guarde e nos salve da noite que me breve há de vir sobre o mundo.

P.A.D.O.- Curitiba.

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