Argh, Revista Nova com Gosto de Velha!

A Revista Adventista de abril de 2007, revela-se nova e velha ao mesmo tempo.

A capa da revista refere-se ao artigo: “O propósito da igreja”, na página 8, escrito por Paulo Roberto Pinheiro. Tanto o desenho da capa quanto o artigo mostram o Espírito Santo como um poder. Na capa, há um fio saindo da igreja e conectado a Jesus. A capa mostra que o Espírito Santo é um poder que vem de Jesus!

Transcrevo parte do texto (pág. 9) para confirmar que o artigo descreve o Espírito Santo como uma força:

“No dia 14 de agosto de 2003, 50 milhões de pessoas ficaram sem energia nos Estados Unidos e Canadá. Possuíam elevadores, mas não podiam descer nem subir, Possuíam metrô, mas não podiam se locomover. Possuíam aparelhos de ar condicionado, mas não podiam se refrigerar. As coisas mais sofisticadas deixaram de ter sentido porque não havia energia. O mesmo acontece com uma igreja sem o poder do Espírito Santo, nada funciona”.

E essa não é a única surpresa da nova revista. Na página 33 há um artigo de Michelson Borges: “Lições de uma tragédia”, onde o autor faz considerações sobre o caso do assassinato da menina Gabrielli Cristina Eichholz, dentro de um templo adventista. É um avanço e tanto!

A Revista Adventista tem o costume de esconder os temas delicados debaixo do tapete. Porém dessa vez teve a coragem de focalizar um problema. Há várias razões para a publicação desse artigo, uma delas é que com a repercussão mundial do caso não deu para ignorar o problema como se ele não houvesse acontecido.

Houve problemas maiores como em Ruanda, em Poá, etc que foram escondidos debaixo do tapete. Cabe considerar que a revista adventista nunca publicou a relação dos milhares de excluídos por não crerem na doutrina da trindade, mas esse artigo deve ter sido publicado por uma razão muito especial.

Também devemos considerar que esse artigo primeiro foi publicado no blog do autor, depois no noticiário adventista via Internet e finalmente na revista. Ou seja, um artigo amplamente testado em varias mídias. Mas não deixa de ser impressionante ver a Revista Adventista publicar um problema ocorrido em uma das igrejas.

Pergunta correta

Outro artigo que chega a ser impressionante é o denominado “Fazendo a pergunta correta”, página 14, onde o autor Ozeas Caldas Moura focaliza a Volta de Jesus. Fazia tanto tempo que as matérias principais da revista focalizavam apenas a questão trinitariana. Um artigo sobre a Volta de Jesus redime em parte a igreja adventista.

Na página 17, há uma pergunta interessante “um leitor gostaria de saber se, até que Jesus volte, Deus suscitará, à semelhança do que fez com Ellen G. White , outra mensageira ou mensageiro para o povo de Deus.

A pergunta é boa, mas a resposta deixa a desejar. Assim responde José Carlos Ramos: “A meu ver, não precisamos, pois a Bíblia (secundada pela luz menor, os escritos dela) contém tudo o que precisamos para que cheguemos ao último dia preparados para a transladação”.

Pode uma pergunta que deveria ser respondida por Deus ser respondida como definitiva por um doutor em divindade? Qual a autoridade bíblica que o Dr. José Carlos Ramos tem para definir se o mundo ou a IASD precisa ou não de um profeta moderno?

Acho que a verdadeira resposta deveria ser outra, uma nova Ellen White teria tantos erros para apontar que não interessaria para a organização, melhor deixar tudo como está, afinal a IASD tem tudo, faz tudo certinho e não precisa de nada... Na Bíblia está escrito: "Ao anjo da Igreja de Laodicéia foi dito: 'Assim dizes, estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz  sim , miserável , pobre , cego e nu.''' (Apoc. 4:14). Imagine um profeta atual repetindo essas palavras ditas por Deus através de Jeremias:

“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o Senhor." (Jeremias 23:1) ou como em Isaias: “Não continueis a trazer ofertas vãs, o incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados, e a convocação das congregações, não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene”.(Isaías 1:13)

Pelas matérias citadas, vê-se que a revista mudou. Porém, nem tanto. Quem continua no comando é a velha linha editorial da revista. Para confirmar isso, basta ler o editorial “Convicção Reafirmada, na página 2 por Rubens Lessa, um dos mais influentes "teólogos" da IASD.

Editorial

O editorial é a parte mais importante de uma revista, onde é manifestada a opinião ou pensamento do editor chefe. É aqui que o velho Rubens Lessa demonstra que se mudou alguma coisa foi apenas aparentemente.

Esse artigo é tão mal redigido e repetitivo com informações velhas e desatualizadas que nem parece que foi Rubens Lessa que o escreveu!

No início de seu artigo, o redator transforma um fato numa piada dizendo que “certa vez alguém me escreveu: 'Você não muda de idéia em relação a questão da Trindade porque tem um bom emprego na igreja adventista.' Será que esse cavalheiro recebeu uma revelação do Espírito Santo, ou foi iluminado por uma 'energia divina'?"

O problema é sério demais para ser descrito ironicamente como uma piada. Há muitas pessoas nessa situação. O redator-chefe deveria respeitar os pastores, professores e demais funcionários da organização que estão passando por esse problema.

Logo após a piada, o editor Rubens Lessa transcreve longamente algumas passagens do livro Nisto Cremos, refere-se ao livro A Trindade, afirmando que “Os que não aceitam a crença na Trindade tentam se valer de algumas passagens bíblicas para sustentar sua posição. Mas suas objeções são refutadas com muita clareza , no livro A Trindade.”

Ou seja, para Lessa as passagens bíblicas não dizem nada, o que tem valor doutrinário são as passagens do livro A Trindade e é por essas revelações da revista adventista que percebe-se que o livro A Trindade é uma espécie de terceiro testamento, ficando claro nessa afirmação de Lessa que ele acha que as passagens desse livro são mais importantes do que as passagens bíblicas.

Cita ainda aqueles supostos textos de Ellen White do livro que foi editado depois de sua morte, ou seja, nada de novo, apenas repetição dos velhos argumentos. É um texto péssimo, repetitivo, sem novidades, não tem o que se comentar, porque tudo já foi comentado, mas ele revela quem manda na redação. Portanto, não se iludam com as novidades, elas são passageiras, o que é permanente na revista é o pensamento de Rubens Lessa e de seus colegas doutores em trindade.

Deicídio

Até hoje e durante muitos séculos o povo judeu é lembrado como autor de “deicídio”, ou seja, são lembrados pela acusação de serem os assassinos de Jesus Cristo. Porém, pensando bem, não foi o povo judeu o assassino de Cristo, porque quem induziu o povo para o deicídio, foram os doutores em divindade da época. Não estaria a atual organização cometendo algum pecado tão grave quanto o deicídio?

Salomão adorava a Deus, mas um dos problemas de Salomão é que, além de adorar a Deus, adorava outros deuses. Por causa da idolatria, assim disse o Senhor Deus a Salomão:

“Por isso disse o Senhor a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que tem mandei, tirarei de ti este reino, e o darei a teu servo”. (I Reis 11:11) Não estaria o atual adventismo caindo no mesmo erro de Salomão ao adorar um ser que a Bíblia não determina sua adoração? Não estaria o atual adventismo como Salomão adorando a Deus e a outros deuses, ou a algum terceiro deus?

Pagará o povo adventista pela idolatria dos doutores em divindade?

É com base nesses artigos do tipo “Convicção Reafirmada” que a Igreja Adventista, excluiu muitos dos que não acreditam na doutrina da Trindade, sendo que os doutores em divindade, puseram-se no lugar de Deus escolhendo as pessoas que acham que deveriam ir para o céu coletivamente como igreja e excluindo os que adoram somente ao Pai e ao Filho.

Alguém bem informado me disse que mudou uma certa postura na IASD: Se você não acredita na trindade, você pode permanecer na igreja desde que fique de boca fechada.

Portanto, há um novo mandamento na IASD quanto ao “ide”, antes era assim: “Ide e pregai”e agora é assim: “Ide e calai”. -- Leitor da Revista Aadventista

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