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João Paulo II Defende Descanso Dominical Como Forma de Humanizar a Globalização

VATICANO, 8 (ACI).- Enfrentar o problema do desemprego, respeitar a família e a condição femenina, com especial atenção à maternidade, ao descanso dominical e ao tempo livre, foram condições assinaladas pelo papa João Paulo II como indispensáveis para humanizar o mundo trabalhista, em uma carta dirigida aos trabalhadores romanos no lançamento da iniciativa evangelizadora chamada "Missão de Roma".

Depois de assinalar que o trabalho "é um caminho para a realização pessoal", João Paulo II afirmou que "os ritmos de trabalho, determinados pela corrida rumo à eficiência e ao benefício, levam com freqüência a absolutizar as complexas exigências da atividade econômica em detrimento da humanização do ambiente de trabalho e dos direitos primários da pessoa".

O líder católico exortou a que, diante da "crise do mercado", privilegie-se a busca da justiça e da solidariedade, as mesmas que "exigem que se enfrente o grave problema de quem está em busca do primeiro emprego ou de quem está desempregado" e demandam "uma correta visão das relações no ambiente de trabalho".

Estas exigências, acrescentou, devem influir no papel dos organismos sindicais e das várias organizações, "cujo objetivo é garantir não só a justa remuneração mas também o respeito dos direitos-deveres das pessoas, assim como o desenvolvimento harmônico das condições profissionais e laborais" e uma reta organização do trabalho que tenha presente "as esperanças da família e as da condição feminina, com especial atenção à maternidade, ao descanso dominical e ao tempo livre".

"A crise do mercado do trabalho traz consigo novas formas de pobreza, que afetam a um número crescente de núcleos familiares, anciãos, inválidos e imigrantes", disse o líder romano; e especificou que a crise afeta principalmente a "importantes setores da vida cidadã, como a escola, a casa e os serviços sociais".

Finalmente, convocou à evangelizacão do mundo trabalhista que "requer fidelidade e honradez no cumprimento do serviço profissional, coerência moral nas decisões pequenas e grandes e solidariedade fraterna com aqueles que têm necessidade".

http://www.aciprensa.com/notic1998/diciembre/notic523.htm 

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