Imagine que aconteça um incêndio em sua igreja. Imagine que ela não tenha extintor de incêndio (situação irregular muito comum em igrejas pobres) ou imagine que por falta de manutenção aconteça um desabamento parcial do teto ferindo alguns membros na hora do culto.

Se a igreja local não existe, quem responderia criminalmente pelo ocorrido?

Se a associação for acionada na justiça, será que os advogados não alegariam "ilegitimidade da parte", ou seja, que eles não seriam os responsáveis? Poderiam alegar que o imóvel, de fato, pertence a eles, mas os membros da igreja, no papel de inquilinos, seriam os responsáveis pela manutenção do templo.

Desta forma o advogado da(s) vítima(s), que podem ser até visitantes não adventistas ou mesmo a promotoria pública, passaria a mover um processo não mais contra a Associação, mas sim contra os inquilinos do imóvel, ou seja, os líderes leigos seriam processados como pessoas físicas por manterem o templo em condições irregulares.

Portanto um recado principalmente aos anciãos: Cuide da manutenção da sua igreja, verifique se os extintores estão carregados. Verifique os muros, o teto, se não há risco de desabamentos. Verifique se as escadas tem corrimão. (Há casos interessantes na jurisprudência de pessoas que se feriram em consequencia de irregularidades no prédio e conseguiram boas indenizações).

Nunca imagine que um membro da igreja não vá processar a igreja. Se até a Associação está processando a igreja, imagine um leigo ou uma visita?

Em São João Clímaco não precisamos verificar se os extintores estão carregados, pois em igreja pobre não tem extintor. Se pegar fogo, quem se queima é o ancião.

Um abraço

Ricardo