Dia e Hora que o Filho Não Sabe e Outras Provas de Hierarquia na Divindade

O Juramento do Pai Comprova a Hierarquia na Divindade (Última Parte)

 

A ESCRITURA SAGRADA DÁ TESTEMUNHO DA HIERARQUIA

A Escritura Sagrada declara em outras passagens, dando os seguintes testemunhos sobre o Messias: “Sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser”. (Heb. 1:3 - AVR).

Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (1Tim. 1:17 – ARA).

Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”. (João 1:18 - ARA).

Portanto, por este último verso, foi o Filho quem revelou o Pai.

ELLEN G. WHITE FALA DA HIERARQUIA 

“... Deus não pode ser comparado a coisas feitas por Suas mãos. Essas são meras coisas terrenas sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O Pai não pode ser definido por coisas da terra. O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais”.

 “O Filho é toda a plenitude da Divindade manifestada. A Palavra de Deus declara que Ele é ‘a expressa imagem de Sua pessoa’. ...” 16

PROVÉRBIOS 8:22-36 FALA DO PAI E DO FILHO

As referências, da Escritura Sagrada, que se seguem, falam da existência Eterna, do Pai e do Filho:

Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo”. (João 5:26).

Iahweh me criou, primícias de sua obra, de seus feitos mais antigos. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes da origem da terra. Quando os abismos não existiam, eu fui gerada, quando não existiam, os mananciais das águas. Antes que as montanhas fossem implantadas, antes das colinas, eu fui gerada; ...” (Prov. 8:22-25 – A Bíblia de Jerusalém - BJ).

A palavra que foi traduzida por criou, não é o verbo criar: “bārār” nem o verbo fazer: “‘āśâ”. Bastantes conhecidos e utilizados nos dois primeiros capítulos de Gênesis. O verbo hebraico, em Provérbios 8:22, é: “qânânî”. A nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém diz o seguinte:

“O verbo hebraico (qânânî) é traduzido por ‘criou-me’ pelo grego, sir. Targ. (cf. Eclo 1,4.9; 24, 8.9). A tradução ‘adquiriu-me’ ou ‘possuiu-me’ (Áquila, Simaco, Teodocião), foi retomada por são Jerônimo (Vulg.)...” 17

Esta palavra “qânânî”, além dos significados: “adquiriu-me ou possuiu-me”, tem as mesmas consoantes hebraicas da palavra “qnn”. “Aninhar ... Incubar, chocar...” 18

TESTEMUNHOS DE ELLEN G. WHITE SOBRE PROVÉRBIOS 8:22-30 

 “O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele  recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. ‘O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos’, declara Ele, ‘e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo.’ Prov. 8:22-27.” 19

Em outro lugar afirmou:

E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: ‘O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de suas obras mais antigas. ... Provérbios 8:22-30.” 20

O DIA E A HORA DA VINDA DO MESSIAS E A ONISCIÊNCIA

Este assunto, a onisciência, é um dos assuntos que nos ajudará compreender melhor a hierarquia da Divindade. A Escritura Sagrada declara o seguinte:

Em 1Cor. 2:10, o Espírito é apresentado como alguém que investiga, alguém que procura saber de algo. “Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus”. (Almeida Versão Revisada - AVR). De acordo com esse verso, o Espírito é o revelador da vontade do Criador.

O verbo “εραυνα – ĕraynâ(i)”, traduzido por “esquadrinha”, a Almeida Revista e Atualizada – ARA, traduz por “perscruta”. A BJ e a Nova Versão Internacional – NVI, traduzem por “sonda” e a Almeida Revista e Corrigida – ARC, traduz por “penetra”. No entanto, este mesmo verbo, “εραυνατε – ĕraynâte”, em João 5:39, foi traduzido por “perscrutais”, pela BJ. Já a NVI, traduziu por “Estudam”. A AVR, ARA e a ARC traduziram por “Examinais”.

Portanto, percebe-se claramente, que mesmo este Espírito, falando da Divindade do Filho, examina (perscruta, sonda) à vontade e os propósitos do Pai para nos revelar. Isso nos faz entender melhor estes os seguintes versos: Mat. 11:27 e Apoc. 1:1.

No entanto, como veremos, nem tudo foi revelado ao Filho. Porque “A respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”. (Mat. 24:36 e Mar. 13:32 - ARA).

Nesses versos, alguns alegam que o Messias declarou isso porque Ele estava falando como homem.

Contudo, em Atos, Lucas escreveu o seguinte diálogo entre os discípulos e o Messias: “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo que restauras o reino a Israel? Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade”. (Atos 1:6-7 - AVR).

Nesse verso, o Messias já havia morrido e ressuscitado. Portanto, já estava glorificado. Além do mais, na reunião da grande  Comissão, na Galiléia (Mat. 28:16-20), Ele, mesmo havia declarado: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”. (verso 18 - AVR). Contudo, foi próximo ao momento da ascensão, no Monte das Oliveiras (Getsêmani), próximo à cidade de “Betânia” (Luc. 24:50), quando se encontrava com os onze apóstolos, que Ele afirmou a eles: “A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, o Pai reservou à sua própria autoridade”. Porque o que foi descrito em Atos 1:6-12, corresponde ao mesmo período que foi descrito em Lucas 24:50-53.

A ordem do encontro na Galiléia fora dada pelo anjo, conforme Mat. 28:7 e Mar. 16:7. Contudo, o encontro não aconteceu no mesmo dia da ressurreição.

Primeiro: neste dia o Messias caminho com os dois discípulos no caminho de Emaús (Luc. 24:13-28).

Segundo: do pôr do sol do primeiro dia, até a entrada da noite do segundo dia, o Messias esteve com os dois discípulos para fazer a refeição da tarde/noite (Luc. 24:13-32) e depois com esses dois discípulos e com os dez apóstolos no cenáculo (Luc. 24:33-43 e João 20:19-25).

O encontro, também, não ocorreu durante a semana da ressurreição.

Primeiro: os judeus estavam comemorando a festa dos Pães Asmos. Festa de sete dias (Embora a Páscoa seja apenas um dia, em Ezequiel, ela também é chamada de festa de sete dias. Eze. 45:21).

Segundo: Como o cordeiro pascal, que simbolizava o Messias, foi morto na quinta feira, “no crepúsculo da tarde” (Êxodo 12:6) e na “noite” “a carne” era comido, depois de “assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas” (Êxodo 12:8). Portanto, o cordeiro pascal foi mortono décimo quarto dia” do “mês de abibe” [Nisã] – (Êxodo 12:6 e 13:4), quinta-feira à tarde, e no décimo quinto dia, quinta-feira à noite, foi comido. (após o pôr do sol começa outro dia). Conforme Êxodo 12:8-10, além de ter horário para ser comido, também diz que nada poderia sobrar para o dia seguinte. Por isso, o que os líderes judeus podiam fazer em relação ao julgamento do Messias, foi feito no décimo quinto dia à noite. Então, na manhã do décimo quinto dia, entregarão o Messias para ser queimado (morto) pelas mãos de Pilatos (João 18:28-32).

Terceiro: Para a Festa dos Pães Asmos, havia uma santa convocação e no primeiro e no último dia era dia de descanso solene. Por isso, do por do sol da quinta-feira à noite até o pôr do sol da sexta feira foi considerado sábado. (Um sábado que coincidiu com o dia da preparação, por isso foi chamado de: “parasceve pascal”. João 19:14 – AVR. No verso 31, fala da “preparação” para o sábado semanal). Então, no dia “catorze do mês”, à tarde, “é a Páscoa” (sacrificava-se o cordeiro), e no dia quinze haveria “a santa convocação” e “nenhuma obra servil fareis”. (Num. 28:16-18 - ARA). Mas “No sétimo dia, tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis”. (Num 28:25 - ARA). Portanto, o décimo quinto dia, foi a partir da quinta-feira à noite (Segundo a Escritura Sagrada, o início do sexto dia da semana). O vigésimo primeiro dia, inclui a quinta-feira da semana seguinte.

Quarto: em função desses três motivos apresentados, afirmamos o pôrque de não ter acontecido o encontro na Galiléia, durante esses oito dias, a contar do primeiro dia dos Pães Asmos, e mesmo da ressurreição do Messias. Contudo, a afirmação é fundamentada em João 20:19-29. Onde um dos versos afirma: “Ora, Tomé um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando Jesus veio”. (verso 24 - ARA). Outro verso afirma que Tomé somente viu o Senhor, passado “oito dias”.

O Espírito de Profecia, sobre o encontro na Galiléia (Mat. 28:16-20), declara o seguinte:

“... Em uma montanha da Galiléia se realizou uma reunião na qual se congregaram todos os crentes que podiam ser convocadosPara essa reunião, o próprio Cristo, antes de Sua morte, designara o tempo e o lugar. O anjo no sepulcro, relembrara os discípulos de Sua promessa de os encontrar na Galiléia. ...”

Ao tempo designado, cerca de quinhentos crentes estavam reunidos em pequenos grupos na encosta da montanha, ansiosos por saber tudo quanto fosse possível colher dos que tinham visto Jesus depois da ressurreição. ... Tomé contava de novo a história de sua incredulidade, e dizia como se lhe haviam dissipado as dúvidas. ...” 21

Sobre o encontro no Monte das Oliveiras (Luc. 24:50-53 e Atos 1:4-12), com os onze apóstolos, Ellen G. White escreveu:

Com os onze discípulos, dirige-se Jesus agora para o monte. ... Não sabiam os discípulos que essa seria sua última entrevista com o Mestre. ... Ao aproximarem-se do Getsêmani, Ele guardou silêncio, a fim de que se lembrassem das lições que lhes dera na noite de Sua grande agonia. Olhou outra vez para a videira pela qual representara a união de Sua igreja consigo e com o Pai; repetiu as verdades que então desdobrara. ... ”

Chegando ao Monte das Oliveiras, Jesus vai abrindo o caminho até o cume, à vizinhança de Betânia. Ali Se detém, e os discípulos reúnem-se-Lhe em torno. ...” 22

Antes da morte e ressurreição Ele declarou:

Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo”. (João 5:30 - AVR).

Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis que eu sou, e que nada faço de mim mesmo; mas como o Pai me ensinou, assim falo”. (João 8:28 - AVR).

Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou”. (João 12:49-50 - AVR).

As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras”. (João 14:10 - AVR).

Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou”. “Assim como o Pai me ordenou, assim mesmo faço, para que o mundo saiba que eu amo o Pai”. (João 14:24 e 31 - AVR).

Algumas pessoas, argumentam sobre o texto de Mat. 24:36, dizendo que a afirmativa do Messias, só pode ser analisada em relação a Sua humanidade. Contudo, o verbo grego, traduzido pela palavra “sabe”, é: οιδεν – oîdĕn - Verbo, modo indicativo, tempo perfeito, voz ativa, terceira pessoa do singular. 23

É o tempo da ação completa. O tempo combina ação pontilear e linear, ação efetuada, cujos efeitos perduram. ...” 24

 

Outro professor escreveu o seguinte:

“O perf. e o mqpf., e assim o fut. pf., alheio à voz ativa, são tempos que não retratam nem o processo da ação, nem o fato em si, mas seus resultados, efeitos ou conseqüências, a estenderem-se até a atualidade no caso do perf., até determinado ponto no passado em se tratando do mqpf., a projetarem-se ao futuro, se em jogo o fut. pf.;

“Destarte, dir-se-á que perf., mqpf. e fut. pf. são tempos de Aktionsart punctílio-linear, inextensa a ação, extensos os resultados defluentes.” 25

De acordo com os versos e as citações apresentados acima, podemos afirmar que realmente, o Messias, quando afirmou: “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai”. Ele estava referindo-se não apenas a Sua humanidade. Porque na gradação Ele cita anjos, que são seres superiores, cuja mente, também, é superior a mente dos homens. Citou, também, a Si mesmo, que possui mente superior aos anjos e por último cita o Pai, que é superior a todos. (Ef. 4:6).

“... Ele dotara Adão com poderes de uma mente superior, como nenhuma outra criatura que Suas mãos fizeram. Sua superioridade mental era um pouco menor do que a dos anjos. ...” 26

Em outro lugar, sobre a mente de Lúcifer, em comparação com a do Messias, está escrito:

Disputar a supremacia do Filho de Deus, desafiando assim a sabedoria e amor do Criador, tornara-se o propósito desse príncipe dos anjos. Para tal objetivo estava ele a ponto de aplicar as energias daquela mente superior, que, abaixo da de Cristo, era a primeira dentre os exércitos de Deus. ...” 27

AS IMPLICAÇÕES DE MATEUS 24:36

“... Toda frase que Ele proferia, provinha de Deus. ...”

Aquilo que nos concílios do Céu o Pai e o Filho consideraram essencial para a salvação do homem foi definido desde a eternidade por meio de verdades infinitas que os seres finitos não podem deixar de compreender. ...” 28

Quais as implicações dessas passagens e das citações de Ellen G. White? As implicações, são grandes. Analisaremos duas. Primeira: de acordo com tudo o que foi dito, só podemos entender que a afirmação do Messias (“Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai”. [Mat. 24:36 – AVR]) foi determinada pelo Pai.

Mas o dia e hora de Sua vinda não foram revelados. Jesus declarou positivamente a Seus discípulos que Ele próprio não podia dar a conhecer o dia ou a hora de Sua segunda vinda. Houvesse estado na liberdade de revelar isto, que necessidade teria então de os exortar a uma constante vigilância? Alguns há que pretendem conhecer o próprio dia e hora do aparecimento do Senhor. Muito zelosos são eles em delinear o futuro. Mas o Senhor os advertiu a sair desse terreno. O tempo exato da segunda vinda do Filho do homem é mistério de Deus.” 29 – (Confira Atos 1:6-7).

 

Em função da primeira implicação, temos que entender que o Filho, nem como Homem nem como um Ser divino sabe. Isto, podemos afirmar pela Escritura Sagrada que diz:

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”. (Êxodo 20:16 – AVR).

Não furtareis; não enganareis, nem mentireis uns aos outros”. (Lev. 19:11).

Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?”. (Núm. 23:19 - AVR).

Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira”. (João 8:44 – AVR).

Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim”. (João 14:30 - AVR).

As palavras proferidas pelo Filho, foram segundo a orientação do Pai, então, em função de todos esses Textos da Escritura Sagrada, citados acima, e com estes que serão citados abaixo, podemos afirmar que, realmente, somente o Pai sabe o dia e hora da vinda do Filho. Porque:

É impossível que Deus minta”. (Heb. 6:18 - AVR).

Na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos”. (Tito 1:2 – AVR).

Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. (Tiago 1:17 - AVR).

Isso nos faz entender a citação do Livro: “O Grande Conflito”. Por isso, podemos dizer que a segunda implicação, é em função da primeira. Se o Filho não sabe, realmente só o Pai é quem sabe e, portanto, Ele mesmo vai declarar o dia e a hora da vinda do Filho “em poder e grande glória”.

A voz de Deus é ouvida no céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. ...” 30

A ONIPOTÊNCIA NA HIERARQUIA DO PAI E DO FILHO

Serão apresentados alguns versos da Escritura Sagrada que tratam da onipotência, contudo, transcreveremos, somente, algumas passagens, que diz respeito aos dois maiores poderes que existe no Universo. “Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu”. (João 14:28 - ARA).

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”. (Apoc. 3:21 - ARA).

Sobre a ressurreição de Moisés, também, percebemos claramente a Hierarquia e o poder do Pai em relação ao Filho. Pois assim está escrito: “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!” (Judas 9 - ARA).

Outro verso, importante, que está relacionado à ressurreição de Moisés é:

Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir”. (Rom. 5:14 - ARA).

De acordo com esse último verso, entendemos claramente que Moisés foi o primeiro ser humano a ser ressuscitado dentre os mortos. Por isso ele apareceu com Elias, no Monte da transfiguração, ao lado do Senhor.

Ellen G. White declarou o seguinte, sobre a ressurreição de Moisés:

Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou Moisés e levou-o ao Céu. Satanás maldisse amargamente a Deus, acusando-O de injusto por permitir que sua presa lhe fosse tirada; Cristo, porém, não repreendeu a Seu adversário, embora fosse por sua tentação que o servo de Deus houvesse caído. Mansamente remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda’. Judas. 9”. 31

Cristo não Se rebaixou a entrar em controvérsia com Satanás. ... Mas Cristo remeteu tudo isto a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te repreenda’. S. Judas 9. O Salvador não entrou em discussão com Seu adversário, mas naquele momento, ali mesmo, iniciou a obra de quebrar o poder desse adversário decaído, e de trazer o morto à vida. Ali estava uma prova que Satanás não podia contestar, relativa à supremacia do Filho de Deus. Tornou-se para sempre certa a ressurreição. Satanás foi despojado de sua presa; os justos mortos de novo viveriam.

Em conseqüência do pecado Moisés viera sob o poder de Satanás. Em seus próprios méritos era o legítimo cativo da morte; mas foi ressurgido para a vida imortal, mantendo este título em nome do Redentor. Moisés saiu do túmulo glorificado, e ascendeu com seu Libertador à cidade de Deus.” 32

Os últimos eventos que descrevem a onipotência do Pai e do Filho, estão profetizados em 1Cor. 15:24-28, depois, ocorrerão os, previstos para depois dos mil anos - o julgamento dos mortos, descritos em Apocalipse 20. Contudo, na referência da Carta aos Coríntios, o Pai é apresentado como Soberano absoluto (27-28), agora, e, principalmente, depois que terminar o período de reinado do Filho. (versos 24-25).

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO

Diante de tudo o que foi apresentado, por meio dos Textos da Escritura Sagrada e do Espírito de Profecia, concluímos que existe, claramente, de acordo com um Assim diz o Senhor, uma Hierarquia (na Divindade) entre o Pai e o Filho. Portanto, o Pai é o Ser Supremo do Universo, o Grande Yahweh, o Grande Criador e o Filho é o Seu imediato. Contudo, Ele, juntamente com o Pai, é chamado Elohym, além de ser Yahweh dos exércitos e Criador.  – josielteli@hotmail.com

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

16WHITE, Ellen G. Evangelismo. 2ª ed. Santo André – SP, CPB, 1978. p. 614.

17A Bíblia de Jerusalém. Nota de rodapé.  1ª ed. São Paulo – SP, Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus. 7ª impressão, 1995. p. 1128.

18SCHÖKEL, Luis Alonso. DICIONÁRIO BÍBLICO HEBRAICO-PORTUGUÊS. 1ª ed. São Paulo – SP, Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus. 7ª impressão, 1995. p. 584.

19White, Ellen G. Mensagens Escolhidas. Vol. 1. 2ª ed. Santo André - São Paulo, CPB, 1985. pp. 247-248.

20Idem. Patriarcas e Profetas. 6ª ed. Santo André - São Paulo, CPB, 1984. p.14.

21Idem. O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1997. pp. 818-819.

22Ibidem. p. 830.

23FRIBERG, Barbara e FRIBERG Timothy. O NOVO TESTAMENTO GREGO ANALÍTICO. 1ª ed. São Paulo – SP, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1987.

24APOLINÁRIO, Pedro. GREGO – Para o Curso Teológico.4ª ed. Santo Amaro Paulo – SP, Editora Universitária Adventista, 1991. p. 68.

25LUZ, Waldyr Carvalho. MANUAL DE LÍNGUA GREGA. Vol. II. 1ª ed. São Paulo – SP, Casa Editora Presbiteriana, 1991. pp. 1000-1001.

26Idem. No Deserto Da Tentação. 2ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1994. p. 14.

27Idem. Patriarcas e Profetas. 12ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1991. p. 16 [35-36].

28Idem. Fundamentos da Educação Cristã. 2ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1996. pp. 407-408.  

29Idem. O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1997. pp. 632.633.

30Idem. O Grande Conflito. 33ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1987. p. 646.

31Idem. História da Redenção. 3ª ed. Santo André – SP, CPB, 1981. pp. 206-207.

32Idem. Patriarcas e Profetas. 12ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1991. pp. 504-505. 


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