O Equilíbrio entre Justificação e Santificação
O cloreto de sódio – NaCl – é conhecido como o sal de cozinha. Se alguém tiver sódio (Na) e cloro (Cl) isolados, ele ainda não tem sal de cozinha. Para obtê-lo, os dois elementos químicos devem estar combinados na devida proporção. Assim também para se obter a verdade, faz-se necessário combinar adequadamente os seus componentes. Se estes estiverem isolados, não se obterá a verdade em determinado assunto. Por exemplo, não teremos salvação alguma do pecado cometido — com suas conseqüentes culpa e penalidade — e de continuar pecando apenas com a Justificação pela Fé, isoladamente. Tampouco somente com a Santificação pela Fé. Ambas necessitam estar combinadas adequadamente, a fim de se obter o resultado almejado. Uma ênfase exagerada numa delas, desequilibrará a relação, produzindo uma heresia. Para obtermos salvação, em nosso entendimento e vida, a Justificação e a Santificação precisam estar combinadas na proporção adequada. Observe o desejável equilíbrio nas seguintes exposições: Rom 3.28 (um dos focos da elipse) e Tiago 2.24 (o outro foco da elipse). Se alguém deixar de considerar a combinação adequada dos dois textos, desequilibra-se: cria, para si ou em si, um heresia. Note agora a existência dos dois focos da elipse da verdade e o desejável equilíbrio TAMBÉM em Ellen White:
“Muitos cometem o erro de tentar definir minuciosamente os sutis pontos de distinção entre justificação [um foco da elipse] e santificação [o outro foco da elipse]. Muitas vezes trazem eles para as definições dos dois termos as suas próprias idéias e especulações. Por que tentar ser mais exato do que a Inspiração no que diz respeito à vital questão da justificação pela fé? Por que tentar decifrar os mínimos pontos, como se a salvação da alma dependesse de que todos tivessem exatamente a mesma compreensão que você tem do assunto? Nem todos podem ter a mesma visão das coisas. Você corre o perigo de transformar um átomo num mundo, e um mundo num átomo.”[3] “[O Espírito] ia ser dado como agente regeneração [um foco da elipse], sem o qual o sacrifício de Cristo [o outro foco da elipse] de nenhum proveito teria sido. ... é o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo.” [4] “Ninguém pode apresentar corretamente a lei de Deus [um foco da elipse] sem o evangelho [o outro foco da elipse], ou o evangelho sem a lei. A lei é o evangelho consolidado, e o evangelho é a lei desdobrada. A lei é a raiz, e o evangelho é a fragrante flor e frutos que produz.” “A lei dirige os homens a Cristo, e Cristo os encaminha de volta à Lei.” [5] “Seja este ponto plenamente estabelecido em todas as mentes: se aceitamos a Cristo como Redentor [um foco da elipse], precisamos aceitá-LO como Soberano [o outro foco da elipse]. Não podemos ter certeza e perfeita confiança em Cristo como nosso Salvador enquanto não O reconhecemos como nosso Rei e formos obedientes a Seus mandamentos. Assim evidenciamos nossa lealdade a Deus. Nossa fé tem, então, o timbre genuíno, pois é uma fé atuante. Ela atua por amor.” [6] “A fé em Cristo, como Redentor do mundo, exige o reconhecimento de uma inteligência esclarecida, dirigida por um coração que pode discernir e avaliar o tesouro celestial. Essa fé [um foco da elipse] é inseparável do arrependimento e transformação do caráter [o outro foco da elipse]. Ter fé significa achar e aceitar o tesouro do evangelho com todos os deveres que o mesmo impõe.” [7] “Deus trabalha [um foco da elipse] e coopera com os dons que Ele comunicou ao homem, e este, sendo participante da natureza divina e fazendo a obra de Cristo, pode ser um vencedor e ganhar a vida eterna. O Senhor não tenciona realizar a obra que Ele concedeu ao homem poderes para efetuar. A parte do homem precisa ser realizada [o outro foco da elipse]. ... O poder divino [um foco da elipse] e atuação humana [o outro foco da elipse] combinados serão um êxito total, pois a justiça de Cristo cumpre tudo.”[8] “A religião de Cristo significa mais que o perdão dos pecados [um foco da elipse]; significa remover nossos pecados [o outro foco da elipse] e encher o vácuo com as graças do Espírito Santo. ... Quando Cristo reina no íntimo, há pureza e libertação do pecado.”[9] “No novo nascimento [um foco da elipse] o coração é posto em harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a sua lei [o outro foco da elipse]. Quando essa poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade.”[10] “Não é genuíno o arrependimento [um foco da elipse] que não opere a reforma [o outro foco da elipse]. A justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não confessados e não abandonados; é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta.”[11] “Convido todo aquele que professa ser filho de Deus a nunca esquecer esta grande verdade – que necessitamos do Espírito de Deus em nós [um foco da elipse], a fim de alcançar o Céu, e da obra de Cristo fora de nós [o outro foco da elipse] para nos dar um título à herança imortal.” [12] “A fé [um foco da elipse] de Abraão foi manifestada pelas suas obras [o outro foco da elipse]. ... Há muitos que não podem compreender a relação da fé com as obras. Dizem eles: ‘Crê apenas em Cristo, e estás salvo. Nada tens que ver com a guarda da lei.’ Mas a fé genuína se manifestará pela obediência.” [13] “Não basta que o pecador creia em Cristo [um foco da elipse], para obter o perdão do pecado; deve, pela fé e obediência, permanecer nEle [o outro foco da elipse].”[14]
[1] Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 57-58. Adendo do Compilador. [2] Ellen G. White, Testimonies, vol. 4, pág. 538. Ênfase acrescentada. [3] Ellen G. White, Cristo Triunfante, MM 2002, pág. 149. Adendo do compilador. [4] Ellen G. White, Desejado de Todas as Nações, pág. 671. [5] Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 128; R&H, 27.09.1881. [6] Ellen G. White, Fé e Obras, pág. 16 (3a. ed., 1996, pág 14). [7] Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 112. [8] Ellen G. White, Fé e Obras, pág. 26-27 (3a. ed., 1996, pág 23). [9] Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 419-420. [10] Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 468. [11] Ellen G. White, Desejado de Todas as Nações, pág. 555-556; Patriarcas e Profetas, pág. 92. [12] Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, pág. 442. [13] Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 143-154. [14] Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 517. |
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