OPINIÃO: Os 4 Tipos de Cristão

 

Existem quatro tipos de cristãos, a saber: Fraco – Menino – Carnal - Espiritual.

1. Cristão Fraco - 1 Tessalonicenses 5:14: Exortamo-vos também, irmãos a que admoesteis os insubordinados, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.

O Cristão fraco é aquele que desanima, com qualquer problema que lhe apareça pela frente. Possui pouco conhecimento da Bíblia. Acha sempre que não vai conseguir. É na maioria das vezes introvertido. Desanima antes de começar. Se alguém falar qualquer coisa que ele não goste, ele desiste de tudo. É o tipo que pensa várias vezes para aceitar ajudar na igreja, mas não pensa nenhuma para entregar o encargo a ele determinado. Considera-se muito importante, o centro do mundo, e se ofende facilmente. Não tem muita convicção na doutrina que pratica. Para não desanimar, depende muito do apoio de outras pessoas. Suas vontades pessoais estão sempre acima das regras da Igreja.

 

2. Cristão Menino 1 Coríntios 13:11: Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem,acabei com as coisas de menino.

1 Coríntios 14:20: Irmãos não sejais meninos no entendimento, na malicia,contudo, sede como crianças, mas adultos no entendimento.

O Cristão Menino é aquele que pensa pela cabeça dos outros. Não tem capacidade para discernir. Todos influenciam na sua opinião.Está sempre preocupado com o que é que os outros vão pensar, mas ele mesmo não pensa. Não sabe, por exemplo, analisar uma acusação que é feita contra alguém. Se o Pastor acha que o irmão tal, tem que ser punido, ele é o primeiro a levantar a mão e dar apoio ao Pastor.

Ele não está preocupado se vai cometer injustiça contra o acusado, nem analisa se a acusação é falsa ou verdadeira, só se preocupa em não desagradar o acusador, ainda mais se tiver algum cargo ou emprego em risco. Prefere ficar bem com quem tem mais poder, mesmo que cometa injustiça contra o mais fraco.

Possui duas ou três personalidades dependendo das circunstâncias envolvidas. Num momento demonstra felicidade, no instante seguinte, altera seu estado de espírito, é psiquicamente instável, finge ser feliz mas é inseguro, não possui capacidade de decisão, mas quando resolve decidir, decide errado. Não gosta de se envolver  em nenhum problema, mas se tiver que optar fica neutro, pensa sempre primeiro nele depois nos outros, não é confiável. A Bíblia fala sobre este tipo de cristão falso em Romanos 1:32

 

3. Cristão CarnalColossenses 2:18: Ninguém atue como árbitro contra vós, afetando humildade ou culto aos anjos, firmando-se em coisas que tenha visto, inchado vãmente pelo seu entendimento carnal.

2 Coríntios 3:3: Porquanto ainda sois carnais, pois havendo entre vós inveja e contendas, não sois porventura carnais? e não estais andando segundo os homens?

Colossenses 2:23: As quais tem, na verdade alguma aparência de sabedoria em culto voluntário humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não tem valor algum no combate contra a satisfação da carne.

Este, é o pior tipo de cristão, é o que causa maior dano e destruição a uma igreja. Por isso, falaremos mais sobre ele. O cristão carnal possui em si um psiquismo neurótico com tendências para o fanatismo religioso. Quer sempre subjugar o outro, moldando à sua forma de pensar. Para ele, a aparência é mais importante que o caráter. Analisa o outro pelo exterior, não pelo interior. Quer projetar nos outros aquilo que ele é. Acusa e julga segundo o que ele acha ser correto.

Não sabe discernir as diferenças de personalidade, que há entre as pessoas. Quer que todos sejam iguais. E iguais a ele! Considera-se perfeito e, portanto, superior a todos. É orgulhoso e age com soberba. Pouco usa de amor e misericórdia.

Todo cristão carnal age como fanático religioso. O fanatismo é um recalque do inconsciente da mente humana. Fanatismo vem do latim fanáticus, e significa: o que pertence a um templo. Fanum, o indivíduo fanático, ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto, que pode ser uma divindade, um líder, uma causa suprema ou uma fé cega. O fanatismo sempre é alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais.

Fanatismo não é doutrina, é crença, nem tão pouco é espiritualidade, é religiosidade insana, pois quando a mente humana não considera o meio termo, tende para a irracionalidade psicótica mental totalitária, e supostamente se considera empenhado na luta contra o mal.

Ou seja o fanático acha que pode corrigir as pessoas, supostamente possuídas pelo demônio, acha na sua psicose, que está combatendo as forças do mal e salvando as almas da perdição. Em sua mente doentia considera-se um escolhido por Deus, para exercer esta missão. Não tem noção que pode causar infelicidade e escravidão mental e sacrifícios vãos aos seus subordinados.

O fanatismo nunca extrapola o campo ideológico como um todo. A primeira atitude de um Pastor religioso, por exemplo, é dividir a igreja. Então, em nome da luta contra o Mal, ele começa a perseguir os fiéis que não ficaram do seu lado. A igreja vira um campo de batalha que extrapola a dimensão racional humana, e envergonha a causa do evangelho, tornando-se palco da mais pura mediocridade humana, e insensatez.

As conseqüências, em geral, são trágicas, com várias pessoas abandonando a sua fé, outras sendo perseguidas, e ainda outras guerreando dentro da igreja contra outras que pensam estar combatendo o mal. Ao invés de deixar Deus através de Seu Santo Espírito converter a pessoa que supostamente está no erro, o fanático quer convertê-la ao seu modo. Porque na sua irracionalidade se considera autorizado por Deus a ser seu suplente na Terra.

O fanático carnal esta sempre pronto a dar provas da sua santidade neurótica absoluta, mesmo que sua luta contra o mal acabe virando caso de Policia, com um lado querendo matar o outro, como aconteceu na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Pinheiros. Os sintomas do fanatismo em grupo são: orações por toda a madrugada, privações, martírios, discursos monológicos, jejuns infindáveis.

O fanático não fala nem prega faz discursos prontos, cujo efeito é a pregação de fundo ideológico religioso ou a inculcação de idéias próprias que poderá vir a se tornar ato agressivo ou violento. Ou seja, o fanático sai do campo espiritual cuja base é o amor, e parte para o campo pessoal, cuja base é o ódio a quem não faz o que ele quer, tomado sempre como revelação da ira de Deus.

A fala sempre é assumida pelo sujeito disposto ao exercício do diálogo, da dialética e do discernimento da verdade, com livre capacidade de decisão por parte do ouvinte, enquanto que o discurso de um fanático faz sumir os sujeitos, para que todos virem meros objetos de um desejo divinizado. Servir ao desejo divino da repetição de algo já pronto, onde o retorno do recalcado do sujeito faz do Eu (ego) um porta-voz de um sistema de crenças moralistas carregadas de ódio em relação ao suposto infiel que precisa ser destruído para reinar o bem entre os irmãos.

O fanático religioso toma sempre os textos bíblicos de forma literal, onde o indivíduo acredita a priori, estar de posse de toda a verdade, por isso não se dá ao trabalho de levantar possíveis dúvidas, como confrontar sua idéia com outro ponto de vista, ou desvelar outro tipo de interpretação ou ainda contextualizá-lo, etc. O fanático tem su própria certeza e isso lhe basta. "Creio porque é absurdo", já dizia Tertuliano.

Certeza para o fanático é igual a verdade. No campo científico, a certeza nada vale porque é “raramente objetiva”, geralmente não passa de um forte sentimento de confiança, ou convicção, embora baseada em “conhecimento insuficiente” ao passo que a verdade tem um estatuto de objetividade, na medida em que “consiste na correspondência aos fatos”, na possibilidade da discussão racional com sentido de comprovação.

A religião pura não pode trazer sua fé em forma de “paixão” porque religião não é emoção. Religião é razão (entendimento). Sua mensagem nunca deve ser na forma de monólogo, mas sim diálogo, e comparação,

Do ponto de vista psicopatológico, o cristão fanático religioso parece ter relação com a fuga da realidade. Sua crença cega ou irracional parece loucura quando se manifesta em momentos ou situações específicas, porém se sua inteligência não está afetada, o fanático aparentemente é um sujeito normal. No entanto torna-se um ser potencialmente explosivo, sobretudo se o fanático unir sua inteligência ao seu fanatismo aí então se torna um terrorista.

O fanático surge em uma estrutura psicótica. O fato do sujeito se ver como o único que esta no lugar da certeza absoluta, de ter “sido escolhido por Deus para uma missão”, já constitui sintoma suficiente para muitos psiquiatras diagnosticarem aí uma loucura ou psicose.

Segundo alguns médicos, “aquilo que o psicótico paranóico vivencia na própria pele”, o parafrênico “vivencia na pele dos outros” ou seja somos levados a supor que o fanatismo está mais para uma parafrenia do que uma paranóia. A mesma mentalidade que Adolf Hitler tinha, da supremacia da raça ariana e a eliminação dos impuros, vemos hoje acontecer na Igreja Adventista, com a eliminação de supostos impuros, para a salvação dos puros, na mente parafrênica (Delírio Interno) de alguns pastores fanáticos carnais.

Estes pastores experimentam um gozo sádico, em sua missão “divina” de eliminar os infiéis que estão contra ele, que se considera ser o ungido do Senhor, o mais perfeito, o imaculado santo, o substituto de Deus na Terra, etc.

O mundo fanático se divide entre “os eleitos do Senhor” e os que precisam ser combatidos ou salvos, pois são forças do mal, por não concordarem com os eleitos. As convicções ou certezas, são piores inimigas da verdade do que as mentiras, porque quem mente verdadeiramente sabe que está mentindo, mas quem esta convicto ou tem certeza, não se dá conta do engano.

O fanático parafrênico jamais assume seu ato criminoso, de perseguição, ele joga toda a culpa nos próprios perseguidos por ele, que na mente dele são a causa de todo o mal, enquanto ele está exercendo a vontade do Senhor. Mas o pior dano que o fanatismo causa é que ele perde o respeito para com os diferentes, querendo impor a todos a mesma forma de vestir, de falar, de comer, de cortar o cabelo, etc, sem compreender que o Senhor Deus Criador dos Céus e da Terra, fez, raças diferentes, línguas diferentes, flores diferentes, frutas diferentes, legumes diferentes, cereais diferentes, árvores diferentes...

O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes, em cada fanático há um nazi-facista camuflado, pronto para exercer atos de exclusão e eliminação, como aconteceu na Igreja Adventista de Pinheiros, caso que conheço bem ded perto.

Nazista é o que deseja a purificação da raça. Vemos eles estereotipados nos que desejam a purificação da igreja. Facista é o que deseja o comando sobre as pessoas e lhes tira as liberdades. Vemos alguns deles dirigindo hoje a Igreja!

O sentimento que sustenta o fanático não é fé nem amor, é sim ódio (Thanatos) e seu desejo é dominar toda a Igreja, e impor a ela sua insanidade parafrênica. Concluindo, certamente, sabe-se que todo o fanático carnal parafrênico, atrai após si, seguidores despreparados, mentalmente vulneráveis e medíocres, para obedecerem cegamente as ordens de seu líder insano. Nada é tão perigoso, quanto a certeza de se estar certo, a verdade nunca está na certeza, está na prova.

 

4. Cristão Espiritual - 1 Pedro 2:5: Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual, para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.

Colossenses 1:9: Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual.

Este é o tipo de Cristão que devíamos ser, não apenas orando por nosso irmão, mas junto com ele. Não só dizendo que o amamos, mas exercendo este amor ao lado dele. Não somente tendo compaixão por seu sofrimento, mas sofrendo com ele, sem esperar nenhuma recompensa. Isso é amor, a essência de Deus. Porque Deus é amor, a base da Bíblia é o amor (Coríntios 13). Por amor, deu-nos Seu Filho, que veio a este mundo e, por amor viveu neste mundo, por amor morreu, e por amor nos deu a única chance da nossa salvação. Foi Ele quem nos disse que se amarmos ao nosso próximo como a nós mesmos e a Deus sobre todas as coisas, poderemos ser felizes, em um mundo cheio de ódio, e fanatismo.

Você se conhece? Que tipo de cristão você acha que é? Que tipo de cristão você realmente é? -- Newton Ebenezer Silveira

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