Na década de 1950 a liderança americana da IASD entrou em acordo com
líderes porta-vozes evangélicos americanos (Martin & Barnhouse),
para que a IASD não mais fosse considerada uma seita, mas sim uma igreja
como as demais igrejas evangélicas. Tanto assim que já em 1959, a IASD
passou a fazer parte como membro cooperador do Concílio Nacional de
Igrejas dos Estados Unidos, uma organização ecumênica.
Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais dos
pioneiros adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia
de Ellen G. White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a da Expiação,
que os protestantes crêem ter-se completado no Calvário, porque eles
não crêem na doutrina do santuário celestial.
Mas a verdadeira posição adventista que a Sra. White escreve em seus
livros, é que no Calvário encerrou-se apenas a primeira fase do processo
da Expiação, a qual continuou no santuário celestial, após CRISTO ter
ascendido ao céu, fazendo intercessão com Seu sangue em favor do pecador
crente e arrependido.
Assim, para agradar aos teólogos protestantes e iludir os adventistas,
os teólogos da IASD (L.E. Froom, R.A. Anderson, Walter Read, etc.),
apoiados pelo Presidente da Conferência Geral, R. Fighur, a partir de
1956, mudaram a terminologia, e passaram a ensinar que a Expiação
completou-se no Calvário, e que CRISTO no santuário celestial fazia
apenas a aplicação dos benefícios da expiação completada no
Calvário. Essa nova posição dos teólogos adventistas contraria
inteiramente o Espírito de Profecia. Esta última carta da série escrita
pelo Pr. Andreasen, que é
considerado uma autoridade na doutrina do Santuário, trata desse
importante tema da Expiação.
O estudante sério da Expiação fica provavelmente perplexo quando
consulta o Espírito de Profecia ao achar dois conjuntos de afirmações
aparentemente contraditórias sobre a Expiação. Encontrará que quando
CRISTO "ofereceu-Se sobre a cruz, uma expiação perfeita foi feita
pelos pecados do povo." Signs of the Times, 28 de junho de 1899.
Achará que o Pai inclinou-Se diante da cruz "em reconhecimento de
sua perfeição. 'É suficiente', disse Ele, 'a expiação está
completa.'" RH, 24-09-1901.
Mas em O Grande Conflito, pág. 422, achará isto: "No término dos
2.300 dias, em 1844, CRISTO entrou no lugar santíssimo do santuário
celestial, para executar a obra de encerramento da expiação." Em
Patriarcas e Profetas, pág. 357, lemos que os pecados "permanecerão
registrados no santuário até a expiação final." (Em 1844). Na
página 358 afirma-se que na "expiação final os pecados dos
verdadeiros penitentes devem ser apagados dos registros do céu."
Primeiros Escritos, pág. 253, diz que "JESUS entrou no santíssimo do
celestial, ao fim dos 2.300 dias de Daniel 9, para fazer a expiação
final."
O primeiro conjunto de declarações diz que a expiação foi feita na
cruz; o outro conjunto diz que a expiação final foi feita 1800 anos
depois. Encontrei sete declarações que a expiação foi feita na cruz;
achei 22 afirmações que a expiação final foi feita no céu. Ambos os
conjuntos são sem dúvida incompletos; pois pode haver outras
declarações que escaparam de minha atenção. É evidente, contudo, que
não podemos aceitar um conjunto de declarações e rejeitar o outro se
quisermos chegar à verdade. A questão portanto é qual declaração é
verdadeira? Quais são falsas? Ou, são ambas verdadeiras? Se são, como
podem se harmonizar?
Fiquei perplexo quando na revista adventista Ministry, de fevereiro de
1957, encontrei a declaração [do Pr. Froom] que "o ato sacrifical
na cruz foi uma expiação completa, perfeita e final." Isto está em
distinta contradição com os pronunciamentos da Sra. White que a
expiação final começou em 1844.
Definição de Expiação
Tenho ouvido a várias discussões sobre o significado da palavra
hebraica "KAPHAR", que é a palavra usada no original para
expiação, mas recebi pouca ajuda. A melhor definição encontrei numa
curta frase explanatória no Patriarcas e Profetas, pág. 358, que
simplesmente afirma que a expiação, "a grande obra de CRISTO, ou o
apagamento do pecado, era representada pelos serviços no dia da
expiação."
Essa definição está em harmonia com Levítico 16:30, que diz que,
"o sacerdote fará expiação por vós, para limpar-vos, para que
possais estar purificados de todos os vossos pecados diante do
SENHOR." Expiação é aqui igualada a ser "limpo de todos os
vossos pecados." Como o pecado foi a causa de separação entre DEUS
e o homem, a remoção do pecado haveria novamente de unir DEUS e o homem.
E isto seria reconciliação, harmonização [em inglês, at-one-ment, a
uma mente].
CRISTO não precisava de nenhuma expiação (reconciliação), pois Ele
e o Pai foram sempre um. João 10: 30. CRISTO orou por Seus discípulos
"para que eles todos sejam um, como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti,
que eles também possam ser um em Nós." João 17: 21.
A definição de expiação como consistente de três palavras, em
inglês, at-one-ment, é por alguns considerada obsoleta, mas não
obstante representa verdade vital. A Sra. White assim a usa. Diz ela:
"a não ser que aceitem a expiação provida em favor deles no
sacrifício reparador de JESUS CRISTO que é nossa expiação, at-one-ment,
com DEUS." Mss. 122, 1901.
O plano de DEUS é que "na plenitude do tempo Ele pudesse reunir
juntos em um todas as coisas em CRISTO." Efésios 1:10. Quando isso
for feito, "a família do céu e a família da terra são uma
só." O Desejado, 835. Então, "uma única pulsação de
harmonia e alegria vibra por toda a vasta criação." O Grande
Conflito, 678. Finalmente, a expiação está completa.
Duas Fases da Expiação
Muita confusão a respeito da expiação surge da negligência de
reconhecer as duas divisões da expiação. Note que é dito de João
Batista, "Ele não distinguia claramente as duas fases da obra de
CRISTO - como um sacrifício sofredor, e um rei conquistador." O
Desejado, 136, 137. O livro Questions on Doctrine [de Froom, Anderson e
Read, publicado em 1957, cujos erros foram repetidos em Nisto Cremos,
publicado em 1988, ambos da IASD] comete o mesmo erro. Não distingue
claramente; de fato não distingue em absoluto; parece não conhecer as
duas fases; daí a confusão.
A Primeira Fase da Expiação
A primeira fase da expiação de CRISTO foi de um sacrifício sofredor.
Isto começou antes que houvesse mundo, incluía a encarnação, a vida de
CRISTO sobre a terra, a tentação no deserto, o Getsêmane, o Gólgota, e
findou quando a voz de DEUS chamou CRISTO da "prisão pétrea da
morte". O capítulo 53 de Isaías é um quadro disto.
Satanás venceu Adão no jardim do Édem, e em pouco tempo quase o
mundo inteiro ficou sob seu domínio. No tempo de Noé houve apenas oito
almas que entraram na arca. Satanás reivindicava ser o príncipe deste
mundo, e ninguém o desafiou.
Mas DEUS não reconheceu a pretensão de Satanás por domínio, e
quando CRISTO veio à terra, o Pai "deu o mundo na mão de Seu Filho,
para que através de Sua obra mediatória Ele pudesse completamente
vindicar a santidade e os reclamos obrigatórios de cada preceito da lei
divina." Bible Echo, Janeiro, 1887. Este foi um desafio à pretensão
de Satanás, e assim começou resolutamente a grande controvérsia entre
CRISTO e Satanás.
"CRISTO tomou o lugar do caído Adão. Com os pecados do mundo
postos sobre Ele, JESUS haveria de ir ao terreno onde Adão
tropeçara." RH, 24-02-1874. "JESUS prontificou-Se a enfrentar
os mais altos reclamos da lei." RH, 02.09.1890. CRISTO fez-Se
responsável por todo homem e mulher sobre a terra." RH, 27-01-1900.
Como Satanás reclamava o domínio da terra, era necessário para
CRISTO vencer a Satanás, antes que JESUS pudesse tomar possessão de Seu
reino. Satanás sabia disso, e então fez uma tentativa de matar CRISTO
tão logo Ele nascesse. Contudo, como uma disputa entre Satanás e uma
criatura indefesa na manjedoura não seria justa, DEUS frustrou aquilo.
O primeiro encontro verdadeiro entre CRISTO e Satanás ocorreu no
deserto. Após 40 dias de jejum, CRISTO estava fraco e emaciado, à porta
da morte. Nessa ocasião Satanás fez seu ataque. Mas CRISTO resistiu,
mesmo "até o sangue", e Satanás foi compelido a retirar-se
derrotado. Mas o diabo não desistiu. Por todo o ministério de CRISTO,
Satanás perseguiu Suas pegadas, e tornou cada momento uma árdua batalha.
Getsêmane
O clímax da luta de CRISTO com Satanás, veio no jardim do Getsêmane.
Até ali CRISTO fora sustido pelo conhecimento da aprovação do Pai. Mas
agora Ele "estava oprimido pelo terrível temor de que DEUS estivesse
removendo Sua presença de JESUS." Spirit of Prophecy, vol. 3,
pág. 95.
Se DEUS O abandonasse, poderia JESUS ainda resistir a Satanás e morrer em
vez de submeter-se ao diabo? "Três vezes Sua humanidade recuou do
último sacrifício coroador... A sorte da humanidade tremeu na
balança." Ibid., pág. 99. "Conforme a presença do Pai era
retirada, eles O viram triste, com uma amargura de tristeza que excede
aquela da última luta com a morte." O Desejado, pág. 759. "JESUS
caiu moribundo ao solo, mas com Seu último resto de força murmurou, 'Se
este cálice não pode passar sem que Eu o beba, seja feita a Tua
vontade...' Uma paz celestial repousou sobre Sua face ensangüentada. Ele
havia suportado o que nenhum ser humano jamais podia suportar; Ele havia
provado os sofrimentos da morte em favor de todo homem." O
Desejado, pág. 694. Em Sua morte, Ele foi vitorioso.
"Quando CRISTO disse, 'Está consumado', DEUS respondeu, 'Está
consumado, a raça humana terá outra provação [teste, prova].' O preço
da redenção está pago, e Satanás caiu do céu como um raio." Mss.
11, 1897.
"Quando o Pai contemplou a cruz Ele ficou satisfeito. DEUS disse,
'É suficiente, a oferta está completa.'" Signs of the Times,
30-09-1899.
Era necessário, contudo, que fosse dado ao mundo uma severa
manifestação da ira de DEUS, e assim, "na sepultura CRISTO foi o
cativo da justiça divina." M.V.F., 24-01-1898. Precisava ser
abertamente atestado que a morte de CRISTO fora real. Assim, JESUS deveria
"permanecer na sepultura o indicado período de tempo." R&H,
26-04-1898. Quando o tempo expirou, um "mensageiro foi enviado para
aliviar o Filho de DEUS do débito pelo qual tornara-Se responsável e
pelo qual tinha feito expiação completa." Mss. 94, 1897.
"Na oração intercessória de JESUS com Seu Pai, CRISTO
reivindicou que havia cumprido as condições que tornava obrigatório ao
Pai cumprir a Sua parte do contrato feito no céu, com relação ao homem
caído. JESUS orou, 'completei a obra que Tu Me deste para fazer.'" A
Sra. White faz então este esclarecimento, "Isto é, JESUS tinha
formado um caráter justo sobre a terra, como um exemplo para o homem
seguir." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260.
O "contrato" entre o Pai e o Filho feito no céu, incluía o
seguinte:
1 - O Filho devia desenvolver um "caráter justo sobre a terra
como um exemplo para o homem seguir."
2 - Não somente era para JESUS formar tal caráter, mas Ele devia
demonstrar que o homem também poderia fazê-lo; e assim DEUS faria que os
homens se tornassem "mais escassos do que o ouro puro, mais raros do
que o ouro de Ofir."
3 - Se CRISTO assim pudesse apresentar o homem como uma nova criatura
em CRISTO JESUS, então DEUS devia "receber os homens arrependidos e
obedientes, e haveria de amá-los mesmo como Ele ama a Seu Filho."
Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260; O Desejado, pág. 790.
CRISTO "cumpriu uma fase de Seu sacerdócio ao morrer sobre a
cruz. Ele está agora cumprindo outra fase ao pleitear diante do Pai o
caso dos pecadores arrependidos e crentes, apresentando a DEUS as ofertas
de Seu povo." Mss. 42, 1901. "Em Sua encarnação JESUS atingiu
o limite prescrito como um sacrifício, mas não como um rendentor."
Mss. 111, 1897. No Gólgota CRISTO foi a vítima, o sacrifício. Aquilo
foi tão longe quanto JESUS podia ir como um sacrifício. Mas agora Sua
obra como redentor começou. "Quando CRISTO exclamou 'Está
consumado', a mão invisível de DEUS rompeu de alto a baixo o forte
tecido que compunha o véu do templo. O caminho para dentro do santíssimo
foi tornado manifesto." Ibidem.
Com a cruz, a primeira fase da obra de CRISTO como "sacrifício
sofredor" terminou. JESUS tinha ido ao "limite prescrito"
como um sacrifício. Ele tinha concluído a Sua obra "até
aqui". E agora, com a aprovação do sacrifício pelo Pai, JESUS foi
autorizado a ser o Salvador da humanidade. Na ulterior coroação, 40 dias
mais tarde, foi-Lhe dado todo poder no céu e na terra, e oficialmente
investido como Sumo Sacerdote.
A Segunda Fase da Expiação
"Após Sua ascensão nosso Salvador começou Sua obra como Sumo
Sacerdote... Em harmonia com o serviço típico, Ele iniciou Sua
ministração no lugar santo, e ao término dos dias proféticos em
1844... JESUS entrou no lugar santíssimo para executar a última parte de
Sua solene obra, para purificar o santuário." Spirit of Prophecy,
vol. 4, pág. 265, 266. Na mesma página 266, a Irmã White repete,
aparentemente para ênfase, "no término dos 2.300 dias em 1844,
CRISTO então entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, na
presença de DEUS, para realizar a obra de encerramento da expiação,
preparatória para Sua vinda." O leitor não pode falhar em notar
quão claramente e enfaticamente isto é declarado. João Batista
"não distinguia claramente as duas fases da obra de CRISTO, como um
sacrifício sofredor e como um rei conquistador." O Desejado,
pág. 136,
137. Nossos teólogos estão cometendo o mesmo erro hoje - e são
inexcusáveis. Eles têm luz que João não tinha.
Ao estudar esta parte da expiação, estamos entrando num campo que é
distintamente adventista, e no que diferimos de todas as outras
denominações. Esta é nossa única contribuição à religião e
teologia, aquilo que "tem feito de nós um povo separado, e tem dado
caráter e poder à nossa obra." Counsels to Editors and Writers,
pág.
54. No mesmo lugar ela nos adverte contra "invalidar as verdades da
expiação, e destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido
sagradas desde que a mensagem do terceiro anjo foi dada pela primeira
vez."
Esse é um conselho vital, e escrito para este próprio tempo quando
esforços estão sendo feitos por alguns entre nós para ter outras
crenças, para que sejam iguais às igrejas ao nosso redor, um corpo
evangélico e não uma seita. Paulo, em seus dias, teve de enfrentar a
mesma heresia. Ele foi acusado de ser uma "peste", o
"principal defensor da seita dos nazarenos." Atos 24:5. Em sua
resposta diante de Felix, Paulo confessou que após o "caminho que
eles chamam seita, assim sirvo eu o DEUS de nossos pais, crendo todas as
coisas que estão de acordo com a lei e que estão escritas nos
profetas." Atos 24:14.
Naqueles dias os homens zombavam da verdadeira igreja como uma seita,
como fazem hoje. Paulo não ficava perturbado por isto. Não temos
registro que ele tentou ter a igreja do DEUS vivo reconhecida como um
corpo evangélico pelos homens que lançavam no pó a lei de DEUS. Ao
contrário, seja o que o chamassem e a sua "seita", ele
confessou que cria em "todas as coisas que estão escritas na lei e
nos profetas." Atos 24:14.
O jornal religioso Cristianity Today, afirma na edição de 3 de março
de 1958, que "os adventistas hoje estão contendendo vigorosamente
que eles são verdadeiramente evangélicos. Parece que eles querem ser
assim considerados." Mencionando o livro Questions on Doctrine, diz
que esta "é a resposta adventista à pergunta se eles devem ser
considerados como uma seita ou como um membro da denominação
evangélica." Declara além disso que "o livro" é
publicado num esforço para convencer o mundo religioso que somos
evangélicos e uma delas.
Esta é uma situação interessante e perigosa. Como um oficial que
não estava a favor do que está sendo feito me afirmou: "Estamos
sendo vendidos rio abaixo." Que cena para o céu e a terra. A igreja
do DEUS vivo, à qual foi dada a comissão de pregar o evangelho para toda
criatura debaixo do céu e chamar os homens para saírem de Babilônia,
está agora de pé à porta dessas igrejas pedindo permissão para entrar
e tornar-se uma delas. Como estão caídos os poderosos! Se o plano deles
tiver sucesso, devemos agora ser um membro de alguma associação
evangélica e não mais uma IASD distinta, em segredo "vendida rio
abaixo." [N.T. Foi o que ocorreu em 07.08.1959, com a primeira
divulgação pelo Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos,
organização ecumênica, de que a IASD é um "membro
cooperador".] Isto é mais que apostasia. Isto é desistir do
adventismo. Isto é um rapto de um povo inteiro. É negar a condução de
DEUS no passado. É o cumprimento do que o Espírito de Profecia disse
anos atrás:
"O inimigo das almas tem buscado introduzir a suposição de que
uma grande reforma deveria ter lugar entre os adventistas do sétimo dia,
e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que permanecem
como pilares de nossa fé, e engajar-se num processo de reorganização.
Caso essa reforma tivesse acontecido, o que resultaria? Os princípios da
verdade que Deus em Sua sabedoria tem concedido à igreja remanescente
seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios
fundamentais que têm sustentado a obra durante os últimos cinqüenta
anos seriam considerados como erro. Uma nova organização seria
estabelecida. Livros de uma nova ordem seriam escritos. Um sistema de
filosofia intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam
às cidades e realizariam uma maravilhosa obra. O sábado, logicamente,
seria considerado levianamente, bem como o Deus que o criou. Nada seria
permitido permanecer no caminho do novo movimento. Os líderes ensinariam
que a virtude é melhor do que o vício, mas Deus sendo removido, eles
depositariam sua dependência no poder humano, o qual, sem Deus, é sem
valor. O seu fundamento seria edificado sobre a areia, e a tempestade e a
tormenta levariam de roldão a estrutura". Special Testimonies,
Series B, # 7, ppág. 39-40 (outubro de 1903). Mensagens Escolhidas, Vol. 1,
ppág. 204-205.
"Não sejais enganados; muitos se apartarão da fé, dando ouvidos
a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios. Temos diante de nós o
alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais surpreendente."
Series B, nº 2, pág. 16.
"Quando homens na posição de líderes e professores trabalham
sob o poder de idéias espiritualistas e sofismas, ficaremos calados por
medo de prejudicar a influência deles, enquanto almas estão sendo
enganadas?... Aqueles que se sentem tão pacíficos em relação às obras
de homens que estão danificando a fé do povo de DEUS, são guiados por
um sentimento enganoso." Ibidem, pág. 9, 11.
Energia renovada é agora necessária. Ação vigilante é convocada.
Indiferença e indolência resultarão na perda da religião pessoal e do
céu... Minha mensagem para vós é: Não mais consintais a ouvir sem
protestar contra a perversão da verdade. Devemos firmemente recusar
sermos afastados da plataforma da verdade, que desde 1844 tem suportado o
teste." Ibidem, pág. 14, 15, 50.
"Hesitei e demorei a enviar o que o ESPÍRITO do SENHOR me impeliu
a escrever. Eu não queria ser compelida a apresentar a influência
desencaminhadora daqueles sofismas. Mas na providência de DEUS, os erros
que têm entrado devem ser enfrentados." Ibidem, pág. 55.
"Que influência é essa que conduziria os homens neste estágio
de nossa história a trabalhar de um modo secreto e desonesto e poderoso
para romper o fundamento de nossa fé - o fundamento que foi lançado no
início de nossa obra pelo estudo fervoroso da palavra e pela revelação?
Sobre este fundamento temos estado construindo os passados 50 anos.
Imaginais que quando vi o começo da obra que removeria alguns dos pilares
de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer à ordem,
'Enfrentai-o.'" Ibidem, pág. 58.
Tudo isto foi escrito para enfrentar a apostasia no período alfa.
Estamos agora no período ômega que a Irmã White diz que viria, e que
"seria de uma natureza surpreendente". E as palavras são mesmo
mais aplicáveis agora do que então. É o leitor um "dos que se
sentem tão pacíficos a respeito das obras dos homens que estão
arruinando a fé do povo de DEUS"? Ibidem, pág. 11. "Manteremos
silêncio por temor de prejudicar a influência deles, enquanto almas
estão sendo enganadas?" Ibidem, pág. 9. É tempo de ficar de pé e ser
contado. Há tempos que tenho sido tentado a pensar que estou de pé
sozinho como esteve Elias. Mas DEUS lhe disse que havia 7.000 outros. Há
mais que aquilo agora, graças a DEUS. Eles precisam se revelar - e o
estão fazendo. As mais sinceras são as cartas que recebo. É com
profundo pesar que acho que sou incapaz de entrar em extensiva
correspondência. Estou sobrecarregado de trabalho.
A morte de CRISTO na cruz corresponde ao momento em que no dia da
expiação o sumo sacerdote tinha justamente matado o bode do SENHOR no
pátio. A morte do bode era necessária, pois sem o seu sangue não
haveria expiação. Mas a morte em e de si mesma não era a expiação,
embora ela fosse o primeiro e necessário passo. A Irmã White fala que a
"expiação começou na terra." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág.
261. Diz a Escritura: "É o sangue que faz a expiação."
Levítico 17:11. E, de certo, não pode haver sangue senão após a morte
ter tido lugar. Sem a ministração do sangue, o povo estaria na mesma
posição como aqueles que na páscoa matavam o cordeiro, mas falhavam em
colocar o sangue nos portais. "Quanto Eu ver o sangue", disse
DEUS, "passarei por cima de vós." Êxodo 12: 13. A morte era
inútil sem a ministração do sangue. Era o sangue que contava.
É o sangue que deve ser aplicado, não "um ato", "um
grande ato", "um ato sacrifical", "um ato
expiatório", "o ato da cruz", "os benefícios do ato
da cruz", "os benefícios da expiação", todas das quais
expressões são usadas em Questions on Doctrine, mas qualquer referência
ao sangue é cuidadosamente evitada. Não é um ato de qualquer espécie que deve
ser aplicado. É o sanque. No entanto em todas as 100 páginas do livro
tratando da expiação, nem uma vez é falado no sangue como sendo
aplicado, ou ministrado. Pode isso ser meramente um descuido, ou é
intencional? Estamos ensinando uma expiação sem sangue? O Pr. Nichols
declara a posição adventista corretamente quando diz, "cremos que a
obra da expiação de CRISTO começou em vez de completar-se no
Calvário." Answers to Objections, pág. 408. Isto foi publicado em
1952. [Portanto, antes que a liderança tivesse feito compromisso com os
protestantes.] Estamos interessados de ver o que dirá a nova edição.
Muitos estão esperando para encontrar o que devem crer sobre esta
importante questão.
Expiação de Sangue
Eis aqui algumas expressões do Espírito de Profecia com relação ao
sangue expiatório:
"JESUS foi vestido de trajes sacerdotais. Ele contemplou com pena
o remanescente, e com voz de profunda piedade clamou, 'Meu sangue, Pai;
Meu sangue; Meu sangue; Meu sangue.'" Primeiros Escritos, pág. 38.
"JESUS aparece na presença de DEUS como nosso grande Sumo
Sacerdote, pronto para aceitar o arrependimento, e a responder as
orações de Seu povo, e, através dos méritos de Sua própria justiça,
apresentá-los ao Pai. JESUS levanta Suas mãos feridas a DEUS, e
reivindica o perdão deles comprado com sangue. Tenho-os gravado nas
palmas de Minhas mãos, Ele suplica. Aquelas feridas memoriais de Minha
humilhação e angústia asseguram à Minha igreja os melhores dons da
Onipotência." Spirit of Prophecy, vol. 3., 261,262.
"A arca que abriga as tábuas da lei está coberta com o assento
de misericórdia [propiciatório], diante do qual CRISTO pleiteia Seu
sangue em favor do pecador." O Grande Conflito, 415.
"Quando no serviço típico o sumo sacerdote deixava o lugar santo
no dia da expiação, ele entrava [no lugar santíssimo] diante de DEUS
para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todo Israel
que realmente se arrependera de seus pecados. Assim CRISTO apenas
completou uma parte de Sua obra como nosso intercessor, para entrar em
outra porção da obra, e Ele ainda pleiteava Seu sangue diante do Pai em
favor dos pecadores." Ibidem, 429.
CRISTO está "agora oficiando diante da arca de DEUS, demandando
Seu sangue em benefício dos pecadores." Ibidem, 433.
"CRISTO, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando Seu sangue diante do
Pai em favor do pecador, leva sobre Seu coração o nome de cada alma
crente arrependida." Patriarcas e Profetas, 351.
"Como CRISTO em Sua ascensão apareceu na presença de DEUS para
pleitear Seu sangue em favor dos penitentes crentes, assim o sacerdote na
ministração diária aspergia o sanque do sacrifício no lugar santo em
favor do pecador." Patriarcas e Profetas, 357.
"O sangue de CRISTO, conquanto fosse para libertar o arrependido
pecador da condenação da lei, não era para cancelar o pecado; era para
manter em registro no santuário até a expiação final." Ibidem.
E com todas essas declarações diante dele, nem uma vez o autor de
Questions on Doctrine mencionou o sangue como sendo aplicado ou
ministrado.
A Expiação Final
"O Pai ratificou a aliança feita por CRISTO, que haveria de
receber os homens obedientes e arrependidos, e os amaria mesmo como Ele
ama Seu Filho." Esta, como declarado acima, era na condição de que
"CRISTO deveria completar Sua obra e cumprir Sua garantia de tornar o
homem 'mais precioso que o fino ouro, mais raro que o ouro fino de Ofir.'
Isaías 13:12." O Desejado, pág. 790. "Isto CRISTO garante."
Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 250.
Quando CRISTO diz em Sua oração sumo-sacerdotal, "Completei a
obra que Tu Me deste para fazer," (João, 17:4) a Irmã White
comenta: "JESUS desenvolveu um caráter justo sobre a terra como
exemplo para o homem seguir." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260.
Em desenvolver esse caráter justo, CRISTO demonstrou que isto pode ser
feito. Mas podiam os outros fazer o mesmo? Isto também precisa ser
demonstrado. CRISTO garantiu que poderiam. Era agora para CRISTO tornar
eficaz Sua promessa.
O caráter não é criado. É feito; é desenvolvido; é construído
através de múltiplos testes e tentações e provações. DEUS de início
dá um teste leve, depois um pouco mais forte, e ainda um pouco mais
forte. Pouco a pouco a resistência às tentações fica mais forte, e
depois de um tempo certas tentações cessam de ser tentações. Um homem
pode ter uma grande luta contra o tabaco; mas finalmente é vitorioso, e
sua vitória ser tão completa que o tabaco não é mais uma tentação.
Assim, idealmente, deve ser com toda tentação. Santidade não é
obtida num dia. "Redenção é aquele processo pelo qual a alma é
treinada para o céu." O Desejado, pág. 330. Um homem pode ganhar
vitórias cada dia, mas ainda não pode ter alcançado. Mesmo Paulo teve
de admitir que ele não havia "já alcançado, ou que era
perfeito." Mas destemido exclama, "mas prossigo para alcançar
aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS." Filipenses
3:12.
CRISTO prometeu tornar o homem "mais puro que o ouro", mesmo
que o ouro fino de Ofir. Nesta obra o homem não deve ser apenas um
instrumento submisso; ele deve tomar parte ativa. Notem estas citações:
"O resgate da raça humana foi apontado para dar ao homem outra
prova [teste]." Mss. 14, 1898.
"O plano da salvação foi designado para redimir a raça caída,
para dar ao homem outro teste." Signs of the Times, 26-04-1899.
"DEUS contemplou a vítima expirando sobre a cruz e disse, 'Está
terminado; a raça humana terá outra prova [teste, provação].'"
Youth's Instructor, 21-06-1900.
"Para que o transgressor possa ter outra prova... o eterno Filho
de DEUS Se interpôs para suportar a punição da transgressão." RH,
08-02-1898.
"JESUS sofreu em nosso lugar para que o homem pudesse ter outro
teste e provação." Special Instruction Relating to the Review
Herald Office, pág. 28.
"Como JESUS foi aceito como nosso substituto e penhor, cada um de
nós será aceito se resistirmos o teste e a provação por nós
mesmos." RH, 10-06-1890.
"O Salvador venceu para mostrar ao homem como o homem pode
vencer." "O homem precisa trabalhar com seu poder humano,
ajudado pelo poder divino de CRISTO, para resistir e conquistar a qualquer
custo para si mesmo. Em suma, ele deve vencer como CRISTO venceu... O
homem deve fazer sua parte; deve ser vitorioso de sua própria conta,
através da força e graça que CRISTO lhe dá." Testimonies, vol. 4,
pág. 32, 33.
CRISTO prometeu tornar os homens vencedores; Ele "garantiu"
isto. Não foi tarefa fácil; mas a obra de expiação não foi terminada
até e a não ser que JESUS a fizesse. E assim CRISTO perseverou até que
Sua tarefa fosse feita. Da última geração, na mais fraca das fracas,
CRISTO escolhe um grupo [os Remanescentes] com o qual fazer a
demonstração que o homem pode vencer como CRISTO venceu.
Nos 144.000 CRISTO permanecerá justificado e glorificado. Eles provam
que é possível para o homem viver uma vida agradando a DEUS sob todas as
condições, e que os homens podem finalmente ficar de pé "à vista
de um DEUS santo sem um intercessor [é agora na luta de Jacó]." O
Grande Conflito, pág. 614.
O testemunho é dado então a eles, "Eles são os escolhidos,
co-herdeiros com CRISTO na grande firma do céu. Eles venceram, como JESUS
venceu." Mss. 28.11.1897. Para nós vem o convite, "Agora,
enquanto nosso Sumo Sacerdote está fazendo a expiação por nós, devemos
buscar tornar-nos perfeitos em CRISTO." O Grande Conflito, pág. 623.
Um Mistério
Em sua epístola aos efésios, Paulo apresenta-nos com um mistério.
Diz ele, "Por esta causa deixará o homem seu pai e sua mãe e se
unirá à sua mulher, e ambos serão uma só carne. Este é um grande
mistério; mas eu falo com relação a CRISTO e a igreja." Efésios
5: 31,32. O casamento adequadamente representa a união entre CRISTO e a
igreja, efetuada pela expiação.
Em harmonia com esse quadro de casamento, o anúncio público é feito
no fechamento da porta da graça: "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e
demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua
noiva se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos."
Apocalipse 19:7,8. Como o esposo e a esposa são um, assim agora são
CRISTO e a igreja. A expiação, a verdadeira expiação, a expiação
final, a completa expiação, foi feita. "A família do céu e a
família da terra são uma." O Desejado, pág. 835.
Os 144.000
Praticamente todos os adventistas têm lido os últimos capítulos de O
Conflito dos Séculos, que descreve a pavorosa luta através da qual o
povo de DEUS passará antes do fim. Como CRISTO foi provado ao máximo na
tentação no deserto e no jardim do Getsêmane, assim os 144.000 da mesma
forma serão provados. Eles aparentemente serão deixados a perecer, pois
suas preces ficarão sem resposta como as de CRISTO no Getsêmane quando
Suas petições foram negadas. Mas a fé deles não cairá. Como Jó eles
exclamarão, "Mesmo que DEUS me mate, Nele confiarei." Jó,
13:15.
A demonstração final do que DEUS pode fazer na humanidade é feita na
última geração que porta todas as enfermidades e fraquezas que a raça
humana adquiriu através de seis mil anos de pecado e transgressão. Nas
palavras da Irmã White eles portam "os resultados da operação da
grande lei da hereditariedade." O Desejado, pág. 48. Os mais fracos da
humanidade devem ser submetidos às mais fortes tentações de Satanás,
para que o poder de DEUS possa ser abundantemente mostrado. "Foi uma
hora de pavorosa, terrível agonia aos santos. Dia e noite eles clamavam a
DEUS por libertação. Pela aparência exterior, não havia nenhuma
possibilidade de eles escaparem." Primeiros Escritos, pág. 283.
De acordo com a nova teologia que nossos líderes têm aceito e estão
agora ensinando, os 144.000 serão sujeitos a uma tentação
imensuravelmente mais forte do que CRISTO jamais experimentou. Pois
enquanto a última geração portará as fraquezas e as paixões de seus
antepassados, nossos líderes reivindicam que CRISTO foi isento [imune] de
todas elas. CRISTO, é-nos dito, não herdou nenhuma das paixões
"que corrompem os descendentes naturais de Adão." Questions on
Doctrine, pág. 383.
Com esse falso ensino sobre a natureza de CRISTO, JESUS viveu quando na
terra num nível mais elevado e completamente diferente do homem que tem
de lutar com paixões herdadas, e assim CRISTO não conhece e não
experimentou o real poder do pecado. Mas esse não é o tipo de salvador
que eu preciso. Preciso de um Salvador que foi "tentado em todos os
pontos como nós somos." Hebreus 4:15. O "cristo
substituto" que nossos líderes nos apresentam, devo rejeitá-lo e o
rejeito. Graças a DEUS, "Porque não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós,
em tudo foi tentado, mas sem pecado." Ibidem.
Acusação contra DEUS
Porém mais do que mesmo aquilo está envolvido na nova teologia; ela
coloca uma acusação contra DEUS como o autor de um plano para enganar
ambos o homem e Satanás. Eis a situação:
Satanás tem consistentemente mantido que DEUS é injusto em requerer
que os homens obedeçam a Sua lei, que o diabo diz ser impossível
obedecê-la. DEUS tem sustentado que Sua lei pode ser obedecida, e para
substanciar Sua reivindicação ofereceu mandar Seu Filho a este mundo
para provar Sua contenda. O Filho veio e guardou a lei e desafiou aos
homens a convencê-Lo do pecado. JESUS foi achado ser sem pecado, santo e
sem culpa. Ele provou que a lei podia ser guardada, e DEUS ficou
vindicado; e Sua exigência que os homens guardem Seus mandamentos foi
achada ser justa. DEUS venceu, e Satanás foi derrotado.
Mas nisso havia um nó; pois Satanás reclamava que DEUS não tinha
feito um jogo justo; Ele tinha favorecido Seu Filho, tinha-O
"isentado" dos resultados da operação da grande lei da
hereditariedade à qual todos os homens estavam sujeitos; DEUS tinha
isentado [tornado imune] CRISTO "das paixões herdadas e poluicões
que corrompem os descendentes naturais de Adão." Questions on
Doctrine, pág. 383. DEUS não havia isentado a humanidade em geral, mas
somente CRISTO. Isto, evidentemente, invalidava a obra de CRISTO sobre a
terra. JESUS não mais era um de nós que tinha demonstrado o poder de
DEUS para guardar os homens de pecar. Ele era um enganador a quem DEUS
dera tratamento preferencial e não foi afligido com paixões herdadas
como são os homens.
Satanás teve pouca dificuldade em levar os homens a aceitar esse ponto
de vista; a igreja católica o aceita; no devido tempo, os evangélicos
deram seu consentimento; e em 1956 os líderes da IASD também adotaram
esse ponto de vista. Foi o assunto de "isenção" que fez Pedro
tomar JESUS à parte e dizer, "SENHOR, tem compaixão de Ti; de modo
nenhum Te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-Se disse a Pedro: Para
trás de Mim, Satanás, que Me serves de escândalo; porque não
compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são dos
homens." Mateus 16: 22,23. CRISTO não queria ser imune [isento]. Ele
disse a Pedro, "Não compreendes as coisas que são de DEUS."
Assim hoje alguns não compreendem as coisas de DEUS. Eles pensam que é
meramente uma questão de semântica. Que DEUS tenha piedade de tais e
lhes abra os olhos para as coisas que são de DEUS. Com a rendição dos
líderes adventistas à monstruosa doutrina de um CRISTO
"imune", a última oposição de Satanás tem capitulado. Oramos
novamente, queira DEUS salvar Seu povo.
Foi-me perguntado o que espero realizar com esta minha oposição. Não
quero "vencer" qualquer argumento. Sou um ministro adventista do
sétimo dia cujo trabalho é pregar a verdade e combater o erro. A Bíblia
é em grande parte um registro do protesto das testemunhas de DEUS contra
os pecados prevalecentes da igreja, e também de suas aparentes falhas.
Praticamente todos os protestadores selaram seu testemunho com seu sangue,
e a igreja prosseguiu até DEUS intervir. Tudo que Paulo esperava era que
ele pudesse "salvar alguns." I Coríntios 9:22. Praticamente
todos os apóstolos morreram como mártires, e CRISTO foi pendurado numa
cruz. Levou 40 anos antes que a destruição viesse. Mas quando DEUS
interveio Ele fez um trabalho completo.
Esta denominação precisa voltar
à instrução dada em 1888, a qual foi escarnecida. Necessitamos de uma
reforma na organização, que não permita que uns poucos homens dirijam
cada movimento feito em qualquer parte do mundo. Necessitamos de uma
reforma que não permita que uns poucos homens gastem milhões em
instituições não-autorizadas pelo voto dos representantes de toda a
igreja, enquanto os campos missionários estão sofrendo por necessidades
básicas. Necessitamos de uma mudança na ênfase que é dada para
promover finanças e estatísticas. Necessitamos restaurar a Escola
Sabatina ao seu devido lugar na obra de Deus. Necessitamos dar um basta
aos empresários artísticos e promotores comerciais, que defendem
interesses próprios à guisa de levantar dinheiro para boas causas.
Necessitamos pôr um ponto final nos anúncios semanais na igreja, que são
meramente propagandas disfarçadas. Esta lista poderia ser extremamente
ampliada.
Mas tudo isto, embora importante, torna-se pequeno, diante de nossa
maior necessidade. Precisamos todos, a maioria de nós, de uma reforma e
reavivamento. E se nossos líderes não nos conduzem como
deveriam, "de outra parte se levantará para os judeus socorro e
livramento". Ester 4:14. Eu, de bom ânimo, permaneço orando pela
paz de Israel.
(Assinado) M. L. Andreasen