3. EFEITOS E USOS DA MÚSICA
A
compreensão da
vontade de Deus e das orientações que Ele deixou para Sua Igreja poderá ficar
comprometida se não entendermos o porquê de no-las haver concedido. Sua
linguagem ser-nos-á ininteligível se não conhecermos os termos e expressões
que usa. Nós mesmos não saberemos do que Ele nos está falando se não
conhecermos alguns estudos e fatos científicos a respeito dos fenômenos
acústicos e seus efeitos sobre o organismo. Lembremo-nos de que a verdadeira
ciência jamais se opõe às revelações e orientações do seu Criador.
Por
isso queremos condensar neste capitulo algumas verdades científicas sobre os
efeitos da música no ser humano, nos animais e nas plantas, e, por
conseguinte, dos vários usos que se pode fazer da música. Cada fato destes
lançará luz sobre tudo o que será apresentado até o final do volume. A ciência
assim ajudará a responder e explicar o porquê das ordens divinas.
Todos
nós, como seres racionais, gostamos de manifestar uma fé que não seja cega,
mas que tenha algum suporte em evidências ou provas científicas, desde que a
mente esteja à altura de compreender os fatos. A resignação vem apenas quando
isto não é possível.
Estas
conclusões provêm de uma infinidade de fontes e estudos científicos para os
quais nem sempre serão dadas as referências porque este livro é mais de
reflexão do que técnico. Contudo, recomendamos aos interessados que leiam pelo
menos Os três artigos do Prof. H. Lloyd Leno, do Walla Walla College, "Música
- Efeitos sobre o Homem” (RA, 02, 03, 04/ 1977), publicados também na apostila
da FAT - “Dinâmica da Liturgia Adventista”, pags. 97-110; “Som Saúde” do Dr.
Steven Halpen com o Dr. Louis Savary (Tekbox Produtos de Alta Tecnologia
Ltda., Rio de Janeiro-RJ) e “Rock in Igreja?!” de John Blanchard com Peter
Anderson e Derek Cleave - Editora Fiel, onde encontrarão as citações.
Em
primeiro lugar, devemos deixar a idéia de que ouvimos apenas com os ouvidos.
As vibrações, audíveis ou não, são absorvidas pelo corpo como um todo, através
de uma ressonância geral por
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simpatia. Façam uma experiência: Com a sala em silêncio, pisem no pedal
direito do piano e depois gritem, começando num som agudo e deslizando até um
som grave. O organismo é afetado de maneira idêntica a do piano, até por
vibrações inaudíveis. Cada célula é um receptor sonoro. O Prof. Schafer
descobriu que, na Alemanha, os estudantes, ao Ihes ser solicitado que
murmurassem um som que Ihes viesse do centro do ser, em sua maioria entoaram o
tom de Sol Sustenido. A mesma experiência nos Estados Unidos e Canadá resultou
em que a maioria dos estudantes entoou espontaneamente o tom de Si. A resposta
a esta diferença está apenas na ciclagem da eletricidade que na América é de
60 ciclos e na Europa 50 ciclos por segundo, freqüências respectivas do Si e
do Sol Sustenido, apanhadas pelo subconsciente de tudo o que funciona com
eletricidade.
Outro
ponto do qual temos de nos conscientizar é de que nosso ouvido foi criado para
funcionar dentro de um certo limite de volume sonoro. Se passar do limite, o
som destrói a sensibilidade auditiva, conforme o tempo da exposição. Para
termos uma idéia: um trânsito agitado de uma cidade média está produzindo 75 a
85 decibéis de ruídos (o limite máximo tolerável, sem muito prejuízo para o
ouvido), e grandes aviões a jato na decolagem chegam aos níveis do Rock ao
vivo, amplificado, que é de 130 decibéis ou mais. Por isso é que, após uma
festinha jovem com “som”, o ouvido e o sistema nervoso se foram, e as crianças
nas grandes cidades acordam irritadas e nervosas.
Também deveríamos estar conscientes de que somos o que comemos, vemos e
ouvimos. Podemos absorver sons saudáveis ou nocivos, como os alimentos.
Podemos nos viciar com drogas de som tanto quanto os toxicômanos com as suas.
Podemos inclusive ter uma boa dieta sonora. É já muito comum o conhecimento de
que vacas produzem mais leite e galinhas, mais ovos, ao som de certos tipos de
música, e menos com outros.
A
pesquisadora Dorothy Retallack testou a resposta das plantas à música em seu
laboratório. Quando as plantas não gostavam da música, viravam-se para o lado
oposto aos alto-falantes; inclinavam-se na direção da música quando dela
gostavam, à medida que cresciam. Com música indiana clássica elas se
enroscavam nos alto-falantes. Gostavam da música de Bach, mas com rock (Led
Zeppelin) algumas secaram e morreram (Som Saúde, Pág. 48). Poderíamos até
pensar
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em
fertilizantes sonoros...
Os
musicoterapeutas e os adeptos da Medicina Holística estão conseguindo coisas
incríveis com a música, desde a formação de moléculas orgânicas no corpo que
aliviam a dor e a tensão, até a diminuição do colesterol, e muitas outras
situações que favorecem e aceleram o restabelecimento dos pacientes.
Baseados no princípio do arrastamento, ou encadeamento, descoberto pelo
cientista holandês Christian Huygens há mais de 300 anos (oscilações muito
aproximadas, lado a lado, tendem a “acertar o passo"); no princípio da
ressonância ou simpatia; no das ondas estacionárias; no das vibrações
impostas; no da adaptação e da oposição, etc., a medicina do som abre um leque
muito grande para o uso da música saudável e a determinação da nociva. A ultra
sonografia, por exemplo, e sua atuação sobre a molécula de ADN, ou a síntese
do ADN em células cartilaginosas, ou a incorporação da timidina ao ADN, ou
mesmo os movimentos vibratórios atuando sobre a melanina, estão provando que
há uma tremenda e complexa atuação dos sons sobre o organismo humano.
Sabe-se, por exemplo, que a música age no organismo como um todo, apresentando
não só efeitos sobre o físico, mas também sobre a mente. Produz efeitos
psicológicos variados. As emoções, a imaginação, as disposições podem ser
induzidas e estimuladas. Conforme a música, as pessoas são afetadas para o bem
ou para o mal, inclusive moral e espiritualmente.
Ninguém pode dizer que tal ou tal música não o afeta. Uma das maiores
descobertas científicas foi a de que a música penetra na mente humana através
daquela porção do cérebro que não depende da vontade, da parte consciente, mas
estimula, por meio do tálamo, a sede de todas as emoções, sensações e
sentimentos, invadindo o centro cerebral automaticamente, quer a pessoa queira
ou não.
Descobriu-se que a música atua sobre o ritmo cardíaco, a pressão sanguínea, a
respiração, e, muito importante, sobre as glândulas endócrinas, liberando
adrenalina e outros hormônios.
Outra
verdade científica de importância capital é que o ritmo da música é o fator
básico primário em determinar o efeito emocional produzido.
O
ritmo anapéstico interrupto, padronizado, que permeia a
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música rock e pop em geral “confunde o corpo e enfraquece os músculos. Entre
centenas de pessoas testadas pelo cinesiologista do comportamento Dr. John
Diamond, 90% registraram uma perda quase instantânea de 2/3 da força muscular
ouvindo este ritmo” (Som Saúde, pág. 92).
Também é de se notar que o sentido da audição
é o que maior efeito tem sobre o sistema nervoso autônomo, e, por conseguinte,
faz que a variação do limiar sensorial provoque o aumento de até 25% na
percepção das cores, o que explica o pscodelismo jovem associado à música pop.
É
também comprovado que a música influencia a condutividade elétrica do corpo,
seu potencial eletrolítico e o equilíbrio eletrolítico do sistema nervoso; com
isso provoca um reflexo psicogalvânico epidérmico, e, quando é excitante,
deixa os nervos à flor da pele, “eriçados”.
Ainda
mais. Particularmente os sons graves (de baixa freqüência do contrabaixo e da
guitarra-baixo) nas fórmulas rítmicas repetitivas, em batidas marcantes, com o
volume acima de certo número de decibéis, com a atmosfera sonora criada pelos
instrumentos e baterias usados na música popular, afetam diretamente a
glândula Pituitária, ou Hipófise, localizada bem no meio da cabeça; excitam-na
e fazem que seus hormônios influenciem todo o metabolismo do corpo, bem como
as glândulas sexuais; enfim, afetam a química corporal por completo, fazendo o
organismo se sentir num clima totalmente alterado. Isto sem contar os
elementos de transe e hipnóticos que contém.
Em
virtude disto podemos compreender o clima reinante nos “camp-meetings”
reavivamentistas, que já mencionamos anteriormente, e o que reinava no “Rock
in Rio”, por exemplo. Podemos compreender também por que a música popular em
si pode conter não só mensagens, mas ser veículo de imoralidade sobre as
massas, especialmente sobre a juventude no seu vigor.
Enfim, enquanto há música que produz um equilíbrio na mente e no organismo
todo, também há a música popular de hoje que traz o sexualismo, o ocultismo e
o satanismo, bem como mensagens ocultas e reversas (vide Rock in Igreja, págs.
59-64).
Ah,
se nossos olhos cegos de laodiceanos pudessem ver tudo o que Deus vê e que
Satanás bem sabe, nós que normalmente
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somos
zelosos em não ter uma dieta cárnea, com café e outros estimulantes
para não estimularmos as paixões carnais inferiores, jamais permitiríamos ser
massageados e fascinados pela música popular, que é muito pior, quer dentro ou
fora da Igreja.
Podemos assim facilmente compreender como um dom tão sublime como a música,
que pode ser uma grande benção se devidamente usado, pode também ser causa de
perdição se usado para o mal.
O que
muitos irmãos acham difícil de ver é uma saída para a confusão musical do
mundo, no lar, na escola e na Igreja, principalmente os que têm filhos. O que
é certo e o que é errado, o que e saudável e o que é nocivo na dieta musical?
Que tremenda responsabilidade para Laodicéia!
Não precisamos, porém,
temer. Deus tem o colírio para abrir nossa visão, a fim de compreendermos suas
orientações.
4. ORIENTAÇÃO DIVINA
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