O Cenário do Poder
Prof. Sikberto R. Marks
Vigiar, orar e trabalhar é a orientação bíblica.
Trabalhar refere-se a todas as atividades diretas ou indiretas com vistas
a salvação de almas para o reino de DEUS. Orar envolve os momentos em
que dialogamos com O nosso Criador, buscando d'Ele forças, conhecimento e
entendimento para o trabalho e vigília.
Vigiar é estar atento aos fatos que se sucedem,
comparando-os com as profecias para o tempo presente, buscando conhecer o
tempo em que vivemos. Isso em mente, elaboramos uma análise de cenário
internacional sob o título "O Cenário do Poder", este o
primeiro, pretendendo-se elaborar outros, sempre que a situação
internacional o sugira. Aceitaremos colaborações nesse sentido,
principalmente de notícias, sempre bem-vindas ou de comentários jornalísticos.
A reestruturação do poder no mundo
Há pouco ocorreu a eleição para presidente nos Estados
Unidos da América. Como é sabido, foi uma eleição: (a) dividida; (b)
em que restaram dúvidas quanto aos resultados; (c) que colocou os princípios
constitucionais americanos em questão; (d) que resultou em gozação
internacional; (e) que fortificou o movimento pela reforma constitucional;
(f) que manchou a reputação da capacidade democrática da maior
democracia do planeta; (g) resultou num presidente eleito politicamente
fraco; (h) e trouxe insegurança para o direito e as instituições democráticas
ao redor do mundo.
Agregue-se a isso, que foi eleito um presidente com o
seguinte perfil: (a) seu curriculum é fraco - dono de um time de basquete
e, pela fama assim obtida, governador de estado americano; (b) que não
exita em utilizar a força bruta, como o demonstram seus primeiros dias
como presidente; (c) que se cercou de multimilionários para os altos
cargos no governo; (d) que demonstra não tolerar seitas e movimentos que
não se alinhem à sua política; (e) que já demonstrou estar mais
interessado pelo dinheiro que pelo social, isso no âmbito externo, como
por exemplo, em relação à África; (f) que quer mostrar serviço logo
no início do governo, mas que deverá enfrentar provável crise econômica
em seu país. Ele parece ser do tipo perigoso, capaz de tomar decisões
radicais em momentos de dificuldade. Precisa de alianças políticas de
poder para se impor no mundo. Já conquistou graves críticas por causa
ataque ao Iraque, em que desconsiderou a existência da ONU.
Também ocorreu a eleição para primeiro ministro em
Israel, sendo eleito Ariel Sharon, com as seguintes características: (a)
linha dura, de extrema direita, contra concessões aos palestinos; (b)
aliado ao poder econômico internacional; (c) provocador da ira dos
palestinos; (d) que usa a força militar sem refletir muito; (e)
nacionalista ao extremo; (f) que para negociar com os palestinos, requer
deles bom comportamento, o que é improvável.
Hoje (21/02/01) iniciou-se o "consistório" para
consagrar os 44 novos cardeais a compor o colégio eleitoral da Igreja Católica.
Serão ao todo 184 novos cardeais no Sacro Colégio Cardinal da Igreja Católica.
Eles deverão eleger o novo papa, mas isso não sabemos quando.
Análise das eleições acima mencionadas:
a,1) Os Estados Unidos presentemente possuem um presidente
profissional e politicamente fraco, capaz de decisões precipitadas
caracterizadas pelo uso da força, para se impor e tentar se consolidar
como homem forte. Está cercado pelo poder econômico, que nunca foi muito
racional nas decisões difíceis em momentos de crise, pois decide por
interesse, não por princípios. Isso pode facilitar o repúdio formal à
constituição democrática deste país, desde 1787, bem como, resultar em
perseguições e proscrição a grupos minoritários indesejáveis. Bush
fará qualquer coisa para agradar a maioria do povo americano, e este está
propenso às orientações dos protestantes radicais (ou falso
protestantismo).
a,2) Israel, pequeno país que pesa muito na relação de
poder no mundo, tornou-se outra vez foco de tensão irreversível,
dividindo o planeta quanto a palestinos e árabes, contra israelenses e países
ocidentais. Israel, com o resultado da eleição de Sharon, é poderoso
foco de tensão internacional. Agregue-se a esta situação de tensão, a
recente incursão aérea contra o Iraque, feita pelos EUA e Inglaterra. Os
demais focos de tensão no mundo podem ser tentados à radicalização.
a,3) No Vaticano, a Cúria detém agora o maior poder de
toda a sua história. João Paulo II concentrou importantes poderes antes
espalhados pelo mundo. Também estabeleceu todos, menos dez, cardeais do
atual colégio da Cúria, que elege o papa e define as ações da igreja
no mundo. No realinhamento do poder no mundo, falta agora um papa com o
perfil diferente de João Paulo II, de linha dura. O atual papa já
cumpriu seu papel: tentar unir as igrejas e o planeta pelo diálogo e pela
reconciliação, o que deu certo em parte. Essa estratégia esgotou-se com
o término do ano jubileu.
Os fatos mais recentes indicam que com essa estratégia
pouca coisa mais se obteria. Agora o Vaticano deve eleger novo papa, com
outro perfil, mas com os mesmos objetivos, ou seja: capaz de lançar mão
da força e da coerção (não mais diálogo e reconciliação) buscando
unir o planeta para a Nova Ordem Mundial e respectiva tentativa de
paganização total (completando a taça da imundícia de Apoc 17).
Sabe-se que bem logo o objetivo será eliminar todo resquício de princípios
cristãos do planeta, para a total adoração a satanás.
Pouco importa quantos papas ainda teremos ou quem sejam
eles. O importante é a mudança de estratégia para alcançar o objetivo
de dominar o planeta junto com os EUA, a segunda besta de Apoc. 13.
Pessoalmente, creio que o mundo está, nos atuais dias,
amadurecendo nessa direção. Portanto, vemos um enfraquecimento de poder
nos EUA - que precisará de alianças em busca da manutenção do poder; a
radicalização pela força nos EUA e em Israel; e importantes mudanças
no Vaticano, que por certo se completarão com um novo papa.
João Paulo II foi o papa que teve o seu papel: derrubar o
comunismo e tentar unir o planeta, principalmente as religiões, através
da estratégia do diálogo e da reconciliação. Essa estratégia
encontrava eco nos EUA, em Israel, com Clinton e Barack. Agora, vemos nos
EUA e em Israel poderes decididos a usar a força. Falta isso acontecer no
Vaticano, o que pode ser com a troca de papa. Então, as políticas estarão
novamente alinhadas, não mais democracia, mas autocracia.
É de lembrar que Moscou, com Putim à frente, já
demonstrou que também é favorável ao uso da força. Assim também Toni
Blair, da Inglaterra. Vemos líderes em importantes nações capazes de
facilmente recorrer à força para impor suas decisões. Ainda é de
lembrar que os últimos 15 anos foram de redemocratização do planeta,
mas agora parece que estamos adentrando num novo ciclo de estilo de poder:
a volta a autocracia. No entanto, ainda é cedo para concluir com segurança
sobre tal mudança. Por outro lado, o recrudescimento da violência ao
redor do mundo, mais as catástrofes naturais, podem levar ao uso da força
bruta, como a história confirma.
O que isso pode significar? Em primeiro lugar, os EUA tem
o maior interesse de todas as nações em instituir a Nova Ordem Mundial,
quer fortalecer posições comerciais e tecnológicas em todo o planeta.
Simultaneamente, o Vaticano tem o mesmo interesse, dominar politicamente
sobre o mundo todo, e com esse fim já está aliado aos EUA. Está ávido
por uma limpeza religiosa em todo o planeta (algo parecido com as tais
limpezas étnicas). Quer purificar o paganismo, eliminando o que resta de
cristianismo nas religiões. Sobre isso, João Paulo II disse no ano
passado que a teoria da evolução não é incompatível com o
cristianismo.
Os EUA, que pela ONU defendem o projeto de "paz e
segurança", propósito número um da Carta das Nações Unidas, estão
investindo 60 bilhões de dólares no projeto do escudo anti-mísseis para
a defesa de seu país. É contraditório, pregar a paz, e armar-se como
nunca! Nesta semana (18 a 24/02/2001) a Rússia está propondo o mesmo
para a Europa, noutro projeto de 6 bilhões de dólares. Vê-se uma nova
escalada de armamento para a guerra total. O cenário mais provável com
relação a guerra é o seguinte: aumento da confusão e da tensão entre
as nações (ira das nações), com mais guerras e mais violência e
conseqüente violação dos direitos humanos. A probabilidade da terceira
guerra mundial no entanto é remota, senão descartável. Em caso de
guerra nessas proporções, deve-se considerar as seguintes hipóteses
quanto ao resultado:
(a) não utilização do arsenal atômico (descartado);
(b) eliminação de algumas civilizações localizadas (países);
(c) eliminação de grande parte da população mundial,
restando uma vida miserável para os demais (mais provável);
(d) erradicação da raça humana do planeta;
(e) erradicação de toda a vida do planeta. Justamente
para evitar isso, e garantir a proclamação do "IDE" a todo o
mundo, é que anjos seguram os ventos. Após o início das pragas, o cenário
é favorável a uma confusão de violência entre as nações e destas
contra o povo de DEUS, que culmina com o armagedon, o conflito entre DEUS
e satanás com seus aliados. Neste período, entre as pragas e a segunda
vinda de JESUS, uma conflagração confusa entre as nações, com vários
lados em luta, é bem possível. Por certo será um período de tempo bem
curto. Enquanto lutam entre si, satanás as instiga contra o pequeno povo
dos salvos para os eliminar, mas nenhum mais será morto.
Nesse tempo, livres da contenção do Espírito Santo, sob
total controle de satanás, as nações, enlouquecidas, não deixariam de
lançar mão de todo seu arsenal atômico e químico para destruir e
matar. Por certo estarão ocupadas em mais dois fenômenos importantes:
entender as pragas inusitadas sobre elas, e perseguir o povo que acusam
ser responsável por essas pragas, os juízos de DEUS, para que saibam
"quem é O Senhor", enquanto também lutam cada vez mais entre
si.
Nesse contexto, sob a liderança direta e até visível de
satanás e todos os seus loucos demônios, paralelamente, preparam seu ódio
para o Armagedon, a luta contra O Criador. É de se observar, que o reino
de satanás nunca obterá harmonia, mas, quanto mais perto do fim, mais
lutas intestinas deverá enfrentar, mais combates entre si ocorrerão,
mais mortes insepultas pela violência incontida. Sem o amor, não existe
possibilidade de uma ação perfeitamente direcionada por um propósito
comum. Nem para o mal, nem para o bem.
O ecumenismo
O movimento ecumênico tem por finalidade unir as igrejas
cristãs numa só, para dar apoio aos EUA (que para isso usa a ONU) e a
Nova Ordem Mundial. Isso ficou claro na reunião da URI - Iniciativa das
Religiões Unidas - dirigida pela Nova Era, que funciona com a agenda da
ONU, que em 28 e 29 de agosto de 2001 declarou apoio às decisões e
projetos da ONU na Assembléia do Milênio, realizada em 13 e 14 de
setembro de 2001.
O clímax desse movimento ecumênico foi o ano jubileu. A
estratégia para a união foi: diálogo e reconciliação. A meta era unir
as igrejas a ponto de entrar no novo milênio, senão totalmente unidas,
ao menos quase completamente unidas. Outro ponto importante nesse contexto
foi a santificação do domingo, com cessação das atividades comerciais
e desportivas aos domingos. Nada disso avançou significativamente, o que
requer, agora, mudança de estratégia: não mais diálogo e reconciliação,
mas uso direto do poder e da força.
Essa nova estratégia encontra amparo na nova relação de
poder entre Washinton e o Vaticano, sendo Israel e outros centros de violência
os focos de tensão necessários para que algo seja feito imediatamente. A
Igreja Católica não voltará atrás quanto a intenção de dominar o
mundo religioso, e não poderá esperar muito tempo para lançar a nova
estratégia. Se demorar, corre o risco de esfriar o movimento ecumênico,
perdendo credibilidade.
Escalada da violência e das catástrofes
Ao lado da restruturação do poder global, vemos desde o
início deste ano uma escalada sem precedentes da violência. Também se
multiplicam os terremotos e outras catástrofes naturais ao redor do
mundo. Isso, na relação causa e efeito - Espírito Santo se afastando,
porque os governos se posicionam formalmente contra a santa lei dos Dez
Mandamentos - cria as condições necessárias para a radicalização do
uso da força da lei e da força militar contra grupos minoritários
indesejáveis.
Deverá haver mistura de enquadramento legal para sanções,
de grupos criminosos com os verdadeiros adoradores do Criador. É também
cenário favorável para que medidas heterodoxas sejam tomadas, isto é,
que o mundo se volte para um misticismo pagão e para a caça às bruxas
do terrorismo internacional, os culpados pela escalada da violência e
pelos demais problemas insolúveis.
Justamente nos dias em que se pretende instalar a Nova
Ordem Mundial, ocorrem graves problemas em sentido contrário.
Politicamente, alguém deverá ser responsabilizado por isso. Seitas não
deixarão de ser enquadradas no mesmo padrão dos criminosos reacionários,
rebeldes e dos terroristas. Com essa finalidade, em alguns países, já
existem leis (Rússia, França, Inglaterra, por exemplo). Estando a violência
fora de controle, as autoridades não exitarão em encontrar culpados para
serem punidos com castigos exagerados, que sirvam de exemplo espiatório.
O Vaticano sugerirá os guardadores do sábado, um
inexpressivo grupo espalhado pelo mundo, fácil de ser erradicado, segundo
os conceitos humanos, como os responsáveis pela escalada sem precedentes
da violência, da corrupção, dos acidentes e das catástrofes naturais.
Parece que estamos marchando para esse cenário. Quanto tempo levaremos
para chegar até ele não sabemos. Que o selamento proteja os convictos em
adorar "Aquele que fez".
Escalada de outros problemas
Paralelamente ao descrito acima, vemos a violência
generalizada nos presídios, escolas e na sociedade. Vemos a imoralidade
se multiplicando - por exemplo, no México, casaram-se 200 casais
homossexuais, numa mesma cerimônia. Vemos a fome, há no mundo hoje 830
milhões de pessoas famintas, 200.000 são crianças com menos de 5 anos.
Vemos a corrupção fora de controle, ou seja, um corrupto acusando e
processando o outro. Vemos a mentira da pregação se agigantando, o falso
reavivamento do paganismo, com máscara de cristianismo, sempre em busca
de resultado financeiro.
Vemos a paganização global (Nova Era) através dos meios
de comunicação, com novelas e filmes apresentando espiritismo explícito.
Vemos ainda uma escalada de leis, muito rígidas, tentando resolver os
problemas; já são tantas as leis e altas as multas que a vida se torna
inviável para quem é honesto (os honestos são os únicos que as cumprem
à risca...). Enfim: é alto o tempo de JESUS voltar.
O cenário presente demonstra que o mundo parece estar
despencando rumo a confusão e caos sem precedentes. Se o que acima parece
coerente, ainda é um pouco cedo para afirmar tal tendência com convicção.
Mas devemos prestar atenção e ver os desdobramentos nos próximos meses.
Talvez A VOLTA DE JESUS ESTEJA MAIS PRÓXIMA DO QUE IMAGINAMOS! Enfim,
vigiemos.-- Prof. Sikberto Renaldo Marks
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