Secretário da AP Divulga Versão Oficial da Exclusão de Ricardo Nicotra

Olá irmãos, saudações em Jesus!

Sou o Pr. Heber Mascarenhas, secretário da Associação Paulistana, fui pastor distrital por 18 anos, sendo que em 8 deles trabalhei em Cabo Verde, um país muito pobre (África), e estou há dois anos servindo como secretário de Campo. Fui citado pelo irmão Ricardo Nicotra em seu longo relato dos fatos que resultaram em sua exclusão do rol de membros da Igreja de São João Clímaco.

Em princípio, por razões éticas, o jovem Ricardo não deveria publicar assuntos tratados numa comissão de igreja, nem assuntos de uma reunião de assembléia de igreja. Sendo que ele já o fez, e por eu ter acompanhado todo o desenrolar do caso, gostaria de acrescentar especialmente o que ele não revelou; e penso que exigirá um pouco mais de espaço que foi utilizado em seu relato. Farei um relatório desapaixonado, atendo-me apenas aos fatos:

1. Em maio deste ano o irmão Ricardo Nicotra enviou uma mensagem eletrônica para a Associação Paulistana apresentando a sua insatisfação com a administração da IASD.

2. Em 01/07/99, os pastores Leonício L. da Silva (Mordomia), Jetro F. da Silva (Ministerial), e Valter Araújo (Distrital S. J. Clímaco), reuniram-se com o irmão Ricardo na Associação Paulistana. Ali foi aconselhado a moderar a sua linguagem ao criticar a estrutura e liderança da IASD. O irmão Ricardo reconheceu que estava exagerando nas expressões fortes contra a Igreja. Na ocasião foi-lhe entregue material elucidativo sobre o dízimo na IASD. Toda a reunião ocorreu num clima bastante cordial.

3. Em 27/07/99, o irmão Ricardo Nicotra foi acolhido pelo presidente da Associação Paulistana, que se dispôs a prestar todos os esclarecimentos necessários aos questionamentos de caráter financeiro, feitos por ele, num ambiente de completa transparência. Foi realizada uma auditoria na Associação Paulistana pela empresa de auditoria independente Moreira & Associados – Auditores, de acordo com exigências legais. Um relatório dessa auditoria foi-lhe apresentado na íntegra. Nesse encontro, o Pr. Acílio Alves Filho chegou até a apresentar a sua própria declaração de imposto de renda ao irmão Ricardo (e todos os demais administradores e departamentais também forneceram cópias de suas declarações ao Departamento Pessoal da AP, para quem se interessar em examiná-las), na boa intenção de satisfazer toda a sua imensa curiosidade sobre as contas da Associação. Desconhecíamos, até então, os motivos dessa curiosidade.

4. Em 18/08/99, o irmão Ricardo foi recebido pela administração na sede da Associação Paulistana, juntamente com um grupo de irmãos, sobre os quais exercia forte liderança; e mais esclarecimentos foram fornecidos. Inicialmente predominou um clima de inquisição, instalado pelo Ricardo, e por alguns dos irmãos, que repetiam fiel e ardorosamente as suas idéias. A administração da AP foi ali colocada em cheque e crivada de perguntas, mas nenhuma das dúvidas levantadas ficou sem resposta. Nenhuma acusação foi comprovada, pois todas elas não procediam ou baseavam-se em boatos e suspeitas.

Mas, aos poucos, o assunto foi ficando mais claro. Demonstrou-se, então, que o irmão Ricardo e alguns outros irmãos não concordavam com o Manual da Igreja e os Regulamentos Eclesiásticos Administrativos (Livro de Praxes, que foi colocado à disposição do Ricardo e de seus liderados), que, dentre outras funções, regulam a distribuição de fundos em nossa organização. Diante dessa postura, os representantes da Associação Paulistana afirmaram que o Manual da Igreja representa o consenso da IASD mundial, e que o livro de Regulamentos Eclesiásticos-Administrativos (Livro de Praxes) representa o modelo administrativo das Instituições da IASD mundial (são diretrizes básicas adaptadas ao contexto de cada Divisão ao redor do mundo). Foi afirmado ainda, pela administração da Associação Paulistana, que na qualidade de administradores eleitos por delegados das igrejas da Associação Paulistana, estávamos e estamos comprometidos em cumprir o Manual da Igreja e os Regulamentos Eclesiásticos-Administrativos(Livro de Praxes).

Foi dito também, que se futuramente a Conferência Geral, em revisões regulares feitas a cada cinco anos, mudar as regras administrativas, adequando-as às necessidades atuais das igrejas e Instituições, nós como Associação, também deveríamos acatar as novas determinações administrativas, porque elas representam o consenso da IASD mundial, e devemos caminhar em unidade de fé e procedimento.

Foi também apresentado aos irmãos um artigo de autoria do Ricardo, onde ele critica a estrutura da IASD, e ataca violenta e genericamente a todos os administradores e os chama de corruptos. Ele foi repreendido diante dos irmãos que ele liderava. Foi-lhe mostrado que a sua atitude não era cristã, e que não é desse modo pelo qual se produz mudanças na IASD, mesmo que bem-intencionadas.

Foi-lhe dito que, ao fazer acusações genéricas e irresponsáveis contra pastores, ele estava cometendo uma grande injustiça aos milhares de pastores que lideram valorosamente o Movimento Adventista ao redor do mundo! O Ricardo, então, mediante as evidências, reconheceu perante os presentes que cometeu excessos, e prometeu reparar o dano. Após isso, vários irmãos que o acompanhavam e que não conheciam os seus artigos na Internet se chocaram, e à saída pediram desculpas aos membros da administração. Nos despedimos num clima cordial e cristão. Porém, o Ricardo não reparou o dano, como prometera naquela reunião.

5. No mês de setembro, apesar do irmão Ricardo haver prometido cuidar do seu procedimento desordenado e de suas críticas agressivas, ele volta à carga e divulga um artigo intitulado "Palavras que Imobilizam – Lavagem Cerebral". Ali, ironicamente, ignorando a inteligência e o discernimento da irmandade, bem como a atuação do Espírito Santo nas igrejas, afirma que os pastores adventistas estariam municiados de "super-poderes" que os habilitariam a realizar vários tipos de lavagem cerebral nas congregações e em outros pastores, especialmente nos mais novos, com o objetivo torpe de ganhos financeiros!

Por esse tempo fui realizar um batismo na Igreja de São João Clímaco, e no final da cerimônia, conversei de forma paternal com o irmão Ricardo, censurando-lhe porém, a forma anti-cristã pela qual desejava introduzir mudanças na IASD. Perguntei-lhe se tinha alguma acusação específica contra a administração da Associação Paulistana, e ele me afirmou que nada havia, mas questionava a estrutura administrativa da IASD em todos os seus níveis organizacionais. Mais uma vez apelei fortemente a ele no sentido de exercer moderação e amor cristão ao questionar a estrutura e a liderança da igreja, e encorajei-o a utilizar os canais competentes para tentar mudar o que considerava errado; e ele, parecendo tocado pelo apelo, respondeu que iria refletir e orar sobre o assunto.

6. Em novembro o irmão Ricardo volta a atacar a IASD e os pastores de forma geral, através da publicação de um boletim intitulado MOVA NEWS. Ali ele publica um depoimento anônimo de uma mulher que se intitula esposa de pastor, insatisfeita com a organização. Também publica as "revelações" do Luciano de Goiânia, que contêm dados modificados e comprovadamente incorretos; e ao se solidarizar com o Luciano, o Ricardo chega ao absurdo de aplicar o texto de Isaías 56:11, completamente isolado de seu contexto original, promovendo uma verdadeira aberração de exegese bíblica, onde insinua que os pastores da IASD são "cães gulosos e que não se fartam", demonstrando, desse modo, um completo desprezo pela liderança da IASD.

7. No final de novembro, quando a Comissão de Nomeações de S. J. Clímaco reuniu-se, o pastor distrital avisou que, por razões de coerência, alguns irmãos, inclusive o Ricardo, não deveriam mais exercer cargos oficiais numa estrutura à qual abominavam e criticavam ferozmente. Nesse momento o pastor começou a sofrer constrangimentos; o Ricardo criticou a sua atuação pastoral naquele distrito (antes, só falava bem do pastor distrital para a Associação), e foi seguido fiel e calorosamente por seus liderados em seus ataques ao pastor e à organização da IASD.

Sendo que a maior parte daquela comissão votou contrariamente ao seu parecer, e não desejando impor sua vontade àquela comissão, e ao mesmo tempo percebendo o grave espírito separatista nas agressivas posições do Ricardo, e de seus seguidores, o pastor buscou o parecer da Associação Paulistana. A Associação Paulistana, por sua vez, tendo já prestado todos os esclarecimentos solicitados, e tendo, ainda, esgotado completamente as possibilidades de entendimento por diálogo, e desejando formar uma opinião bem ponderada sobre a situação, submeteu o problema ao Conselho de Ministros, formado por mais de 20 pastores distritais experientes do Campo local, que já estava convocado e reunido para tratar de outros assuntos.

Após algum tempo de discussões e orações, o Conselho emitiu, com muito pesar, um parecer favorável à exclusão do irmão Ricardo Nicotra. E na noite 10 de dezembro, a Igreja de S. J. Clímaco foi informada do parecer do Conselho Ministerial. Como o parecer do Conselho não tem poder deliberativo, foi levado à Comissão da Igreja de S. J. Clímaco, que foi presidida pelo pastor geral da Associação mediante solicitação do pastor distrital, conforme prevê o Manual da Igreja.

Como pode-se perceber, o caso em lida tem um extenso histórico e não foi cuidado de maneira sumária, injusta ou truculenta pela Associação Paulistana. E mesmo tendo a Associação tratado de modo amorável, e de forma transparente todas as suas dúvidas e inquietações, sempre foi o irmão Ricardo quem utilizou de truculência contra a administração da IASD. Infelizmente suas ações agressivas causaram um grave impasse, e a Igreja de S. J. Clímaco finalmente percebeu o sério problema ali instalado.

8. Razões pelas quais o irmão Ricardo não foi disciplinado.

Não foi disciplinado por ser inteligente e comunicativo. Não foi disciplinado por promover estudos bíblicos e nem por desejar ganhar almas. Não foi disciplinado por não devolver o dízimo integralmente à Associação. Notem o que diz o Manual: "Um membro nunca deverá ser eliminado do rol de membros de igreja por motivo de sua incapacidade de prestar auxílio financeiro a qualquer dos empreendimentos da igreja, ou por haver deixado de fazê-lo". Manual da Igreja, p.173.

Não foi disciplinado por solicitar a própria exclusão, porque houve uma recomendação de um Conselho de Ministros para isso. Mas a Comissão da Igreja de S. J. Clímaco, movida por uma grande simpatia pelo irmão Ricardo, hesitava em acatar a recomendação do Conselho Ministerial, o que era muito natural (devido ao seu carisma, pois, ele é muito conhecido da Igreja de S. J. Clímaco), e a Comissão considerou que ele deveria receber uma disciplina mais branda; a Comissão, mudando o parecer do Conselho de Ministros e da Associação, propôs e votou uma censura de três meses. Quando o irmão Ricardo foi chamado perante a Comissão para ser informado do resultado, argumentou que a decisão da Comissão da Igreja de S. J. Clímaco era inócua, pois em três meses não se demoveria de suas posições; e sendo que a Comissão achava que ele deveria ser disciplinado, então considerava melhor uma disciplina por exclusão. Afirmou que estava bem seguro de suas posições, e que não mudaria a sua opinião e nem seus métodos nos próximos três meses.

Após ouvir essa declaração do irmão Ricardo, a própria Comissão percebeu que não haveria outro caminho, e o parecer do Conselho Ministerial do Campo foi finalmente acatado, e votou-se a proposta de exclusão do irmão Ricardo Nicotra. E vale dizer que na hora em que a igreja reunida em Assembléia também votou pela sua exclusão, o irmão Ricardo manifestou publicamente grande alegria por ser excluído da IASD; e reconheceu que estava sendo conflitante para ele criticar a estrutura da IASD, ao mesmo tempo em que participava dessa estrutura ocupando um cargo. Afirmou ainda, que não sendo um membro, ficaria mais livre para defender suas idéias. Na verdade, o jovem Ricardo estava bem consciente do que falava, e sua figura impávida mediante a disciplina que a igreja lhe aplicava, podia significar qualquer outra coisa, menos a imagem de um mártir. Ele, na realidade, não escondia a sua euforia pelo que estava acontecendo.

Quero acrescentar que a Comissão da Igreja de S. J. Clímaco não é manipulável, como alguns insinuam! Eles dialogaram de igual para igual com os representantes da Associação, e como já afirmei, chegaram até a mudar a proposta do Conselho Ministerial da Associação Paulistana (e é bom esclarecer que os representantes da Associação Paulistana não tiveram poder de voto, e de fato não votaram nenhuma proposta naquela reunião). Na verdade, a maior parte da Comissão é composta de pessoas muito inteligentes, maduras na fé, e bastante cristãs, e isso ficou claro no desenrolar dos trabalhos daquela Comissão. Todos os componentes dessa Comissão exerceram o juízo próprio e o livre arbítrio no mais estrito sentido da palavra, assim como os senhores o estão fazendo enquanto lêem este relatório.

9. Razões pelas quais o irmão Ricardo foi disciplinado.

De acordo com o Conselho Ministerial o procedimento do Ricardo esbarrou em três razões para disciplina de membros, previstas no Manual da Igreja na p.169:

(a) (6) Procedimento desordenado que traga opróbrio sobre a Causa. Isso fica claro quando o Ricardo acusa de corrupção, de forma pública e genérica, a todo o corpo de líderes da IASD, sem provas e sem nenhuma distinção, lançando, contínua e sistematicamente, suspeitas sobre as ações administrativas da IASD. "Contendas, discórdias... entre irmãos são uma desgraça para a causa da verdade. Os que enveredam por esse procedimento expõem a igreja ao ridículo de seus inimigos, e fazem que triunfe a causa dos poderes das trevas. Dilaceram de novo as feridas de Cristo, expondo-O à ignomínia. Desprezando a autoridade da igreja, mostram desprezo a Deus, que conferiu autoridade à igreja." Test. Seletos, Vol. 2, p. 84.

(b) (7) Adesão ou participação num movimento ou organização separatista desleal. O MOVA não é novidade nenhuma, porque nada mais é do que uma equipe de ação missionária dirigida para o evangelismo, e isso existe em todas as igrejas. Mas essa equipe é assalariada com dízimo, o que contraria as orientações do Espírito de Profecia, e vai de encontro ao que regulamenta o Manual da Igreja, que ainda representa o consenso mundial da estrutura da IASD. Além disso, o MOVA ofende aos numerosos irmãos missionários voluntários, que dão estudos bíblicos sem nenhum tipo de remuneração. "O dízimo não é usado nem gasto pela igreja local, mas enviado ao(à) tesoureiro(a) da Associação/Missão." Manual da Igreja, p. 136. (Veja também p.164, no item Organizações Não Reconhecidas).

"O erguimento desta estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos sabedoria, e as quais sabemos que Deus ouviu. Ela foi edificada por Sua direção, por meio de muito sacrifício e lutas. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria um estado de coisas que nem é possível imaginar-se. Em nome do Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida, robustecida e consolidada. Ao mando de Deus: ‘Ide’, avançamos, quando as dificuldades a serem superadas faziam com que o avanço parecesse impossível. Sabemos quanto nos custou no passado executar os planos de Deus, que fizeram de nós o povo que somos. Portanto, cada um tenha o máximo cuidado para não conturbar a mente no tocante a estas coisas que Deus ordenou para nossa prosperidade e êxito no avançamento de Sua causa." A Igreja Remanescente, pp. 23 e 24.

"Sei que o Senhor ama a Sua Igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não há a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada... Advirto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a ser cuidadosa quanto à maneira porque recebe toda idéia nova e aqueles que pretendem ter grande iluminação. O caráter de sua obra parece ser acusar e despedaçar... Dêem os crentes ouvidos à voz do anjo que disse: "Uni-vos". Na união está a vossa força. Amai como irmãos, sede compassivos, corteses. Deus tem uma igreja e Cristo declarou: ‘As portas do inferno não prevalecerão contra ela’." Mensagens Escolhidas, Vol. 2, pp. 68 e 69.

(c) (8) Persistente negativa quanto a reconhecer as autoridades da Igreja devidamente constituídas, ou por não querer submeter-se à ordem e à disciplina da Igreja. Não é preciso ler muito os artigos do irmão Ricardo para perceber seu completo desprezo pela estrutura e liderança da IASD e faz pouco caso das orientações e apelos feitos pelo seu pastor e pela administração do Campo. E o mais grave, é o fato de ele haver feito tudo isso ao mesmo tempo em que ele era parte dessa estrutura e liderança (e estava recebendo orientações e atenção pessoal dessa liderança) , pois estava ocupando um cargo chave, o de ancião da igreja! O irmão Ricardo não fica nem um pouco constrangido em utilizar um texto da Bíblia Sagrada para insinuar que os pastores não pertencem mais ao gênero humano (para ele, lamentavelmente, os pastores são cães hábeis em promover lavagens cerebrais).

"Agora vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós, e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros." I Tess. 5:12 e 13.

"Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." Hebreus 13:17.

"Muitos há que não avaliam a santidade da relação com a igreja, e são contrários a submeter-se à disciplina e restrição. A direção que seguem mostra que exaltam o próprio juízo acima do da igreja unida; e não cuidam de guardar-se para que não estimulem um espírito de oposição à voz da mesma. Os que ocupam posição de responsabilidade na igreja podem ter faltas semelhantes às de outras pessoas, e podem errar em suas decisões; não obstante, a igreja de Cristo na Terra investiu-os de uma autoridade que não pode ser levemente estimada." Testemunhos Seletos, Vol. 1, pp. 444 e 445.

10. Em relação ao MOVA, que é em realidade um pequeno grupo de 5 ou 6 irmãos (liderados pelo Ricardo) que recebem salário proveniente dos dízimos para ministrar estudos bíblicos, o Ricardo afirma que houve um batismo no mês de dezembro, e que haveria um outro no dia 19 do mesmo mês, afirmando, também, que o MOVA está contribuindo significativamente para o crescimento dos batismos em S. J. Clímaco. Contudo, o primeiro batismo mencionado levou duas preciosas almas a Jesus, mas não necessariamente pelo trabalho do MOVA, pois um batizando era filho de um ancião da igreja e o outro, foi preparado por um jovem voluntário que não é assalariado pelo MOVA; e no dia 19/12 não houve batismo, assim como, no ano de 1999 não se tem registro, no distrito do Ipiranga, nenhum batismo como sendo fruto direto do trabalho do MOVA. Mesmo que os dois batismos em um único mês fossem gerados pelo trabalho do MOVA, deveríamos agradecer a Deus pelas duas almas, mas, apenas para comparar, o distrito de Diadema estará batizando mais de 200 almas este ano, com apenas um pastor assalariado, ou seja uma média de 17 almas por mês; e vários outros distritos da Paulistana estarão batizando este ano uma média de 12 almas por mês, e para isso nenhum deles necessitou instituir um movimento semelhante ao MOVA. Qual o segredo? Participação de um grande número de membros da igreja no trabalho de estudos bíblicos, e não só alguns poucos irmãos assalariados.

"Têm ultimamente surgido entre nós homens que professam ser servos de Cristo, mas cuja obra se opõe àquela unidade que nosso Senhor estabeleceu na igreja. Têm métodos e planos de trabalho originais. Desejam introduzir mudanças na igreja, segundo suas idéias de progresso, e imaginam que desse modo se obtenham grandes resultados. Esses homens precisam ser discípulos em vez de mestres na escola de Cristo. Estão sempre desassossegados, aspirando realizar alguma grande obra, fazer algo que lhes traga honra a si mesmos. Precisam aprender aquela mais proveitosa de todas as lições: a humildade e fé em Jesus." Test. Seletos, Vol. 2, p. 79.

11. Em nenhum momento o jovem Ricardo foi destratado, ou desrespeitado em seu direito de defesa, durante o curso de disciplina eclesiástica que culminou na sua exclusão. O próprio Ricardo poderá testemunhar que em todo o trato com a administração, foram manifestados amor e carinho e muita transparência para com esse jovem. E quando a igreja votou a sua exclusão, o Pr. Acílio foi lhe comunicar o resultado pessoalmente.

O desejo da Igreja de S. J. Clímaco, bem como da administração da Associação Paulistana, é que o jovem Ricardo possa compreender, num futuro próximo, que os membros da IASD são o corpo de Cristo (incluindo a administração), e quando ele ataca uma das partes desse sagrado corpo, está em realidade, atingindo todo o corpo. "De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." I Cor. 12:26.

Esperamos que o Ricardo se arrependa de seus erros e abandone suas práticas anárquicas, separatistas e facciosas e volte à plena comunhão da igreja o mais breve possível. Queridos irmãos, é tempo de união fraternal; e sem querer ser alarmista, apenas realista, quase que podemos visualizar o dia em que nem a administração da IASD e nem o Ricardo irão administrar as finanças da igreja. Enquanto esse tempo de severas provas para o povo de Deus se aproxima, unamo-nos no amor de Cristo para enfrentar juntos os solenes e terríveis eventos que sobrevirão a este planeta.

Afinal, o fator decisivo na terminação da mensagem do terceiro anjo em âmbito mundial não será nossa capacidade administrativa, mas a atuação poderosa do Espírito de Deus! "...Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 4:6. Enquanto isso, tratemos de edificar individualmente um caráter impregnado da pureza e do amor de Cristo, promovendo a unidade fraternal dentro de nossa igreja. "...Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como Nós." S. João 17:11.

"Se as dificuldades existentes entre os irmãos não fossem expostas aos outros, mas francamente tratadas entre eles mesmos, no espírito de amor cristão, quanto mal seria evitado! Quantas raízes de amargura pelas quais muitos são contaminados seriam destruídas, e quão íntima e ternamente poderiam os seguidores de Cristo ser unidos em Seu amor!" O Maior Discurso de Cristo, p. 59.

Esses são os fatos, íntegros e verdadeiros. Finalizo sem nenhum comentário adicional, na certeza de que a grande maioria saberá avaliar corretamente estas informações, sob a influência suave e serena do Espírito do Senhor. "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade..." S. João 16:13.

Que o Senhor nos guarde dos perigos e enganos desses últimos dias...

Pr. Heber Mascarenhas

Secretário

Associação Paulistana da IASD


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