Peregrinos Formam Longas Filas para Cruzar a Porta Santa em Roma

Vaticano, 27/12/99 (NE) - Numa manifestação de fé que superou as expectativas de muitos, já são milhares as pessoas que cruzaram a Porta Santa da Basílica de São Pedro, tão logo esta foi aberta pelo Papa João Paulo II numa solene celebração no dia do Natal. Longas filas, formadas por homens e mulheres, crianças, jovens, famílias inteiras, de numerosos países e raças se formaram ao longo da Praça de São Pedro, chegando em atitude de oração e desejo de conversão no espírito do Grande Jubileu do ano 2000. Muitos se ajoelham, ao encontrar-se no limiar da Porta Santa, como o fez o próprio Papa João Paulo II, orando uns instantes antes de levantar-se e ingressar na imponente Basílica Patriarcal. Algumas fontes, citadas pelo jornal italiano La Repubblica, calculam que quase um milhão de peregrinos cruzaram a impresionante porta, que permanece aberta ao longo de todo o dia até as 6:30 da tarde. 


Mais de 10 Mil Cubanos Festejam Publicamente o Natal

Miami, 27/12/99 (NE) - No dia 25, mais de 10 mil cubanos uniram-se para festejar os 2000 anos do nascimento do Salvador. A procissão percorreu as ruas da Havana Velha, culminando na Catedral onde o Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, celebrou a Santa Missa. Na sua homilia, o Cardeal fez um chamado a semear o amor e a reconciliação no novo milênio pedindo "deixar atrás o pecado e a mediocridade" para entrar numa vida nova com Jesus Cristo. Por outra parte, depois de insistentes pedidos da Igreja, os fiéis cubanos puderam apreciar neste ano por televisão o Santo Padre cruzando a Porta Santa da Basílica de São Pedro, dando início ao Grande Jubileu do Ano 2000, assim como escutar a sua mensagem de Natal. 


Cardeal Law convida à reflexão em torno ao mistério da Encarnação

Boston, 27/12/99 (NE) - Refletindo sobre o mistério do Natal, o Cardeal Bernard Law, Arcebispo de Boston, lembrou a importância de dar o peso devido às verdades que afirmamos. "Nós cremos que este pequeno Menino… é ao mesmo tempo a Palavra eterna de Deus feita carne", indicou o Prelado, convidando a questionar a própria atitude frente às verdades muito profundas que "podem converter-se em banais com a repetição". O Arcebispo de Boston destacou que "o mistério do Natal é o mistério do Amor de Deus" e exortou a não colocar "o olhar muito rasteiro na nossa busca da felicidade", lembrando que é Deus quem responde à necessidade mais profunda do coração humano dando-se Ele mesmo a nós".


João Paulo 2º Cumpre Profecia

Mesmo debilitado, João Paulo 2º obtém uma conquista pessoal com o Jubileu do ano 2000: cumpre uma profecia feita logo depois de sua eleição, em outubro de 78.

Após o conclave eleger o arcebispo de Cracóvia, Karol Wojtyla, como primeiro papa eslavo da história, ele recebeu uma difícil incumbência do cardeal Stefan Wyszynski, então primaz da Polônia. "Se Deus escolheu você, ele o escolheu para conduzir a igreja ao terceiro milênio", disse-lhe Wyszynski, segundo relato do próprio papa.
Essas palavras vêm acompanhando João Paulo 2º em seus 21 anos de pontificado. Vítima de um atentado, de um tumor, de fraturas e possivelmente de mal de Parkinson (não admitido pelo Vaticano), agoniosamente curvado, ele, porém, sempre se mostrou obcecado pela "sua missão".

Se em termos de calendário o terceiro milênio começa só em 1º de janeiro de 2001, para a igreja essa passagem é um processo longo, preparado sob supervisão pessoal do papa nos últimos anos.

Ele citou pela primeira vez o novo milênio na encíclica "Redemptor Hominis" (o redentor dos homens), em março de 1979.

Finalmente, dedicou à preparação do Jubileu uma carta apostólica, a "Tertio Millennio Adveniente", em março de 1994.

Esse processo culminou com a abertura da porta santa, início do Jubileu, conduzido pelo papa. A celebração vai até 6 de janeiro de 2001.


JUBILEU DE 2000:

João Paulo 2º abre a Porta Santa e começa celebração; em bênção de Natal, faz crítica velada ao aborto

Papa Inicia Jubileu com Apelo à Vida

A cultura da morte e a guerra foram as principais preocupações da mensagem de Natal do papa João Paulo 2º, após a abertura do Jubileu do ano 2000, que celebra os 2.000 anos do cristianismo.

O papa deu início às comemorações do Grande Jubileu na noite de Natal, ao abrir a Porta Santa (central) da basílica de São Pedro, no Vaticano. Meia-hora depois, à meia-noite local (21h no Brasil), ele rezou a Missa do Galo.

A Igreja Católica comemora jubileus a cada 25 anos (por motivos especiais, o papa pode decretar jubileus extraordinários). O do ano 2000 (ano santo) coincide com a celebração dos 2.000 anos de nascimento de Jesus Cristo.

Num ano santo, os católicos são incentivados a fazer peregrinações a locais sagrados, como Roma ou a Terra Santa, e atos de abnegação. Em troca, o papa oferece as chamadas indulgências, isto é, o perdão das penas pelos pecados.

Espera-se que 26 milhões de pessoas visitem Roma até o final do ano 2000, o dobro do normal.

As celebrações começaram na noite de anteontem. Devagar, devido à sua saúde debilitada, João Paulo 2º, 79, cumpriu o ritual de abertura da Porta Santa, repetido há mais de 470 anos.

Ajudado por dois assistentes, ele se aproximou da porta de bronze. Abriu-a sozinho e, novamente auxiliado, ajoelhou-se para rezar. Cerca de 8.200 pessoas assistiam, de dentro da basílica, à cena, que foi transmitida ao vivo para 63 países e pela Internet.
Ontem pela manhã, na mensagem de Natal "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), falando sobre o nascimento de Jesus, o papa reiterou duas das críticas mais constantes de seu pontificado.

"Às vezes este mundo não respeita a vida", afirmou João Paulo 2º, ecoando uma de suas maiores preocupações, o que ele chama de "cultura da morte" deste século, tema de sua encíclica "Evangelium Vitae", na qual ele critica o aborto, a eutanásia e as formas de contracepção não naturais.

O papa pediu a legisladores e governantes que acolham, como dom precioso, a vida do homem.

Falando da sacada principal da basílica de São Pedro, ele sugeriu ainda "banir o uso insensato das armas, o recurso à violência e ao ódio que marcaram a morte de pessoas, povos e continentes".

Cerca de 56 mil pessoas acompanharam a bênção na praça São Pedro, em frente à basílica.

João Paulo 2º disse que a humanidade tem muito do que lamentar em relação aos séculos passados e apelou ao mundo para que evite cometer novos erros.

Essa passagem remete ao "mea-culpa" que o papa impôs à igreja e aos católicos nos últimos anos, ao lamentar e pedir desculpas pelo comportamento dos católicos e líderes da igreja numa série de equívocos do passado, como a Inquisição, a escravidão e o silêncio diante do Holocausto.

Acenando ao diálogo entre religiões, o papa criticou o fato de o homem ter às vezes "excluído do próprio respeito e amor irmãos de raça e fé diferentes".

Saiba Mais Sobre o Jubileu

Desde que, em 1300, o Papa Bonifácio VIII convocou o primeiro Jubileu da História, a Igreja Católica já celebrou 25 jubileus ordinários e uma dezena de anos santos extraordinários, entre eles o de 1904, ano do aniversário do dogma da Imaculada Concepção.

Na tradição católica, o jubileu é o ano de perdão dos pecados, o ano da conversão e da penitência. É também momento de solidariedade, esperança, justiça e de servir a Deus.

Esses tempos especiais, que a Igreja dedica à renovação da fé de seus seguidores, foram convocados inicialmente a cada cem anos. Depois, este período foi sendo reduzido, primeiro para 50 anos, depois para 33 e finalmente para 25 anos, como é feito atualmente.

No entanto, o Pontífice pode convocar anos santos fora deste período, para comemorar ocasiões especiais para a Igreja. O primeiro ano santo ordinário foi o de 1300 e o último havia sido o de 1975, no pontificado de Paulo VI.

Por razões políticas, foram suprimidos os de 1800 - porque os papas Pio VI e Pio VII eram prisioneiros de Napoleão - e o de 1850, quando o Papa Pio IX teve de sair de Roma devido a uma insurreição popular contra o poder temporal dos papas.

O primeiro ano santo extraordinário foi convocado em em 1383, pelo Papa Urbano VI.

Os três sinais que caracterizam o Jubileu são: a peregrinação, a abertura da Porta Sagrada e a indulgência. A peregrinação simboliza a história da Igreja; a Porta Sagrada evoca a passagem de cada cristão do pecado à graça; e a indulgência é a que Deus concede a todos os seus filhos que a buscam depois de expiar seus pecados com obras de caridade.

A Porta Sagrada da Basílica de São pedro é aberta na noite de 24 de dezembro.

Fonte: O Globo Online


Blocos Econômicos São de Importância Mundial

Marginalizados pela pobreza, países africanos e ex-União Soviética estão isolados

Existem hoje no mundo 76 acordos regionais para constituição de blocos econômicos. Destes, a União Européia, o Nafta, o Sudoeste Asiático e o Mercosul são considerados os mais importantes.

A tendência apontada pelo diretor geral da Secretaria de Estado do Planejamento, Antoninho Caron, é de que as relações comerciais e econômicas sejam cada vez mais intensificadas entre os meios empresariais dos países em seus respectivos blocos. "Num mundo globalizado, as empresas buscam a estratégia de reduzir custos, aumentar a especialização e as escalas de produção para garantir seus lucros e atender às necessidades de consumidores sempre mais informados e exigentes", afirma.

Estratégia

Para Caron, a integração entre os países e a formação de blocos não acontece pelo interesse dos governos e sim por uma estratégia das empresas que buscam a redução das barreiras ao comércio. Com isso, incentivam o desenvolvimento econômico e social, através do aumento da produção interna e da conseqüente geração de emprego e renda.

Poucos países não estão atualmente ligados a blocos econômicos. Entre eles, os estados recém-desmembrados da União Soviética. Apesar de 12 deles terem formado a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), a crise econômica da Federação Russa enfraquece completamente seu poder. Marginalizados pela pobreza, os países africanos também são isolados. "O elemento de integração é a base industrial e tecnológica. Quanto mais evoluídas são as nações, mais produtos elas tem para trocar e mais acordos podem fazer", garante o diretor.

Blocos Mais Importantes

UE - Inicialmente chamado de Comunidade Econômica Européia (CEE) o bloco formado por 15 países da Europa Ocidental passou a se chamar União Européia (UE) em 1993. Seu PIB é de US$ 8 trilhões e meio, e a população é de 374 milhões.

Nafta - Acordo de Livre Comércio da América do Norte. É um instrumento de integração da economia dos Estados Unidos, Canadá e México. O comércio entre os países do Nafta totalizou US$ 477 bilhões em 1997. A falta de infra-estrutura (ferrovias, portos) para transporte de produtos, no entanto, provoca prejuízos e gastos adicionais de até US$ 2,5 bilhões por ano.

Asean - Associação das Nações do Sudeste Asiático. Surgiu em 1967, na Tailândia, com o objetivo de assegurar a estabilidade política e acelerar o desenvolvimento na região. Hoje reúne nove países e representa um mercado de 495 milhões de pessoas e um PIB de US$ 756 bilhões.

Mercosul - O Mercado Comum do Sul foi criado em 1991 e é composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Esses membros totalizam uma população de 206 milhões de habitantes e um PIB de US$ 1,1 trilhão. Chile e Bolívia são membros associados.


Professor Nega Existência do Ano Zero

Ivo Arzua contesta especialistas e diz que data de nascimento de Cristo está correta; livro sobre o tema será lançado em janeiro

Escrito pelo professor Ivo Arzua Pereira, uma publicação inédita procura desvendar três enigmas milenares da humanidade. A existência ou não do ano zero, o possível avanço de quatro anos nas contagens cronológicas da Era Cristã, e o período exato em que Jesus Cristo viveu entre os homens. As revelações estão no livro "O Jubileu do Cristianismo do ano 2000 e a Bula Inter Gravíssimas - Revelação ao Mundo Cristão e Ecumênico". O autor Ivo Arzua Pereira levou quatro anos pesquisando o assunto. Todas as suas comprovações, segundo ele, são baseadas em dados científicos, históricos, filosóficos e até bíblicos.

Editada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a obra será lançada em janeiro, em Curitiba. O prefácio foi escrito pelo arcebispo Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, e pela diretoria da Academia Nacional de Engenharia. O preço do livro ainda não foi definido.

"Não são hipóteses ou chutes. Tudo o que eu afirmo eu comprovo no livro. A idéia nasceu durante o trabalho realizado pela Confederação Internacional das Misericórdias ­ a qual eu presido deste o ano passado. Tinha tanta certeza do que afirmava que quis escrever para provar minhas afirmações", diz o autor que também foi professor do curso de Engenharia Civil, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), durante 32 anos.

Estudo

Para responder todas estas enigmáticas indagações, Arzua Pereira se fundamentou em Aristóteles, Descartes, na Bula Inter Gravíssimas do papa Gregório XIII (documento que reformou o calendário Juliano), na Carta de Pero Vaz de Caminha, nos evangelhos bíblicos, em 73 mil cálculos e 42 tabulações, entre outras fontes.

"Comprovo matematicamente e historicamente que o ano zero não existiu, que a Era Cristã está correta cronologicamente, e que Jesus Cristo nasceu, de fato, no dia 25 de dezembro do ano I d.C. Desmitifico todas as outras afirmações sobre o assunto", afirma.

Além disto, o autor comprova que Cristo foi crucificado no dia 26 de março e que ressuscitou no dia 28 de março do ano XXXIV d.C.

"Eu me disponho a fazer um debate com especialistas de diversas áreas de atuação para comprovar as minhas conclusões", finaliza.

Para Dom Geraldo Majella Agnelo, o livro atende, com rara felicidade, os ensinamento religiosos, neste crucial momento de transição secular e milenar. "Julgo que o tema abordado é do mais alto interesse e oportunidade, não somente para os católicos e todos os cristãos, mas para todos aqueles que buscam a verdade", afirma.


Papa Pede o Fim do ódio, das ´Guerras e da Violência

Cidade do Vaticano — O papa João Paulo II lançou, do balcão da Basílica de São Pedro, um apelo para banir no novo milênio o uso irracional das armas, a violência e o ódio: ‘‘Tu, Príncipe da Paz, nos chamas a banir o uso irracional das armas, o uso da violência e o ódio que marcaram de forma tão cruel as pessoas, os povos e os continentes’’, disse o pontífice, em sua mensagem de Natal.

  ‘‘Devemos reconhecer que, às vezes, o homem busca a verdade em outra parte, fabrica falsas certezas, recorre a ideologias falaciosas. O homem excluiu seu respeito e amor aos irmãos de raças e de fé diferentes e negou a pessoas e povos seus direitos fundamentais’’, acrescentou o papa.

  João Paulo II pediu a Cristo que ilumine os espíritos, ‘‘para que legisladores e governantes, homens e mulheres de boa vontade se comprometam a preservar, como um dom precioso, a vida do homem’’.

  O apelo papal foi dirigido aos fiéis que o aguardavam na Praça de São Pedro, antes da bênção Urbi et Orbi (para a cidade e o mundo) e da abertura das quatro portas santas, que interligam as basílicas do complexo religioso do Vaticano.

  O pontífice fez seus votos de feliz Natal em 59 idiomas, incluindo entre eles o árabe, chinês, maori, latim e esperanto, aplaudidos por dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

TELÕES

  Na cerimônia da abertura das quatro portas sagradas, que teve início às 23h (19h em Brasília), João Paulo II, aos 79 anos, mostrou que seu estado de saúde é frágil. Com passos inseguros, guiou simbolicamente a Igreja Católica para o segundo milênio, tornando realidade seu maior sonho desde que assumiu a liderança da maior parte da Cristandade.

  Usando uma capa azul, vermelha e dourada sobre suas vestimentas brancas, o pontífice apoiou-se em dois assistentes para subir as escadarias que conduzem a cada uma das portas sagradas. Numa delas, chegou a perder o equilíbrio, e o bispo Piero Marini teve de segurá-lo por um ombro para que se recompusesse.

  Enquanto os prelados recitavam orações, africanos tocavam trombetas e japonesas sopravam o koto (uma espécie de flauta) para mostrar o alcance do catolicismo. Como a Basílica de São Pedro só tem lugar para 8.200 fiéis, quatro telões mostravam a cerimônia em detalhes para a multidão aglomerada na praça.

  Pela primeira vez, a festividade foi transmitida pela TV cubana e a igreja do país participará de um programa internacional ancorado no Vaticano. O arcebispo de Havana fez uma declaração de 15 minutos.

Fontes:

 

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