A Verdade Sobre a Encarnação

Robson,

Estou muito preocupado com a falta de conhecimento que as pessoas têm demostrado sobre a Natureza de Cristo, no contexto dos debates publicados neste site, por isto estou-lhe enviando um texto resumido que elaborei  na expectativa que elimine definitivamente as opiniões equivocadas sobre o assunto.

Jackson Diogo Damásio Outeiro
Igreja Central de Campo Grande - MS

"A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real; deu prova de Sua humanidade, tornando-se homem. Entretanto, era Ele Deus na carne." Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 244.

I JOÃO 4: 2
Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;

Por ocasião da encarnação Jesus era plenamente Deus ou plenamente Humano?

FILIPENSES 2:5-8
Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.

"As duas naturezas, a divina e a humana estavam misteriosamente combinadas em uma pessoa. A divindade estava revestida com a humanidade. A divindade não se degradou, para tornar-se humanidade; a divindade conservou seu lugar, mas a humanidade, pela união com a divindade, resistiu à mais feroz prova da tentação no deserto." Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 408.

"Eu sou a ressurreição e a vida, João 11:25. Aquele que disse: Dou a Minha vida para tornar a tomá-la, João 10:17, ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem quer." Mensagens Escolhidas, vol. I, pág. 301.

Paulo chamou a encarnação de Jesus de o mistério da piedade.

I TIMÓTEO 3:16
E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória.

JOÃO 3:16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

"Não O deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-o à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza humana." DTN, pág. 25.

"... ,deu Ele Seu Filho unigênito, para que viesse à Terra, a fim de tomar a natureza do homem, não só pelos breves anos da vida, mas para reter sua natureza nas cortes celestes, como eterno penhor da fidelidade de Deus." Mensagens Escolhidas, vol. I, pág. 258.

ISAÍAS 9:6
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.

Por que Deus enviou o Seu Filho?

"Depois da queda do homem, Satanás declarou que os seres humanos tinham-se provado incapazes de guardar a lei de Deus, e procurou arrastar consigo o Universo, nessa crença. As palavras de Satanás pareciam verdadeiras, e Cristo veio para salvar a humanidade e desmascarar o enganador." Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 252.

"Cristo veio a Terra, tomando sobre Si a humanidade e constituindo-se representante do homem, para mostrar, no conflito com Satanás, que o homem, tal como Deus o criou, unido ao Pai e ao Filho, poderia obedecer a todo reclamo divino." Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 253.

No conflito com Satanás, Jesus só se serviu das armas que os seres humanos estão em condições de usar: a palavra de Deus. Dizia Jesus "Está escrito" (Mateus 4:4-10).

Como foram as tentações de Jesus?

Às vezes, as pessoas tentam provar que Cristo foi tentado com a iniqüidade do mesmo modo que um homem pecador é tentado quando está vivendo sem Cristo. Dizem que os pecados e tentações que o diabo apresentava a Cristo neste mundo, eram-lhe atraentes, mas que Ele apertava os dentes, endurecia a espinha e recusava agir segundo o que Seus desejos naturais O instavam a fazer. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Outra teoria é a de que Cristo era atraído pelas coisas más, que Ele experimentou desejos sensuais, cobiça e ira, mas que devido a Seu amor a Seu Pai, recusava-se a fazer aquilo que, doutro modo, seria feliz em cumprir. A informação inspirada não sustenta tais pontos de vista. Conquanto seja verdade que o Seu amor ao Pai fosse forte, Seu ódio ao pecado era também forte. Ele achava o pecado repulsivo, não atraente.

"Cristo não possuía a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e decaída que nós possuímos, pois então Ele não poderia ser um sacrifício perfeito." Manuscrito 94, 1893. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 131.

"Jesus foi semelhante a Adão antes da queda por ter uma natureza sem pecado. Ele não nasceu separado de Deus. Não tinha propensão para o mal. Por outro lado Jesus foi semelhante a Adão após a queda em força física, poder mental, e valor moral." 95 Teses de Justificação pela Fé, Morris L. Venden, pág. 273.

I CORÍNTIOS 15:45
Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão, espírito vivificante.

"Cristo, o segundo Adão, veio em semelhança de carne pecaminosa. Em benefício do homem, tornou-se sujeito à tristeza, ao cansaço, à fome e à sede. Era sujeito à tentação, mas não cedeu ao pecado." Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 141.

Certamente, Ele tomou sobre si as nossas fraquezas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, como diz Isaías 53:4. Assim Ele se tornou o segundo Adão e nos redimiu da falha do primeiro Adão.

"Embora não houvesse nenhuma mancha de pecado em Seu caráter, Ele condescendeu em ligar nossa decaída natureza humana com a Sua divindade. Tomando assim a natureza humana decaída, Ele demonstrou o que ela poderia tornar-se pela aceitação da ampla provisão que fizera para ela e tornando-se participante da natureza divina." Carta 81, 1896. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 134.

HEBREUS 4:15
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

O ato de pecar não consiste necessariamente em fazer coisas más ou boas, mas sim em não escolher o governo de Deus. Cristo foi tentado como nós, a nossa semelhança, na mesma intensidade, e até mais do que nós, mas suas tentações consistiam em fazer coisas boas, mas independentes da vontade do Pai. Jesus foi tentado a não se separar do Pai, a resgatar a humanidade sem passar pela cruz.

"Poderia Cristo ter, por Sua própria conta, operado um milagre; isto, porém, não teria sido de acordo com o plano da salvação. Os muitos milagres na vida de Cristo mostram Seu poder de operar milagres em benefício da humanidade sofredora. Por um milagre de misericórdia alimentou Ele de uma vez cinco mil, com cinco pães e dois peixinhos. Portanto, tinha Ele poder de operar um milagre para satisfazer Sua fome. Satanás lisonjeou-se de que poderia levar Cristo a duvidar da palavra pronunciada por Seu Pai, alcançaria ele grande vitória.

"Encontrou a Cristo no ermo deserto, sem companheiros sem alimento, e curtindo sofrimento real. Seus arredores eram muito melancólicos e repulsivos. Sugeriu Satanás a Cristo que Deus não deixaria a Seu Filho nessas condições de necessidade e verdadeiro sofrimento. Esperava abalar a confiança de Cristo em Seu Pai, que Lhe permitira chegar a essa situação de extremo sofrimento no deserto, nunca trilhado por pés humanos. Tinha Satanás esperança de incutir dúvidas quanto ao amor de Seu Pai, as quais encontrassem guarida na mente de Cristo, e que sob a força do desalento e da fome extrema Ele exercesse Seu poder milagroso em Seu favor, retirando-Se das mãos do Pai celestial. Isto foi na verdade uma tentação para Cristo." Mensagens Escolhidas, vol. I, pág 275.

As tentações de Cristo e Seus sofrimentos diante delas eram proporcionais a Seu elevado caráter sem pecado. Ele resistiu até ao sangue. Como diz Hebreus 12:4, baseado em Lucas 22:44.

Romanos 14:23.
...Tudo o que não provém de fé é pecado.

Tudo que Jesus fazia, fazia pela fé que tinha nos planos do Pai.

"Jesus resistiu à tentação, mediante o poder que o homem também pode possuir. Apoiou-se no trono de Deus, e não existe homem ou mulher que não possa ter acesso ao mesmo auxílio, pela fé em Deus. Pode o homem tornar-se participante da natureza divina;... Cristo veio para ser nosso exemplo e nos revelar que podemos ser participantes da natureza divina." Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 409.

2 Pedro 1:4
...pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo

Quando pela fé aceitamos aos apelos do Espírito Santo, tornamo-nos participantes da natureza divina. Somente assim podemos vencer como Ele venceu. 

Apocalipse 3:21.
Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.

Jesus não teve qualquer vantagem sobre nós ao vencer o pecado. Podemos ter vitória não só sobre atos pecaminosos, mas sobre desejos pecaminosos também. Podemos considerar os pecados repulsivos, tal como Jesus. 

"Quando estivermos revestidos da justiça de Cristo, não teremos nenhum prazer no pecado...Poderemos cometer erros, mas havemos de aborrecer o pecado que causou os sofrimentos do Filho de Deus." O Grande Conflito, pág. 647. 

Testimonies, vol. 2, pág. 294, fala da pessoa convertida: "Sua vida pregressa parece-lhe repulsiva e detestável. Ele odeia o pecado."


Contradição

Alô!

O problema com o artigo acima é que o mesmo se contradiz. Em um parágrafo está dizendo que Jesus veio ao mundo com uma personalidade superior e sem tendências más. Imediatamente, em outro parágrafo, o artigo diz ter Ele passado e sentido tudo que nós sentimos, mas sem pecado. Os comentarios de EGW têm sempre causado essa sensação de "vai e vem" em minha vida de adventista.

Seria bem melhor se tudo que foi dito viesse diretamente da Bíblia e não do que parecem ser "especulações", ou pensamentos extras sobre o assunto em aspectos que apenas os Testemunhos mencionam. Eu considero isso um "adicionar" ao que foi já dito pela palavras simples da Bíblia. Lembram do verso sobre "a lei e ao testemunho"? Se não falarem de acordo com estes, não há verdade neles?

Por outro lado, essas especulações fazem o cristão sentir-se que a menos que o mesmo faça várias obras de santificação própria e esforço sumamente pessoal, o mesmo estaria perdido e rejeitado por Deus. Toda essa exigência sugerida nessas explanações, deixam-nos mais frustrados que esperançosos no sacrifício "todo suficiente" de Jesus na cruz. Vivemos uma vida de medo e receio de não estarmos completamente justificados em Jesus.

Essa foi minha experiência ao tentar viver uma vida baseada no legalismo que vem como resultado de tentar obedecer as mensagens derivadas dessas explanações de EGW. A graça de Jesus nos traz paz e preenche aquilo que ainda nos falta da perfeição que "só Ele" teve aqui no mundo em Sua humanidade. É preciso apenas que nos entreguemos a Ele diariamente por fé. Se não O recebemos como substituto perante Deus o pai em nossas vidas, viveremos toda ela tentando e tentando conseguir aquilo que "NELE" podemos ter agora mesmo.

Ed Vieira
Loma Linda
USA

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