João Paulo II Sugere Nova Organização das Nações e Nova Ordem Moral no Mundo


A GUERRA QUE VEM: NOVA DOUTRINA DE SEGURANÇA DE BUSH JUSTIFICARIA UM ATAQUE AO IRAQUE

Vaticano Condena as "Guerras Preventivas"

Julho Algañaraz. CIDADE DO VATICANO. CORRESPONDENTE.

Sem mencioná-lo, a Santa Sede disparou ontem um ataque direto contra os planos bélicos do presidente George W. Bush contra o Iraque, ao afirmar que "a guerra preventiva é uma guerra de agressão". Foi o novo presidente da Pontifícia Comissão de Justiça e Paz, o arcebispo Renato Martino, ex-representante do Vaticano ante a ONU, que manifestou a condenação da Igreja Católica ao apresentar a mensagem da Papa com motivo da Jornada Mundial da Paz, que se celebrará em 1° de janeiro de 2003.

O arcebispo Martino disse o que a Papa não poderia dizê-lo tão abertamente, embora Karol Wojtyla tenha criticado várias vezes a idéia da "guerra de ataque e não de defesa". O "ministro" do pontífice afirmou que o caráter ofensivo do conflito que ameaça a região do Golfo não pode ser admitido sob a definição de "guerra justa".

"A defesa dos interesses de um país não pode ser identificada como autodefesa e, portanto, não podem justificar um ataque", acrescentou monsenhor Martino.

Os temas internacionais foram, como todos os anos, o núcleo da mensagem papal. Mas desta vez João Paulo II afirmou a necessidade de "uma nova organização das nações e uma carta dos deveres dos direitos humanos universais" [nova legislação internacional].

O pontífice assinalou que "chega o momento em que todos devem colaborar em uma nova organização da família humana para assegurar a paz entre os povos e promover seu progresso integral".

"Não é questão de constituir um super estado global, mas, sim, destacar a urgência de acelerar os processos em curso para responder à reclamação de métodos democráticos no exercício da autoridade política a nível nacional e internacional e para responder à exigência de transparência e credibilidade em todos os níveis da vida pública", adicionou.

O objetivo fundamental, segundo João Paulo II, é afirmar "uma nova ordem moral internacional".

Nos últimos 40 anos se obteve "um notável progresso", que por exemplo, levou em quase todos os países do mundo a que os estados "sintam-se obrigados a respeitar os direitos humanos".

Karol Wojtyla enfatizou em sua mensagem que é muito importante "o respeito dos compromissos e os acordos assumidos com os países pobres", com os quais deve ser reduzida e por último superada a distância que ainda se vive no respeito dos direitos humanos.

O Papa criticou às nações ricas do planeta que ignoraram seus próprios compromissos com os países subdesenvolvidos. Esta grave falta "constitui uma questão moral e põe de relevo a injustiça das desigualdades existentes no mundo".

Face aos avanços, há muitas dúvidas "no dever da comunidade internacional de respeitar os direitos fundamentais, sobre tudo os direitos humanos", o que impede de reduzir as formas de discriminação e justiça.

Um capítulo inteiro da mensagem de paz do pontífice está dedicado à guerra que sofre a Terra Santa. O arcebispo Martino, além disso, renovou ontem na entrevista coletiva o chamado da Papa para que seja garantido o livre acesso dos fiéis cristãos da cidade natal de Cristo, Belém, que está situada a 12 quilômetros de Jerusalém e foi outra vez ocupado pelas tropas israelenses.

"Por desgraça, os cristãos, que nos estamos preparando para a celebração do nascimento do príncipe da paz, vemos com dor que a cidade de Belém está ainda ameaçada pelo terror".

Martino relembrou que João Paulo II tinha lançado um dramático chamado para que Belém seja aberta durante as festas de Natal aos cristãos e os homens de paz e boa vontade, no encontro que manteve faz poucos dias com o presidente do Israel, Moshe Katzan.


 

LA GUERRA QUE VIENE: LA NUEVA DOCTRINA DE SEGURIDAD DE BUSH QUE JUSTIFICARIA UN ATAQUE A IRAK

El Vaticano condenó las "guerras preventivas"

Julio Algañaraz. CIUDAD DEL VATICANO. CORRESPONSAL.
 

Sin mencionarlo, la Santa Sede descerrajó ayer un ataque directo contra los planes bélicos del presidente George W. Bush contra Irak, al afirmar que "la guerra preventiva es una guerra de agresión". Fue el nuevo presidente de la Pontificia Comisión de Justicia y Paz, el arzobispo Renato Martino, ex representante del Vaticano ante la ONU, el que manifestó la condena de la Iglesia Católica al presentar el mensaje del Papa con motivo de la Jornada Mundial de la Paz, que se celebrará el 1° de enero de 2003.

El arzobispo Martino dijo lo que el Papa no podía decir tan abiertamente, aunque Karol Wojtyla ya criticó varias veces la idea de la "guerra de ataque y no de defensa". El "ministro" del pontífice afirmó que el carácter ofensivo del conflicto que amenaza la región del Golfo no puede ser admitido bajo la definición de "guerra justa".

"La defensa de los intereses de un país no puede ser identificada como autodefensa y, por lo tanto, no pueden justificar un ataque", añadió monseñor Martino.

Los temas internacionales fueron, como todos los años, el núcleo del mensaje papal. Pero esta vez João Paulo II afirmó la necesidad de "una nueva organización de las naciones y una carta de los deberes de los derechos humanos universales".

El pontífice señaló que "llega el momento en que todos deben colaborar en una nueva organización de la familia humana para asegurar la paz entre los pueblos y promover su progreso integral".

"No es cuestión de constituir un súper estado global, sino hay que destacar la urgencia de acelerar los procesos en curso para responder al reclamo de métodos democráticos en el ejercicio de la autoridad política a nivel nacional e internacional y para responder a la exigencia de transparencia y credibilidad en todos los niveles de la vida pública", agregó.

El objetivo fundamental, según João Paulo II, es afirmar "un nuevo orden moral internacional".

En los últimos 40 años se ha logrado "un notable progreso", que por ejemplo, ha llevado en casi todas los países del mundo a que los estados "se sientan obligados a respetar los derechos humanos".

Karol Wojtyla enfatizó en su mensaje que es muy importante "el respeto de los compromisos y los acuerdos asumidos con los países pobres", con los cuales debe ser reducida y por último superada la distancia que aún se vive en el el respeto de los derechos humanos.

El Papa criticó a las naciones ricas del planeta que han desoído sus propios compromisos con los países subdesarrollados. Esta grave falta "constituye una cuestión moral y pone de relieve la injusticia de las desigualdades existentes en el mundo".

Pese a los avances, hay muchas dudas "en el deber de la comunidad internacional de respetar los derechos fundamentales, sobre todo los derechos humanos", lo que impide reducir las formas de discriminación y justicia.

Un capítulo entero del mensaje de paz del pontífice está dedicado a la guerra que sufre la Tierra Santa. El arzobispo Martino, además, renovó ayer en la conferencia de prensa el llamado del Papa para que sea garantizado el libre acceso de los fieles cristianos de la ciudad natal de Cristo, Belén, que está situada a 12 kilómetros de Jerusalén y ha sido otra vez ocupado por las tropas israelíes.

"Por desgracia, los cristianos, que nos estamos preparando para la celebración del nacimiento del príncipe de la paz, vemos con dolor que la ciudad de Belén está aún amenazada por el terror".

Martino recordó que João Paulo II había lanzado un dramático llamado para que Belén sea abierta a los cristianos y los hombres de paz y buena voluntad durante las fiestas de Navidad, en el encuentro que mantuvo hace pocos días con el presidente de Israel, Moshe Katzan.

Fonte:
http://old.clarin.com/diario/2002/12/18/i-02801.htm

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