Há algumas semanas acabei de ler o belo livro "O Leviatã Adventista", de Edegard Silva Pereira, e confesso que ao terminar fiquei me perguntando se tudo aquilo realmente era verdade.

 

Mas agora sei, por experiência própria, que o livro expõe a verdade. Tirem vocês mesmos sua própria conclusão:

 

Meu amigo, que é meu inquilino, não é adventista. Mas sempre que vou à Igreja de Cabo Verde-MG, eu o levo para assistir à programação.

 

Pois bem. Lá, ele viu o humilde templo e conheceu a história da luta daqueles irmãos pobres e sinceros. Viu que ainda não há salas para as crianças, bebedouro, um aparelho de som para reproduzir os CDs, há um só banheiro pequenino, o telhado da igreja é de tipo "brasilit" sem forro, que no calor fica insuportável a temperatura, sem nenhum ventilador.

 

Aqueles irmãos sonharam com aquele templo muitos anos, e pediram ajuda até para os amigos católicos para realizar o sonho de vê-lo construído.

 

O meu amigo, vendo a carência deles, e sendo amigo de um grande empresário, me contou que o tal homem gosta de fazer doações às entidades religiosas, ou seja, ele é construtor e, tanto compra o terreno, constrói o templo, quanto reforma os existentes, como por exemplo, da Católica, Assembléia de Deus, Testemunhas de Jeová, etc..

 

Então, pedi que conversasse com o amigo dele para que, se fosse possível, os irmãos de Cabo Verde pudessem ser ajudados.

 

A resposta foi SIM, e houve muita alegria entre os irmãos, que muito agradeceram a Deus. Mas a alegria durou pouco, pois não contavam como a burocracia da IASD.

 

Para acertar as coisas ainda este ano, o empresário, que não é evangélico e desconhece o sistema, ligou diretamente para o presidente da DSA, Erton Köhler, que estava no Texas.

 

Mas foi uma total decepção, pois, além de esperar quatro horas ao telefone, em sua grande consideração com meu amigo, sendo um megaempresário ocupadíssimo, para falar com o Sr. Erton, foi recebido com frieza e aspereza pelo dignitário eclesiástico.

 

Ao tentar explicar seu desejo de doação, o Sr. Erton lhe respondeu que não havia nenhum pedido "oficial", que a igreja de Cabo Verde é apenas um salão de reunião, que são poucos irmãos e talvez não seria viável uma construção grande no centro da cidade, que o empresário não era membro da igreja e não precisava se preocupar com a tal igreja, pois, se quisesse, a IASD tinha todo o dinheiro suficiente para construir qualquer templo em qualquer lugar, que a IASD não precisava do dinheiro dele. Isso sem ao menos conhecer o empresário e sua sincera intenção. Foram apenas quinze minutos de conversa, após quatro horas de espera, para ser atendido com arrogância e prepotência.

 

Bem, não é preciso dizer a impressão que o presidente da DSA deixou da IASD no empresário! Este simplesmente ficou pasmado de ver tamanha obtusidade do referido líder. Deu o caso por encerrado e não atenderá nenhuma ligação de nenhum líder da IASD. Não faltarão outras denominações religiosas para ele auxiliar.

 

Meu amigo, ao me contar, me deixou ruborizado e surpreso. Ficou escandalizado e não quer mais ir à Igreja comigo. E eu pergunto, irmãos, essa é a igreja que se diz verdadeira??? Como um presidente de uma Divisão pode ser tão insensato?

 

Com líderes todo-poderosos como esse, sem a humildade de Cristo e sensibilidade para com os de fora da IASD, dá vontade de fazer nem sei o que.

 

Uma coisa indago: já que a IASD tem todo o dinheiro suficiente para construir templos e etc, por que, a cada décimo terceiro sábado, somos implorados a contribuir com uma oferta especial para construções da IASD???

 

De agora em diante, meus dízimos e doações serão exclusivamente para os irmãos locais.

 

Lá em cima, ar condicionado, carpetes, melhores casas, carros e hotéis, viagens de jato...aqui em baixo, de onde tudo sai,...você sabe.

 

Também escrevi uma carta ao presidente da Associação, e sua resposta foi que aquela igreja teve 60% da ajuda da Associação em sua construção. Segundo um irmão de Cabo Verde, muita gente até diz que construiu a igreja sozinha. Mas me disse que a ajuda da Associação não passou de uns 30%.

 

O presidente da Associação também me escreveu que eu nem estava arrolado como membro daquela igreja, que meu pedido não era "oficial", que quem tinha de ver as necessidades da igreja era o pastor local (que pastor local???).

 

Pra mim, pastor se tornou um mero fiscal de proselitismo.

Gosta de mostrar números. Batiza até sem água, se possível for, mas é preciso BATIZAR, BATIZAR, BATIZAR.

 

Talvez a maioria dos membros sejam "tapados" quanto à verdadeira IASD, mas eu digo que já me caíram as escamas dos olhos. Sei do que se passa nos bastidores, sei como é o "modus operandi" da organização.

 

Não falo isso com ódio não, apenas lamento o que aconteceu. Não precisava ser assim. Mas agora não tenho receio de represália nem de dar a minha opinião, como livre que sou.

 

Quem sabe aquele empresário, sendo cordialmente recebido e apresentado à IASD, não se entregaria a Cristo e se tornaria um instrumento em Suas mãos?!

Eduardo

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