União das Igrejas NÃO
Será Total, NÃO Fará Surgir uma Super-Igreja
As diferenças entre as denominações
continuarão existindo, mas elas estarão unidas “em pontos de doutrinas que lhes
são comuns”. É o que prevê Ellen G. White. Além da crença imortalidade da alma e
da desobediência à Lei de Deus, a doutrina da trindade, com certeza, facilitará
essa aproximação ecumênica. Assim, adventistas poderão até insistir na guarda do
sábado, mas estarão unidos a Roma e ao Protestantismo Apóstata pela confiança na
Trindade. Não haverá uma união completa, em todos os pontos de doutrina.
EGW confirma ligação ecumênica apenas parcial
Pela primeira besta é representada a
Igreja de Roma, uma organização eclesiástica revestida de poder civil, tendo
autoridade para punir todos os dissidentes. A imagem da besta representa outra
corporação religiosa revestida de poder semelhante. A formação dessa imagem é
obra dessa besta cujo calmo surgimento e suave profissão de fé traduzem um
notável símbolo dos Estados Unidos. Aqui pode ser encontrada uma imagem do
papado. Quando as igrejas do nosso país, ligando-se em pontos de doutrinas
que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos
e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma
imagem da hierarquia romana. Então será a verdadeira igreja assaltada pela
perseguição, como o foi o antigo povo de Deus. -- História da Redenção,
págs. 381-382.
A vasta diversidade de crenças nas igrejas
protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se
poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há
anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e
crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de
doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda
discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de
sua importância do ponto de vista bíblico.
Carlos Beecher, em sermão pronunciado em
1846, declarou que o ministério das denominações evangélicas protestantes "não
somente é formado sob terrível pressão do mero temor humano, mas também vive,
move-se e respira num meio totalmente corrupto, e que cada instante apela para
todo o elemento mais vil de sua natureza, a fim de ocultar a verdade e [445]
curvar os joelhos ao poder da apostasia. Não foi desta maneira que as coisas
se passaram com Roma? Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho? E que
vemos precisamente diante de nós? Outrou concílio geral! Uma convenção
mundial! Aliança evangélica, e credo universal!" - Sermão sobre: A Bíblia Como
um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 22 de fevereiro de
1846. Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa
uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força.
Quando as principais igrejas dos Estados
Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns,
influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as
instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da
hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o
resultado inevitável. -- O Grande Conflito, págs. 444-445.
Falsas doutrinas levam à adoração de falso deus
(trindade)
É tão fácil fazer um ídolo de falsas
doutrinas e teorias, como talhá-lo de madeira ou pedra. Representando
falsamente os atributos de Deus, Satanás leva os homens a olhá-Lo sob falso
prisma. Para muitos, um ídolo filosófico é entronizado em lugar de Jeová,
enquanto o Deus vivo, conforme é revelado em Sua Palavra, em Cristo e nas
obras da Criação, é adorado apenas por poucos. Milhares deificam a
Natureza, enquanto negam o Deus da Natureza. Posto que de forma diversa,
existe hoje a idolatria no mundo cristão tão verdadeiramente como existiu
entre o antigo Israel nos dias de Elias. O deus de muitos homens que se
professam sábios, de filósofos, poetas, políticos, jornalistas; o deus
dos seletos centros da moda, de muitos colégios e universidades, mesmo de
algumas instituições teológicas, pouco melhor é do que Baal, o deus-Sol da
Fenícia. -- O Grande Conflito, pág. 583.
A Bíblia está acima dos credos e decisões eclesiásticas
Mas Deus terá sobre a Terra um povo que
mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de
todas as reformas. As opiniões de homens ilustrados, as deduções da
ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão
numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, a voz da maioria
- nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto, deveriam considerar-se como
prova em favor ou contra qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar
qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro - "Assim
diz o Senhor". -- O Grande Conflito, pág. 595.
Professores de Teologia não são fonte de luz
Satanás se esforça constantemente por
atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para
os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez de
examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever.
Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as multidões
de acordo com sua vontade. -- O Grande Conflito, pág. 595.
A Igreja Romana reserva ao clero o
direito de interpretar as Escrituras. Sob o fundamento de que unicamente
os eclesiásticos são competentes para explicar a Palavra de Deus, é esta
vedada ao povo comum. Conquanto a Reforma fizesse acessível a todos as
Escrituras, o mesmíssimo espírito que Roma manteve impede também as multidões
nas igrejas protestantes de examinarem a Bíblia por si mesmas.
São instruídas a aceitar os seus ensinos conforme são
interpretados pela igreja; e há milhares que não ousam receber coisa alguma
contrária ao seu credo, ou ao ensino adotado por sua igreja, por mais claro
que esteja revelada nas Escrituras.
Apesar de achar-se a Bíblia cheia de
advertências contra os falsos ensinadores, muitos há que estão prontos a
confiar ao clero a guarda de sua alma. Existem hoje milhares de pessoas
que professam ser religiosas, e no entanto não podem dar outra razão para os
pontos de sua fé, a não ser o haverem sido assim instruídas por seus
dirigentes espirituais. Passam pelos ensinos do Salvador, quase sem os notar,
e depositam implícita [597] confiança nas palavras dos ministros.
São, porém, infalíveis os ministros? Como poderemos confiar nossa alma à sua
guia, a menos que saibamos pela Palavra de Deus que são portadores de luz?
A falta de coragem moral para sair da trilha batida do mundo, leva muitos a
seguirem as pegadas de homens ilustrados; e, pela relutância em examinarem por
si mesmos, estão-se tornando desesperançadamente presos nas cadeias do erro.
Vêem que a verdade para este tempo é claramente apresentada na Bíblia, e
sentem o poder do Espírito Santo acompanhando sua proclamação; permitem,
todavia, que a oposição do clero os desvie da luz. Embora a razão e a
consciência estejam convencidas, estas almas iludidas não ousam pensar
diferentemente do ministro; e seu discernimento individual, os interesses
eternos, são sacrificados à incredulidade, ao orgulho e preconceito de outrem.
Muitos são os meios por que Satanás opera
pela influência humana a fim de enlaçar os seus cativos. Atrai a si multidões,
ligando-as pelos laços da afeição aos que são inimigos da cruz de Cristo. Seja
qual for esta ligação, paternal, filial, conjugal ou social, o efeito é o
mesmo; os inimigos da verdade exercem sua força no sentido de reger a
consciência, e as almas postas sob seu domínio não têm coragem ou
independência suficientes para obedecer às suas próprias convicções do dever.
-- O Grande Conflito, págs. 596-597.
Muitas porções das Escrituras que
homens doutos declaram ser mistério, ou que não consideram como tendo
importância, estão repletas de conforto e instrução para aquele que aprender
na escola de Cristo. Um dos motivos por que muitos teólogos não têm
compreensão mais clara da Palavra de Deus é o cerrarem os olhos às
verdades que não desejam praticar. O compreender a verdade bíblica não depende
tanto do vigor do intelecto posto à pesquisa como da singeleza de propósito,
do fervoroso anelo pela justiça. -- O Grande Conflito, pág. 599.
A solução é estudarmos a Bíblia por nós mesmos
A salvação de nossa alma está em jogo, e
devemos examinar as Escrituras por nós mesmos. Por mais fortes que
possam ser nossas convicções, por maior confiança que tenhamos de que o
ministro sabe o que é a verdade, não seja este o nosso fundamento. Temos
um mapa dando todas as indicações do caminho, na jornada em direção ao Céu, e
não devemos estar a conjeturar a respeito de coisa alguma.
O primeiro e mais elevado dever de todo
ser racional é aprender das Escrituras o que é a verdade,
e então andar na luz, animando outros a lhe seguirem o exemplo. Devemos dia
após dia estudar a Bíblia, diligentemente, ponderando todo pensamento e
comparando passagem com passagem. Com o auxílio divino devemos formar
nossas opiniões por nós mesmos, visto termos de responder por nós mesmos
perante Deus.
As verdades mais claramente reveladas na
Escritura Sagrada têm sido envoltas em dúvida e trevas pelos homens doutos
que, com pretensão de grande sabedoria, ensinam que as Escrituras têm um
sentido místico, secreto, espiritual, que não transparece na linguagem
empregada. Estes homens são falsos ensinadores. Foi a essa classe que
Jesus declarou: "Errais [599] vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o
poder de Deus." Mar. 12:24. A linguagem da Bíblia deve ser explicada de acordo
com o seu óbvio sentido, a menos que seja empregado um símbolo ou figura.
Cristo fez a promessa: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma
doutrina conhecerá se ela é de Deus." João 7:17. Se os homens tão-somente
tomassem a Bíblia como é, e não houvesse falsos ensinadores para transviar e
confundir-lhes o espírito, realizar-se-ia uma obra que alegraria os anjos, e
que traria para o redil de Cristo milhares de milhares que ora se acham a
vaguear no erro. -- O Grande Conflito, págs. 598-599.
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