Por Que a Promessa do Ajudador Foi Condicionada à Vitória do Messias?

(Comentário de um Judeu Convertido Sobre João 16:7-14)

 

O texto de João 16:7-14 tem um significado tão profundo que para compreendê-lo necessitamos de uma noção do capítulo 12 do livro do Apocalipse, noção esta que nos levará a um confronto direto com a teologia tradicional.

Quando o Messias mencionou que, se Ele não fosse, o Ajudador não viria, provavelmente estava falando da necessidade de concluir o Seu ministério e desmascarar a satanás, pois caso contrário não teria condição de nos conceder o Seu poder pois. Se não desmascarasse a satanás, não teria obtido o reconhecimento de Sua autoridade perante toda a hoste celestial, autoridade esta conferida por Seu Pai, o Deus Eterno.

Na verdade, a declaração acima produz um forte impacto ao pesquisador diligente, mas as evidências bíblicas nos conduzem a esta conclusão como poderemos observar no decorrer de nosso comentário.

Analisando o texto de Apocalipse 12:11, verificaremos que o sangue do Cordeiro (sacrifício do Messias na cruz), foi o motivo da vitória de Miguel e Seus anjos sobre o dragão e seus anjos na guerra mencionada nos vs. 7 e 8, vitória esta que veio a ocasionar a expulsão de satanás e seus anjos dos Céus.

Se a derrota de satanás e seus anjos tendo como conseqüência a expulsão de todos das regiões celestes foi devida ao sangue do Cordeiro (sacrifício do Messias na cruz), obviamente só poderemos chegar à conclusão de que satanás e seus anjos só foram [definitivamente] expulsos do Céu algum tempo após a sacrifício do Messias, e não antes como é ensinado pela teologia tradicional.

Ao analisarmos o capítulo 5 do livro do Apocalipse, verificaremos que a autoridade outorgada pelo Deus Eterno a Seu Filho, só foi reconhecida por toda hoste celestial, somente após a Sua vitória sobre a cruz. Sendo assim, provavelmente, ao Messias mencionar o relato contido em João 16:7-14, Ele estivesse se referindo a este conflito que estava diante de Si, conflito este que resultaria em Sua vitória sobre o dragão e seus anjos, e que Lhe conferiria o direito de assumir diante de toda hoste celestial todo poder, domínio, glória e honra que Lhe fora outorgado por Seu Pai, o Deus Eterno, o que Lhe permitiria também, conferir Seus dons (Espírito Santo) a Seus servos aqui na Terra.

 

Simbologia do véu

O interessante é que ao observarmos devidamente a simbologia bíblica utilizada no tabernáculo para representar a hoste angélica (o véu do tabernáculo), verificaremos que com o sacrifício do Messias na cruz, houve uma cisão da mesma simbolizada pelo véu do templo que se dividiu em dois de alto a baixo (Mt 28:51).

O que tornou este acontecimento ainda mais interessante foi o fato de que o conhecimento do Deus Eterno que era praticamente restrito aos Judeus, após este acontecimento, foi levado a todo mundo conhecido na época, o que demonstrou maior participação dos seres celestiais na propagação do conhecimento do Deus Eterno e Seu Filho à humanidade, participação esta que anteriormente era obstruída pelo governo desempenhado por satanás em sua região celeste, fato este que podemos verificar em Daniel 10:12, 13, 20 e 21, onde o anjo Gabriel diz a Daniel que ninguém (nenhum ser celestial), a não ser o Arcanjo Miguel, o ajudou quando satanás se lhe opôs ao cumprir uma determinação do Eterno.

Portanto, provavelmente quando o Messias mencionou o texto em análise, Ele sabia que caso não vencesse a satanás, não poderia conceder Seu poder, o Espírito Santo, a Seus seguidores, visto que haveria uma forte resistência por parte da hoste celestial. -- I. B. Zaituni

Artigos complementares:

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com