E AGORA, PASTOR?
Como entender as Contradições da Sra. White Quanto Aos Dízimos?

Quem defende a obrigatoridade atual da devolução do dízimo com base no que teria sido escrito pela irmã White, está também obrigado a apresentar ainda hoje ofertas pelo pecado, invalidando o sacrifício de Cristo na cruz, que nos tornou possível a salvação pela fé. Veja:

"Caso um cristão possua dez ou vinte mil dólares, os direitos de Deus sobre ele são imperativos no sentido de dar, não somente a proporção relativa ao sistema dizimal, mas de apresentar-Lhe as ofertas pelo pecado e as ofertas de gratidão." -- Testemunhos Seletos, Vol. 1, pág. 456 (versão em cd-rom).

"É Deus quem abençoa os homens dando-lhes bens, e faz isto para que eles possam contribuir para o avançamento de Sua causa. Ele envia o sol e a chuva. Faz florescer a vegetação. Dá saúde e habilidade para se adquirirem meios. Todas as nossas bênçãos são recebidas de Sua mão generosa. Em retribuição Ele quer que homens e mulheres demonstrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - em ofertas de ação de graças, em ofertas pelo pecado e ofertas voluntárias. Se o dinheiro entrasse para a tesouraria de acordo com este plano divinamente recomendado - a décima parte do que ganhamos e as ofertas liberais - haveria abundância para o avançamento do trabalho do Senhor." -- Atos dos Apóstolos, pág. 75 (versão em cd-rom).

"O único meio ordenado por Deus para o avançamento de Sua causa, visa abençoar os homens com posses. Ele dá-lhes sol e chuva; faz florir a vegetação; dá saúde e habilidade para adquirir meios. Todas as nossas bênçãos vêm de Suas mãos generosas. Por Sua vez espera que homens e mulheres mostrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado." Testimonies, pág. 150. -- Conselhos sobre a Escola Sabatina, pág. 145 (versão em cd-rom).

Por outro lado, diz ela própria em outra ocasião:

"Um novo, vivo caminho está para todos preparado. Não mais necessita a pecadora, aflita humanidade esperar a chegada do sumo sacerdote. Daí em diante, devia o Salvador oficiar como Sacerdote e Advogado no Céu dos Céus. Era como se uma voz viva houvesse dito aos adoradores: Agora têm fim todos os sacrifícios e ofertas pelo pecado." -- O Desejado de Todas as Nações, pág. 757 (versão em cd-rom).


Primeira Reação

Prezado Robson,

A citação do Espírito de Profecia na qual aconselha a trazer dízimos, ofertas pelo pecado, e ofertas de ação de graças, compreende-se, sem maior dificuldade, através do entendimento devido do sentido destas expressões:

  • Dízimo - Expressão da gratidão por bênçãos ordinárias;
  • Ofertas pelo pecado - Expressão da gratidão pelo perdão;
  • Ofertas de ação de graças - Expressão da gratidão por bênçãos extraordinárias;

Não é literal. É um parágrafo parabólico, versa simbolicamente do modo como podemos agradecer a Deus pela benção do perdão e salvação ofertados na cruz, pelas nossas rendas... Será minha interpretação particular? Então ATENTAI ao Texto, nem é mister interpretar, o próprio texto é cristalino:

"Por Sua vez espera que homens e mulheres MOSTREM SUA GRATIDÃO, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado." 

"Ele quer que homens e mulheres DEMONSTREM SUA GRATIDÃO, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - em ofertas de ação de graças, em ofertas pelo pecado e ofertas voluntárias..."

A interpretação ofertada pelo amigo é infundada, aparente, ilusória, e ainda contraria as evidências do texto abaixo:

"Um novo, vivo caminho está para todos preparado. Não mais necessita a pecadora, aflita humanidade esperar a chegada do sumo sacerdote. Daí em diante, devia o Salvador oficiar como Sacerdote e Advogado no Céu dos Céus. Era como se uma voz viva houvesse dito aos adoradores: Agora têm fim todos os sacrifícios e ofertas pelo pecado."

Isto que fizeste não é interpretar, mas polemizar, induzir ao erro, promover suspeitas, defender presumíveis contradições entre textos inspirados, mesmo quando conciliáveis... É fácil ver a harmonia dos parágrafos supra citados, porém, se desejas polemizar, promover dúvidas e más suspeitas, achaste um bom ganho de incredulidade com o qual o Diabo pode fisgar os amantes da dúvidas...

Paz seja contigo, Humberto Caputo. (Em correspondência através da lista de discussões da MAB.)

Resposta do editor:

Caro irmão Humberto,

Respeito seu ponto de vista, mas gostaria que percebesse que, ainda que seja oferecida por gratidão, qualquer oferta pelo pecado é indevida. Mais que isso. Demonstra incompreensão do valor incomensurável do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Revela ignorância ou mesmo rejeição da justificação pela fé.

Esperaria Deus dinheiro como retribuição pela nossa salvação? O que impede, por exemplo, que o sacrifício católico da missa seja aceito como oferecido EM GRATIDÃO a Deus? Por que teria Deus rejeitado a oferta pelo pecado que Caim, EM GRATIDÃO, pode Lhe ter oferecido? Por que não permitiu Deus que Abraão lhe oferecesse Isaque como sacrifício EM GRATIDÃO pela futura morte vicária de Cristo? A resposta que Deus espera é misericórdia e não, ofertas, sejam elas fruto do dever dizimal, gratidão ou pelo pecado.

E mesmo supondo que pudessem ser aceitas ofertas de GRATIDÃO pela salvação em Cristo, seriam sempre OFERTAS, espontâneas e não OBRIGATÓRIAS. É isso que temos discutido aqui, a não-obrigatoriedade atual do dízimo. Gratidão não se expressa de forma obrigatória. Gratidão nasce do coração. Não pode ser cobrada...

Em e-mail não-publicado aqui, o irmão me disse também: "Não confunda dever de expressar gratidão por atos, seja pelos dízimos, ofertas pelo pecado e ofertas de ação de graças não é heresia... A cobrança eclesiástica ou o constrangimento por ameaças, ou por promessa de salvação, ou bênção pelo cumprimento deste dever seria uma heresia."

A expressão da gratidão não pode ser exigida como fruto do dever, Humberto. Ela simplesmente acontece, revelandop uma correta compreensão da boa-nova da salvação pela graça. A irmã reconhecia isto: "Deus não obriga os homens a dar. Tudo quanto derem, deve ser voluntário. Não quer ter o Seu tesouro cheio de ofertas dadas de má vontade." Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 372.

Houve, porém, ocasiões em que, de fato, se contradisse. Veja:

"O Senhor pede que Seu dízimo seja entregue em Seu tesouro. Estrita, honesta e fielmente, seja-Lhe devolvida esta parte. Além disso, Ele pede vossas dádivas e ofertas. Ninguém é forçado a apresentar ao Senhor Seus dízimos e ofertas. Mas com a mesma certeza com que a Palavra de Deus nos é dada, com essa mesma certeza requererá Ele, com juros, de todo ser humano, o que Lhe pertence. Se os homens forem infiéis em dar a Deus o que é Seu; se desrespeitarem a ordem de Deus a Seus mordomos, não terão por muito tempo a bênção daquilo que o Senhor Lhes confiou." -- Conselhos sobre Mordomia, págs. 83-84.

Mas a afirmação mais grave sobre esse tema e que, em minha avaliação, se aproxima da heresia porque condiciona a salvação ao pagamento do dízimo, embora supostamente tenha saído da mesma pena tantas vezes utilizada para comunicar mensagens divinamente inspiradas, é esta: "O dízimo pertence ao Senhor, e todos aqueles que tocam nele serão punidos com a perda de seu tesouro celestial, a menos que se arrependam." -- Conselhos sobre Mordomia, pág. 102. 

Retornando, porém, aos textos que discutíamos, perceba ainda, irmã Humberto, que a irmã White não fala em oferta de gratidão PELO PERDÃO, o que equivaleria a uma oferta de ação de graças pelo sacrifício de Cristo. A expressão que usa é oferta PELO PECADO. Releia os textos e verá que a Sra. White se refere a: (1) dízimos, (2) ofertas pelo pecado, (3) ofertas de GRATIDÃO (ação de graças) e (4) ofertas voluntárias.

De qualquer modo, embora desaconselhe a polêmica como método evangelístico, a Sra. White também afirma que: "O espírito do povo deve ser agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para restringir a liberdade de consciência, é um instrumento de Deus para despertar as mentes que, do contrário, ficariam sonolentas." O Maior Discurso de Cristo, pág. 33.

Continua... -- Robson Ramos


Geração Ellen-Dependente

Meu querido Irmão,

Seguramente a nossa querida irmã Ellen escreveu muita coisa interessante e inspirada por Deus. Mas nós não devemos esquecer que ela mesma disse que se um texto que ela produzisse estivesse contra a Bíblia nós deveríamos ficar com a Bíblia.

Em tudo o que eu li dela sempre me ficou a impressão de que ela era uma pessoa honesta no que escrevia. Com certeza, o que ela tentou fazer foi assimilar as normas do dízimo no Velho Testamento aplicando-as as condições adventistas. Não se esqueça de que, antes disso, ela já tinha proclamado a chamada "beneficência Sistemática" como um plano aceito por Deus. 

Agora vamos analisar umas coisinhas com cuidado. Note que o próprio apóstolo Paulo diz: "Isso digo eu de mim mesmo e não do Senhor". Mas eu já vi muitos fanáticos que dizem: Se o apóstolo falou é porque era de Deus! Se for assim, eu tenho que concluir que o Apóstolo era mentiroso quando disse que aquilo não era de Deus... Ou será que o mentiroso é o fanático? 

No caso da irmã Ellen, misturou-se tudo o que ela escreveu (até cartinhas para comadres) como textos inspirados por Deus!  Ora façam-me um favor de se dar o devido respeito!

Os dirigentes ASD tentaram num certo momento criar a sua própria santa nos moldes da Igreja Católica. Eles não contavam com a INTERNET!

Os dirigentes puseram tudo o que lhes convinha como Espírito de Profecia e hoje estão mudando descaradamente muitos textos, para não se dar mal. E mais, estão escondendo todos os textos que lhes sejam inconvenientes. Esse fato todo mundo conhece.

Lamentavelmente, nos últimos vinte anos foi criada uma geração de ELLEN-DEPENDENTES, ou seja fiéis ASD que não são capazes de escrever um único parágrafo sem copiar um ou dois parágrafos inteiros do que eles entendem que reforçam sua tese. 

Esses ELLEN-DEPENDENTES não se conformam em fazer a citação com suas próprias palavras citando em seguida o livro e a página para confirmação. 

Esses ELLEN-DEPENDENTES  despejam parágrafos e mais parágrafos inteiros copiados. Dão a impressão de que não são capazes de usar suas próprias palavras, como se a transcrição inteira do texto desse maior confiabilidade ao que eles estão dizendo. Como se não fosse possível questionar que esses textos copiados possam estar falsificados, pois quantas pessoas têm a possibilidade de conferir o texto? E mais, se quem lê tem a possibilidade de conferir o texto pois tem o livro, bastaria então expor o argumento e citar a localização dos textos.

É terrível o que se fez e se está fazendo com nossa Irmã Ellen. Só falta ter o seu corpo exumado e se alegar que o mesmo foi encontrado incorruptível (saponificado) e, então, apresentá-la como Santa Ellen pois romarias às "relíquias da Ellen" já são feitas normalmente. Que horror estamos voltando a Idade Média! -- Harosh (Transcrito da lista adventista de discussões por e-mail da MAB.)

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