Estudo Bíblico 4: 
Investigando o Juízo

"O assunto do santuário e do juízo investigativo deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. De outra forma, ser-lhes-á impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar a posição que Deus lhes deseja confiar".- E, pág. 221 e 222.

É evidente que a doutrina do juízo investigativo, iniciado em 1844, continua firme como a própria palavra de Deus. Mas, qual é a importância do juízo? O que ele significa para nossa vida?

01 - A universalidade do Grande Conflito: Is 14:12-14; Gn 3: 15; Jó 1:6-11; Ap 12: 9-12.

"Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era prerrogativa de Cristo apenas".- PP, pág. 15.

"Deixando seu lugar na presença imediata do Pai, Lúcifer saiu a difundir o espírito de descontentamento entre os anjos. Ele agia em misterioso segredo e, durante algum tempo escondeu seu propósito real sob uma aparência de reverência para com Deus. Começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem ser necessárias para os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia suficiente".- PP, pág. 17 e 18.

"No início do grande conflito, declarara Satanás que a lei divina não podia ser obedecida, que a justiça era incompatível com a misericórdia, e que, fosse a lei violada, impossível seria ao pecador ser perdoado. Cada pecado devia receber seu castigo, argumentava Satanás; e se Deus abrandasse o castigo do pecado, não seria um Deus de verdade e justiça. Quando o homem violou a lei divina, e Lhe desprezou a vontade, Satanás exultou. Estava provado, declarou, que a lei não podia ser obedecida; o homem não podia ser perdoado. Por haver sido banido do céu, depois da rebelião, pretendia que a raça humana devesse ser para sempre excluída do favor divino. O Senhor não podia ser justo, argumentava, e ainda mostrar misericórdia ao pecador".- DTN, pág. 732.

"Deus apenas podia empregar meios que fossem coerentes com a verdade e justiça. Satanás podia usar o que Deus não podia - a lisonja e o engano. Procurara falsificar a palavra de Deus, e de maneira errônia figurara seu plano de governo, pretendendo que Deus não era justo ao impor leis aos anjos; que, exigindo submissão e obediência de Suas criaturas, estava simplesmente a procurar a exaltação de Si mesmo. Era, portanto, necessário demonstrar perante os habitantes do céu, e de todos os mundos, que o governo de Deus é justo, que Sua lei é perfeita. Satanás fizera com que parecesse estar ele procurando promover o bem do universo. O verdadeiro caráter do usurpador e seu objetivo real devem ser compreendidos por todos. Ele deve ter tempo para manifestar-se pelas suas obras iníquas".- PP, pág. 23 e 24.

"O plano da nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação 'do mistério desde tempos eternos'. Foi um desdobramento dos princípios que tem sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. Desde o princípio Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás, e da queda do homem mediante o poder enganador do apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. Tão grande era Seu amor pelo mundo, que concertou entregar Seu filho unigênito 'para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna'. - DTN, pág. 17, 18.

"Mas o plano da redenção tinha um propósito ainda mais vasto e profundo do que a salvação do homem. Não foi para isto apenas que Cristo veio a terra; não foi simplesmente para que os habitantes deste pequeno mundo pudessem considerar a lei de Deus como devia ela ser considerada; mas foi para reivindicar o caráter de Deus perante o universo. Para este resultado de Seu grande sacrifício, ou seja, a influência do mesmo sobre os entes de outros mundos, bem como sobre o homem, olhou antecipadamente o Salvador quando precisamente antes de Sua crucifixão disse: 'Agora é o juízo deste mundo: agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim' (Jo 12:31, 32). O ato de Cristo ao morrer pela salvação do homem, não somente tornaria o céu acessível à humanidade, mas perante todo o universo justificaria a Deus e Seu Filho, em Seu trato com a rebelião de Satanás. Estabeleceria a perpetuidade da lei de Deus, e revelaria a natureza e os resultados do pecado." - PP, pág. 65.

"Quando Satanás foi arremessado do céu, resolveu tornar a terra o seu reino".- PP, pág. 65.

"Por ocasião da expulsão mencionada nos versos 9, 10 e 13 (de Ap 12), o 'acusador de nossos irmãos' já estivera ativamente empenhado em acusá-los 'de dia, e de noite, diante do nosso Deus'.

Evidentemente, a queda de que tratam esses versículos ocorreu depois de um período durante o qual Satanás esteve acusando 'os irmãos' e, parece, portanto, que esta não pode ser a expulsão original de Satanás antes da criação da Terra".- SDABC, vol 7, pág. 810.

Uma análise mais suscinta e cronológica de Apocalipse 12 nos leva à seguinte conclusão:

1º - v. 04 p.p.
2º - v. 01 e 02
3º - v. 03 e 04 s.p.
4º - v. 05
5º - v. 07 a 13 e 15
6º - v. 06, 14 e 16
7º - v. 17

"... Cristo inclinou a cabeça e expirou, mas manteve firme a Sua fé em Deus, e a Sua submissão a Ele... Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais. Daí em diante sua obra seria restrita. Qualquer que fosse a atitude que tomasse, não mais podia esperar os anjos ao virem das cortes celestiais, nem perante eles acusar os irmãos de Cristo de terem vestes de trevas e contaminação de pecado. Estavam rotos os derradeiros laços de simpatia entre Satanás e o mundo celestial." - DTN, pág. 731.

"Aqui deve ser a morada de Satanás com seus anjos maus, durante mil anos... Circunscrito apenas à terra, Satanás não terá o privilégio de percorrer outros planetas para tentar e molestar os que não caíram... Ouvi aclamações de triunfo dos anjos e dos santos remidos, os quais ressoavam como dez milhares de instrumentos musicais, porque não mais deveriam ser molestados e tentados por Satanás, e porque os habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações".- PE, pág. 290.

02 - Houve alguma oportunidade para Satanás e os anjos rebeldes se arrependerem? Ez 18:23; Ex 34: 6, 7.

"Com grande misericórdia, de acordo com o Seu caráter divino, Deus suportou longamente a Lúcifer. O espírito de descontentamento e desafeição nunca antes havia sido conhecido no Céu... O próprio Lúcifer não estivera a princípio ciente da natureza verdadeira de seus sentimentos... - PP, pág. 19, 21.

"... Entretanto, esforços quais somente o amor e a sabedoria infinitos poderiam imaginar, foram feitos para convence-lo de seu erro. Provou-se que sua desafeição era sem causa, e fez-se-lhe ver qual seria o resultado de persistir em revolta. Lúcifer estava convencido de que não tinha razão. Viu que 'justo é o Senhor em todos os Seus caminhos, e santo em todas as Suas obras' (Sl 145: 17); que os estatutos divinos são justos, e que, como tais, ele os deveria reconhecer perante todo o céu. Houvesse ele feito isto, e poderia ter salvo a si mesmo e a muitos anjos... Chegado era o tempo para um decisão final. Deveria render-se completamente à soberania divina, ou colocar-se em franca rebelião. Quase chegou à decisão de voltar; mas o orgulho o impediu disto... Os anjos fiéis ainda instavam com ele e com os que com ele simpatizavam, para que se submetessem a Deus... Muitos estiveram dispostos a dar atenção a este conselho, a arrepender-se de sua desafeição, e procurar de novo ser recebidos no favor do Pai e de Seu Filho. Lúcifer, porém, tinha pronto outro engano. O grande rebelde declarou então que os anjos que com ele se uniram tinham ido muito longe para voltarem; que ele conhecia a lei divina, e sabia que Deus não perdoaria... Tanto quanto dizia respeito ao próprio Satanás, era verdade que ele havia ido agora demasiado longe para que pudesse voltar. Mas não era assim com os que tinham sido iludidos pelos seus enganos. Para estes, os conselhos e rogos dos anjos fiéis abriram uma porta de esperança. E, se houvessem eles atendido a advertência, poderiam ter sido arrancados da cilada de Satanás. Mas ao orgulho, ao amor para com seu chefe, e ao desejo de uma liberdade sem restrições permitiu-se terem o domínio, e as instâncias do amor e misericórdia divinos foram finalmente rejeitadas." - PP, pág. 23.

03 - Por que Satanás não foi destruído no início da rebelião?

"Deus permitiu que Satanás levasse avante sua obra até que o espírito de desafeto amadurecesse em ativa revolta. Era necessário que seus planos se desenvolvessem completamente a fim de que todos pudessem ver sua verdadeira natureza e tendência... Mesmo quando foi expulso do Céu, a Sabedoria infinita não destruiu Satanás. Visto que unicamente o serviço de amor pode ser aceito por Deus, a fidelidade de Suas criaturas deve repousar em uma convicção de Sua justiça e benevolência. Os habitantes do Céu, e dos mundos, não estando preparados para compreender a natureza ou conseqüência do pecado, não poderiam ter visto então a justiça de Deus na destruição de Satanás. Houvesse ele sido imediatamente destruído, e alguns teriam servido a Deus pelo temor em vez de o fazer pelo amor. A influência do enganador não teria sido completamente destruída, tampouco o espírito de rebelião teria sido totalmente desarraigado. Para o bem do universo todo, através dos intérminos séculos, ele deveria desenvolver mais completamente seus princípios, a fim de que suas acusações contra o governo divino pudessem ser vistas sob sua verdadeira luz, por todos os seres criados, e a justiça e a misericórdia de Deus, bem como a imutabilidade de Sua lei, pudessem para sempre ser postas fora de toda a questão." - PP, pág. 23, 24, 25.

04 - Por que foi permitido o pecado?

"A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o universo, durante todas as eras vindouras - perpétuo testemunho da natureza do pecado e de seus terríveis resultados. A atuação do governo de Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como os anjos, mostrariam qual seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina. Testificariam que, ligado à existência do governo de Deus, está o bem-estar de todas as criaturas que Ele fez. Assim, a história desta terrível experiência com a rebelião seria uma salvaguarda perpétua para todos os seres santos, para impedir que fossem enganados quanto à natureza da transgressão, para salva-los de cometer pecado, e de sofrerem sua pena".PP, pág. 25.

05 - Jesus venceu a batalha na cruz do calvário. Mas, o que dizer do universo espectante? Foram todas as suas perguntas respondidas na cruz? Não. Ef 3:8-11.

"Para os anjos e os mundos não caídos, o brado: 'Está consumado' teve profunda significação. Fora em seu benefício, bem como no nosso, que se operara a grande obra da redenção. Juntamente conosco, compartilharam eles os frutos da vitória de Cristo.

"Até a morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arquiapóstata se revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua rebelião." - DTN, pág. 728.

"Todavia, Satanás não foi então destruído. Os anjos não perceberam, nem mesmo aí, tudo quanto se achava envolvido no grande conflito. Os princípios em jogo deviam ser mais plenamente revelados. E por amor do homem, devia continuar a existência de Satanás. O homem, bem como os anjos, devia ver o contraste entre o príncipe da luz e o das trevas. Cumpria-lhe escolher a quem servir".- DTN, pág. 731 e 732.

"Bem podiam, pois, os anjos se regozijar ao contemplarem a cruz do Salvador; pois embora não compreendessem ainda tudo, sabiam que a destruição do pecado e de Satanás fora para sempre assegurada, que a redenção do homem era certa e que o universo estava para sempre salvo.

"Não será, porém assim, ao findar o grande conflito. Então, havendo-se completado o plano da redenção, o caráter de Deus é revelado a todos os seres inteligentes. Os preceitos de Sua lei são vistos como perfeitos e imutáveis. Então o pecado terá patenteado sua natureza, Satanás o seu caráter".- DTN, pág. 735.

06 - Como seremos usados para revelar esta sabedoria? Ef 2:10.

07 - Existe alguma relação entre nossas boas obras e a sabedoria de Deus sendo revelada aos espectadores do universo? Jo 15:8; Mt 5:16.

08 - O livro de Jó mostra que Deus foi glorificado através do caráter e boas obras do patriarca, perante os "principados e potestades nos lugares celestiais" (seres celestiais ou anjos - Rm 8:38; ICo 15:24;IPe 3:22). Jó 1: 6; 42:10; ICo 4:9.

09 - A idéia de Deus ser glorificado através de seu povo é um conceito crucial, que pode ser encontrada em várias partes da Bíblia: Is 60:21; 61:03; Ap 14:07; Jo 17:04; ICo 10:31.

10 - A primeira promessa evangélica: Gn 3:15. 

Jesus feriu a cabeça da serpente na cruz, mas, apesar disso, Paulo nos diz algo mais em Rm 6:19, 20.

Nestes versículos, Paulo dá a entender que o próprio povo de Deus terá parte, estará envolvido, na derrota do diabo. Como podemos ferir a Satanás?

Através do poder de Cristo habitando em nós, mediante a operação do Espírito Santo, podemos permitir que Jesus nos transforme à Sua imagem e nos dê a vitória sobre todos os nossos pecados. Desta forma, demonstraremos que as acusações do diabo contra a lei de Deus são falsas. A lei de Deus pode ser guardada e Ele nos usará para provar isto.

"Até que Cristo apareça nas nuvens do céu, com poder e grande glória, os homens se perverterão no espírito, e se desviarão da verdade para as fábulas. A igreja verá ainda dias trabalhosos. Profetizará vestida de saco. Mas se bem que tenha de enfrentar heresias e perseguições, embora tenha de combater contra infiéis e apóstatas, pelo auxílio de Deus, ainda ela está esmagando a cabeça de Satanás... A mensagem evangélica não ganha uma alma para Cristo, nem abre caminho para um só coração, sem ferir a cabeça de Satanás. Sempre que um cativo lhe é arrancado das garras, libertado de sua opressão, o tirano é derrotado".- TS I, pág. 590.

11 - Que outra evidência existe de que, nem tudo o que as hostes celestiais precisavam saber sobre o plano da redenção foi respondido na cruz? O santuário terrestre.

Tipologia: Altar dos sacrifícios = a cruz/perdão.
Pia sacerdotal = purificação dos pecados.
1º compartimento/lugar santo = reconciliação e perdão (candelabro: Espírito Santo; mesa dos pães: Jesus Cristo; altar de incenso: justiça de Cristo subindo com as orações dos santos).
2º compartimento/lugar santíssimo = julgamento (arca do testemunho: justiça divina ao tratar com o pecado; propciatório, ou a tampa: misericórdia divina ao tratar com o pecador; dois anjos olhando para a arca: interesse das hostes celestiais no plano da redenção).

"Os querubins do santuário terrestre, olhando reverentemente para o propiciatório, representam o interesse com que a hoste celestial contempla a obra da redenção".GC, pág. 415.

Se tudo o que es hostes celestiais precisavam saber sobre o plano da redenção tivesse sido respondido na cruz do Calvário, os dois querubins estariam sobre o altar dos sacrifícios (pois este representa a cruz) e não sobre a arca do testemunho (que representa o juízo em suas três fases). Isto significa que, somente no final do plano da redenção, ou seja, no juízo executivo, o caráter de Deus será vindicado perante todo o universo (ver Fl 2: 5-11; Rm 14:11; Is 45:23).

Uma das perguntas importantes a respeito do santuário é a razão de existir um santuário no céu. O terrestre, como vimos, foi projetado para ensinar à humanidade sobre o plano de redenção. Mas por que um santuário celeste? Para que ele era necessário? Deus realmente precisa de algum edifício no céu a fim de salvar a humanidade? Ou existe outro propósito? Gn 22:11, 12; Jó 2:1; Dn 7:10. Ef 3:10; Ap 15:5, 6.

"Será que o santuário celeste ajuda o universo a compreender sobre a salvação, assim como o santuário terrestre nos ensina? Deus não precisa de um santuário no céu. Mas ele existe para que o restante do universo veja como Deus trata a rebelião com clareza e justiça." - LES, pág. 105.

12 - A bíblia fala sobre o próprio Deus sendo julgado: Rm 3:4. Sl 51:1-4.

Em outras palavras, Deus será "justificado" e "purificado" de acordo com Sua forma de lidar com os pecados do Seu povo.

13 - O Sl 51 não fala apenas de purificação, mas de apagar o pecado também. Quando o pecado é apagado?

"Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os possa apresentar a Seu Pai como 'igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante.' Ef 5:27. Seus nomes permanecem registrados no livro da vida, e está escrito com relação a eles: 'Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso.' Ap 3:4.

Assim se realizará o cumprimento total da promessa do novo concerto: 'Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados.' 'Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão.' Je 31:34; 50: 20.

A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado. Mas o apóstolo S. Pedro declara expressamente que os pecados dos crentes serão apagados quando vierem 'os tempos do refrigério pela presença do Senhor', e Ele enviar a Jesus Cristo (At 3:19 e 20)" - GC, pág. 488 e 489.

No ritual típico do santuário, no dia da expiação, os pecados só eram considerados apagados quando o bode Azazel, ou seja, toda a iniquidade de Israel, era levado para o deserto. Portanto, os pecados só serão apagados no final do grande dia da expiação no santuário celestial, isto é, no final do juízo em todas as suas fazes (investigativo, judicativo ou comprobatório e executivo).

"No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por Israel, saía e abençoava a congregação. Assim Cristo, no final de Sua obre de mediador, aparecerá 'sem pecado,... para salvação' (Hb 9:28), a fim de abençoar com a vida eterna Seu povo que O espera. Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado 'à terra solitária' (Lv 16:22); de igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na extirpação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos a renunciar ao mal". - GC, pág. 489.

14 - Perante quem ele será "exaltado", ou "aprovado", ou "justificado"? Dn 7:22, 10.

15 - Qual é a mensagem do primeiro anjo? Ap 14:6 e 7.

Isso significa que Deus começa a julgar, ou será que é o próprio Deus sendo julgado? Obviamente, ele está sendo "julgado" com base em Sua maneira de julgar.

16 - No tempo das pragas, depois do fechamento da porta da graça e, portanto, do encerramento do juízo investigativo, seres celestiais exclamam: Ap 16:7. Como eles sabem disto? Porque testemunharam a cena do julgamento. É por isso que declaram: Ap 16:5.

17 - A bíblia ensina claramente que nem tudo o que o universo precisava saber sobre a "multiforme sabedoria de Deus" foi compreendida no calvário. Deus lhes daria mais evidências. E as duas coisas que Ele usará para responder a estas questões serão o desenvolvimento do caráter de Seu povo na terra e o juízo no céu. Estas duas coisas ocorrerão simultaneamente, quer estejamos ou não envolvidos, como povo e como indivíduos, nas mesmas.

18 - Não precisamos e nem devemos temer o juízo. Devemos sim, temer a possibilidade de não estarmos preparados para ele. Cristo promete poder para vencer cada pecado, e todos nós podemos reivindicar esse poder e ter a vitória através de Cristo - mesmo agora. Jo 15:5; Fp 1:6; 2:12up, 13; 4:13, 19.

"A expulsão do pecado é ato da própria alma. Na verdade, não possuímos capacidade para livrar-nos do poder de Satanás; mas quando desejamos ser libertos do pecado e, em nossa grande necessidade, clamamos por um poder fora de nós e a nós superior, as faculdades da alma são revestidas da divina energia do Espírito Santo, e obedecem aos ditames da vontade no cumprir o querer de Deus".- DTN, pág. 350 e 351.

"Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural, introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A alma que se rende a Cristo, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo, e é Seu desígnio que nenhuma autoridade seja aí conhecida senão a Sua. Uma alma assim guardada pelos seres celestes é inexpugnável aos assaltos de Satanás".- DTN, pág. 239.

19 - Qual é a essência do juízo e sua importância em nossa vida hoje?

Enquanto Deus apaga nossos pecados que foram registrados no céu, precisamos amar a Jesus o suficiente para permitir que Ele apague nossos pecados na terra, para que Ele possa ser glorificado perante o universo que nos observa.

"Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor, para que não acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro. Deve haver um exame de coração, profundo e fiel... Há uma luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más tendências que porfiam pelo predomínio. A obra de preparação é uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e devoção de um, não suprirá a falta dessas qualidades em outro... Cada um deve ser provado, e achado sem mancha ou ruga, ou coisa semelhante".- GC, pág. 482-490.

Obs. Estudo baseado no 10º capítulo do livro "1844 uma explicação simples das principais profecias de Daniel" - Autor: Clifford Goldstein.

Referências: 

PP - Patriarcas e Profetas
SDAB - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia
PE - Primeiros Escritos
DTN - Desejado de Todas as Nações
GC - Grande Conflito
TS - Testemunhos Seletos
E - Evangelismo
LES - Lição da Escola Sabatina - 3º trimestre de 2001

Valdir Abreu dos Santos

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