Revista Adventista.com

Li o artigo - "Adventistas.com" - na Revista Adventista e quase não entendi nada. A princípio, quando fui informado de que o tal artigo seria publicado, pensei que ele se reportaria ao site. Achei até um pouco precipitada a divulgação de que tal artigo seria publicado e pensei ser essa divulgação prematura pois nem sabíamos o conteúdo do tal artigo.

Fiquei mais surpreso quando vi a tal matéria. A Revista Adventista anunciou que seria publicado o artigo adventistas.com, mas de adventistas.com esse artigo não trouxe nada. Pelo contrário, é que como se os editores tivessem dito que o adventistas.com não existe.

No mínimo, houve deselegância. Se não houvesse o anúncio de que a matéria seria publicada, o enfoque seria outro. Dá a impressão de que a Revista Adventista iria realmente publicar algo sobre o site, mas quando percebeu que haveria repercussão manteve o título mas trouxe uma outra matéria do espaço sideral para não dar na cara. Coisa de estrategistas. Mas também disso não posso ter certeza apenas desconfiar.

Agora, já que foi publicado e atinge mais de quarenta mil adventistas, o artigo merece nossos comentários.

Realmente as empresas pontocom cresceram muito, mas logo após se adequaram ao tamanho do mercado. E esse mercado ainda é grande e a tendência é tornar-se maior com o avanço da tecnologia, portanto foi dito o nada sobre o nada.

O que é virtual? pergunta o artigo, que apresenta a definição do dicionário Aurélio: "que não existe como realidade, que não tem efeito atual". Portanto nada mais virtual que o artigo "Adventistas.com"!

E o artigo tem mais uma pergunta: sou eu um adventista.com ou um adventista real? Realmente o articulista, sendo filho de quem é e sendo bem informado, deve conhecer nosso site. E eu pergunto, o articulista conhecendo nosso site escreveu um artigo real ou virtual?

O articulista diz vivemos num mundo em que a tônica é a falta de compromisso. Pois esse é um dos poucos artigos onde o título não tem compromisso com o artigo! Se virtual, como explanou o articulista, é algo que não existe como realidade e que não tem efeito prático, o artigo revela-se a si mesmo. Sendo assim, se assim pode ser, esse é um dos artigos mais virtuais que já li.

O articulista diz que hoje temos em nosso meio pessoas que tem um nome de fachada e não uma vida de realidade. Essa é a cara do artigo escrito. 

Eis uma outra preocupação do articulista: "Assuma o que você é. Não se preocupe com os outros, seja você mesmo e esqueça as conseqüências". Qual é mesmo a profissão do articulista? Filósofo da nova era, defensor do seja você mesmo, siga a você mesmo, defensor do hedonismo, defensor da egolatria? "Seja você mesmo e esqueça as conseqüências". É isso mesmo que ele está dizendo ou será que ele está dizendo: seja o desinformado que você é, não se preocupe com a oposição, seja você mesmo manipulado pelo vazio do que você lê, esqueça as conseqüências, devolva o dízimo mas não se importe para qual uso é destinado?

Talvez eu esteja "virtualizando" neste artigo mas é tão difícil escrever sobre o que não existe. Ele pergunta de novo: será que existe alguma solução não virtual para um problema real? Ou seja, ele pergunta será que existe uma solução real para um problema real? Não entendi a pergunta , ela é muito virtual...

Ele ainda pergunta será que a virtualidade no cristianismo pode ser detida? O que ele quis dizer com isso? Se virtual é o que não é real o que ele quis dizer com isso? Que o site adventistas.com pode ou deve ser detido? Depois ele pergunta como fazer com que a vida que não existe como realidade se transforme em realidade?

E aí o apologista da nova era volta a ser o pastor que é e fala sobre Cristo, parágrafo do qual dispenso comentários. Porém, depois tem uma recaída e volta a falar do mundo virtual. E após dizer no começo do artigo que a internet ficou reduzida, poetiza: "Quando as luzes se apagarem e as conexões caírem, quando o chat ficar chato, se o site estiver em construção..." Essa é uma linguagem de pastor-internauta! Impossível imaginar que ele não conhece o adventistas.com, mesmo porque o nome de seu pai muitas vezes foi citado nesse site. 

Eu ainda queria descobrir o que o articulista quis dizer com a frase: "Acredito que esse problema não é novo,mas tem ficado cada vez mais forte com base na pregação de que deve se deixar a hipocrisia e ser mais transparente." Pera aí, essa é uma das bases do adventistas.com, não o virtual mas o nosso real. Parece que o articulista lê o nosso site.

Confesso que tive que fazer um esforço gigantesco para falar sobre o vazio que é esse artigo e ele é tão vazio que parece que é virtual ou seja parece que a intenção desse artigo foi esconder um artigo real. Inclusive aquela derrapada no sentido de dizer: "Assuma o que você é. Não se preocupe com os outros, seja você mesmo e esqueça as conseqüências." 

Essa frase publicada na Revista Adventista dá a impressão de que tiraram o artigo que iam publicar e colocaram rapidamente outro e não deu tempo nem para fazer a revisão, ou essa é a nova filosofia da Revista Adventista, para acompanhar o vocabulários Sandy e Junior da revista Nosso Amiguinho? Aliás na Lição da Escola Sabatina dos Primários deste trimestre, (Primeiro Trimestre -Lição um, página 05, janeiro de 2002, existe um termo que não vou citar por ser adventista porque tem sentido de palavrão. Será que a CASA não tem mais revisor?

Por essas razões, por causa do anúncio de que o tal artigo seria publicado, por causa do destaque sendo editado logo no início da revista tenho a impressão que esse artigo é tipo tapa buraco, embora eu não possa afirmar, mas esse artigo é tão vazio que parece que não existe.

Parece que além do Embrulhonzão, temos o Embrulhonzinho... Peço inclusive ao editor desse site que faça uma revisão desse meu artigo, porque ao escrever sobre o vazio posso estar sendo mais vazio do que o vazio que ocupou a página da Revista Adventista.

Em compensação, os demais artigos da revista são cheios de conteúdo, porém mais parece uma revista de economia global do que religiosa.

Há um artigo cujo título é "Religião e Mercado" e que nem vou analisar vou citar apenas uma frase e os leitores virtuais ou reais que concluam: "A igreja existe para preparar pecadores para a vida eterna, com Deus. Esse é o ideal supremo. Porém tal meta localiza-se no futuro.( Revista Adventista, pág. 23, janeiro de 2002). Está faltando revisor ou essa é a nova filosofia da IASD?

Li também um outro artigo "A força da união " pág.23 e nesse artigo há um parágrafo interessante: Ellen White diz que os médicos devem se reunir " para se aconselharem e discutirem a melhor maneira e meios de servir ao Senhor no ramo de Sua grande obra. Embora dirigido aos médicos esse conselho certamente pode ser extrapolado para outros profissionais e outros grupos. Essa frase me leva a perguntar será que não está na hora da igreja oficial reconhecer a existência do adventistas.com?

Será que os adventistas.com não são os 300 homens citados no artigo contra o atual ecumenismo econômico e adventismo virtual de nossa igreja?

Sobre outra matéria que merece ser citada, também não vou fazer comentários, apenas dizer que ela representa o ecumenismo econômico. O cartão de crédito adventista é anunciado na matéria "Capitalismo solidário", pág. 25. 

Apenas para relaxar um pouco vou comentar o título da matéria: "O evangelho veste a farda." Será que a igreja já está formando um exército para perseguir a oposição? Desculpe se estou exagerando nas minhas análises é que o artigo que eu estava analisando deixou-me meio confuso e acho que acabei fazendo uma leitura virtual do título desse artigo, porém, falando sério, os adventistas de farda merecem nosso apoio.

[Trecho retirado a pedido do autor.]

Para finalizar todos esses comentários, sugiro que o editor desse site edite também uma revista. Quem sabe a revista - adventistas.com. E se editar, eu prometo comprar pelo menos 100 exemplares do primeiro número. Faço isso porque a Revista Adventista deste mês está muito econômica e virtual e sei que nosso povo além da revista oficial, precisa de uma revista mais afinada com os ideais de Cristo, que não defenda a fusão de religião e mercado, que não esteja voltada para o capitalismo, que não esteja preocupada com cartão de crédito, mas, sim, com os créditos celestiais e que não edite frases como: "A igreja existe para preparar pecadores para a vida eterna, com Deus. Esse é o ideal supremo. Porém tal meta localiza-se no futuro." Revista Adventista, janeiro de 2002, "Religião e Mercado", pág. 23. -- Assinado: leigo.com


Adventistas.Competentes

É interessante notar que nossos redatores/colaboradores da Casa Publicadora Basileira criticam um site .com, quando eles próprios mantêm outro: cpb.com.br. Mas analisemos apenas o trecho abaixo da matéria da Revista Adventista de janeiro/2002, 7° parágrafo, o qual reforça ainda mais a necessidade de outros .com:

"É comum hoje termos em nosso meio pessoas que têm um nome de fachada e não uma vida de realidade. [Acontece com nossas Escolas, onde o lucro está acima da necessidade de instrução de nosso povo!] Acredito que esse problema não é novo, mas tem ficado cada vez mais forte com base na pregação de que se deve deixar a hipocrisia e ser mais transparente. [A necessidade de hoje não é ser MAIS transparente, e sim TOTALMENTE transparente quando se administra AQUILO QUE NÃO É SEU.] Assuma o que você é. Não se preocupe com os outros, seja você mesmo e esqueça as conseqüências. [Eu diria a mesma coisa a quem administra o que Não é seu: "Assuma o que você - realmente - é.]

Não se preocupar com os outros é um recado que Jesus não daria, nem deu, a qualquer um que deseja segui-lo. Seja você mesmo é o mesmo que assuma o que você é. Agora como esquecermos as conseqüências se a parcela mais pobre da igreja é quem sofre estas conseqüências. Nossos pastores são MUITO BEM remunerados para que estas conseqüências não os atinja. Dar conselhos é muito fácil, porém, dar o exemplo prático e ser empático, é obra para pouquíssimos corajosos em meio a multidões de pastores que aceitam erros diante dos erros expostos.

Somos adventistas.comPETENTES. Quaremos o melhor para o andamento da obra e não para a vida particular dos pastores. Se estes seguissem a seqüência da vida de Moisés, que deixou os palácios por amor ao próximo e a Deus, e andou pelo deserto até o fim de sua existência humana, Já estaríamos vivendo o milênio com Jesus. Porém devemos:

  1. Continuar orando por aqueles que lutam para si e não para a obra: Não vivem o que realmente devem ser. 

  2. Falamos do erro porque queremos que ele não se repita: Nos preocupamos realmente com ou outros. 

  3. Somos nós mesmos, por isso sofremos as conseqüências de administrações fechadas aos próprios interesses e não da coletividade na mensagem de Jesus.

  4. E, acima de tudo, como podemos esquecer as conseqüências?

Carlos Alberto Gomes de Oliveira, Diretor de Liberdade Religiosa da IASD CENTRAL de Codó-MA

Leia também:

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com