Ritual do Fogo Estranho Preocupa Paranaense

Gostaria de saber se existe alguma orientação da IASD aos seus pastores para que, em certas ocasiões os mesmos pratiquem nas igrejas um ritual muito estranho. Só aqui em minha igreja, em ............ PR, foram duas vezes. Um departamental e o distrital pediram para os membros escreverem seus pedidos de oração em um papel e colocá-los depois em um envelope. Em seguida, depois de uma "comovente" pregação, pedem que cada pessoa leve seus pedidos no envelope e depositem em um vasilhame com fogo. Eles dizem que, ao queimarem os pedidos, a fumaça é um símbolo de nossas orações subindo ao Céu.

Acho tudo isso muito estranho e acredito que está acontecendo em muitas igrejas. Seria útil que esse site admoestasse as pessoas, pois já tive informações de que esse ritual era executado no Egito dentro de uma pirâmide e que é também prática comum na Seicho-No-Iê atualmente.

Creio que valeria a pena um estudo mais profundo desse ritual possivelmente pagão que está entrando em nossas igrejas. Talvez alguém que acesse este site conheça mais sobre o assunto. Eu gostaria de saber mais. -- Um irmão preocupado.

Nota do Editor: Quem puder ajudar, por favor, escreva-nos. Mas uma avaliação preliminar indica que isso já virou costume na maioria das igrejas brasileiras, parte das quais, com relativa, freqüência também já incluem velas acesas em suas cerimônias. O propósito é fascinar os sentidos, na ausência de poder do Espírito e fundamentação realmente bíblica para suas mensagens.

Outra motivação, talvez inconsciente, pode ser o desejo interior de justificar a cobrança de dízimos dos membros da Igreja. Assim, atuando como se fossem sacerdotes que oferecem incenso ou ofertas queimadas ao Senhor, estaria justificada a desonesta insistência na obrigatoriedade do dízimo, com o fim do sistema sacrifical levítico. Não percebem esses pobres pastores que estão invalidando a morte de Cristo na cruz e Seu trabalho como sumo sacerdote no santuário celestial. Roubam o lugar de Cristo, como versões miniaturizadas do Anticristo que já opera.  

Há também os que proferem em público histórias dramáticas, que deveriam permanecer como segredos de aconselhamento pastoral, e em seguida sussurram apelos ao som de piano. Fazem uma pequena pausa, alguém canta, o piano continua e o apelo também. Alguns até, embora sejam brasileiros, arranjam na hora sotaque espanhol para ficar mais parecido com o sistema do introdutor do emocionalismo na pregação adventista brasileira. 


Pedidos Secretos

Acho que o irmão que fez o comentário a respeito da queima dos pedidos de oração logo após as semanas de oração está um pouco equivocado, uma vez que não se trata de um ritual e, sim, de destruírem os pedidos que foram feitos de maneira secreta. Assim, evita-se que sejam lidos depois por alguém. Destroem-se todos os pedidos na frente da congregação para que os irmãos não fiquem com dúvidas se o seu pedido será conhecido por terceiros, pois se fosse para ser lido teria sido feito em público nos cultos de oração.

Pat Juliana

Não é de uma queima pura e simples de pedidos de oração que estamos falando, irmã. Mas ainda que fosse, seria algo completamente desnecessário. Primeiro, porque quem tem pedidos secretos a fazer para Deus pode fazê-los diretamente a ele sem escrever em qualquer pedaço de papel. Segundo, nada impede que durante a semana, fora dos horários de culto, outras pessoas tenham acesso aos pedidos e os leiam sem retirá-los do local. Terceiro, sabendo que Deus conhece nossas necessidades e pedidos especiais que estão em nossa mente, transferi-los para um pedaço de papel é mera formalidade, ritual, quer queiramos ou não. -- Robson Ramos 


Ritual Pode Ser Egípcio

Prezados amigos,

Tenho pesquisado sobre rituais pagãos, em especial rituais egípcios, em que se queimavam pedidos escritos e se considerava que o incenso produzido pela queima, chegava até os deuses. Encontrei algo que se aproxima, no site de egiptologia: www.geocities.com/egyptology2000.

Nessa fonte de pesquisa, assim é descrito o ritual, ao qual a IASD tenta imitar, embora de forma mais "light".

Os rituais com incensos eram feitos no interior dos templos, aonde a estátua da divindidade em questão ficava, longe dos olhos do público.

Os rituais eram feitos pelos sacerdotes e eram acompanhados de encantamentos.

O deus em questão (Amon, Hórus, etc) era então ungido gentilmente com óleos sagrados pelos sacerdotes.

A queima dos incensos representava uma maneira de alcançar um poder maior, uma maneira de ligar a terra, ou os seres terrenos, ao Cosmos.

Uma das possíveis traduções para um encantamento da queima de incenso perante a divindade era como segue: 

"O incenso vem, o incenso vem...
Seu perfume cobre a ti...
O perfume do  Olho de Hórus cobre a ti....
O perfume da Deusa Nekhbet a qual vem do centro de Nekheb
limpa a ti, e adorna a ti, e coloca sobre ti as duas mãos.

Saúda a ti, oh incenso...
Tome para ti o Olho de Hórus...
Seu perfume cobre a ti..."

Este texto foi encontrado sobre uma mesa de oferendas debaixo de uma tigela de incenso em El Amarna e foi datado, segundo os arqueólogos, do reinado de Amenhotep III. Mas sabe-se que ritual semelhante a este era muito usado durante o Festival de Opet em homenagem ao deus Amon em Karnak.

Uma das primeiras formas de encantamentos são os textos das Pirâmides encontradas nas câmaras funerárias dos reis do Reino Antigo como o da Pirâmide do faraó Unas.

Atualmente existem cópias apostiladas do Textos Sagrados das Pirâmides (em espanhol ). Caso haja interesse, entre os pastores dirigentes da IASD, podem adquirir em algumas livrarias maiores, como a Cultura e Submarino, o livro da autora Lise Manniche: Sacrad Luxuries, que trata um pouco sobre o assunto de como os antigos egípcios usavam as plantas e ervas para curas e rituais. Um dos incensos mais usados era o de Mirra.  

Eles que busquem mais detalhes, para elaborarem melhor seus encantamentos. Aqui em minha Igreja, na Associação Paranaense Sul, quando um membro foi pedir mais explicações para o distrital sobre o ritual efetuado, a resposta foi de que ele fosse reclamar para a Associação; pois a orientação para este ritual, bem como o de encher a igreja de velas em um dia de batismo, procede de lá.  

Espero que isso o ajude um pouco. -- Ary.

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