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Vitória na Vida Cristã: Como Obtê-la?
Texto bíblico: I João 5:1-10 A mensagem deste sermão baseia-se no texto de I João 5:1-10. Antes, porém, de iniciar a leitura gostaria de pedir a cada irmão que riscasse de sua Bíblia a frase: “no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra”, encontrada nos versículos 7 e 8. Algumas versões bíblicas já omitem essa frase ou a trazem entre colchetes ou em itálico para destacá-la, indicando que não consta dos antigos manuscritos gregos, das antigas versões e até dos melhores manuscritos em latim (da Vulgata). Trata-se do que chamam "uma glosa marginal" introduzida posteriormente no texto bíblico, para favorecer a doutrina pagã da trindade. Escrevendo acerca desse e de alguns outros textos bíblicos posteriormente modificados para favorecer a tradição e a opinião de homens, a Sra. Ellen G. White comentou:
Leiamos agora como fica o texto bíblico, em sua forma original. I João 5:1-10, sem acréscimos tendenciosos!
Introdução Tem você no coração o desejo de ser um cristão vitorioso? Vitorioso em todos os aspectos e em todas as fases da vida? Quer ser um cristão vencedor desde os primeiros anos de vida, ainda na infância, enquanto convive em casa com os pais e irmãos, além dos amigos, colegas e professores da escola? Um cristão vencedor como adolescente, distanciando-se das drogas e do sexo fácil e irresponsável? Um cristão vencedor na juventude, ao conquistar o primeiro emprego e iniciar sua carreira profissional? Cristão vencedor na vida a dois, constituindo uma família que dure para a eternidade, ou como solteiro se for essa sua opção de vida? Cristão vencedor ao chegar aos 40, aos 50, aos 60, 70, 80, 90...? Cristão vencedor até a morte? Esse é o ideal que o Senhor nos propõe em Sua palavra: "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida! Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo!" Em tempos de tranqüilidade ou de perseguição, ainda que sob sofrimento e desestimulados pelo desamor, Deus exige de nós fidelidade e perseverança para que alcancemos a vitória. Vitória sobre a carne, nossos vícios e fraquezas. Vitória sobre o mundo, com suas tentações reluzentes e prazerosas. Vitória sobre o egoísmo, vitória sobre as tentações externas e maus desejos do coração... Vitória na Vida Cristã: Como Obtê-la? A resposta está aqui neste texto de I João 5:1-10, que estamos começando a analisar.
I. A Vitória começa pela FÉ em Jesus e conduz ao AMOR a Deus, o Pai, e ao semelhante - I João 5:1-3. Note como tudo acontece quase automaticamente a partir de nossa fé em Jesus como o Salvador enviado por Deus: Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus -- Se você crê em Jesus como o divino salvador que veio do Céu, isto é evidência de que Deus já começou a realizar a salvação em você. O novo nascimento já se iniciou e uma vida de vitória sobre o pecado e a tentação está a caminho. No Evangelho, é dito pelo mesmo apóstolo que "a todos quantos O receberam e creram em Seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus". Todo aquele que ama ao que o gerou... -- O primeiro passo é crer em Jesus como o Messias, nosso divino salvador, e assim nascer de novo, sendo feitos filhos de Deus, livres da condenação à morte. O segundo passo é amar ao Pai que O gerou. Deus nos amou de tal maneira que nos deu Seu Flho unigênito para que, crendo nEle, não pereçamos e tenhamos a vida eterna. Como poderíamos não amar a esse Pai tão misericordioso e justo que, por amor a nós, não poupou Seu próprio Filho? ...também ama ao que dele é nascido -- Eis o terceiro passo! Se aceitamos ao Filho e amamos ao Pai, amaremos também a nossos irmãos. Esta é a essência da verdadeira religião: Ter a Deus por Pai, Jesus como irmão mais velho e todas as outras pessoas como irmãs. Desse modo estaremos cumprindo todos os mandamentos da lei amor, amando a Deus sobre todas as coisas de todo nosso coração e ao próximo, como Jesus nos amou! No passado, dizia-se: "Ama teu próximo como a ti mesmo", mas veio Jesus e modificou para melhor, acrescentado-nos seu próprio exemplo como regra: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei!" Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos -- Aqui o apóstolo reforça o que acabamos de concluir. O amor a Deus e ao próximo conduz-nos à obediência de todos os mandamentos divinos, sumarizados nos dez conselhos, proibições e promessas do Decálogo. Amamos a Deus, quando O adoramos com exclusividade, livres de influências idolátricas, reverenciando Seu nome e no tempo por Ele designado para o culto. Amamos o próximo, a partir de nossas relações familiares, como filhos, cônjuges, parentes e vizinhos. Respeito, consideração, fidelidade, honestidade, verdade e individualidade são os valores que devem nortear nossas relações sociais. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos -- A vitória é obtida gradual e automaticamente na vida cristã. Começa pela conquista de nossa confiança, a qual Deus mesmo provoca em nós, através da revelação de Seu amor na doação de Seu Filho para nos salvar. E em seguida revela-se no amor ao Pai e aos irmãos, o que nos conduz à obediência a Seus mandamentos, que deixam de ser penosos para o coração regenerado (nascido de Deus).
II. Note bem: A Vitória da OBEDIÊNCIA aos mandamentos da Lei do AMOR vem apenas pela FÉ em Jesus - I João 5:4-5. Nestes dois versos, o apóstolo explica novamente, com outras palavras, a mesma verdade que acabara de enunciar nos versículos anteriores: Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo -- Para João, obedecer aos mandamentos de Deus é ser vitorioso sobre o mundo. E para ser vitorioso sobre o mundo e suas tentações, não podemos lutar com nossas próprias forças. É necessária a ajuda divina. Mais do que isso, é preciso nascer de novo! Éramos perdedores condenados à morte pela escravidão do pecado, mas pela atuação de Seu Espírito em nosso interior, Deus nos faz novas criaturas. Capazes de resistir ao Diabo e fazê-lo fugir de nós. Capazes de dizer NÃO às sugestões do Inimigo e vencer o mundo. Mas isso não vem de nós, é presente que Deus nos dá pela fé em Seu Filho como salvador. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé -- Nossa vitória não é garantida pela obediência, mas obtida através da fé. O amor ao Pai e ao próximo, a obediência aos mandamentos de Sua lei de amor são a evidência da vitória sobre a rebeldia do homem natural contra a vontade de Deus. Essa vitória começa com o novo nascimento pela fé em Jesus e se concretiza em ações de amor e obediência também pela fé. Assim, do começo ao fim, a vitória que vence o mundo é a nossa fé. É por isso que o apóstolo pergunta: Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus? Um resumo do resumo de tudo que vimos até agora.
III. O Novo Nascimento (simbolizado pela ÁGUA) inicia-se pela contemplação do amor de Deus na cruz (SANGUE) e confirma-se pelo recebimento do poder regenerador de Deus em nossa vida (ESPÍRITO) - I João 5:6-8. Essa verdade acerca da regeneração espiritual é ilustrada e autenticada pela próprio Pai em três diferentes momentos da história terrestre do Filho de Deus, Jesus Cristo. Como está escrito: Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito. São três testemunhos do Pai, três momentos em que o próprio Pai se apresenta como testemunha da origem divina de Seu Filho.
A. Testemunho 1 - Água, o testemunho do Pai no batismo de Jesus. João Batista, o mensageiro que preparou o caminho do Senhor, desenvolveu um ministério agressivo, com apelos diretos que visavam a conversão do povo judeu para o encontro com o Messias. Por ocasião do batismo nas águas do Jordão, João batista, inspirado pelo Pai, identificou a Jesus publicamente como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Cristo era a ovelha muda, apresentando-se espontaneamente perante o filho do sacerdote (sacerdote por direito!), como oferta pelos pecados da humanidade e afirmando ser necessário que se cumprisse toda a justiça. A partir daquele momento, os pecados de todos nós começavam a ser postos sobre o Filho de Deus, que caminhou decididamente por três anos e meio em direção a cruz. E Deus imediatamente aceitou essa troca. Pois, alguns segundos ou minutos depois, o próprio Pai não Se conteve e bradou dos Céus: "Tu és o Meu Filho amado, em Ti me comprazo!" E para confirmar a origem divina dessa afirmação celeste, o Pai enviou sobre Ele o poder de Seu Espírito sob forma corpórea de uma pomba. Se o Espírito Santo fosse uma pessoa divina, como ensinam os trinitarianos, o Pai não poderia simplesmente transformá-Lo numa pombinha para assinalar a aprovação divina sobre o Filho encarnado. O Espírito viria como um Ser celestial e se postaria ao lado do Filho de Deus, identificando-O então como o terceiro integrante da trindade. Mas aquele era um testemunho do Pai para confirmar visivelmente a origem divina do Filho. (Na verdade, se existisse uma trindade, o Filho não seria de fato filho, nem o Pai seria Seu pai. O Filho teria por pai o Espírito, imagine! )
B. Testemunho 2 - Sangue, o testemunho do Pai na crucifixão. Na crucifixão, houve um novo testemunho inconfundível do Pai em favor da origem divina de Jesus Cristo. Desde a hora sexta até a hora nona, houve densas e tremendas trevas sobre toda a terra. O véu do santuário terrestre de onde partiu para sempre a presença de Deus, rasgou-se em duas partes de alto a baixo. Não haveria nenhuma necessidade posterior de sacrifícios. A revelação da glória do caráter amoroso de Deus atingira Seu ponto máximo. Ele amou a humanidade de tal maneira que lhe deu o Seu Filho e com Ele a vida eterna. Tremeu a terra pela presença do Pai em lágrimas junto à cruz. Fenderam-se as rochas. Abriram-se os sepulcros. "E muitos dos corpos dos santos, que dormiam, ressuscitaram," diz orelato bíblico. "Eles sairão dos sepulcros após a ressurreição de Jesus e entraram na cidade santa e aparecerão a muitos. " O centurião e os soldados que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo que se passava, ficaram possuídos de grande temor. Não era uma simples coincidência. A Natureza estava protestando visivelmente pela morte de Seu Criador. E o centurião disse aos subordinados: Verdadeiramente este era o Filho de Deus! E todas as multidões reunidas para o "espetáculo"... Sim, a Bíblia refere-se à morte de Cristo como um espetáculo! Todas as multidões, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos, envergonhadas, constrangidas, desesperadas... Matamos o Filho de Deus! Logo no findar do sábado, esse segundo inegável testemunho do Pai em favor da origem divina do Filho foi complementado por um grande terremoto. Um anjo do Senhor desceu do Céu e removeu a pedra da sepultura em que o corpo de Jesus fora depositado. Seu aspecto era como o relâmpago. E o Filho de Deus ressuscitou! Os guardas tremeram espavoridos. Ficaram como se estivessem mortos. A humanidade se calou diante deste novo testemunho do Pai. Não havia como contestá-lo.
C. Testemunho 3 - Espírito, o testemunho do Pai no Pentecostes. Cerca de cinqüenta dias depois da ressurreição, houve uma terceira confirmação da divina origem e filiação de Jesus Cristo. Como confirmação definitiva de que Ele dissera a verdade acerca de Si mesmo e de Seu Pai e que, portanto, havia razões de sobra para crerem nEle, o Soberano do Universo juntou-se, por Seu espírito, àquele grupo de discípulos ainda tímidos e amedrontados e os transformou em super-heróis da fé, capacitando-os miraculosamente para o trabalho que lhes fora confiado. Um vento forte e misterioso invadiu o local em que estavam, distribuindo chamas de fogo sobre suas cabeças e eles se puseram a pregar, a curar e até ressuscitar mortos com a coragem, poder e intrepidez de Elias e de seu sucessor, a quem foi dada "porção dobrada de seu espírito". (Fosse o Espírito Santo uma terceira pessoa da trindade, haveria então necessidade de cloná-lo para que o pedido de Eliseu pudesse ser atendido!) Não poderia haver ocasião melhor. O barulho do vento e o espetáculo das línguas de fogo que se dividiram e resplandeciam sobre cada discípulo atraíram para o local centenas de judeus devotos e pagãos convertidos, de várias nações, os quais se maravilharam porque os ouviam falar-lhes cada um em sua própria língua. Ficaram admirados, perplexos e indagaram: O que é isso que está acontecendo? Pedro então explicou-lhes que aquela era outra poderosa confirmação de Jesus era, de fato, o Messias, o Filho do Deus Vivo. O Homem de Nazaré a quem Deus já confirmara com milagres, prodígios e sinais durante Seu ministério terrestre, mas havia sido crucificado pelos judeus, ressuscitara dentre os mortos e havia sido exaltado à direita de Deus, de quem recebera todo o poder e autoridade que, agora partilhava com a Igreja. Diante do testemunho divino que dava sustentação às palavras do apóstolo, três mil pessoas se converteram naquela ocasião!
Conclusão: E nós, aceitaremos o tríplice testemunho do Pai em favor do Filho? Ou o tomaremos por mentiroso? I João 5:9-10. Se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; ora, este é o testemunho de Deus, que ele dá acerca do seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. Você liga a tevê para assistir ao noticiário e acredita em tudo os apresentadores, repórteres e comentaristas dizem. Eles ouvem as autoridades e pessoas comuns. E você acredita no que elas dizem. Quando vai à escola ou à faculdade, poucos põem em dúvida o que é dito pelos professores. Livros científicos, produzidos por pesquisadores sérios, tem total credibilidade... E Deus, merece crédito? Acredita você realmente no tríplice testemunho que deu acerca de Seu Filho? O testemunho da água, por ocasião do batismo no Jordão, a voz que se ouviu do Céu, o espírito santo que foi materializado como uma pomba feita de luz e foi visto por centenas de pessoas que por ali estavam, tem algum valor para você? O testemunho do sangue, junto à cruz, quando a própria Natureza pareceu revoltar-se contra o terrível crime que se cometia contra o inocente Jesus, a ponto de um centurião romano reconhecer que verdadeiramente era o Filho de Deus, Aquele que logo foi ressuscitado pelo Pai, que aparentemente não podia Se conter e ressuscitou uns quinhentos antes dEle, esse testemunho divino presenciado pela maioria do povo judeu, representa alguma coisa para você? E o testemunho do espírito, de poder e coragem, derramado sobre os discípulos perante judeus e representantes de várias nações do mundo, a ponto de converter três mil deles com um só sermão, merece a sua confiança? Acredita você no tríplice testemunho do Pai? Tudo que o Pai fez nessas três ocasiões que mencionamos e em muitas outras deve constituir para nós um testemunho irresistível. Seremos as pessoas mais tolas do mundo se rejeitarmos a salvação que nos é oferecida por Deus mediante a fé em Jesus Cristo? Quando insistirmos em merecer a vida eterna por nossos próprios esforços, estamos também nos recusando a crer no testemunho do Pai acerca do Filho. Concluamos com a leitura complementar de I João 5:11-12, texto que resume o testemunho de Deus acerca de Jesus Cristo e o segredo da vitória na vida cristã: "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida." -– Robson Ramos. Leia também: |
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