Opinião:
UNASP - Gigante da Educação Adventista à Beira da Falência

Luta pelo poder, dissensões internas, desvios, opulência, vaidade, vinganças, caos administrativo. Estes são alguns dos principais elementos condutores da maior instituição de ensino superior adventista brasileira à beira do precipício. Abismo financeiro, administrativo e filosófico.

Quando adquiriram a fazenda onde se encontra o UNASP, o plano original se completaria com a transferência de todos os cursos de São Paulo para Artur Nogueira, depois Engenheiro Coelho. A vaidade superou os verdadeiros interesses da Igreja e se criou uma reitoria-geral com sede em São Paulo.

Os anos de 1990 passaram e veio o status de Centro Universitário. Nomeou-se o professor Nevil Gorski como reitor (lembre-se daquela famosa imagem de sua posse e as semelhanças com as ordenações católicas). Nevil Gorski fincou raízes e estabeleceu novos cursos na colina, inviabilizando as mudanças. A partir de 2001, Euler Pereira Bahia assumiu a reitoria. A partir daquele ano tiveram início acirradas disputas pelo poder e controle do Centro Universitário.

Pela primeira vez, em 2002 o pessoal do Campus 1 teve consciência das péssimas situações financeiras. Dizem que a solicitação foi evitada porque o Campus 2 cedeu os benefícios da subvenção dados ao curso de teologia. Este proveito, São Paulo e Hortolândia conquistaram pela trapaça. Indignado com a proposta de desviar a subvenção de EC para SP e o IASP, o diretor financeiro Lauro Grellmann batalhou o quanto pôde para impedir a tramóia dirigida pelo aposentado, ainda na ativa, Nevil Gorski.

Corre de boca em boca em todas as escolas e igrejas da APAC que o diretor administrativo do IASP, pastor Ivo Suedekum, colocou no copo de água de Lauro Grellmann uma pílula para ele dormir a fim de não obstruir a votação. Dessa forma eles conseguiram jogar os três campus numa situação de insolvência, com a inadimplência batendo recordes nunca vistos antes, ultrapassando a casa dos 50 por cento. A dívida supera os dois milhões de reais.

Revoltado com o fato, Lauro Grellmann lutou até o dia 22 de dezembro pela reitoria, prometendo vender o Campus em São Paulo para a UNISA juntamente todos os obreiros e funcionários. Perdeu. Aposentado, prestará consultoria à UCB. O diretor do Campus de EC, professor Daniel Pereira Baía, afirmou em fevereiro do ano passado que nem que o UNASP fosse à falência, mas que a festa dos vinte anos sairia, ah, isso sairia mesmo.

Parece que sua profecia se aproxima do cumprimento e ele não tem vergonha de entrar para a história como aquele que enterrou os 88 anos de história da educação superior adventista. Também perdeu. Dia 22 de dezembro foi afastado da direção do UNASP, ficando sem chamado.

Daniel Baía também é autor de outra resposta impensada. Quando questionado pelos alunos de publicidade a respeito dos destinos do curso em sua pior fase, em 2001, confessou arrependimento em abri-lo e revelou que a comissão responsável deveria ter se inteirado mais das exigências legais e profissionais. Ora, essa é uma confirmação de incompetência. Os alunos cobraram laboratórios e ele lhes respondeu que eles estavam enganados quanto à natureza do curso. A proposta deles era de um curso mais voltado para o lado filosófico da comunicação. Sorte deles que as coisas mudaram.

Neste ano, todos os cursos avaliados pelo MEC receberam conceito máximo, o que os posiciona entre os melhores do Brasil. Apesar do A de engenharia civil, o curso caminha para o fechamento. Simplesmente porque a administração costuma abrir cursos sem pesquisa, critérios. Tudo se baseia na intuição pastoral. Teologia recebeu A. Tradutor e intérprete também. As duas habilitações de comunicação social, jornalismo e publicidade receberam os mais positivos comentários dos avaliadores do MEC, ficando com A. Entretanto, passada a espada do ministério, a administração passou a ignorar os cursos.

Vislumbrando o caos, o doutor Marcos Vinícius, que seria o coordenador de direito, entregou sua carta de demissão antes de assumir o curso. Nem começou, e as estruturas de direito já estão abaladas.

Dia 22 de dezembro, foi nomeada a nova diretoria do UNASP. Lutaram pelo poder: Daniel Baía, Lauro Grellmann, o tesoureiro Laércio Santiago, pastores Acílio Alves, Ivo Suedekum e Tércio Sarli. Isto é um verdadeiro atentado contra a educação. O novo diretor do campus é Paulo Martini, ex IAP.

Há mais de um ano o site adventistas.com se encontra bloqueado. A ordem não partiu da direção, mas de um sujeito que se sentiu pressionado e prejudicado em seus negócios escusos: o chefe do CPD, Joel Ribeiro, cria de Lauro Grellmann (lembrem as fotos dos casarões do Condomínio Lagoa Bonita).

Como explicar que só o tesoureiro exerce função remunerada em sua casa, mas constrói uma mansão no condomínio da Lagoa? Tanto Joel Ribeiro quanto Laércio Santiago costumam empregar e favorecer parentes. São a favor do nepotismo na sua forma mais descarada.

Enquanto diretor do IASP, o pastor Acílio preferia fechar o IASP a ceder posições em benefício do UNASP. Agora é o ministerial da UCB, um degrau a mais para seu tão ambicionado e cobiçado cargo: o de presidente da UCB, quem sabe depois o da Divisão Sulamericana e, com um pouco mais de esforço e politicagem, seguindo a cartilha de Folkenberg, a cadeira mundial. Talvez aí o mundo acabe... com a igreja. Mas antes terá de driblar a nova família que se apossou da UCB: Domingos Souza, presidente; seus outros irmãos em cargos estratégicos: Eliseu, na diretoria financeira do UNASP (detalhe: ele não tem curso superior e vai gerir um Centro Universitário. Isso só acontece na IASD) e o do meio nas finanças da APAC.

Lauro Grellmann prometia, caso seja eleito, colocar Daniel Baía para correr e vender os Campus 1 e 3. Ivo e Acílio firmaram um pacto para tomar o UNASP e colocar a turma deles no poder. Se Lauro Grellmann vencesse, o poço de orgulho do Laércio Santiago assumiria a direção financeira. Enquanto outras instituições chegam a 15% de inadimplência, por que o UNASP alcança cifras altíssimas? Incompetência ou corrupção? Incompetência ou nepotismo? Incompetência ou negligência? Incompetência ou falta do senso da presença divina à frente de Sua igreja?

Os formandos de publicidade agradecem Daniel Baia, Lauro Grellmann, Laércio Santiago e Joel Ribeiro por criarem laboratórios e inaugurarem a agência faltando dois meses para a formatura. "Eles estão felizes pela formação recebida, graças a esses administradores zelosos".

Para completar: os alunos de engenharia também agradecem Daniel Baía, Lauro Grellmann, Joel Ribeiro e Laércio Santiago por quebrarem o curso que há três anos não tem vestibular. Vai fechar mesmo, para vergonha do UNASP, pela primeira vez em sua história. E eles foram os culpados pela sua implosão.

(Anônimo)

Nota do Editor:

Caso alguma das pessoas citadas ou qualquer outro leitor queira apresentar opinião divergente, basta escrever-nos para o e-mail: adventistas@adventistas.com.

http://www.resultadosenc.inep.gov.br/ 

Samuca

Robson,

Seu Samuca demonstra não conhecer os processos avaliativos mesmo. A que ele apresenta é referente ao Provão. Tem peso apenas para os alunos. Já a citada no texto é a avaliação direta do MEC, via representantes escolhidos entre doutores do país todo. Esta, sim, tem validade para o curso. Quanto ao provão, só vale para os alunos.

(Anônimo)

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