Padre Marcelo Ajuda Adventistas a Defender Imagens da Associação Geral

A leitura deste capítulo extraído do livro Eu Sou Feliz por Ser Católico, da autoria do Padre Marcelo Rossi, deixa evidente que os argumentos usados para defender as "ilustrações tridimensionais" doadas à Associação Geral, são exatamente os mesmos usados pela Igreja Católica para finalmente justificar a veneração de imagens. Confira:

Nós devemos compreender a diferença entre Imagem e ídolo. Assim fica mais fácil para entender seu sentido na Igreja, desde os primeiros séculos.

Ídolo é a coisa em si mesma. Imagem é recordação, lembra algo, alguém além dela, fora dela, ou seja. Segundo a própria palavra (terminologia) é o objeto que faz lembrar alguém, alguma coisa distinta dela mesma.

A Igreja sempre teve bem claro, que a imagem sacra recorda uma pessoa santa, alguém que viveu a fé. Nunca a imagem é um ser em si mesmo (aí deixaria de ser imagem, passaria a ser realidade).

O que a Palavra de Deus diz sobre imagens:

"Estai atentos: já que não vistes forma nenhuma no dia em que Javé no Horeb vos falou em meio ao fogo, não prevariqueis e não façais imagens esculpidas a representar o que quer que seja" (Ex 20,4s; Dt 4,15; Is 40,18; 44,9-20; Jr 10,2-5).

Mas em certos casos o Senhor mandou que se confeccionassem imagens sagradas:

"Farás também um propiciatório de ouro puro, diz o Senhor a Moisés, com dois côvados e meio de comprimento e um côvado e meio de largura. Farás dois querubins de ouro, de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; faze-me um dos querubins numa extremidade e o outro na outra: farás os querubins formando um só como com o propiciatório, nas duas extremidades... As faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório" (Ex 25,17-20). Confira 1 Rs 6,23-30; Nm 21,2-9; 1 Rs 7,23-26 e 1 Rs 1,2Bs.

Agora eu deixo para você alguns textos históricos de escritores cristãos muito antigos:

"O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente". (São Gregório de Nissa, Panegi; rico de São Teodoro, ano 387).

"O que a Biblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados" (São João Damasceno, De Imaginibus 1 17, ano 738).

"Como fazer a imagem do Invisível? Na medida em que Deus é invisível, não o represento por imagens; mas, desde que viste o Incorpóreo feito homem, fazes a imagem da forma humana; já que o Invisível se tornou visível na carne, pinta a semelhança do Invisível... Outrora Deus, o Incorpóreo e Invisível, nunca era representado. Mas agora que Deus se manifestou na carne e habitou entre os homens, eu represento o visível de Deus. Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria... Estaríamos realmente no erro se fizéssemos uma imagem do Deus invisível. Pois é impossível pintar o que é incorpóreo e invisível, o que não tem traços nem linhas sensíveis... Mas, depois que Deus, em sua bondade inefável, se encarnou e foi visto em carne na terra... depois que Ele viveu com os homens, tendo assumido a natureza, a densidade, a figura, a cor da carne, nós não nos enganamos ao fazer a sua imagem... Represento Deus, o invisível, não na medida em que é invisível, mas na medida em que se tornou visível em nosso favor, participando da carne e do sangue...

"Quando se trata de imagens, é preciso considerar a intenção daqueles que as confeccionaram. Se a intenção é justa e reta e se as confeccionam para a glória de Deus e de seus Santos, por desejo da virtude, de fuga dos vícios e para a salvação das almas, é preciso recebê-las como imagens... livros dos iletrados; é preciso venerá-las, beijá-las, saudá-las com os olhos, os lábios, o coração; trata-se da representação de Deus encarnado, ou de sua Mãe ou de seus Santos, companheiros dos sofrimentos e da glória do Cristo" (São João Damasceno, Tratado sobre as Imagens I,6.8.16;ll,5.10 - ano 738).

Nos século VIII, ano 787, foi realizado um Concilio Ecumênico de Nicéia II, com o sentido de distinguir entre latréia (adoração), devida somente a Deus, e proskýnesis (veneração), tributável aos santos e também às imagens sagradas na medida em que estas representam os Santos ou o próprio Senhor;

"Definimos..., que, como as representações da Cruz,... assim também as veneráveis e santas imagens, em pintura, em mosaico ou de qualquer outra matéria adequada, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus (sobre os santos utensílios e os paramentos, sobre as paredes e os quadros), nas casas e nas estradas. O mesmo se faça com a Imagem de Deus Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, com as da... Santa Mãe de Deus, com as dos santos Anjos e as de todos os santos e justos. Quanto mais os fiéis contemplarem essas representações. Mais serão levados a recordar-se dos modelos originais, a se voltar para eles, a lhes testemunhar... uma veneração respeitosa sem que isto seja adoração, pois esta só convém, segundo nossa fé a Deus" (sessão 7ª 13/17, n. 6008).

Concluímos pois que na Igreja Católica, a adoração é prestada unicamente a Deus. Aos santos e, de modo particular, a Maria nós prestamos veneração, o que significa antes de tudo, um sentimento de profundo respeito, mas jamais de adoração. -- Padre Marcelo Rossi, Eu Sou Feliz por Ser Católico, pág 43. a 46.

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