Puxão de Orelha: Leitor Exige Novo Pedido de Desculpas ao Pastor Timm

Robson,

São episódios como este do Alberto Timm que dão munição ao seus críticos e solapam a sua credibilidade que você tem se esforçado tanto para construir ao longo do tempo.

A sua idéia de ajudar a divulgar um programa de estudos sobre o Espírito de Profecia é boa. Porém cobrar que o Alberto Timm prepare um curso destes em questão de poucos dias é absolutamente uma atitude equivocada. Naturalmente que o Alberto já tem um agenda pré-estabelecida com meses de antecedência e não pode simplesmente largar os compromissos para atender um pedido destes de última hora. 

Seja justo com o Timm, e permita a ele tenha pelo menos alguns meses para preparar a matéria, revisá-la, e torná-la disponível. É simples datilografar qualquer coisa e por aí na Internet. Mas quando se trata de assinar o nome de "Alberto Ronald Timm, PhD" embaixo a expectativa de qualidade da matéria é alta. Por exemplo, leia os últimos artigos publicados pelo Alberto Timm na Revista Adventista. Embora não concorde totalmente com tudo o que ele diz a linha de argumentação e o estilo é de alto nível. Tudo isto requer tempo para ser preparado.

Outro detalhe foi a maneira desrespeitosa de por as palavras "pastor" e "professor" entre aspas. À primeira vista, o leitor tem a impressão que Alberto Timm não merece estes títulos. Não sei se você sabia que o Alberto Timm, antes de ser enviado para a Universidade de Andrews para fazer o doutorado, pastoreava a Igreja de Ijuí no interior do Rio Grande do Sul. Portanto qualquer dos títulos que você escolher: "Pastor", "Doutor", "Professor", é perfeitamente adequado sem necessidade de adicionar as aspas ofensivas.

Você agiu certo em apresentar um pedido de desculpas mas ficou muito a desejar. Alem disto a mensagem veio carregada de justificativas inaceitáveis, e pior, foram adicionadas outras acusações: "Sinto que, talvez, lhe tenha dado o pretexto de que precisava para não responder aos nossos e-mails e empurrar-nos para um outro ...", etc. Você acabou usando os seu pedido de desculpas para ser novamente injusto com o Timm. O que era para ser um "mea culpa" tornou-se um instrumento para marretar a vítima.

A minha sugestão é que você retire do site ambos e-mails ofensivos: "A Provocação Infeliz" e "Pedido de Desculpas" e prepare um outro pedido de desculpas que fique à altura da ofensa cometida. Qualquer coisa menos do que isto demonstra falta de decência e sem dúvida é uma injustiça com a pessoa do Alberto Timm.

Um leitor.

Resposta do Robson

Irmão, acredito que um pedido de desculpas deva ocorrer de forma sincera, tentando transmitir pelas palavras exatamente aquilo que há no coração. Quando escrevi o que escrevi, expressei o que sentia naquele momento. Talvez, se escrevesse agora (3h da madrugada aqui no Mato Grosso do Sul), o teor do pedido de desculpas seria outro, diferente daquele que escrevi apressadamente no rápido intervalo para almoço de meu trabalho. 

Um pedido de desculpas, expressa exatamente a imperfeição das ações humanas. Quero dizer com isso que, se fosse capaz de redigir um pedido perfeito de desculpas, teria sido capaz de escrever com perfeição a mensagem anterior ao pastor Timm e não seria necessário pedir desculpas por ela posteriormente.

Note, porém, que me arrependi por haver imaginado que ele entenderia tratar-se de uma mensagem "agressiva" apenas como recurso retórico, pois havia escrito a ele, em três ocasiões anteriores, em tom amigável, sendo que numa delas, a primeira, obtive resposta. O que tentei fazer naquele texto foi colocar-me na condição de "inimigo" (entre aspas, um falso inimigo) para poder exigir dele, um pastor, aquele tratamento que Jesus nos recomenda dispensar aos inimigos. Porque não estava sendo tratado nem como amigo, nem como inimigo. Estava simplesmente sendo ignorado.

O pior é que funcionou! Pois ele, sentindo-se ofendido, imediatamente encontrou tempo para me escrever um longo e-mail. Antes desse episódio, não teria custado mais que 30 segundos ao pastor Timm haver digitado um e-mail, de forma objetiva, dizendo: "Infelizmente não dispomos de uma material dessa natureza já preparado. Assim que houver, nós lhe enviaremos." Ou: "Lamento, mas por razões pessoais e profissionais não quero colaborar com essa homepage." Ele poderia inclusive pedir a uma secretária que o fizesse e enviasse em seu nome. 

Considero falha grave não serem colocados à disposição dos membros, seja no site do Centro Ellen White de Pesquisas ou na Revista Adventista, roteiros simplificados de estudos bíblicos esclarecedores quanto à natureza do dom profético e a dinâmica da inspiração num momento como esse em que a própria CPB lança no mercado, sem qualquer preparo, material que pode destruir a confiança no ministério da Sra. White. A Associação Paulistana ou o próprio Centro White poderiam, por exemplo, disponibilizar esse material em seu site e nós incluiríamos aqui links para os estudos.

Dizer que não me enviaria estudos elaborados por um outro pastor em respeito aos direitos autorais parece-me também uma justificativa inaceitável. Que razão teria um pastor para  sonegar ou proibir a divulgação de informações bíblicas a uma comunidade estimada de dois mil internautas que visitam semanalmente esta página, sob o pretexto de preservar seus direitos de autor? "De graça recebestes, de graça dai," disse Jesus. E entendo que tudo que um pastor produz como resultado do estudo da Bíblia pertence à comunidade que lhe patrocina o privilégio de desfrutar do tempo necessário para o preparo desses materiais. 

Não queremos extensos artigos com assinatura de PHD. A fórmula que funciona e com a qual a igreja está acostumada é a de perguntas e respostas bíblicas com pequenos comentários adicionais. É óbvio que favorece a manipulação, mas é de se esperar que ministros adventistas não torçam as Escrituras para sua própria perdição.

Quanto aos títulos de "pastor", "professor", "doutor", etc, questiono sua utilização por ler no Evangelho que não devemos chamar a ninguém de mestre ou senhor, porque Um só é, de fato, nosso Pastor e Mestre. Tenho evitado até a expressão "webmaster". Quanto a declarar-se "doutor em divindade", esta é para mim uma das mais descabidas pretensões humanas. -- Robson Ramos

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