Reportagem da Veja Desmente que Sejamos "a Igreja que Mais Cresce no Mundo"

 
 
* Dado de 1992
Fontes: IBGE, Operation World, Sepal, igrejas e Ricardo Mariano em Análise Sociológica do Crescimento Pentecostal no Brasil

Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/030702/p_088.html

Li a reportagem da Veja sobre os evangélicos e várias coisas chamam a atenção. Vejamos:

1 - A igreja Batista tem 10.000 templos e 10.000 pastores e teve crescimento em 10 anos de ministério, passando de 1,5 milhão de adeptos para 1,8 milhão.

2 - A Igreja Universal tem 7.000 templos e 14.000 pastores, porém, teve um crescimento enorme em 10 anos passando de 268 mil membros para 2 milhões de fiéis seguidores.

3 - A Assembléia de Deus, 22.000 templos/21.000 pastores/2,4 milhões de membros em 1991 e em 2001, 4,5 milhões. Dispensa comentários.

O que quero abordar é a questão de número de templos, pastores e crescimento numérico da denominação, já que a IASD tem 3.235 templos e 1.500 pastores e lamentavelmente desses 1.500 pastores uma boa parte atua na administração nos diversos campos existentes.

Rebanho que não é cuidado, não produz. Ovelhas que são deixadas à mercê da própria sorte não se reproduzem de modo satisfatório. No sentido espiritual, cada vez mais demora mais a volta de Jesus!

Resumo: Ficamos à míngua. Não crescemos tanto. A reportagem da Revista Veja joga por terra o jargão que diz que "somos a igreja evangélica que mais cresce no Brasil e no mundo". [A matéria diz, aliás, que somos considerados "paraprotestantes".]

Por fim, conforme disse acima, somos pouco alimentados por quem realmente deveria estar preparado para isto. Há outras formas de abordar o relatório acima, mas por hora fico com esta. -- Marcelo, em lista adventista de discussão por e-mail.


Vamos fazer uma continha rápida:

Batistas: 1.800.000 membros e 10.000 templos, com igual número de pastores. Nessa proporção, a IASD, com 1.100.000 membros, deveria ter um pouco mais de 6.000 templos e tb 6.000 pastores. No entanto, temos 3.235 templos e 1.500 pastores. Ou seja, apenas 50 % dos templos e 25 % dos pastores, usando-se a proporção em relação aos batistas.

Ora, se lá como cá, a captação de recursos é a mesma - dízimos e ofertas - então onde está indo parar o restante do dinheiro na IASD? Estariam nossos administradores repetindo o mesmo erro do servo que enterrou o talento na terra e não produziu ?

Percebe-se, por aí, a grande diferença dos modelos administrativo-financeiro utilizados pelas duas igrejas. Na igreja batista, os recursos ficam na igreja local, geridos pelos próprios doadores, os membros. Na IASD, os recursos são enviados para associações, uniões, divisões, etc,etc, ou seja, escoam pelos ralos da centralização administrativa-financeira. E aí, nós vemos os resultados pífios.

Que o povão não perceba isso, é aceitável. Inaceitável é vermos uma parcela da membresia, esclarecida, sabedora dos fatos, calar-se diante disto, com medo de se ferir. E com esta omissão, estar prejudicando o crescimento da igreja, a pregação da mensagem. Administradores, pastores e membros, todos iremos prestar contas de tamanho descalabro.

Samuca

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