Álbum da Vergonha Mostra Contraste Entre Templos e Sedes de União e Associação

Você seria capaz de dizer quais são as fotos das sedes e quais são as dos templos adventistas, sem a ajuda de legendas?

Dica: Há três fotos de templos não-adventistas.

A Dura e Chocante Realidade...

Muito relutei até escrever este artigo por considerar deveras chocante aquilo que  pretendo enfocar. Porém, quando fechei os olhos e comecei a recordar o que vi, o que constatei, tive a certeza que estaria pecando contra o Altíssimo se me mantivesse calado e omisso.

A IASD, principalmente para justificar a captação, a apropriação dos dízimos e ofertas dos fiéis, administrando-os como queira, usa da alegação de que “somos uma igreja mundial”. Pensamos mundialmente, enxergamos as necessidades dos adventistas em todo o mundo. Conclui-se então que deve haver um padrão, não é mesmo? É claro e cristalino que deveria haver um beneficiamento, um desfrute de todo o conforto que o dinheiro trás, atingindo a todos, indistintamente de país, região, cidade ou bairro.

Ledo, abissal engano. Os registros fotográficos expõem uma dura realidade. Uma realidade que se expressa através de igrejas, casas do Senhor em ruínas X luxuosas instalações para a comodidade dos administradores da Igreja Adventista do 7º Dia.

Essa característica já foi evidenciada aqui no site do adventistas.com, quando contrastada a mansão residencial oficial  dos srs. presidentes da AG, com o esforço exemplar de irmãozinhos na África, levantando suas igrejas com suor de seus próprios rostos e mediante seus próprios recursos. Quando vi aquilo fiquei divagando e pensando:  como pode uma criatura dizer que é adventista do 7º, seguidor de um Deus justo, um Deus que fez sua morada com os pobres e humildes, que repudia a injustiça?

Como podem os administradores da IASD permanecer frios e insensíveis diante de tudo isso? Como pode não haver um levante, pedindo explicações, justificativas do porquê as coisas são assim? Será que é pelo mesmo motivo de tolerar-se as imagens inseridas na AG, mesmo depois de amplamente divulgado e comprovado? Mas este não é o nosso escopo agora. Não precisamos porém, pegar a África e ps EUA para visualizar o contraste.

Em Curitiba, desde que me batizei em 79, presenciei, por anos e anos, igrejas funcionando em garagens, como o grupo de Araucária, Parigot de Souza, etc... (foto 11). Eu disse "por anos"! Os membros largados, sem um banheiro decente, sem local apropriado para as crianças, em ambientes abafados e úmidos.

Recentemente visitei uma igreja que, há mais de 7 anos, está funcionando numa sala inacabada.(Foto 8 e foto 9, que mostra a sala das crianças ao fundo.) Na frente, o resultado do esforço solitário dos irmãos. Sem ajuda da associação levam anos pra terminar mesmo uma modesta área de uns 70 m2 que nem deles, será pois integrará o patrimônio da União (foto 10). O dia em que um irmãozinho desses, que trabalhou, que colocou dinheiro do bolso para o avanço dessa construção for na associação questionar a aplicação do dinheiro que para lá manda, será extirpado do rol de membros por duvidar dos que se dizem ungidos do Altíssimo.

Conversei com um diácono, pessoa bastante humilde, que me disse através de um rosto melancólico, de desesperança: ”Não sei o que fazer irmão, a gente se esforça, vem trabalhar até domingo, junta o dinheirinho daqui e dali e a Associação Sul Paranaense não ajuda, não sei o que eles estão esperando?”

Olhei para o rosto daquele irmão por alguns segundos e, confesso, não achei mesmo nenhuma palavra para confortar aquele coração.

Recentemente visitei uma IASD num dos bairros aqui de Curitiba, (foto19) há anos também inacabada. Há anos! Um bairro de poder aquisitivo baixo. Não culpo nem de longe os irmãos. Cadê o departamental responsável pelas construções? Cadê a administração, vendo esta realidade? (foto 21 - entrada).  Talvez alguém possa conceber: "Ah! mas esta é uma igreja de bairro, uma invasão..." Pergunto: Conseguem imaginar, conseguem imaginar Jesus, o Amorável Salvador se fazendo esta pergunta? Como deveríamos refinar cada instante a concepção divina de que a alma de um catador de papel na rua, de um indigente, é tão preciosa, custa a mesma coisa para Deus quanto a do presidente dos EUA ou do dono da Microsoft. O templo da IASD apresentado nesta última foto com aproximadamente 60m2  corresponde mais ou menos à area destinada aos banheiros do templo da  Assembléia de Deus (com mais de 700m2 de área construída e chafariz na frente (foto 23) ou da Cristã do Brasil, uma obra faraônica que me deixou por mais de 1 minuto com a boca aberta enquanto olhava – mais de 800 metros de área construída. (foto 22). Ambas construídas há poucos metros do templo inacabado da IASD e com ± 60m2 acima citado. Dá para acreditar?

Enquanto construímos templos de 60 m2,  enquanto pensamos em preencher 60m2, eles pensam em 700, 800, 1000 m2 para abrigar os fiéis, e isto em áreas de baixa renda!

Se você estivesse procurando uma igreja, onde entraria. Num "moquifo" (foto 12 e foto 14), ou numa bela e atraente edificação como as da concorrência (foto 25).

Há um ano atrás, a coisa estava muito pior em Curitiba. Muito pior. Atualmente os próprios irmãozinhos num esforço hercúleo, já convictos que ajuda não vêm, ou, é escassíssima, começaram a construir igrejas obedecendo a um certo padrão. São igrejas de madeira com um pequeno hall a frente (foto 16). Parecidas com o hall da União Sul Brasileira, não? (foto 17).

Dias atrás, eu estava conversando com um irmão da central de Curitiba, que me confidenciou ter questionado o sr. Antônio Tostes (tesoureiro da ASP), inquirindo deste, o porquê da sede da ASP ser tão esplendorosa, luxuosa (foto 29 – fachada da ASP) enquanto os templo das IASD se demonstram inacabados, improvisados e em certos casos parecem mais barracão de oficina, pois os irmãos fazem como podem (foto 10 e foto 15). Perguntou até se a associação não via como sendo um mal ou vexatório exemplo, uma afronta ou opróbrio para o nome da igreja serem os templos da IASD tão exíguos (foto 30 – sala dos menores há anos em barracões de madeira). Questionou se não era um contra-senso muito grande e se não tava dando na cara que alguma coisa muito errada estava evidente? (foto  27 – ainda ASP). Está até hoje esperando uma resposta convincente.

Realmente, a sede da ASP é um luxo. Aqui está (foto 24) a sede anterior da ASP que dizem que foi vendida por 250 mil reais. A atual (foto 28) dizem que custou um milhão de reais. Levantaram 750 mil rapidinho e concluíram esta obra em poucos meses. Se um tesoureiro de igreja pedir 100 reais na associação para ajudar na construção da igreja local, para terminar uma salinha dos menores, ou um banheiro, sabe das dificuldades que terá de enfrentar para consegui-los. É enrolado de todo jeito. A única coisa que ganha é uma mão no ombro e uma oração grátis pelo ungido do Senhor.

As igrejas aqui de Curitiba que conseguiram dar uma deslanchada na construção foram aquelas que intimaram. Que jogaram duro com a ASP, alegando que só iriam mandar o dízimo novamente depois que terminassem as obras iniciadas. Aí a ASP baixou a bola e capitulou. Mesmo porque, ela não estava perdendo nada. O dinheiro estava sendo aplicado num patrimônio dela mesmo.

Ainda sobre a ASP, só as fotos mesmo para dar uma pálida dimensão da obra. Não dá para imaginar, mas... por baixo tem uns 2000m2 de área construída. Não tirei foto por dentro pois o exterior já dá uma óbvia noção do que é la dentro (câmeras de vídeo gravam tudo na entrada). Aqui sim você tem um clara concepção de que o dinheiro está saindo pelo ladrão (foto 29). Só esclarecendo: "pelo ladrão" quer dizer saindo por cima, de tão cheios que devem estar os cofres).  É uma exuberância (foto 27). Se bem que, quanto as arrecadações, parece que caíram consideravelmente em função do despertar, do abrir os olhos de muitos irmãos. A ficha uma hora cai. Pode demorar, mas cai.

Fomos conhecer a União Sul Brasileira (foto 17) com sede em região nobre aqui em Curitiba! Que espetáculo. Enquanto olhava extasiado, confesso que devo ter pronunciado umas 15 vezes a expressão: Meu Deus, não pode, meu Deus! Não pode, meu Deus! Meu Deus, o que que é isto, meu Deus?" (foto 18). É que neste momento vinha a minha mente a imagem das igrejinhas dos bairros (foto 14), de madeira, inacabadas (foto 9 ou foto 10), banheiros rústicos. Enquanto lembrava das igrejinhas, lembrava dos rostos das pessoas que lá frequentam. Lembrava daquele diácono que com rosto teso me confessava que não sabia o que a ASP estava esperando que não os ajudava. (foto 5 e foto 6 – parte dos jardins e casa da União)

Lembrava do monumento da ASP (foto 28), contemplava a mansão tão grande da União, que era impossível a máquina enquadrá-la por inteiro (foto 4) (foto 6), mesmo me distanciando até a esquina próxima e afastando todo o zoom -  recordava das igrejinhas da periferia..(foto 21 e foto 19). É de cortar o coração. Que dó. (foto 2)

Isto porque estou falando de Curitiba (cidade com status de 1º mundo) meus queridos. No interior do Paraná, a realidade machuca muito mais. Que falar do Norte, Nordeste, Centro Oeste deste Brasil? Estou falando de uma cidade com status internacional. No interior de SP inclusive, um irmão que já rodou por este lados disse-me que a coisa é bem pior. Isto porque não estamos nem entrando no mérito das instalações dos condomínios de moradia dos pastores da União, Divisão. Ou das instalações da Divisão e AG. Só para lembrar, existem cerca de 445 associações no mundo e cerca de 45 uniões e 14 divisões.

Se algumas igrejas da redondeza de Curitiba e região metropolitana deram uma pequena melhorada para sair da vexatória condição de suas instalações, foi em função da coragem, do zelo, do empenho direto dos irmãozinhos como já fizemos menção.

Perguntamos? Onde estamos vendo as evidências de uma igreja que se diz mundial, que pensa mundial, divide seus recursos de forma mundial, que distribui o dinheiro que lhe chega de forma eqüitativa, que atende as necessidades de seus fiéis com total igualdade e indistinção? Como é que aplicam 800 mil reais na construção de uma associação (foto 28) ou de uma União (foto 7), desprezando, fechando os olhos para a realidade de  inúmeros, inúmeros templos inacabados? (foto 9) Muitos, como disse, sofreram uma reforma externa, estando seu interior em permanente condição de conclusão.

Enquanto a população adventista continuar aprovando esse estado de coisas com sua indiferença, continuará sofrendo e também  merecendo o governo que colocou sobre sua cabeça. 

Os nossos templos são o reflexo de nossa mentalidade, de nossa real pretensão evangelística. Demonstram nossas perspectivas. Enquanto construímos mini e inacabados templos com capacidade para 50, 100 pessoas (foto 19), no mesmo local, igrejas que não possuem a mensagem em toda sua amplitude como nós possuímos, constroem monumentos para 1000, 2000 pessoas (foto 22 – templo da CCB), os quais em pouco tempo se demonstram cheios inclusive.

Assim como pensamos, assim seremos. Que Deus tenha misericórdia da liderança da IASD. Que Deus não desista de instar com eles. Que seus corações por sua vez não se demonstrem tão duros, altivos, a ponto de que o Espírito de Deusnada mais possa fazer.

Esdras 9:6  “Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a Ti a minha face, meu Deus: porque as nossas iniquidades se multiplicam sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus”.

Enquanto isto não acontece, nosso irmãozinho continuará, a exemplo de tantos por todo este Paraná e Brasil e pelo mundo, se fazendo a pertinente pergunta: Não sei o que a Associação está esperando que não ajuda a gente?

Que Deus tenha misericórdia de nossa liderança administrativa, que se aproveitando da sujeição, da simplicidade e confiança de toda uma população adventista faz o que quer e da maneira como quer. Eis aí o resultado!

Por que tantos confiam tão cegamente em tão poucos, mesmo Deus reprovando isto,  deixando bem claro através do exemplo dos líderes de Israel? Não sei mesmo e acho que nunca vou saber.

Quanto às igrejas enfocadas aqui, são só alguns exemplos de um todo. Para falar a verdade, existem  exemplos mais gritantes ainda, mas, se o que foi mostrado já não basta, creio que nada bastará.

Fica só mais uma perguntinha. De onde vem todo este dinheiro para edificação dos faraônicas prédios administrativos? Um passarinho verde me contou que é do dízimo. Dá para acreditar? Quando questionei o passarinho: Prove que é do dízimo?  Ele me retrucou: prove que não é? E se não é, de onde seria? Pense aí. -- Léo, Curitiba, PR.

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