Comentários de EGW, Jones
e Waggoner Sobre o Tema da
Lição 4 deste Trimestre

 

"Como povo, devemos ser estudantes diligentes da profecia; não devemos sossegar sem que entendamos claramente o assunto do santuário, apresentado nas visões de Daniel e de João. Este assunto verte muita luz sobre nossa atitude e nossa obra atual, e dá-nos prova irrefutável de que Deus nos dirigiu em nossa experiência passada. Explica nosso desapontamento de 1844, mostrando-nos que o santuário a ser purificado não era a Terra, como supuséramos, mas que Cristo entrou então no lugar santíssimo do santuário celestial, e ali está realizando a obra final de Sua missão sacerdotal, em cumprimento das palavras do anjo, comunicadas ao profeta Daniel: 'Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.' Dan. 8:14.

"Nossa fé no tocante às mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos era correta. Os grandes marcos pelos quais passamos são inamovíveis. Conquanto os exércitos do inferno intentem derrubá-los de seu fundamento, e exultar ao pensamento de que tiveram êxito, não atingirão o seu objetivo. Estes pilares da verdade permanecem tão firmes quanto os montes eternos, impassíveis ante todos os esforços combinados dos homens e de Satanás e seu exército. Muito podemos aprender, e devemos estar constantemente pesquisando as Escrituras para ver se estas coisas são assim. Deve o povo de Deus ter agora os olhos fixos no santuário celestial, onde se está processando a ministração final de nosso grande Sumo Sacerdote na obra do juízo - e onde está intercedendo por Seu povo. (E. White, Review and Herald, 27 de novembro, 1883)." – Evangelismo, págs. 222-223.

Uma Vida Cristã

A vida de Cristo não teve nenhuma mancha de pecado. Satanás exerceu as suas poderosas artimanhas, no entanto não pôde afetar a esta vida sem pecado. A Sua luz sempre brilhou com fulgor inextinguível. Devido a que Satanás não pôde manchar a Sua vida com a mais leve sombra de pecado, não pôde levá-Lo com o seu poder, o sepulcro. Ninguém pôde tomar a vida de Cristo de Si; Ele a ofereceu voluntariamente. E pela mesma razão, após tê-la deposto, Satanás não pôde evitar que Jesus a tomasse de volta. Jesus disse: “Dou a Minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de Meu Pai” (João 10:17-18). As palavras do apóstolo Pedro, relativas a Cristo, afirmam o mesmo: “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela” (Atos 2:24).

Ficou assim demonstrado o direito do Senhor Jesus Cristo ao ser feito sumo sacerdote “segundo a virtude da vida incorruptível”, imortal (Hebreus 7:16). Esta vida infinita, imaculada, é dada por Cristo a todo aquele que crê nEle. “Assim como Lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:2-3).

Cristo mora nos corações de todos aqueles que nEle crêem. “Que Cristo habite pela fé nos vossos corações” (Efésios 3:17). Cristo – a luz do mundo – ao morar nos corações de Seus seguidores, os transforma na luz do mundo. Esta luz não provém deles mesmos, mas de Cristo que mora neles. A sua vida não vem deles mesmos; mas é a vida de Cristo manifesta em sua carne mortal (II Coríntios 4:11). Nisto consiste viver uma “vida cristã”. – Ellet J. Waggoner, Lições Sobre a Fé, pág. 73.

A fé de Jesus

Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” [Lucas 19:10]. E para isso, veio até os perdidos ali onde estavam. Foi “contado com os transgressores” [Isaías 53:12]. Ele Se “fez pecado” [II Coríntios 5:21]. E de uma posição de debilidade e fraqueza do perdido, confiou em Deus, em que ia livrá-Lo e salvá-Lo. Carregado com os pecados do mundo, e tentado em tudo como nós o somos [Hebreus 4:15], esperou e confiou em que Deus O salvaria de todos estes pecados, e que O guardaria sem pecar. Ver Salmos 69:1-21; 71:1-20; 22:1-22; 31:1-5.

Esta é a “fé de Jesus” [Apocalipse 14:12]. Este é o ponto em que a fé de Jesus alcança o homem perdido e pecador, para auxiliá-lo. Portanto fica demonstrado plenamente que não existe um homem em todo o mundo, para quem não há esperança em Deus; ninguém tão perdido que não possa ser salvo confiando em Deus, nesta fé de Jesus. E esta fé de Jesus pela qual, em lugar dos perdidos, Ele esperou e confiou em Deus para salvá-Lo de pecar, e para guardá-Lo de cair. Este vitória de Cristo trouxe a fé divina a todo homem no mundo [Romanos 12:3]; por ela todos os homens podem esperar em Deus e confiar nEle, e pode achar o poder de Deus para livrá-lo do pecado e guardá-lo de pecar [Judas 24]. A fé que Jesus exerceu, e pela qual obteve a vitória sobre o mundo, a carne e o diabo, esta fé, é o dom gratuito a todo homem perdido. E assim, “esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” [I João 5:4]. Esta é a fé da qual Jesus é o “autor e consumador” [Hebreus 12:2].

Esta é a fé de Jesus, que é dada ao homem. Esta é a fé de Jesus, que o homem deve receber para ser salvo. A fé de Jesus que agora, no tempo da proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve ser recebida e guardada por aqueles que serão livrados da adoração “da besta, e da sua imagem”, e capacitados para guardar os mandamentos de Deus [Apocalipse 14:12; 15:2]. Esta é a fé de Jesus a que aludem as palavras finais da mensagem do terceiro anjo: “aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. - A.T. Jones, O Caminho Consagrado, p. 38 e 39.

Jesus, o Supremo Sumo Sacerdote

 “Ninguém toma para si esta honra [de ser sacerdote], senão o que é chamado por Deus, como Arão. Assim também Cristo não Se glorificou a Si mesmo, para Se fazer sumo sacerdote, mas Aquele que Lhe disse: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei. Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. O qual, nos dias da Sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que O podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado [provado em todos os pontos até a perfeição, sem nunca pecar], veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que Lhe obedecem; chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.” Hebreus 5:4-10.

“E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles [os sacerdotes levitas], sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas Este com juramento por Aquele que Lhe disse: Jurou o Senhor, e não Se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque), de tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador” (7:20-22). Assim, estando sobre os outros sacerdotes, Jesus Se tornou sacerdote pelo juramento de Deus. Portanto, “temos um sumo sacerdote tal” (8:1).

Além disso, “aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (7:23-24). É constituído sacerdote para sempre, segundo o juramento de Deus. Tornou-Se sacerdote também pela “virtude da vida incorruptível”, imortal (7:16). Como conseqüência, “permanece eternamente”, e por isso mesmo, “tem um sacerdócio perpétuo”. E devido a tudo isso que dissemos, “pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (7:25).

“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho [Sumo Sacerdote], perfeito para sempre” (7:262-28). – Alonzo T. Jones, O Caminho Consagrado, págs. 42-43. E-mail do colaborador: evangelhoeterno@aol.com.

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