Mensagem Urgente a
Todos que Dizem Pertencer ao "Movimento Leigo"

Estamos vivendo o momento mais delicado da história terrestre. O mundo encontra-se em convulsão: social, política, econômica e religiosa. Mas o problema religioso dentro e fora das corporações merece maior atenção. O potencial de versatilidade que envolve o tema é o que mais preocupa.

Faz três anos que a necessidade de uma verdadeira reforma na IASD eclodiu com o nome de "movimento leigo". Homens e mulheres reconheceram a missão individual e a responsabilidade da pregação da verdade presente para este tempo, deixaram os credos denominacionais e institucionais e saíram em busca dos marcos da verdadeira fé do povo que guarda os mandamentos de Deus e mantém o testemunho de Jesus. Maravilhoso começo!

Todavia no jornadear da estrada reta, faltando poucos quilômetros, rumo à Canaã, há os que preferem fazer retornos e seguir variados caminhos e há os que se infiltraram com o desejo de estabelecerem os mais vis propósitos. É verdade que tais sujeitos sempre encontram guarida por parte daqueles que não desejam a Canaã celestial como moradia.

Falta de maturidade espiritual, santidade e pureza, eis a causa de grande desonra a Deus e enormes manchas na obra do Senhor nestes últimos dias.

O mais lastimável é que muitos homens e mulheres, apesar dos sentimentos escusos, continuam afirmando que pertencem ao movimento leigo. Quando a realidade mostra o que motiva tais elementos: salvar os próprios interesses egoístas.

O momento é funesto! Há advogados para os mais diversificados e torcidos temas. Tem padre exigindo que irmãos o chame de "meu pastor", ensinando que os cultos devem ser animados com palmas, danças, dons de línguas, orações barulhentas e coletivas, curandeirismo, defendendo o aprendizado do hebraico como instrumento de salvação, estabelecendo festas judaicas e desviando o povo do diligente estudo das profecias para os momentos finais.

Há os que defendem separação de cônjuge como meio de purificação e posterior casamentos entre alguns dos separados como resultado de grande luz.

Há os que defendem que não podemos pregar a terceira mensagem angélica, nem dizer que o papado é a besta do apocalipse. Pois tal pregação só depois da chuva serôdia - afirmam eles.

Há os que defendem a obra médico-missionária como o único ramo importante no momento atual.

Há os que foram espíritas, com sentimentos ainda ligados ao passado, querendo poder de liderança, estabelecendo festas judaicas e levando ao povo ao êxtase das romarias católicas.

Há os teólogos que não conseguiram se estabelecer como pastor na corporação e buscam encontrar um grupo menos avisado para se estabelecer como o líder espiritual, apesar do mau procedimento.

Há teólogos que até começaram bem, mas por interesses diversos negociam, hoje, pontos importantes da fé, por algumas moedas estrangeiras.

Há os que ensinam a justificação pela fé de maneira unilateral levando confusão ao povo. Defendendo nas entrelinhas a predestinação e cultivando na mente de muitos a bandeira satânica da presunção.

Há "n" outros.

Diante do quadro atual, resta seguirmos fielmente a palavra de Mateus 24:4: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane". Acautelar significa pôr-se de sobreaviso, prevenir-se. Esta mensagem merece atenção especial. Pois os que tiverem sentimentos egoístas, ainda que pequeno, não estarão sob a ordem Divina. Também não estarão autorizados a utilizarem o nome do movimento que o Senhor levantou nos últimos momentos da história profética para restaurar as brechas e endireitar o caminho para a vinda do Rei dos Reis.

É bom lembrar que essas pessoas agindo, assim, desordenadamente (buscando interesses: de poder, financeiros, de domínios, de fama) não deveriam ter saído das suas corporações confortáveis, até porque o número de companheiros, para as chamas quentes do fogo e enxofre, é razoável nos seus endereços de origem.

É necessário vigilância. A Palavra é clara "se possível enganaria os escolhidos".

Precisamos urgentemente reavaliar a situação presente e provarmos o espírito que tem guiado aqueles que se dizem "leigos" (desligados do clero), mas cujos frutos têm demonstrado que continuam a pertencer à sinagoga de satanás. Pois o Senhor dos céus e da vida dos verdadeiros cristãos não tem interesses de recrutar nenhum tipo de mercador da fé. Não há tempo para brincadeiras.

O problema dos nominais foi achar que o Rei do universo tem interesse em quantidade. A conseqüência da ilusão: a arca do concerto foi retirada. Não podemos cair no mesmo erro.

O Eterno precisa de um povo que deixe o Egito com todas as suas práticas. Seremos este povo, ou deixaremos que o concerto seja feito com outros?

Cristo selecionará cento e quarenta e quatro mil, irrepreensíveis, para receber o Seu selo e o selo de Seu Pai. Eis o grande motivo e a hora é chegada de fazermos uma profunda reflexão. A Palavra de Deus estabelece um modelo e determina os requisitos que precisam ser preenchidos por todos que desejam morar com o Salvador. Por isso, a ordem bíblica não mudou:

2 Cor. 13:5: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou  não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados."

Tiago 2:12: "Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade."

Mateus 5:37: "Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim: não, não. O que disto passar vem do maligno."

2 Cor. 8:21: "Pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só perante o Senhor, como também diante dos homens."

Orar, vigiar e investigar as Escrituras, eis o apelo. Não esqueça o que está escrito em Naum 1:3: "O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e JAMAIS INOCENTA O CULPADO."

Neste movimento, não há lugar para projetos e promoções pessoais. Se você, leitor, consegue perceber que esta mensagem de algum modo se aplica a você, por favor, pense, avalie-se e abandone os maus caminhos.

Abraços.

Nildes Araújo


Leitor se diz surpreso

Ao ler o artigo "Mensagem Urgente" da Irmã Nildes, pensei que o artigo era para a "organização adventista"... Mas como é para o "movimento leigo", qual é então a diferença?

Sérgio S. Chaves
Florianópolis

Resposta do Editor:

O título do artigo não deixa dúvidas quanto a seu conteúdo, irmão. Mas já que perguntou, a diferença é que o movimento leigo assume suas crises e permite o questionamento de seus próprios procedimentos, enquanto a IASD faz de conta que tudo está bem e não abre espaço para avaliações internas.

A publicação do texto acima não significa que a irmã Nildes esteja com toda a razão, mas é demonstração de que ela ou qualquer outro integrante do movimento terão sempre o direito de questionar o que considerarem equivocado e advertir a quem julgar necessário. Nunca dissemos que os leigos seriam infalíveis, ou não passariam por dificuldades. -- Robson Ramos


Leitor assustado

Integro o movimento leigo na região norte do Brasil e estou um pouco afastado dos problemas pelos quais vejo que os irmãos do centro-sul estão passando. Confesso que fiquei um pouco assustado com o artigo escrito pela irmã Nildes e me pergunto se não teria sido melhor tratar desses assuntos internamente. Mais do que nunca é hora de estarmos todos unidos num mesmo propósito, sem expor nossas crises.

Adalberto

Resposta do Editor:

Não tenho autorização para falar em nome da irmã Nildes. Por isso, aguardo que ela própria esclareça o que julgar necessário. Como editor do site, porém, apresento meu pensamento em relação ao texto que publicamos acima:

1. A irmã Nildes está melhor informada sobre o movimento leigo em nível nacional e
não apenas quanto ao que acontece entre os grupos representados por colaborações publicadas aqui no Adventistas.Com. Caso ela esteja equivocada ou mal informada sobre algo que mencionou sem citar nomes, conviria alertá-la.

2. O recado principal da irmã Nildes é que nem todos os que dizem pertencer ao movimento leigo, são de fato representantes reais dele, em teoria e prática. Quem quiser apresentar-se como integrante do movimento leigo deve viver exemplarmente pela graça de Deus e não denegrir a imagem dos leigos em geral. Isto vale para mim, para você que lê este texto e mesmo para a irmã Nildes.

3. Caso nos identifiquemos em parte com algum dos hipotéticos irmãos por ela
mencionados, devemos nos reconsagrar a Deus e pedir que nos capacite para
agir com retidão, segundo a Sua vontade. E se estamos em pé, tenhamos cuidado para não cair! -- Robson Ramos


Leitor questiona

Os leigos mal começaram e já estão crise, irmão Robson? Como você explica isso? -- Lucas M. S.

Irmão Lucas, é assim que entendo esta pequena ou aparente crise entre os leigos:

Toda vez que os seres humanos aglomeram-se em torno de um projeto, depositando nele (e não em Deus) sua esperança de salvação; toda vez que os seres humanos começam a amontoar-se, formando torres hierárquicas; Deus providencia um meio para que se espalhem, porque Sua vontade não é que se ajuntem em cidades fortificadas (denominações) ou torres pretensiosamente ascendentes (hierarquias: pastores/leigos; professores/alunos; escritores/leitores; etc).

Deus nos prefere horizontalmente espalhados (em igualdade de condições diante dEle) e em movimento a verticalmente empilhados e estáticos. A primeira ordem divina aos seres humanos foi "crescei, multiplicai-vos, enchei a Terra". Em outras palavras, espalhem-se. A última ordem de Seu Filho aos discípulos foi "Ide" e não "reuni-vos". Novamente, portanto, a ordem é: "Espalhem-se" e anunciem o Evangelho!

Babilônia, o projeto satânico, é cidade aglutinadora, em que todos se reúnem e se sentem protegidos (projeto ecumênico). Com suas filhas, as denominações, acontece o mesmo. Os que a elas pertencem, imaginam-se salvos em grupo.

Nós, porém, não temos cidade neste planeta estranho. Não temos denominação, nem endereço fixo. Somos estrangeiros, peregrinos, nômades, caminhando ao encontro de nosso Rei, que logo volta para nos buscar. E enquanto caminhamos, convidamos outros a se juntarem a nós:

"Tudo que Deus, o Pai, optou por provar ao Universo já está feito. Seu amor imensurável, revelou-nos pessoalmente, através da doação de Seu Filho Unigênito a essa raça de rebeldes. Sim, a vida e o ministério de Cristo foi o maior depoimento que o Universo pôde ver e ouvir em defesa do Pai.

"A infinita tolerância divina está também mais que provada no prolongamento de dois mil anos adicionais de História, após a morte de Seu Filho neste planeta. Portanto, é hora de temê-Lo, pois executará em breve Sua estranha obra de destruição. Escaparão apenas aqueles que confiarem nEle e Lhe derem glória, adorando Aquele (Seu Filho) que fez o Céu e a Terra e logo virá para nos buscar.

"Não há segurança alguma nas igrejas, seja ela qual for. Babilônia foi rejeitada. Para pertencer ao povo de Deus, vocês precisam deixar de confiar nelas e em seus líderes para a salvação e confiarem-se unicamente aos cuidados do Deus vivo e verdadeiro... Venham conosco ao encontro do Rei!"

Somos uma família. Mas uma família não precisa ter 300 membros e permanecer aglutinada e com um mesmo sobrenome, reunindo-se duas ou três vezes por semana.

Observe bem que o livro do Gênesis conta que Deus criou apenas a Adão e gerou dele uma companheira idônea, ordenou-lhes que procriassem, mas advertiu logo de início que seus filhos e filhas os deixariam e, em duplas, formariam novas unidades familiares, as quais deveriam espalhar-se e encher a Terra.

No Novo Testamento, o Filho de Deus nos ensina exatamente a mesma coisa, quando explica que o caminho da muldidão (largo) conduz à perdição, enquanto o caminho estreito, trilhado individualmente e por poucos, conduz à vida eterna. Os primeiros evangelistas foram enviados por Ele de dois em dois.

E para que não haja dúvidas, Aquele que conhecemos como Jesus Cristo promete ainda que onde quer que dois ou três se reúnam em Seu nome, ali Ele estará no meio deles.

Na multidão, não somos nós mesmos. Assumimos um comportamento de grupo e confiamos na força desse grupo para nossa preservação, quando nossa esperança deve estar unicamente em Deus. É como indivíduos que Deus nos ama e é individualmente que Ele nos julga.

Jesus treinou diretamente apenas doze discípulos, irmão. E a este pequeno número confiou a tarefa de evangelizar o mundo. Se permanecessem agrupados como uma família, necessitando de retaguarda e reuniões freqüentes, jamais completariam o trabalho. Por isso, foram capacitados pelo Espírito de Deus e, em seguida, espalhados, para que pregassem.

Houve perseguição e desentendimentos também para que se espalhassem e cumprissem a missão. De igual modo, se quisermos cumprir o propósito de Deus para conosco, devemos agir como os grãos de sal que se espalham para dar sabor e preservar. Não sejamos as intragáveis pelotas de sal da Terra, nem nos recolhamos ao saleiro, como sal que se recusa a cumprir sua missão.

Assim, irmão Lucas, vejo a advertência dada pela irmã Nildes como uma sacudida para que nos posicionemos individualmente diante de Deus e nos nivelemos diante dEle, tendo-O como nosso único guia e a todos igualmente como irmãos, pecadores em processo de salvação e companheiros de caminhada. -- Robson Ramos

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