Nova Opinião: "Administrador Protege Administrador"

Depois de algum tempo apenas observando o que está ocorrendo com à igreja de Poá, em S.Paulo, digo o seguinte. Tirando o caso da jurisdição da APL, a União deixa de ocupar uma função mediadora para ter a de juiz. E como tal, grandes possibilidades há de a União ficar com a posição da Administração da Paulista Leste, por várias razões. Cito três principais:

1) A Organização precisa "sufocar movimentos rebeldes" que vão de encontro com as decisões mantidas pelas administrações de campo;

2) O caso Poá precisa ser encarado como um exemplo para os demais campos e igrejas. Se a administração se "curvar" perante a liderança de uma igreja que, supostamente, não está seguindo as recomendações da administração do campo local, será considerada uma "motivadora" ou "incentivo" para outras, portando, precisa sofrer algum tipo de punição para que outras não procurem seguir-lhe o exemplo;

3) A MESA da União é composta por: pastores da própria União, presidentes de campos, diretores de instituições (CPB, Superbom, IAEs, etc.) e irmãos de igrejas, sendo que estes últimos, são escolhidos a "dedo" para que possam "contribuir" com suas opiniões e, assim, a mesa da União possa ter uma representação de vários seguimentos da Obra. Sabendo disso os irmãos poderão ter uma pálida idéia do que pode ocorrer. A menos que quem dirija a mesa seja o  Espírito Santo, caso contrário, há uma clara tendência para onde irão os votos de decisão: Poá ou APL ?

Conheci um membro de igreja que era mesário de União e que, em alguns momentos, manifestou opiniões contrárias as da maiorias, contestando incluindo administradores. Este irmão, depois de um certo tempo, ficava sabendo que a mesa tinha sido convocada "emergencialmente" e ele não havia sido chamado para tais reuniões. Este senhor é um grande empresário numa grande cidade, mas tornou-se dispensável.

Gostaria de transcrever palavras literais do Senhor Secretário da Divisão Sul-Americana, quando questionado sobre comportamentos um tanto quantos inadequados de alguns administradores de campo local, ele foi direto, claro objetivo e preciso: "Administrador protege administrador".

Certa vez contestei a decisão da Mesa de um Campo local e a conduta de seu presidente diretamente ao presidente da União e o mesmo foi claro para comigo: "Ainda que a mesa do Campo erre, ela é soberana. Ainda que seu presidente faça coisas erradas se a Mesa o apóia eu não posso fazer nada."

Como eu tenho orado e esperado que as coisas mudem, e para melhor! Todavia, posso estar equivocado e estou pronto a reconhecer meu erro, as coisas sempre arrebentam para o lado do mais fraco. "Brigar" com uma Organização tão poderosa, como é a nossa, implica ter ciência de que doravante a pessoa ou igreja nunca mais será a mesma.

Os irmãos de Poá precisam eleger uma comissão representativa para estar presente neste dia, nesta reunião, caso a mesma venha acontecer. Por outro lado, irmãos, vamos desarmar os "espíritos". A nossa luta não deve ser nós contra nós mesmos, ou nós contra os outros. Mas deve ser todos nós contra "as hostes do mal que habitam nas regiões celestiais". 

Que nesta guerra não haja vencedores e vencidos, para que o espírito diabólico, que é o orgulho, não venha tomar forma real e triufante! Que ambas as partes revisem o que fizeram e estejam dispostas a ceder naquilo que é aceitável e coerente. Falo isso para os meus irmãos da Igreja de Póa e aos meus irmãos que comporão a Mesa e que julgarão o caso. Deixem que o Espírito Santo dirijam a reunião. Que não prevaleça a posição internamente já tomada (dentro da cabeça e do coração) e que não esteja disposta a ser negociada.

Lembre-se que dois grupos de anjos estarão assistindo o desfecho dessa reunião. E ambos farão seus relatórios aos seus líderes e vejam os que diz a pena inspirada:

"As palavras que hoje pronunciamos, continuarão ecoando quando não houver mais tempo. Os atos praticados hoje são transferidos para os livros do Céu, assim como um filme é transferido pelo artista para a chapa de impressão..."

" Algumas resoluções, algumas lágrimas nunca anularão uma vida culpada que passou, nem apagarão dos livros dos Céus as transgressões, os pecados voluntários conhecidos dos que tiveram a preciosa luz da verdade e podem explicar as Escrituras aos outros, enquanto o pecado e a iniquidade são sorvidos como águas roubadas. Como se fosse escritos com pena de ferro podem-se encontrar gravados na rocha para sempre". Testemunhos para Ministros, págs. 429 e 430.

Assim, irmãos meus, tudo que fazemos, seja bom ou ruim, honesto ou desonesto, com ou sem maldade, tudo há de ficar registrado. E um dia teremos de prestar contas a Ele. Portanto, baixemos as guardas. Que nosso Deus continue na direção de Sua Igreja e que Ele volte logo! -- Dr. Lindemberg Vasconcelos. E-mail para correspondência: psicolin@cable.splicenet.com.br

Leia também (do mesmo autor):

[Retornar]

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com