Risco de Apocalipse é de 50 Por Cento, Diz Cientista Britânico

10h04 - 09/06/2003

Por Deena Beasley

LOS ANGELES (Reuters) - O mundo pode acabar assim: uma doença gerada por manipulação genética assola o globo, ou dejetos lançados por um "supervulcão" bloqueiam o sol ou cientistas, por engano, detonam um grande "big bang".

O fim da civilização é previsto desde seu início, mas as chances de manter o planeta Terra vivo estão ficando cada vez menores em meio a avanços científicos sempre surpreendentes, disse Martin Rees, astrônomo real da Grã-Bretanha.

Rees calcula que as chances de um desastre apocalíptico atingir o planeta aumentaram de 20 por cento, cem anos atrás, para 50 por cento hoje.

O cientista de 60 anos, autor do livro "Our Final Hour" (nossa hora final), publicado recentemente, diz que a ciência avança de um modo cada vez mais imprevisível e perigoso.

Rees enumera as maiores ameaças à humanidade: terrorismo nuclear, vírus mortais feitos em laboratório, máquinas descontroladas e técnicas de engenharia genética que poderiam alterar o caráter do homem. Qualquer dessas ameaças seria consequência de um erro inocente ou da ação de uma única pessoa mal intencionada.

Até 2020, um único evento envolvendo um erro no campo da biologia ou o bioterrorismo terá matado 1 milhão de pessoas, prevê Rees.

"Há uma crescente distância entre as portas abertas e as portas que deveriam estar abertas", disse o cientista, professor da Universidade Cambridge, na Grã-Bretanha.

Rees reconhece que os desastres naturais (um supervulcão ou um meteoro) sempre foram uma ameaça, mas os riscos maiores são os impostos pela humanidade.

"Pela primeira vez na história, a natureza humana está indefinida. As drogas e a engenharia genética estão tornando as pessoas mais fortes do que nunca", disse.

Com o avanço da tecnologia com DNA, "mesmo uma única pessoa poderia provocar um desastre", advertiu o cientista.

Milhares de pessoas possuem a capacidade de criar vírus e bactérias para detonar pragas mortais.

A nanotecnologia, que se ocupa de máquinas microscópicas, também representa uma ameaça, disse.

E Rees não descarta a possibilidade de um desastre provocado por um experimento envolvendo um acelerador de partículas. "Talvez se forme um buraco negro, que sugaria tudo ao seu redor", adverte.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2003/06/09/ult27u36042.jhtm

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