3 Coisas Mais Importantes que o Dízimo

 

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! Mateus 23:23

 

Nunca tive a intenção de iniciar um movimento contra o hábito de “devolver o dízimo” para a Igreja, até por que sou adepto do livre arbítrio e respeito à vontade alheia, mas indignado com as injustiças de um sistema que falsamente se diz ter embasamento bíblico, fui impulsionado a esquadrinhar nas Escrituras as razões sobre a mordomia cristã.

 

Admito que para mim não está sendo fácil desfazer-me dos velhos e errôneos conceitos que me foram impregnados por pessoas que, voluntária ou involuntariamente, trabalharam para o engrandecimento econômico de uma Organização, a qual denominam de igreja, mas que na realidade reflete um mega empreendimento capitalista de caráter multinacional, que embora de forma escrita não tenha por objetivo o lucro, na pratica, escudado na suposta finalidade da pregação do evangelho, tem como alvo, o crescimento financeiro com a finalidade de manter e aumentar os privilégios da aristocracia dominante

 

Confesso que quando veiculamos na internet alguns comentários sobre o que realmente diz as Escrituras sobre dízimos, esperávamos que, de maneira voluntária, os irmãos despertassem para a magnitude do tema e contribuíssem com mais subsídios que enriquecessem o estudo, bem como, ao terem conhecimento das revelações da palavra de Deus, surgisse, entre nós, um grupo de “reparadores de brechas” decididos a praticar a verdadeira mordomia bíblica.

 

Hoje me alegro em ver que o Espírito de Deus está erguendo milhares de irmãos que não mais dobrarão os joelhos aos ensinamentos de homens, mas que buscarão, na Palavra, os verdadeiros princípios das finanças da Igreja de Cristo, os quais Jesus definiu no texto em epigrafe “a justiça, a misericórdia e a fé - Mateus 23:23”

 

JUSTIÇA para saber como subvencionar os trabalhos prestados a Igreja, sem que se constitua uma casta de “ungidos”, cujos privilégios redundem em detrimento do avanço da mensagem e da equidade entre os irmãos;

 

MISERICÓRDIA a fim de atender as necessidades materiais dos membros necessitados “e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Tiago 2:16”

 

a fim de crermos e obedecermos a Sua palavra, pois, “sem fé é impossível agradar a Deus – Hebreus 11:6”,

 

Não se pode esconder a necessidade monetária de qualquer empreendimento, inclusive o religioso, no entanto isto não nos dá segurança para concluirmos que ao seguirmos as “tradições” estamos seguindo a vontade de Deus, mesmo que tais atitudes possam ser “justificadas” com argumentos humanos supostamente irrefutáveis, pois se isto fosse verdadeiro Jesus não teria feito severas repreensões aos fariseus nas seguintes palavras: “esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição - Mateus 15:6”.

É verdade que o Apostolo Paulo disse “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho" (1 Cor. 9:14), mas ele também disse: “eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. (1 Cor. 9:15-18) -- Heráclito Fernandes da Mota, Membro da IASD João Pessoa(PB).

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