Internautas Debatem Gravação de CDs e Shows de Música Gospel

(Veja novas opiniões ao final: 22/05/00, 23/05/00 e 24/05/00)

Detesto receber propagandas de CDs e de shows ainda mais de conjuntos e pessoas que querem o bolso das pessoas. Esse negócio de lançar CDs e depois ter de vender porque vendeu a alma à produtora é um tremendo crime religioso. As pessoas cantam aos sábados para que você goste da música e compre depois. Por isso, têm de fazer shows.

Eu questiono o seguinte: Quanto de recursos humanos e financeiros e de tempo são gastos nisso com um retorno tão pequeno que é a salvação de almas? As pessoas que ensaiam horas a fio, quanto tempo têm dedicado a estudar ao invés de ficarem cantando as mesmas músicas todo o tempo? E por elas cantarem todo o tempo, será que elas sabem o que elas estão cantando? Será que é por isso que as letras religiosoas dos últimos tempos têm sido tão banais? Qual será o espírito da pessoa que está cantando sabendo que deve cantar bem porque a produtora está ameaçando por causa das baixas vendas do seu CD?

Por que que quando eu escuto uma música religiosa dificilmente eu sei se ela é adventista ou não? Será que não está na hora de nós que mantemos essa indústria fonográfica pensarmos se isso é realmente um bom investimento dos nossos parcos recursos?

Tenho visto gente dentro da igreja que fala que acha uma pena ter ido assistir fulano na igreja porque lá não pode gritar e nem bater palmas. E quem já foi em shows sabe que a maioria das pessoas não vai para lá com o espírito religioso.

Se a igreja aconselha que não se vá a shows, por exemplo, Heinekken Concerts, Free Jazz Festival, essa lacuna foi preenchida por músicas e cantores religiosos, que pior de tudo profanam o Santo, porque cantam em nome de Deus e levam as pessoas a achar que estão em comunhão com Deus fazendo o que fazem.

Abraços menos musicais e mais estudiosos.

Orcírio.


Orcírio, sua mensagem dá uma discussãozinha lascada de boa! Lembrei do trecho de "Viagem ao Sobrenatural", em que no meio do culto a Satanás eles pegam um hinário cristão e começam a cantar as nossas músicas, endossando o que Ellen White escreveu mais ou menos nessas palavras: "Não há nada mais ofensivo a Deus do que o louvor sem coração, sem espírito ou sem entendimento".

De fato há muita gente se lançando a louvar por motivos excusos, mas acredito que você radicalizou quando defendeu o boicote puro e simples ao ministério da música. Discordo quando você diz que as letras são cada vez mais banais. Pelo contrário, nunca vi letras tão profundas, tão tocantes e cheias de uma teologia realmente substancial quanto agora. Veja as letras do Mário Jorge Lima, e as do Jader Santos também. Veja o caso do Cleiton Schaefer, do Silmar Correia e de outros novos talentos que estão aparecendo por aí.

Você menosprezou totalmente o resultado desse ministério. Só na eternidade vamos saber o quanto rendeu a vida de louvor da irmã Zilda Azevedo, por exemplo. Temos conhecimento de uma família inteira tomando estudos bíblicos depois de ter ouvido o CD do Brisa. Você pode argumentar que é muito dinheiro, que, se empregado no evangelismo direto teria mais resultados, mas não creio que isso possa ser comprovável. Ademais, Deus dá cada dom segundo a necessidade da igreja.

Concordo com o Ênio Monteiro, que deu entrevista à RA algum tempo atrás, que a música não é um dom, não está em nenhuma lista de dons do novo testamento. Contudo, é uma ferramenta do dom de pregar. E o envolvimento
de uma igreja se mede pelo tamanho do seu louvor. Não queira diminuir o louvor! Não é porque um bom número de pessoas louva errado, para sua própria perdição, que a saída vai ser cortar tudo pela raiz.

É preciso o colírio de que fala Apocalipse 3, para discernir entre louvor e a falsificação do mesmo. Peçamos isso, acho que só temos a ganhar. 

Jorjão.


Eu acho que não tem retorno. A igreja está num processo acelerado de secularização e não tem mais como parar. A liderança permitiu e incentivou o início desse processo e agora não sabe mais o que fazer. A Obra agora passa a ser promotora de shows. Os congressos e campais não são mais festas espirituais, são shows, no significado total do termo. Aliás, aqui em São Paulo teremos o "Celebração 2000", que será um show realizado no Credicard Hall, uma casa de espetáculos mundana.

Didi.


É muito fácil meter a lenha na lideranca e dizer que a culpa é deles. Nossa igreja está extremamente dividida neste ponto. Há igrejas que não admitem os shows e há outras que, sim. Por exemplo, o IAE tem alguém de cabeça bem liberal tomando decisões por lá... O erro veio desde o momento que veio o Steve Green. Por onde vai um boi passa uma boiada... Claro, é obvio que as comemorações de aniversário desses colégios estão cada dia mais ousadas. E o objetivo deles é promover a escola, mas com certeza a comemoração de outros colégios jamais admitiria shows como esses que vem acontecendo.

Esse fato, na realidade, mostra que existe uma certa independência das instituições ao tomar suas decisões. Agora, vamos responsabilizar quem: A igreja, os líderes, o colégio ou a associação local? Por exemplo, quem é que está promovendo essa celebração 2000? 

É a falta de espiritulaidade no seio da igreja e especialmente de programas para estimular a espiritualidade, que está lentamente permitindo que certos setores da igreja condescendam com a secularização.

Além do mais, não vejo problema em a igreja alugar uma casa de espetáculo "do mundo" para ali pregar o Evangelho e adorar a Deus. Não é o prédio físico que caracteriza o pecado. Agora, se vão fazer um show de MPE (Música Popular Evangélica) Adventista lá, isso é outra coisa...

Nelson.


Liderança existe para liderar! E você sabe bem o significado do verbo "lead" em inglês, de onde veio nossa palavra portuguesa. Se a liderança não é firme em mostrar o caminho certo, com certeza, a massa vai preferir o caminho mais agradável às paixões humanas. E eu não me refiro à vinda do Steve Green, mas a eventos bem anteriores, da década de 70, e que estão dando frutos maduros agora. E agora não tem mais retorno!

Não se faz mais clubes de leitura, de estudo.. .Não se faz mais atividades para os jovens se desenvolverem intelectual e espiritualmente... Já querem tudo pronto, enlatado e mastigado! E, com certeza, o secular é mais fácil, mais aprazível, exige menos...

Quando eu era pequeno, a igreja alugava o maior cinema de São Paulo, o Cine Piratininga (hoje desativado), com capacidade para cinco mil pessoas, para fazer congressos. É claro , portanto, que o local não é o problema, mas o que se vai fazer lá! E foi isso mesmo que eu quis dizer. Só enfatizei o lugar porque o local é bem de acordo com os objetivos propostos.

Didi.

 


Novas Opiniões - 22/05/00
Fonte: Lista de Discussões da Turma J.A. e e-mail para o Www.Adventistas.Com.

Concordo com o que o Jorge falou, mas acho que entendi o propósito do Orcírio ao escrever essa mensagem, que alguns realmente podem achar um pouco exagerada. Mas uma coisa que nós vemos muito aqui na IASD Central de Curitiba, e creio que não só aqui, é uma atenção desmesurada à música, em detrimento de outras atividades, como o estudo da Bíblia. E à música por ela mesma, pelo simples prazer de cantar, sem que haja um compromisso maior com a mensagem que a música está levando ou com os objetivos evangelísticos que a música deveria ter. 

Não pensem que sou contra o ministério, pelo contrário. Participei ativamente durante anos do coral e grupos da igreja, cantando e tocando. Mas sinto que hoje a música na igreja perdeu um pouco do foco original.

Quando trabalhei na Rádio Novo Tempo de Curitiba, como locutora e programadora musical, senti isso de um jeito muito forte, um comprometimento comercial muito maior do que o espiritual. Cantores (inclusive adventistas), que praticamente queriam nos subornar para que tocássemos a quantidade de músicas que aumentaria a venda de seus CDs, a existência de um número excessivo de músicas conhecidas como "comerciais", que são aquelas que não precisam ter uma letra com conteúdo,  e que algumas vezes nos dão a impressão que já a ouvimos em uma rádio popular, mas que são o carro-chefe das vendas, principalmente para pentecostais.

E outro caso, só para citar: No aniversário de 1 ano da Novo Tempo, resolvemos montar um Cd com as músicas mais pedidas pelos ouvintes, a maioria delas de cantores nossos, adventistas, e qual não foi a surpresa. A música mais pedida não pôde entrar no Cd, foi proibida pelos pais do cantor, que aliás é muito conhecido e não é nenhuma criança, porque as vendas do seu Cd iriam cair. Ou ainda outro produtor, que impediu que uma música de um coral, sobre a qual ele tinha os direitos autorais, fizesse parte do Cd, a não ser que também entrasse pelo menos uma música de sua esposa, também cantora. Tudo bem, a rádio não cedeu e essas pessoas não tiveram seus desejos atendidos. Mas o que doeu é que estas eram as últimas pessoas de quem podíamos esperar tal coisa, cantores muito conhecidos e admirados no meio adventista e cristão em geral pela qualidade do seu trabalho, mas que ao que parece, esqueceram a sua missão principal.

Ainda bem que não são todos, temos muitos músicos que prestam um serviço maravilhoso à causa de Deus, mas é uma pena ver interesses próprios tendo
cada vez mais espaço na nossa música.

Sandra.


Acho que um dos grandes problemas se encontra no "puxa-saquismo" que os cantores fazem aos seus patrocinadores. Ontem assisti ao lançamento de um CD e vi a lastimável cena dos cantores convidando um dos patrocinadores e cantando, segurava na mão da filha do patrocinador como uma cena de novela e se abraçavam... Era uma pura rasgação de seda! Foi horrível, acabou com o brilho da programação que por sinal, até ali, tinha sido muito boa. 

Não acho errado gravar CDs, pois um dos principais fatores que me fizeram voltar para a igreja foi por intermédio da música. Mas o estrelismo acaba com o princípio inicial de louvor e evangelização. Como será que esses artistas cristãos agirão no céu, onde ninguém irá pagar para ouvi-los cantar?

Luciano.


Eu simplesmente não contribuo para os grupos "comerciais", quando tem alguma música que gosto, vira mp3 no meu micro. Meu dinheiro eu gasto em livros!

Carlos.


Na verdade achei muito corajoso da parte do Jorjão falar que a música não é um dom. É dificílimo encontrar pessoas que lidam com a música e que admitem isso! O dom do espírito é a pregação, que pode ser até cantada.

Agora, mudando um pouco o assunto, será que não seria o caso de, já que a música é um ministério coadjuvante da pregação da Palavra, ter obreiros assalariados para esse ministério? Será que isso não seria a melhor forma de ter música de qualidade (tanto técnica quanto espiritual) na nossa igreja?

Didi.


Acho que manter um quadro de cantores assalariados não é bem a saída, Didi. De alguma ja forma já os temos. Os Arautos, os maestros dos corais das escolas, Jader, Lineu, Silmar, Turíbio... e tantos outros. Estipular que apenas os "oficiais" da musica deveriam levar avante esse ministério seria matar um pouco mais o já tímido trabalho leigo. Da mesma forma que há pregadores leigos, há músicos leigos, e isso é muito bom. O problema da motivação e da inversão de valores não se resolveria por aí na minha "humirde" opinião.

Jorjão.


Novas Opiniões - 23/05/00

Não devemos esquecer que nesse meio existem pessoas que realmente cantam com a alma e por amor ao Salvador. Aqueles que assim não estão qualificados, estão perdidos. Somente a Deus compete o julgamento!

Devemos saber que nem tudo na vida é estudo e, como disse o sábio Salomão, inspirado por Deus, neste mundo tem tempo para tudo! Trabalho normalmente12 horas por dia, tenho meus momentos de meditação e também meus momentos de lazer. A música para mim e um relax, especialmente uma boa apresentação bem ensaiada e no verdadeiro espírito cristão.

Não sei qual a profissão do irmão Orcírio, mas acredito que deva ser um profissional. Pergunto-lhe: Quantas vezes repetiu as mesmas coisas para aprender? Eu, com 25 anos de profissão, ainda tenho meus erros! Imagine um grupo que tem uma responsabilidade de fazer o melhor...

Concordo quando diz sobre a promoção, no sábado! O culto NÃO FOI FEITO para promover CDs, livros da CPB, antenas TECSAT, ou outro objeto de consumo qualquer! Mas não podemos menosprezar o louvor através da música, porque esta fala bem no fundo da alma e eu estou na igreja por causa dela. Se não, hoje, quem sabe, estaria tocando nos bailes...

Quanto às letras hoje existentes, posso dizer sem medo de errar que muitas delas são LIXO. Mas, cá ca entre nós (falando bem baixinho), o que você sente quando ouve "Além do Rio", "Eu Não me Esqueci de ti", "Santo, Santo, Santo"?

A maior parte dos CDs gravados hoje na nossa igreja não tem patrocínio nem produtora. É feito, sim, um trabalho de sacrifício que não há dinheiro que pague os gastos. Todos querem ouvir boas músicas no culto, devemos portanto compreender que existe a necessidade de se investir, tempo, talento, dinheiro... Obviamente, ninguém é obrigado a gastar o dinheiro que não tem. Eu por exemplo, só compro o que me interessa.

Concordo que nossa juventude não está muito preocupada com o verdadeiro louvor. Mas, como diz o verso, "eu e minha casa serviremos ao Senhor". Tenho procurado incutir isto na mente de minhas "crianças" desde pequenas. Felizmente, depois que cresceram, tenho notado bons resultados. Por outro lado, se você me perguntar, tenho minhas dúvidas sobre o que a igreja (direção da igreja) aconselha a respeito, pois pouco se ouve falar disto. E pela experiência, concordo novamente que nossa juventude anda muito a vaguear, sem orientação.

Wilson.


Gostei do equilíbrio da resposta, Wilson. Nos últimos tempos, músicas como "Faço Novas Todas as Coisas", "Deus sabe, Deus Ouve, Deus Vê", "Deus Escreveu", "Dia de voltar", "Senhor Eu Te louvo", "Reencontro", "O Deus dos Impossíveis", "Eu não sou mais eu", "Começando Aqui", "O amor verdadeiro", "Escolhi acreditar", "O Ceu É Aqui", "O Sorriso da Alma", "Se Ele Não For o Primeiro", "Convite", "Lar", "Uma vida por amor", "Haja em Nós", "Calvário"  e por aí adiante têm marcado minha experiência com Cristo. Sem elas, eu ficaria muitas vezes sem alento, sem estímulo, sem uma palavra de confiança, sem uma reflexão importante... A lista é longa e sei que cada um tem a sua. Amém por isso!

Jorjão.


Olá, Wilson, Orcírio, Jorjão e pessoal!

Vocês lançaram novamente uma discussão que, apesar de sempre acalorada, não tem levado a grandes melhorias no padrão do louvor espiritual na igreja.

Eu, desde há alguns anos, tenho deixado de fazer palestras acerca da Filosofia de Música Adventista, por um único motivo: Cheguei à conclusão de que não tem retorno...  Sabe quando você cansa?

Quando se colocam os argumentos, demonstrando a influência dos diversos elementos musicais, mais notadamente o ritmo e sua influência cinestésica (fisica), e a incompatibilidade dessas influências com os objetivos espirituais do culto, todos concordam e acham que está certo.... Mas continuam ouvindo, apreciando, apoiando e fazendo o mesmo tipo de música!

Acontece que a liderança quer este tipo de música. Só para levantar a questão, quero fazer algumas  perguntas:

1. Por que o Departamento de Música está vinculado, em nível administrativo, ao Departamento de Jovens e não ao Departamento Ministerial?

2. Por que o maior músico adventista no Brasil está dando aulas de Bíblia no primeiro grau?

3. Por que não existe um plano para desenvolvimento na igreja local de músicos (instrumentistas, regentes, etc) por parte da direção?

4. Como podemos querer música de qualidade se não investimos nisso?

Desculpem o desabafo, mas acho que estou entre amigos e, portanto, posso me dar essa liberdade... Espero que o tema continue e, quem sabe, possamos assistir mudanças no nosso meio. Afinal, o meu Deus ainda é onipotente!


Desculpa aí, não vou dizer que estou certo, mas vender um CD que custa de 2 a 3 reais por R$18,90, não compro mesmo! 

Recursos próprios? Se ainda os grupos bancassem o custo com seus bolsos, se de fato houvesse sacrifício, vá lá... Mas você lembra da última eleição? Só dava grupo fazendo propaganda do fulano, do beltrano... Terminava o culto e a turma ia cada um pegar o material eleitoral. Nem disfarçavam, na frente da própria igreja... Daí, no show: "Agradecemos a Deus, e ao beltrano, porque se não fosse o beltrano... Até aqui nos ajudou o beltrano!"

Meu consolo é que há grupos e  Grupos...

"Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." Timóteo 6:10

Certa vez apareceu um rapaz aqui com sua esposa. Eles faziam palestras (excelentes) sobre o Apocalipse, depois vendiam duas fitas de vídeo com as quatro palestras. Vintão cada uma! Comprei sem pestanejar, pois eles viviam disso. Com um ministério assim, dá gosto contribuir.

Carlos.


Ainda bem que você fez a ressalva. Como estou numa igreja grande, não vejo esse tipo de campanha. De qualquer modo, você está julgando o real interesse das pessoas. Quem sabe o líder de grupo que faz esse tipo de coisa não é um cara bem intencionado mas mal orientado? Quem o está orientando? Você tentou fazê-lo? São perguntas pertinentes, não?

Jorjão.


Há conjuntos e pessoas que cantam e que se preocupam com seu lado espiritual. Mas eu também condeno aquelas que só pensam em ensaiar. Que ficam horas e horas ensaiando. Só falam nisso. Se vão cantar no culto, ficam durante o período da Escola Sabatina ensaiando, treinam as caras e bocas (e caretas). Assim, o louvor sai sempre tão vazio... E depois só ficam falando na música tal, no fulano que interpretou assim e assado, que ele deveria fazer diferente, etc e tal. Para essas, eu pergunto: Que culto de adoração que ela participou?

Orcírio.


Carlos, posso lhe desdizer com autoridade de quem acabou de sair de uma gravação de CD. Os dois ou tres reais que você cita é o custo do CD em si, ou seja, o material de plástico da capinha, a bolacha já prensada e o encarte. Acontece que para fazer o CD, o cara tem que pagar estúdio (vocal e orquestração). Muitos preferem fazer essa segunda parte nos EUA pela qualidade e custo relativamente igual. E tês despesas ainda com arte, prensagem e uma penca de outras coisas.

O CD do Brisa custou R$ 44.000,00. Ainda temos dívidas internas, ou seja, integrantes do grupo que colocaram suas poupancinhas nesse projeto. O resto, graças a Deus, conseguimos cobrir com as vendas antecipadas de CDs. Mesmo assim o CD do Brisa custa apenas 15 reais! Aproveite a promoção, hehehehe.

Da mesma forma que as fitas sobre o Apocalipse custaram 20 reais, embora o custo de cada uma não ultrapasse 5 ou 6, o preço do CD é o pagamento por todo um trabalho. Aceito pagar 15 reais num CD porque reconheço não o suor, mas a despesa que ele custou. Se fosse pagar o suor também, seria muito mais. Não tem ninguém enriquecendo com CD de música adventista, de modo que o conselho do Wilson merece ser repetido: se lhe interessa o trabalho de alguém, compre, pague o preço pelo esforço despendido. Ou então prepare-se para ouvir as músicas que você já tem em MP3 pelo resto da vida, porque ninguém mais vai gravar nada.

Jorjão.


Wilson, se você pensar que devemos ouvir boas músicas no culto onde haja condições para isso, tudo bem. Mas pense em igrejas do interior, em que as pessoas não criam, elas apenas copiam e querem cantar como seus ídolos musicais crentes. Ao invés de estimularem um pianista a tocar, eles põem CDs em aparelhos de som horríveis, com fiação quebrada, som estridente e fazem ainda as caras e bocas (e caretas) de seus ídolos e chamam isso de louvor? Deixou de haver harmonia nesses casos.

Quando nessas mesmas igrejas se colocam os CDs do hinário, que acontece? Não acho que eles não devam existir, mas que não devam ser usados na igreja. Se as pessoas cantam ou não, o CD canta por elas! Será que os anjos ajudariam nesse louvor?

Pois é, para mim esse vaguear é por falta de estrutura e de conhecimento bíblico. As pessoas cantam qualquer coisa que chame "Senhor, Senhor..." Elas não sabem distinguir entre letras e letras. Portanto, música de qualquer fogo, "santo" ou "não", são cantadas sem critério. 

Será que nossas rádios não podiam ajudar a melhorar o nível da coisa? As letras que costumam tocar lá são pífias. É como você disse, não falam coisa com coisa. Mas isso também é reflexo do nível cultural do país. 

Tento melhorar o nível trabalhando, tentando fazer com que os grupos nos quais eu canto façam louvor de verdade, espremendo os neurônios para compor uma letrinha realmente substancial, quando o Espírito Santo resolve inspirar...

Valeu pelos esclarecimentos. A gente não discorda em quase nada.

Jorjão.


O problema é que nas eleições sempre aparece um candidato "evangélico", ou que "gosta dos crentes", e misteriosamente, durante a campanha, ele sente um profundo desejo de ajudar o mundo a conhecer a boa música adventista...

Imagina só, o cara financiar 3, 4 ,5 ou mais grupos! Você mesmo disse que gastaram 44 mil para fazer um CD. Coitados daqueles cujo CD não ficou pronto antes da eleição! Dá pra entender o que aconteceu depois, não é mesmo? Houve alguns músicos que só passaram a mão na grana, mas na hora de cumprir sua parte, necas... Muita falsidade do nosso lado também, não?

Pude conversar na época com várias pessoas que passavam por isto. Eles viram o seu erro, mas continuaram até o fim, pois haviam feito um acordo. E eu acho que tem mesmo é que honrar a palavra. Hoje não querem mais conversa com esses "patrocinadores". Amém.

Carlos.


Muita gente faz essa confusão, o preço da mídia (suporte material, ou seja o CD de plástico) e o custo do projeto todo.

Só para ilustrar: por que será que um programa da Microsoft, o Office por exemplo, custa mais do que 500 reais? Será que o Bill Gates ganha dinheiro superfaturando as cópias e manuais impressos?

É preciso valorizar a competência de quem faz acontecer. São profissionais que se dedicaram (e se dedicam) a vida toda para isso, quer na sua formação básica, quer em sua educação continuada!

Assim como o Jorjão, eu também não vi ninguém rico com isso, apesar de que aos olhos leigos isso pareça possível. Grana mesmo, por enquanto, só no pagode!

Abreu.


Novas Opiniões - 24/05/00

Concordo com o Carlos. Também acho um absurdo os preços cobrados! Às vezes. tenho comprado para colaborar, mas o preço , se não me engano, está girando em torno de R$ 15,00!? E considerando o preço de que você falou, acredito que seja CD importado.

Quanto às palestras e depois venda do material, acaba virando um outro tipo comércio. Muitos teologandos  (e não-teologandos) têm feito isso em nossas igrejas e também nas pentecostais para poderem pagar seus estudos, que não estão muito barato! Devemos tomar muito cuidado para não transformar a CASA DO SENHOR num  mercado! Entenda que não estou dizendo que não se deva vender! Mas devemos ser bem cuidadosos, pois, afinal de contas, isso aconteceu no passado e Jesus teve que usar o chicote!

Gostaria também de contar uma pequena história... Tempos atrás conheci um rapaz de boa voz, que trabalhava como atendente de um portão de acampamento. Este rapaz tinha um sonho... Bem, na realidade, dois sonhos! Acredito que todos nós também temos nossos sonhos! O primeiro era se casar. Porém, quem gostaria de se casar com ele, um deficiente físico, tetraplégico, que só andava de cadeira de rodas! O segundo sonho era gravar um CD. Compôs várias músicas, mas nunca teve cacife para concluir esse sonho. Quem poderia ajudá-lo? O que fazer? OROU! E Deus o ouviu.

Hoje, ele é casado e, junto com a esposa, vieram dois filhos adotivos e, com a força de uma companheira ao seu lado, lancaram mão de seus poucos bens, pagaram um arranjador e o estúdio e seu segundo sonho estava realizado!

Hoje, se você o ouvir cantando, vai perceber que canta com o coração! É um exemplo de bondade e atenção com as pessoas! Ele está preocupado com a venda dos cds gravados? Claro que está, pois investiu ali todos os seus bens e precisa, portanto, de um retorno. Como Deus o tem abencoado!

Se alguém não sabe de quem estou falando, visite o acampamento de Guarapari e conheça nosso irmão Deir.

Portanto, irmão Carlos, ainda existem pessoas honestas neste negocio Santo! E se realmente somos líderes cristãos, devemos ganhar um tempinho, orientando nossos jovens!

Wilson.


As rádios adventistas sofrem uma pressão tão forte para se tornarem independentes financeiramente da associação, que a vulgarização acaba sendo o caminho mais fácil. Fazer com que uma Novo Tempo hoje tenha estilo mais adventista, deixando de fora os pagodes, sertanejos e músicas românticas do Senhor é ter que amargar um ibope menor, então tem que entrar dinheiro da associação e esse é o drama. A intenção é que todas sejam independentes. 

Portanto, quem quer fazer um trabalho bem feito acaba com as mãos amarradas. O que deveria haver, isso sim, é um fundo destinado  a manutenção das rádios, para que elas não tenham que vender a alma em troca de índices de audiência, e consequentemente, de fundos para sobrevivência.

Sandra.


Didi perguntou: "Por que o Departamento de Música está vinculado no nível administrativo ao Departamento de Jovens e não ao Departamento Ministerial?

Lembro-me, há mais ou menos 20 anos atrás, quando havia se iniciado o Grupo Novo Tempo, dirigido pelo Paulo Luizi. Tivemos uma reuniao de todos os músicos e pretendentes a músicos na escola Adventista na zona sul. A pessoa que estava dirigindo era o maestro Flávio juntamente com Willians Costa Jr. Foi um tremendo quebra pau, pois cada um dos responsáveis pela música na igreja, tinha opinião divergente. Você acha que Depto. Ministerial quer segurar essa bucha de canhão? De jeito nenhum. Manda para o J.A.!

Como podemos querer música de qualidade se não investimos nisso? E o primeiro investimento começa na nossa casa, primeiro com aquilo que ouço e segundo naquilo que aplicamos. Investimos em nós, em nossos filhos, em nossas Igrejas? Se assim não fazemos, como pretendemos ter música de qualidade?

Wilson.


Falando nisso, lembrei de ter visto algumas vezes, principalmente no horário de verão, nestas programações especiais com cantores no J.A., banquinha no hall da igreja antes
mesmo do pôr-do-sol. O cantor tinha um compromisso à noite e não dava para atrasar o
programa. Então começavam a vender os CDs durante o sábado mesmo, afinal, são músicas cristãs... Se Jesus estivesse por aqui hoje, acho que já teria usado o chicote
algumas vezes!

Sandra.


Há falhas em todos os níveis. Há certos níveis de decisão, principalmente no campo do desenvolvimento musical na igreja e dos rumos que a musica deveria tomar, com base do documento "Filosofia Adventista de Música" de 1972, que fogem à alçada da igreja local...

Quando a Organização promove um congresso, que tipo de musica é apresentada lá? Quando é produzido um CD para os Jovens, que tipo de música é colocada lá? Quando o Departamento de Musica é vinculado ao Departamento de Jovens em vez de ser ao Departamento Ministerial, quem toma esta decisão?

É a esse tipo de coisas que eu me referia... A igreja local pode ter uma idéia diferente da Organização, mas quando vem de cima, que argumentos eu posso dar para não concordar, já que foi feito pela Obra?

Esta discussão poderia ser altamente produtiva para quem se interessa pelo assunto, mas não alteraria nada nos rumos atuais da igreja. E estes rumos me preocupam. Tenho muito material, fiz muitas pesquisas sobre o assunto da influência da música (fenômeno sonoro) na mente e no corpo humanos. Sobre música na Bíblia. Sobre os conselhos de Ellen G.White sobre música... Eu cheguei a traduzir para a Associação um livro (que não foi editado), escrito pelo diretor do Departamento de Música da Andrews intitulado Ellen G.White e Música.

Tenho muitos livros, fiz várias palestras, algumas até pela Associação daqui... Todo mundo acha super legal, concorda... Mas não muda nada! Sentia-me como que "golpeando o ar", como diz Paulo. E o turning point da música adventista brasileira foi a vinda dos Heritage Singers. Eu acompanhei esse movimento, fui ao primeiro show deles e decidi que não iria no segundo. Na época já ficou bem claro para mim que o caminho não deveria ser por aí. Mas, se assim o permitirmos, o gosto fala mais alto do que os princípios, principalmente neste assunto que pode ser, dependendo do enfoque, bastante subjetivo...

Didi.


Como esse assunto está se estendendo bastante, gostaria também de compartilhar meu ponto de vista com vocês. Primeiramente, existem profissões para as quais um adventista é considerado inapto. Não porque haja qualquer problema com ela, mas por uma questão de cultura. Por exemplo: jogador de futebol, bailarina, artista cênico, cantor sertanejo... E por aí vai! 

Em geral, parece que ser artista em qualquer área envolve enfrentar uma série de preconceitos por parte da cultura ASD. Isso porque geralmente a criação de uma imagem pública, que visará antes de tudo a projeção pessoal. Afinal, um artista tem que mostrar que é bom e isso contraria a filosofia cristã de que você deve ser o mais humilde dos humildes. A propósito, abro uma deixa para perguntar: Há lugar para
artistas em uma igreja cristã?

Bem, em virtude disso, por não poderem seguir uma carreira popular, muitos membros da IASD decidem gravar um CD de músicas evangélicas. Justificam sua atitude dizendo que o objetivo é "pregar a Palavra". Na maioria dos casos, isso não é verdade. O objetivo real é tornar-se um artista e, como ser um artista popular pega mal, por que não ser um artista gospel? E assim comeca o negocio.

Sejamos francos: quantos grupos vocês conhecem que visam um trabalho realmente evangelístico? Coloco em primeira linha que, se um trabalho é genuinamente evangelístico, ele deve surgir em função da necessidade, ou seja, primeiro se prega e depois, se preciso for, grava-se um CD para deixar a alguém. Porem não é isso que ocorre. Primeiro o artista grava o CD e depois sai por aí para tentar vendê-lo. Marca inúmeras programações para sábado, 18 horas, para cantar até o pôr-do-sol e vender os CDs na saída. Isso é arte, não é evangelização.

Quantos dos internatos adventistas desenvolvem um trabalho genuinamente evangelistíco em termos de música? Todos os que eu conheco desenvolvem um trabalho artístico. A garotada fica lá no colégio sem fazer nada, então vai produzir arte. Grava-se um CD, visando muito mais atrair novos alunos no próximo ano letivo do que evangelizar alguém.

Agora pergunto: Existe algo de errado em ser artista? Na minha concepção, não. Recuso-me a acreditar num Deus que seja egoísta o suficiente para exigir que o homem use a sua capacidade criadora, por Ele concedida, unicamente para criar canções sacras. Acredito piamente (correndo o risco de ser mal interpretado) que tudo aquilo que enaltece sentimentos nobres ao ser humano provém de Deus. Logo, uma canção que fala sobre o amor genuíno entre um homem e uma mulher é inspirada por Deus.
Uma canção que enaltece a amizade com certeza é inspirada por Deus. Uma canção que relembra as belezas da terra natal, é inspirada por Deus também. Do contrário, temos que tirar Cantares da Bíblia (que se for analisado sob uma óptica rigorosamente puritana, pode ser tachado de erótico).

O que falta então, ao meu ver, é dar nomes aos bois. Por que não admitirmos a verdade, encarando o que é arte como arte e o que é evangelização como evangelização? Gosto muito de assistir a recitais de corais e, quando o faço, vou para ouvir arte e não para ouvir uma pregação. Porém, quando estou sentado em um banco de igreja, aguardando o inicio do sermão, gostaria muito de ouvir algo evangelístico e não, uma mera apresentação artística. Acredito que se colocarmos as coisas em seu devido lugar, não há erro.

Agora, cabe a nós, os que lidamos de forma direta ou indireta com a música na igreja, diferenciar o que é arte daquilo que é sacro. Se queremos formar um coral artístico, por que não? É uma idéia excelente! Mas jamais devemos usar o nome de uma igreja, ou mesmo um pretexto religioso, para propagar o nosso negócio. Isso é valer-se de um canal legítimo para divulgação de um objetivo ilegítimo.

Algumas perguntas ainda perduram. Por exemplo, qual é o limite entre a arte e o sacro? Ao meu ver, isto é relativo ao meio para o qual se leva a mensagem. Diria que toda vez que minha pessoa se sobressai à música que executo, estou sendo artista e não um pregador. E nesse ponto, somente pedindo a direcao de Deus, é que posso chegar a algum lugar.

Wilson.


Sou uma pessoa que, por motivos pessoais, conhece muitos dos nossos cantores, e artistas. Vocês não imaginam a que situação tem chegado a grande maioria deles. Para usar uma expressão da economia, com a qual tenho convivido profissionalmente, a situação da grande maioria de nossos cantores, é "falimentar". Nao gostaria de dar exemplos, mas a grande maioria não tem onde cair, desculpem a expressão, mortos.

Fico triste com esta situação, mas não posso fazer nada. E boa parte está nessa situação, porque um dia quis satisfazer o EGO. Dizendo que canta porque assim prega o evangelho, a grande maioria, engana a igreja. Sim, porque se o canto fosse a melhor maneira de pregar o evangelho, Jesus teria sido um grande cantor. Alguém vai dizer: "É mas há pessoas que se converteram ouvindo um cantor, ou um conjunto, etc. Não são eses, casos isolados? A grande maioria que  se converte, o faz pela música ou pela pregação da Palavra?

Concluindo, quero dizer que sei que nesta discussão há pessoas que, talvez, façam parte de algum conjunto musical, ou que seja um cantor solista, e que, por isso, vá ficar indignado com o que acabo de escrever. Mas pensem bem: Você já viu alguém ir contra aquilo que faz, ou de que participa? De uma maneira bem geral, ele irá justificar o que faz e apresentar suas razões. Portanto, deixemos que aqueles que não participam de algum conjunto, ou que não sejam cantores solistas, dêem suas opiniões, como por exemplo, os anciãos das igrejas, os líderes das igrejas, pessoas que de alguma forma não estejam envolvidas diretamente com a música na igreja.

Para explicar essa minha colocacao, quero dizer o seguinte: Um juiz nunca aceita alguém como jurado se, de alguma forma, tiver qualquer relação com o réu, para evitar julgamentos tendenciosos.

Zé Carlos.


Você está "chutando o balde". Não sou músico, mas acho que suas colocações são um tanto equivocadas. Pergunte a qualquer pastor qual é o peso da música no evangelismo. Sugira a um evangelista fazer uma série de conferências sem que se faça música alguma. Você topa o desafio?

Abreu.


Com uma coisa tenho que concordar: A música hoje tem recebido atenção muito maior em nossas igrejas do que deveria; como o Jorjão citou, ela não é um dom, mas é um importantíssimo complemento, e deve ser vista assim. A música não pode substituir o estudo da Bíblia.

O Orcírio já mandou um estudo também, com evidências de que o Espírito Santo somente se manifesta onde há o conhecimento, e ao que parece a maioria dos músicos hoje não tem tempo de estudar as doutrinas da igreja, porque precisa ensaiar. E precisam ensaiar muito porque cantam músicas difíceis, mas veja que interessante este trecho de Ellen White, falando por carta com um regente de coro:

"...(falando sobre movimentos corporais na música)...Pode-se dizer o mesmo do canto. Assumis atitudes não dignas. Pondes todo o volume e potência de voz que podeis. Abafais os acordes mais suaves e as notas de vozes mais harmoniosas que a vossa. Este movimento corporal e a voz alta e estridente não faz harmonia àqueles que ouvem na Terra e aos que ouvem no Céu. Este canto é deficiente, e não aceitável a Deus como melodia suave, doce e perfeita. Não há tais exibições entre os anjos como as que tenho visto algumas vezes em nossos cultos. O coro dos anjos não apresenta notas estridentes e gesticulações. Seu canto não irrita o ouvido. É suave e melodioso e flui sem o esforço que eu tenho presenciado. Não é forçado e estridente exigindo exercícios físicos". Manuscrito 5, 1874.

Ou ainda este outro, do livro Evangelismo, pág. 510 e 511:

"Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos que eram de todo inadequados ao culto da casa do Senhor. As notas longamente puxadas e os sons peculiares, comuns no canto de óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cantos de louvor entoados em tom natural. Os cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso, eis os que eles se unem a nós em cantar. Eles tomam o estribilho entoado de coração com o espírito e o entendimento".

A música é um maravilhoso instrumento divino na conversão das pessoas, mas eu temo muito pelo mal uso que muitas vezes é feito dela em nossas igrejas. Neste último trecho da EGW em que fala que os anjos se unem a nós em melodias simples e cantadas de modo natural, não posso deixar de lembrar das tantas músicas rebuscadas, que mal ouvimos a letra, mas saímos do culto impressionados com a habilidade do cantor.

Abraços melodiosamente simples

Sandra.


Realmente este é o fundo da questão... É Jesus no coração. O resto deve ser conseqüência, sem qualquer presunção ou desejo de ser alguma coisa... Em alguns, essa conseqüência será expressa no falar, em outros no cantar, em outros em obras em favor dos outros.

Devemos ser comparados a um tubo, um cano. Quando ligados à fonte de água da vida, o cano simplesmente jorra água. De si mesmo ele não faz nada. Mas um cano sujo pode contaminar a água. E se a fonte não for pura, certamente a água não será pura.

Abraços!

Didi

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