Meus Pêsames a Todos Vocês
(A crítica mais inteligente que o Adventistas.Com já recebeu!)

Estou escrevendo na esperança de que este email seja publicado na íntegra. Se for para ser publicado parcialmente, peço que educada e civilizadamente não o façam, Mas tenho certeza de que o publicarão, pois uma boa coisa que percebi neste site pelo menos, foi que, democraticamente, publicam tudo. Estou aqui orando interiormente para escrever de forma adequada e honrando ao Senhor com este texto. Não vou fazer juízo de valor sobre ninguém, vou me referir apenas a tudo que li. Portanto, se alguém responder a esse artigo, por favor, não o faça também. E se, por uma falha humana eu errar nisso, desde já me retrato e peço perdão. E não procurem ler nas entrelinhas, porque não as há.

Por outro lado, não adianta fazer inferências ou tentar me agredir nas respostas, pois isso não me preocupa. Não pertenço hoje aos quadros oficiais da igreja Adventista, mas há pelo menos 3 décadas que eu estudo e posso dizer que sigo as doutrinas desta igreja. Sem nenhum desmerecimento ao mundo evangélico, que tem cumprido um papel especial de tirar o homem do caminho do pecado e mostrar a ele que existe um Salvador, aprendi a identificar a igreja Adventista como a única igreja que, no tempo atual ensina toda a verdade presente bíblica. E conheço também um pouco da Organização (que palavrinha sem graça!) e algumas de suas figuras, de maior ou menor destaque.

E, por favor, não adianta fazer acertivas e tentar me ligar a nomes da organização (lá vem a palavrinha de novo), como percebi em algumas das matérias que vocês publicaram, pois não tenho nenhuma ligação oficial ou oficiosa. Nada tenho em comum com a direção, ou  com a "banda-podre", como vocês chamam, a não ser a mesma fé que professamos. Às vezes chego a pensar que somos da mesma igreja mas professamos religiões diferentes.

No meu processo de retorno, tempos atrás, andei procurando na Internet, pelo nome ADVENTISTAS, os sites relacionados, para tomar conhecimento do que está sendo feito e mostrado por, permitam-me dizer, nossa igreja, nesta grande rede. Vou falar todo o tempo na 3ª pessoa do plural, nós.

Entre os muitos sites que existem, há algum tempo encontrei o adventistas.com, bem como o adventistas.net, o alvorada.net e outros, os quais examinei detidamente, e devo ter lido uma boa parte das matérias e cartas ali expostas. Não tenho muito tempo para navegar, e não queria me basear em um único assunto ou matéria. E fiz isso com o firme propósito de lhes escrever em seguida, e sinto que Deus quer que eu, uma pessoa que está olhando de fora essa briga, o faça.

Fiquei chocado! Acreditem, honesta e sinceramente chocado! Desde a primeira vez. ESTAMOS DANDO UM GROTESCO ESPETÁCULO AO MUNDO! Dá vontade de chorar, ver que, numa hora tão séria e complicada, de cumprimento de sinais e eventos proféticos, anunciando a breve volta do Senhor, estejamos tão perdidos em nós mesmos. Coisas como amor, compreensão, humildade, tolerância, perdão, passam longe. Tenho uma filha moça, nova na sua relação com as coisas da igreja, e que outro dia entrou num desses sites, e ficou horrorizada. Tive que gastar algum tempo para lhe mostrar que a igreja também tem disso, embora não seja plano de Deus.

Fiquei indignado por ela. Afinal de contas, todo pai que se preza como tal, não deseja que seus filhos e filhas se contaminem com o lixo da TV, do cinema, das revistas e jornais, certo? Vocês que são pais e mães me darão razão. É uma proteção que todos procuramos estabelecer em torno de nossa prole. É válido, é correto, é  um direito e um dever que temos. Pois é, desculpem, mas é quase a mesma coisa que eles estão lendo em seus sites. E o pior: com capa de coisa relevante, de coisa edificante.

Vocês dirão, como o Sr. Robson disse: são eles, os pastores, os administradores, os obreiros e anciãos  que criam esses fatos, pois se os fatos não existissem o adventista.com não existiria. Olha, permitam-me dizer-lhes, esse é um argumento quase infantil. Ok, algumas pessoas geram essa comida podre, e vocês então a colocam e vendem no mercado cibernético, e o povo, que dela acaba de alimentando, se intoxica, e muitos morrem espiritualmente. Mas para não dizerem que estou a mando de quem quer que seja, pois isso seria até um insulto à minha inteligência, vou fazer algumas ponderações.

De um lado, temos, como é dito, os Bullóns, Acílios, Sarlis, Zukowskis, e outros, gerando fatos, e segundo este site e os outros, dando motivos, em atitudes e palavras infelizes, para que os mesmos tenham o combustível que tanto buscam e do qual vivem. E de outro, estes sites, imperdoavelmente anotando, publicando, propagando com alarde, esses desacertos infelizes e tristes.

Gente, estamos a caminho do lar eterno! Sabiam? Há um mundo a conquistar. Sabiam? Quanto tempo perdido, quanta verbosidade desperdiçada, quantos megabytes de informação jogados fora, recursos estes que poderiam estar sendo usados com o mesmo objetivo, com a missão de preparar um povo para ver Jesus voltar! E quanto tempo também deixando de lado o trabalho secular, o cuidados dos filhos, o próprio lazer.

Em relação aos pastores e administradores da Organização (sic), seja aqui, seja nos EUA, ou em outras partes do mundo, caso seja realmente verdade tudo que tem sido publicado, diria a eles: vocês já se deram conta de que existe um "ai" terrível sobre vocês? Eu não gostaria de estar na pele de nenhum de vocês, daqueles que desonram a sua função, que não atendem ao rebanho, que dispersam recursos, que mentem, roubam, prejudicam, perseguem.

Gente do céu! como diria um parente meu, acordem! Leiam Jeremias 23, Ezequiel  9, Ezequiel 34! E depois, se forem sinceros, durmam tranqüilos! Se puderem! Deus vai cobrar da mão de vocês cada pobre alma envergonhada, humilhada, afastada, perseguida, por quem Jesus veio morrer nessa terra. Vocês, se isso praticam, são infelizes, verdadeiramente infelizes, e não perceberam! E a execução do juízo de Deus começará por vocês, pelo santuário de Deus, pelos anciãos da casa de Deus. Não ensinaram isso a vocês no curso teológico? Sobre o que vocês estudaram durante 4 anos, fora as especializações, cursos de férias, seminários, cursos de divindade, mestrados, etc? Será que não escolheram a profissão errada?

Olhem, tive diversos amigos pastores, obreiros e funcionários de instituições da Obra, ao longo do tempo em que pertenci aos quadros oficiais desta igreja, aliás, para onde pela graça de Deus vou e quero voltar. Ainda tenho vários desses amigos. E ao longo destas décadas, conheci gente de todo tipo. Desde o tipo de pessoas com procedimentos que vocês destes sites denunciam, até verdadeiros homens de Deus, homens, como disse S.Paulo, dos quais o mundo não é digno! Graças a Deus, estes, na minha humilde conta e julgamento, ainda são a maioria.

Por isso, quero dizer aos desavisados leitores destes sites, sejam adventistas ou, principalmente, aos amigos não-adventistas: embora pelas matérias que lêem, pareça que não, mas pessoas dedicadas, desprendidas e conscientes quanto ao seu papel de pastores do rebanho de Deus, existem! E estão espalhadas por esse Brasil afora, eu diria, pelo mundo afora, lutando, orando, trabalhando, sofrendo, pelas almas. Eu vi, senhores, eu vi. Pastores que choram na hora de disciplinar um membro, que gemem pelos desmandos que se cometem no ministério, que alimentam o rebanho, para os quais reserva qualquer hora do dia ou da noite, que pregam sem sofismas a pura justificação pela fé, a pura doutrina da salvação, as maravilhosas doutrinas que temos, que não se envolvem em politicagem, que não difamam ninguém, que não são vingativos.

E quanto a estes sites, de cuja boa intenção não tenho o direito de duvidar, permitam-me que lhes diga, com todo amor cristão de que sou capaz, que não acredito, de jeito nenhum, que estejam fazendo um trabalho para Deus. Quando o profeta recebeu a ordem para "anunciar ao povo as suas transgressões e à casa de Jacó os seus pecados", foi num momento determinado por Deus, com um propósito santo e definido. Não somos Ezequiéis e Jeremias redivivos. E mesmo que assumamos esse papel, vejam bem, a ordem foi "anunciar ao Meu povo", ou seja, dentro do arraial de Israel, jamais fora, às nações vizinhas, para que o povo de Deus não fosse envergonhado na guerra e perdesse as suas batalhas.

Olhem, se minha filha tivesse esfriado na fé ao ler essas matérias, eu estaria pedindo incessantemente a Deus, dia e noite, que cobrasse o sangue dela das cabeças tanto dos que geram esses fatos quanto dos que os divulgam de forma leviana e irresponsável.

Ao colocar na Internet essas matérias que divulgam com grande alarde, e com letras garrafais, as vergonhas praticadas dentro do arraial de Deus, estamos anunciando-as às nações vizinhas, como creio ter lido em alguma das matérias que descobri num destes sites. Assim como não imagino que alguém possa desconsiderar ou mesmo deixar de chorar ao tomar conhecimento dessas vergonhas praticadas, não acredito também que uma mente normal e equilibrada possa se alimentar das mesmas.

Li uma das matérias em que o Robson, dono deste site, tentava mostrar que o site existe por que existe o combustível vergonhoso para ele. Senti ali, Robson, acredite, um verdadeiro lamento da sua parte, um choro, uma vontade enorme sua de não ter que fazer esse trabalho sujo. Não sou dos que acham, lendo a sua história, que você faz isso por revolta ou vingança. Mas, quem sabe, possivelmente você precise perdoar, para se sentir aliviado desta carga do passado, tão pesada, que leva. Frustraram você, levaram-no a abdicar de um ministério que amava? Puxa, meu irmão, você não sabe como lamento isso, diante de Deus. Se fizeram isso, os que fizeram isso, não tenha dúvida, vão pagar. Mas quero lhe dizer uma frase conhecida e manjada: um mal não justifica o outro. Perdoe-os. É grandioso e lhe trará alivio.

Tempos atrás, assistindo na TV o primeiro filme da série Cobra (lixo puro, onde me arrependo de ter pastado), do Silvester Stallone, vi  uma cena instigante, logo no inicio. Ele entra, como policial durão e justiceiro, num supermercado, e mata friamente um bandido que ali estava entrincheirado. E diz uma frase chocante, após acertar um tiro na testa do bandido: "You are the illness. I am the cure", ou seja, "Você é a doença. Eu sou a cura".

Robson, e outros, será que é isso que vocês estão sentindo em seus corações? Por acaso cada um de vocês se sente um Stallone espiritual, um justiceiro cristão, um policial adventista?  Seriam vocês adeptos do maquiavélico pensamento de que "os fins justificam os meios"? Será que uma podridão existente nos nossos arraiais, no nosso ministério, exige de vocês uma reação e uma publicidade tão extravagante? Vejam que estou perguntando, não estou afirmando, pois isso só Deus sabe. Aliás, nem precisam responder, não é da minha conta, apenas reflitam sobre isso.

Vejam, a pena de morte jamais conseguiu acabar, ou sequer diminuir, por sí própria, a criminalidade. Vou lhes dizer, sem medo de errar, e com muita tristeza: a existência de sites como estes, jamais diminuirá, em um nível mínimo sequer, essas "sujeiradas" que vocês denunciam. Dizer a todos os cantos da Terra, que uma Associação, a Conferência Geral, um pr. Acilio, um Sarli, um Bullón (a quem pessoalmente não conheço), mesmo que seja verdade tudo que está sendo publicado por vocês, tiveram essa ou aquela postura, cometeram este ou aquele erro, perseguiram este ou aquele membro, pregaram isso ou aquilo que em seu entendimento vocês consideram heresia, jamais vai fazê-los mudar de atitude. Eu conheço esse tipo de procedimento vergonhoso na igreja há mais de 30 anos. Tenho acompanhado e sabido de muitas coisas piores até. A diferença é que naquele tempo não tinha a Internet, e assim poucos sabiam. Mas isso sempre houve.

Também não sou dos que acham que não devemos ter opinião, que devemos rezar pela cartilha da administração, que devemos nos acomodar, e coisas que tais. Mas, meus irmãos, eu lhes diria que existem remédios muito melhores do que o do Stallone. Existem curas verdadeiras e muito melhores do que um tiro no meio da testa.

Eu vi pastores consagrados, levarem igrejas a crescer com seus dízimos e ofertas, a reformar seus procedimentos, a dinamizar o evangelismo, de forma extraordinária, sem pregarem sequer um sermão de Mordomia, sobre Moda ou campanhas missionárias. Sabem como? Falando de Jesus, Jesus, Jesus, aos sábados, domingos, quartas-feiras, em programas JA, em acampamentos, em todo o lugar. Pastores que cumprimentam você na porta da igreja ao final de um culto, e lhe desejam amoravelmente, uma semana inteira na companhia de Jesus, e você sente que ele fala sinceramente.

Essa é a palavra mágica, o remédio infalível: JESUS, o único nome dado debaixo dos céus pelo qual devemos ser salvos. E, olhem, com sinceridade, não me importa nem um pouco saber se a Trindade é uma doutrina espúria, ou quem é o Espírito Santo. Penso ser muita pretensão da minha parte, um ser humano, que segundo Isaías, sou "chagas da cabeça aos pés", tendo uma mente finita, corrompida por milhares de anos de pecado, querer entender os mistérios de Deus. Se queremos estar lá um dia, por que não guardarmos essas perguntas para fazer diretamente aos três? Se não temos conhecimento total, e ninguém terá até ser glorificado, isso não nos será cobrado. Afinal, sabiam que não é o conhecimento que nos salva? Sabiam que somos salvos pela graça de Jesus Cristo?

O que me importa, amigos, adventistas ou não, nesse meu retorno aos arraiais de Deus,  é que Jesus deu a vida por mim, trouxe o Céu à Terra, uniu o homem com Deus, deixou aqui o Consolador, e virá nos buscar, sendo meu necessário e suficiente Salvador. Sou criatura da mão de Deus, e devo viver sob a influência de Seu Espírito, num processo de santificação em obediência aos seus reclamos. Isso é o que nos é permitido e exigido saber. O resto, bem, o resto, hoje, é matéria para encher os cursos dos doutores em Divindade. Ou será que algum iluminado tem respostas para todas as questões incompreendidas?

Gente, nosso modelo é Cristo, não são presidentes de Associações, pastores, ministeriais, anciãos. Não nos enganemos, não percamos nosso tempo precioso. Deus também vai nos cobrar por isso. Vocês já pensaram em quantas pessoas, ao entrar nesses sites, ditos de oposição, levados pela palavra "adventista" no seu Nome de Domínio, .com ou .net, procurando alento para a alma, conforto em meio à tribulação, encontraram tão somente esse alimento azedo, nada saudável? Porque não recheiam estes sites de matérias interessantes, como essas sobre o papa, sobre música, sobre os Sete Reis (por que não?), sobre a Graça de Deus, sobre as profecias, sobre a pessoa de Cristo Jesus? Será que é por que isso não traz a mesma audiência em seus contadores de acesso? Vocês já tem algumas dessas matérias, por que não intensificá-las? Mudem a cor, do vermelho da podridão e dos erros, para o azul que lembra o céu, nos aproximando de Deus, ou para o verde da pregação da Palavra. Ou então, tenham a ombridade de mudar de nome, escolham algo mais adequado para o que publicam.

E não me venham com essa mania de perseguição, achando que hackers e contra-espiões estão trabalhando para tirar esses sites do ar. Isso tudo, em grande medida, é uma fantasia. Se não sabiam, aprendam que as próprias empresas que fabricam os programas anti-vírus, elas mesmas criam víruses para depois os tirarem com seus produtos. Essa coisa da contra-informação, que ambos os lados estão praticando,  muito comum nos anos negros da ditadura, quando você nunca sabia quem dizia o que, o que era verdadeiro e o que era falso, infelizmente está chegando, tardia e anacronicamente, aos nossos arraiais. 
Na hora certa, se for da vontade de Deus, Ele mesmo os tirará do ar. Se não tirar, Ele tem um propósito. Deus não se deixa escarnecer.

Olhem, pastores, administradores e pessoal da oposição (desculpem essa palavra, mas vocês mesmos a usam). Esse assunto é coisa séria, pois tem a ver com a salvação ou perdição de outras pessoas, crentes em Cristo. Pois eu tenho certeza que, tanto os pastores que não honram o seu ministério, como os membros que não estimulam positivamente as pessoas e não as levam a Jesus, os acusadores, os mentirosos, e que levam irmãozinhos humildes e com sua religião ainda incipiente, a perder a fé, terão muitas contas a ajustar com o Juiz de todos os juízes.

Vocês, tanto geradores como divulgadores dos fatos podres, criaram uma situação tão grave e crítica, que pode-se perceber nesses sites que muitos irmãos, sinceros sem dúvida, os chegam a considerar bons, benéficos, espaço democrático, abertura, liberdade de expressão, e coisas que tais. Gente, vejam que distorção doentia que estão criando para as cabeças das pessoas! Todos esses queridos irmãos são pessoas que assim demonstram a sua carência, o quanto estão desassistidos e perplexos espiritualmente.

Mas para não me alongar mais, e encerrar de forma positiva, quero dizer algo, tanto a um lado quanto ao outro, desse "affair". E embora eu não esteja de nenhum dos dois lados, e não seja, am absoluto, partidário de um ou de outro, posso também estar errando em tudo que falei acima. Por isso, quero dizer que há remédio para nós todos. Não há pecado que Deus não possa perdoar. Se tão somente nos arrependermos e O buscarmos. Vamos mudar de vida, gente, embora eu saiba que a frase deveria ser: vamos deixar que Deus mude a nossa vida. O Mestre está chegando, o tempo está no fim. Cadê a união entre os irmãos? Cadê o espírito de perdão e aceitação. Por que não deixarmos a Deus a ira, como Ele pede que façamos.

E vou até dizer a todos, talvez uma pequena heresia: se não por amor e arrependimento, pensem pelo menos no Juízo, gente, no Juízo, na recompensa a bodes e ovelhas, e tentem mudar. Deixem os atos impensados, as atitudes arrogantes, as palavras ferinas, a catilinária de lado. Pensem nos bodes, mas acima de tudo, pensem nas ovelhas. De que lado querem de fato estar?

Não vou me identificar, é um direito que tenho, e não é por medo, pois os meus medos têm a ver com outras coisas muito diferentes. Além de tudo, posso estar equivocado, como sei que diversos de vocês, dos dois lados dirão, mas penso não ter ofendido a ninguém no texto acima. Eu e minha família é que nos sentimos ofendidos, não só pela existência desses fatos, mas também por sua divulgação com estardalhaço e rancor. Não me identifico porque acho que isso não é importante, não sou um nome representativo, e minha família não precisa ser envolvida com esse assunto, até porque, alguns deles estão vindo para a igreja agora, e eu quero que primeiro conheçam as belezas de Cristo, antes que tomem conhecimento dessa feiúra que, infelizmente, também existe.

Robson, tenho muita simpatia pela sua pessoa, embora não o conheça, mas pela sua historia e pela coragem que tem de dizer o que pensa. Mas reflita meu irmão, está valendo a pena? Sinceramente, está lhe trazendo aquela "paz que excede todo o entendimento"? De qualquer forma, obrigado se publicar essa matéria. Pode me responder, lerei com prazer, mas não me agrida, pois agredido já estou com tudo isso.

Amigos pastores que têm culpa no cartório, e jornalistas e debatedores de oposição a eles: em nome da minha família, meus pêsames por todo esse cenário que estão criando e esfregando na nossa cara. Amigos adventistas e não-adventistas, agredidos por tudo isso, muitas vezes de forma inadvertida e inocente: em nome da minha família, minhas sinceras desculpas. Não estou fechando os olhos a nada, sou um ser inteligente, pensante, feito à imagem de Deus, que me deu, além da habilidade com as palavras, livre arbítrio, raciocínio e vergonha. Que Deus se apiede de nossas almas.

Ass. Um cristão preocupado, indignado, mas confiante no destino da igreja.

Resposta do Editor:

Escreva mais vezes, irmão. Sobre esse e outros assuntos. Ajude a mudar a cara do Adventistas.Com com textos devocionais e de inspiração para as lutas do dia-a-dia. 

Quanto a tudo que escreveu, lamento que se coloque como uma formiguinha diante de um elefante impedioso pronto para pisoteá-la. "Olha, Seo Elefante, me desculpe, não fique bravo, mas vou lhe dizer umas verdades antes que acabe comigo!" Estamos entre iguais, irmão, e o senhor não precisa se colocar retoricamente em posição inferior. Com isso, quero dizer que pode desmanchar a pose de herói do formigueiro porque o elefante é pacifista e vegetariano.

Assinalei em amarelo no seu texto partes que julguei conveniente destacar. Em vermelho, sem querer ofender sua inteligência, estão assinaladas frases que, talvez, o irmão devesse repensar. 

1. Não engamos a ninguém quanto ao conteúdo do site. Quem o acessa, é imediatamente avisado sobre as intenções da homepage. E os títulos "garrafais" de parte das matérias não deixam dúvida. Portanto, questiono, quando afirma: "E o pior, com capa de coisa relevante, edificante." E nenhum de nossos leitores é "desavisado", como afirma.

2. Se a vida espiritual do membro da igreja depende da ilusão quanto à condição da liderança, é porque esse pobre irmão está ligado apenas indiretamente a Cristo e, conseqüentemente, perdido. A salvação nos é dada por Deus através de Cristo, sem necessidade de nenhuma outra mediação. Eu não preciso acreditar que os líderes da igreja sejam santos para me salvar. Portanto, se alguém "morre espiritualmente" por ler parte das informações do Adventistas.Com é porque foi muito mal orientado pelos pais ou instrutores bíblicos. Vai ver até já estava em coma espiritual, sobrevivendo por aparelhos. 

3. Embora logo no início do texto prometa não exercer juízo de valor contra ninguém e até peça desculpas caso aconteça, pretendendo neutralidade e isenção, o irmão deixa bem claro de que lado está. Por exemplo, quando afirma que notícias negativas sobre a Administração sejam, para nós, "o combustível que tanto buscam e do qual vivem". Ou quando afirma, "divulgam de forma leviana e irresponsável". E mais: "Não acredito também que uma mente normal e equilibrada possa se alimentar das mesmas." "Robson, dono deste site". "Distorção doentia". "Por acaso cada um de vocês se sente um Stallone espiritual, um justiceiro cristão, um policial adventista?" 

4. Discordamos também que "a existência de sites como estes, jamais diminuirá, em um nível mínimo sequer, essas 'sujeiradas'." Porque as notícias que recebemos indicam que administradores outrora corruptos e abusados, estão procedendo de modo diferente ainda que por medo da divulgação. Mais que isso, a divulgação tem gerado investigação aprofundada e punição a alguns "servos infiéis". Sem falar nos milhares de obreiros fiéis que hoje trabalham com uma convicção maior de que Deus tudo vê, tudo sabe e age com rigor para recuperar Seus filhos.

5. Lamentamos sua aparente conivência e omissão diante do pecado, quando afirma: "Eu conheço esse tipo de procedimento vergonhoso na igreja há mais de 30 anos. Tenho acompanhado e sabido de muitas coisas piores até."

6. Audiência ou número de acessos não são preocupação nossa nem norteiam nossa ação. Os assuntos são publicados simplesmente na ordem em que surgem e periodicamente, reordenados para facilitar sua localização. Portanto, sua insinuação quanto à temática do site -- "Será que é por que isso não traz a mesma audiência em seus contadores de acesso?" -- é completamente descabida e maldosa, confirmando que não está tão em cima do muro, nem de um lado nem de outro, como tenta fazer-nos crer. 

7. A insinuação de que mentimos quando nos referimos a hackers, espiões e contra-informantes também é equivocada. Pois isso, de fato, acontece com freqüência cada vez maior. Assim, o senhor está errado quando avalia que se trate de "mania de perseguição" ou "em grande medida, é uma fantasia".

8. Concordamos plenamente com sua frase que até destacamos com letras maiores no decorrer do texto: "Na hora certa, se for da vontade de Deus, Ele mesmo os tirará do ar. Se não tirar, Ele tem um propósito."

9. Por último, sobre a ordem para "anunciar ao povo as suas transgressões e à casa de Jacó os seus pecados", que o irmão diz ter sido "num momento determinado por Deus, com um propósito santo e definido" e que "não somos Ezequiéis e Jeremias redivivos", recomendamos-lhe a leitura do trecho abaixo, do livro O Grande Conflito:

Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade que reprove os pecados e erros dos tempos, suscitará oposição. "Todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas." João 3:20. Ao verem os homens que não podem sustentar sua atitude pelas Escrituras, decidir-se-ão muitos a mantê-la a todo transe, e, com espírito mau, atacam o caráter e intuitos dos que permanecem na defesa da verdade impopular. É o mesmo expediente que tem sido adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o perturbador de Israel, Jeremias de traidor, Paulo de profanador do templo. Desde aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm sido denunciados como sediciosos, hereges ou facciosos.

Multidões que são demasiado incrédulas para aceitar a segura palavra da profecia, receberão com ilimitada credulidade a acusação contra os que ousam reprovar os pecados em voga. Este espírito aumentará mais e mais: E a Bíblia claramente ensina que se aproxima um tempo em que as leis do Estado se encontrarão em tal conflito com a lei de Deus, que, quem desejar obedecer a todos os preceitos divinos, deverá afrontar o opróbrio e o castigo, como malfeitor.

Em vista disto, qual é o dever do mensageiro da verdade? Concluirá ele que a verdade não deve ser apresentada, visto que muitas vezes seu único efeito é levar os homens a se evadirem de seus requisitos ou a eles resistir? Não; ele não tem mais motivos para reter o testemunho da Palavra de Deus, porque este levanta oposição, do que tiveram os primitivos reformadores. A confissão de fé, feita pelos santos e mártires, foi registrada para o benefício das gerações que se seguiram. Aqueles vivos exemplos de santidade e firme integridade vieram até nós para infundir coragem nos que hoje são chamados a estar em pé como testemunhas de Deus. Receberam graça e verdade, não para si apenas, mas para que, por seu intermédio, o conhecimento de Deus pudesse iluminar a Terra. Tem Deus proporcionado luz a Seus servos nesta geração? Então devem eles deixá-la brilhar ao mundo.

Antigamente o Senhor declarou a alguém que falava em Seu nome: "A casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não Me querem dar ouvidos." Não obstante, disse Ele: "Tu lhes dirás as Minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir." Ezeq. 3:7; 2:7. Ao servo de Deus, no presente, é dirigida esta ordem: "Levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados."

Tanto quanto as oportunidades o permitam, cada um que haja recebido a luz da verdade se encontra sob a mesma responsabilidade solene e terrível em que esteve o profeta de Israel, a quem viera a palavra do Senhor, dizendo: "A ti pois, ó filho do homem, te constituí por vigia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." Ezeq. 33:7-9.

O grande obstáculo tanto para a aceitação como para a promulgação da verdade, é o fato de que isto implica incômodo e vitupério. Este é o único argumento contra a verdade que os seus defensores nunca puderam refutar. Mas isto não dissuade os verdadeiros seguidores de Cristo. Estes não esperam que a verdade se torne popular. Estando convictos do dever, aceitam deliberadamente a cruz, contando, juntamente com o apóstolo Paulo, que "nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente" (II Cor. 4:17), "tendo", como alguém da antiguidade, "por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito". Heb. 11:26.

Unicamente os que, de coração, se fazem servos do mundo, qualquer que seja a sua profissão religiosa, é que agem, em matéria de religião, por expedientes em vez de princípios. Devemos escolher o direito, porque é direito, e com Deus deixar as conseqüências. A homens de princípios, fé e ousadia, deve o mundo as grandes reformas. Por tais homens tem de ser levada avante a obra de reforma para este tempo.

Assim diz o Senhor: "Ouvi-Me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a Minha lei: não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias, porque a traça os roerá como a um vestido, e o bicho os comerá como a lã; mas a Minha justiça durará para sempre, e a Minha salvação de geração em geração." Isa. 51:7 e 8. -- Ellen G. White, em O Grande Conflito, págs. 458-460.

Tréplica do Leitor:
(Obs. Para não perder espaço nem deixar este arquivo ainda mais pesado com uma nova réplica à tréplica, acrescento comentários em vermelho. Robson.)

Prezado irmão Editor do site:

Sem nenhuma intenção de prolongar em demasia esse debate, pois na verdade não sou um debatedor, pretendo aqui responder amavelmente às suas réplicas, e pretendo fazê-lo com muito cuidado, sem sarcasmo, uma vez que não estamos discutindo futebol, política ou economia, mas sim coisas espirituais. 

(A insinuação de que não lhe tenha respondido amavelmente, sem muito cuidado e com sarcasmo é uma clara tentativa de colocar-se em nível espiritual superior. Desce depressa, Zaqueu virtual! Palavras amenas podem ocultar o veneno mortal da serpente e a ironia foi utilizada repetidas vezes pelos profetas bíblicos. Elias aos profetas de Baal, por exemplo: "Gritem mais aí, porque o deus de vocês deve estar dormindo!". Ou aquela ocasião em que Isaías usou uma expressão chula (muito usada pelos brasileiros para xingar políticos e juízes de futebol) e que foi traduzida como "descendência de adúltera e prostituta" (57:3). João Batista, dizendo aos "filhotes de cobra" que deveriam converter-se de verdade. Jesus aos fariseus: "sepulcros pintadinhos de novo". E pela Bíblia afora...) 

Não vou responder à interessante parábola do irmão Caputo, porque quem ler o meu primeiro texto e este aqui agora, e ler então a parábola dele verá que o dele não tem a mínima relação com os meus. Falam de coisas e enfoques distintos. Aliás, do irmão Caputo já li bons textos de reflexão que alguém me mandou por e-mail há algumas semanas. Parabéns, irmão. Muito bons.

Obrigado pelo título de crítica mais inteligente que o adventistas.com já recebeu. Eu diria que é apenas uma crítica sincera, preocupada, nada mais. E não foi exatamente ao adventistas.com, e sim a toda essa situação que deploro, que estamos vivenciando e nos envergonha a todos perante o mundo cristão. O meu texto não foi o mais inteligente, mas com certeza, foi o menos tendencioso de tantos quantos tenho lido no seu site e no adventistas.net. Você, e quem conhece essas matérias, terão que concordar com isso. Sempre procurei ver a coisa dos dois lados, nunca de forma tendenciosa, embora o irmão tenha achado isso. É um direito seu que respeito.

Vamos às suas réplicas, sempre o seu comentário numerado e a minha tréplica respeitosa:

1. Não enganamos a ninguém quanto ao conteúdo do site. Quem o acessa, é imediatamente avisado sobre as intenções da homepage. E os títulos "garrafais" de parte das matérias não deixam dúvida. Portanto, questiono, quando afirma: "E o pior, com capa de coisa relevante, edificante." E nenhum de nossos leitores é "desavisado", como afirma.

Desculpe, mas assim com há os que buscam exatamente esse tipo de matérias, há os desavisados sim, como a minha filha, por exemplo. Ela foi ao site de vocês porque uma amiga lhe disse que o presidente Bush, ao assumir o governo recentemente tinha dado uma declaração a favor do domingo, e que essa matéria estaria no adventistas.com ou adventistas.net.

Ela, portanto, foi lá desavisadamente. E naquela época, vocês nem tinham esse pequeno texto que hoje colocam no topo do site em letras miúdas, e que eu penso ser insuficiente para alertar aos que nele chegam. Apenas lhes dá uma certa desculpa. Portanto, desculpe-me novamente, mas mantenho a minha observação.

(Quem recomendou o adventistas.com à sua filha, poderia tê-la avisado a respeito do conteúdo do site. E o texto logo no início da homepage, embora com letras pequenas, alerta claramente o leitor. Não havia antes porque esta é uma página dinâmica, que procura melhorar a cada dia, acatando inclusive sugestões de leitores mais exigentes como o senhor.)

2. Se a vida espiritual do membro da igreja depende da ilusão quanto à condição da liderança, é porque esse pobre irmão está ligado apenas indiretamente a Cristo e, conseqüentemente, perdido. A salvação nos é dada por Deus através de Cristo, sem necessidade de nenhuma outra mediação. Eu não preciso acreditar que os líderes da igreja sejam santos para me salvar. Portanto, se alguém "morre espiritualmente" por ler parte das informações do Adventistas.Com é porque foi muito mal orientado pelos pais ou instrutores bíblicos. Vai ver até já estava em coma espiritual, sobrevivendo por aparelhos.

Comentários seus quanto ao coma e à sobrevivência por aparelhos à parte, eu lhe diria que em nenhum momento afirmei serem esses homens santos, muito pelo contrário, são pecadores como eu e você. A minha e a sua salvação não depende deles, graça a Cristo Jesus. Mas você, que é inteligente, terá que concordar que muitos irmãos simples e humildes, novos na fé, cheios do primeiro amor, e possivelmente mal orientados sim, recebem um verdadeiro choque ao visitar esses sites.

(O choque, quando ocorre, simplesmente confirma o que também temos deplorado aqui: ao preparar candidatos para o batismo, ocultam-se informações bíblicas importantes como o permanente risco de apostasia do povo de Deus, a não-sacralidade da liderança, a obrigação de reprovar o pecado, a responsabilidade corporativa na escolha e manutenção dos líderes, etc.)

Por exemplo, pegue seu filho ou filha adolescente, ou ainda na idade infantil, e deixe-o visitar inadvertidamente, sites tipo Playboy e outros do gênero, e verá o resultado. Também quero lhe dizer que, em coma espiritual, eventualmente quase todos nós entramos, quando nos afastamos de Cristo Jesus e deixamos o amor ao semelhante de lado. Não vamos desconsiderar e nem achincalhar quem passa por essas situações da vida.

(O irmão disse que não usaria de sarcasmo, mas comparar nosso site ao da revista Playboy foi um argumento infame! De qualquer modo, nossos filhos devem ser devida e preventivamente orientados para que não sejam seduzidos ingenuamente por este ou aqueles sites.)

3. Embora logo no início do texto prometa não exercer juízo de valor contra ninguém e até peça desculpas caso aconteça, pretendendo neutralidade e isenção, o irmão deixa bem claro de que lado está. Por exemplo, quando afirma que notícias negativas sobre a Administração sejam, para nós, "o combustível que tanto buscam e do qual vivem". Ou quando afirma, "divulgam de forma leviana e irresponsável". E mais: "Não acredito também que uma mente normal e equilibrada possa se alimentar das mesmas." "Robson, dono deste site". "Distorção doentia". "Por acaso cada um de vocês se sente um Stallone espiritual, um justiceiro cristão, um policial adventista?"

Sim, deixo bem claro, Robson, que estou do lado de Cristo Jesus. A mim pouco importa quem é o presidente desta ou daquela associação, não tenho procuração para defender nenhum deles, e quem ler o meu texto verá que não o fiz. Procuro estar ao lado de Jesus para evitar pecar, porque ao lado de Cristo é impossível pecar. E enquanto a igreja adventista defender em seu corolário de doutrinas básicas a verdade bíblica, eu serei e me considerarei um adventista do sétimo dia. Não é muito difícil entender isso.

(Se o irmão se posiciona como "ao lado de Cristo", mais uma vez se coloca em nível espiritual diferenciado. Equivale a dizer que não estamos ao lado de Cristo. Mais grave é a afirmação de que, se está ao lado de Cristo, "é impossível pecar". A proximidade de Cristo não anula o livre arbítrio. Outro equívoco é entender que críticas à liderança representem a rejeição das doutrinas adventistas.)

4. Discordamos também que "a existência de sites como estes, jamais diminuirá, em um nível mínimo sequer, essas 'sujeiradas'." Porque as notícias que recebemos indicam que administradores outrora corruptos e abusados, estão procedendo de modo diferente ainda que por medo da divulgação. Mais que isso, a divulgação tem gerado investigação aprofundada e punição a alguns "servos infiéis". Sem falar nos milhares de obreiros fiéis que hoje trabalham com a certeza de que Deus tudo vê, tudo sabe e age com rigor para recuperar Seus filhos.

Não quero desdizer você e nem duvidar do que afirma. Apenas custa-me a crer nisso, até mesmo pelo volume de denúncias do seu site, que não pára nunca de crescer. Olhe, você, que é jornalista, lembra-se que nos tempos da ditadura diziam que a corrupção existia porque o povo não sabia o que acontecia e havia censura à imprensa. E o que aconteceu? Desde o governo Sarney, o primeiro da era pós-militarismo, até FHC, sem censura à imprensa, e nunca se viu tanta corrupção quanto se vê em todos esses governos da era dita democrática. E com tudo estampado nos jornais, rádio, TV e Internet. Não diminuiu em nada. E sabe por que? Porque o que estimula a corrupção não é a publicidade ou a falta dela. O que estimula a corrupção é a certeza da impunidade. Para o corrupto, como vimos recentemente, pouco importa se os atos dele são conhecidos via rede nacional. A ele importa se será ou não punido, se levará ou não vantagem.

(Distritais, departamentais e até um presidente de União já foram advertidos e punidos, após a devida apuração, por falhas denunciadas aqui. E acreditamos que, por mais que parte da administração tenha se corrompido, a Organização adventista desfruta ainda de conceito bem superior ao dos governos brasileiros. Eles não têm um compromisso com a Verdade, como nós temos.)

5. Lamentamos sua aparente conivência e omissão diante do pecado, quando afirma: "Eu conheço esse tipo de procedimento vergonhoso na igreja há mais de 30 anos. Tenho acompanhado e sabido de muitas coisas piores até."

Engano seu, não sou conivente não, meu irmão. Você não me conhece, e não pode falar assim. Você sim, está até, de certa forma, me agredindo agora e fazendo um terrível juízo de valor. Quem me conhece sabe que minha postura sempre foi muito crítica. Conheço muito bem Ezequiel 9:4. Para que saiba, em 30 anos em que pertenci aos quadros da igreja e atuei ativamente, apenas um ano eu consegui fazer parte de uma comissão de igreja. E sei que incomodei um bocado. Depois não me chamaram mais, e eu sempre atuei sem cargo.

(Essa é uma informação nova, que não constava em seu primeiro texto. Meu comentário foi feito unicamente com base naquilo que estava escrito.)

Olhe, minha personalidade é diferente da sua, e você não pode me acusar da forma que fez. Você já se perguntou se oro em particular por essa igreja, se me preocupo, se me angustio, se deixo de dormir ao ver certas coisas? Ou você acha que a única maneira de discordar é a sua? Seja democrático, irmão. A diferença, Robson, é que não  sou escandaloso.

(Sermos diferentes não significa necessariamente que o senhor esteja certo e eu, errado. Ambos podemos estar certos, errados ou parcialmente certos.)

E vou dizer a seguir algo importante, que você pode passar ao irmão Ennis Meyer, a quem respeito, mas que pelos textos que li no site dele, é useiro e vezeiro em fazer ilações sobre as pessoas. E antes que digam que estou acusando, não estou não, basta qualquer um visitar o site dele. Mas o que queria dizer é que não acoberto pecado de ninguém, sabe por que? Porque sou o primeiro a confessar os meus próprios, nunca os encobri, e quem me conhece sabe disso. É a minha vida contra essas inferências.

(Infelizmente, não lhe conheço porque não se apresentou nem se identificou.)

6. Audiência ou número de acessos não são preocupação nossa nem norteiam nossa ação. Os assuntos são publicados simplesmente na ordem em que surgem e periodicamente, reordenados para facilitar sua localização. Portanto, sua insinuação quanto à temática do site -- "Será que é por que isso não traz a mesma audiência em seus contadores de acesso? -- é completamente descabida e maldosa, confirmando que não está tão em cima do muro, nem de um lado nem de outro, como tenta fazer-nos crer.

Vide resposta a sua réplica número 3 acima.

7. A insinuação de que mentimos quando nos referimos a hackers, espiões e contra-informantes também é equivocada. Pois isso, de fato, acontece com freqüência cada vez maior. Assim, o senhor está errado quando avalia que se trate de "mania de perseguição" ou "em grande medida, é uma fantasia".

Meu irmão, desculpe-me, não o chamei de mentiroso, jamais faria isso. Apenas disse que acho que essa questão se trata de um exagero. Eu atuo, uma parte do meu tempo, profissionalmente também com Internet, e conheço o que falo sobre segurança na rede e jogadas comerciais de fabricantes de software e da imprensa dita especializada. Só isso.

(Não chamou de mentiroso, mas chama de escandaloso, exagerado, o que no final dá na mesma. E por mais que trabalhe com internet, quem está mais informado sobre este site não deve ser o senhor. Para dizer a verdade, se nós dois entendêssemos mesmo alguma coisa de internet saberíamos que um texto longo desses demora para carregar e muito dificilmente alguém lerá até o fim!)

8. Concordamos plenamente com sua frase que até destacamos com letras maiores no decorrer do texto: "Na hora certa, se for da vontade de Deus, Ele mesmo os tirará do ar. Se não tirar, Ele tem um propósito."

Pelo menos nisso concordamos, Robson. Eu creio nisso mesmo. Acho uma bobagem alguém querer tirar ou contratar alguém para tirar vocês do ar. Confesso que incomoda-me muito o seu Nome de Domínio, acho que poderia ser algo mais condizente, sem o nome de ADVENTISTAS. Mas não faça nada por você mesmo, ore a Deus sobre isso, e peça Sua direção. Não ache que o seu critério pessoal é o melhor. Ore, irmão. E olhe, se fizesse isso, ou seja, chamasse o seu site por outro nome, aí, sim, você poderia dizer que não existem desavisados entrando nele. Ninguém vai a um teatro ou cinema que anuncia uma peça pornô enganadamente. Ninguém entra numa igreja desavisadamente. Mas porque isso está bem claro do lado de fora dos prédios. E qual é o seu lado de fora? O seu Nome de Domínio.

(Ninguém entra numa igreja desavisadamente? Entra, sim, irmão. E pode ser bem no meio de uma votação injusta de exclusão, ou exatamente numa manhã em que o presidente da Associação "inspirou" o pastor a pregar sobre Mordomia! Ou ainda num sábado em que convidaram o Bullón para fazer aquele sermão sobre 'a menina dos olhos' e baixar o pau nos 'antiscristinhos da internet'.")

9. Por último, recomendamos-lhe a leitura do trecho abaixo, do livro O Grande Conflito...

Obrigado pelo texto inspirado. Conheço-o bem, e são palavras verdadeiras. É tudo uma questão de como reagir a ele, que método usar. Mas prometo que vou meditar sobre ele. Mais adiante, quando essa poeira baixar, quando vier a S.Paulo, avise-me, podemos almoçar juntos, gostaria de conhecê-lo. Uma das belezas da convivência entre irmãos é podermos pensar de forma diferente, mas ainda assim sermos um em Cristo Jesus.

(Concordo, mas não esqueça de futuramente identificar-se. Porque vou parecer meio bobo lá no Terminal do Tietê, pedindo ao taxista que me leve até o irmaopreocupado@provedor.com.br.)

Um grande abraço.

Ass. O mesmo irmão preocupado acima.

Último comentário do leitor:

Embora continue achando seus textos muito mordazes para o
meu gosto particular, são instigantes e gosto de coisas assim. Mas não tenho comentários adicionais e nem mais réplicas. Os textos estão aí, e você os expôs de forma democrática, para análise de quem quiser, o que eu elogio.

Apenas a você, eu desejaria fazer dois últimos comentários:

1. Não comparei seu site à Revista Playboy, um produto nojento e maligno que nada tem a ver com o adventistas.com. Jamais faria isso. Tenho muito respeito por qualquer trabalho que é feito com coragem. Apenas dei o exemplo da Revista Playboy e também de um cinema e uma igreja, à guisa de ilustração, o que é muito diferente de comparar as coisas. Pena que você não tenha entendido. Isso só vai servir para criar um mal estar com os apreciadores do seu site, a quem em nenhum momento eu quis ofender. Apreciaria muito se você colocasse esse adendo. Mas se não quiser, não tem problema, a maioria das pessoas compreenderá.

2. O seu último comentário não tem razão de ser. Posso não ter-lhe dado ainda o meu nome, mas lhe ofereci minha amizade, e você tem o meu e-mail, que não é falso, assim como eu não sou falso, sou seu irmão de carne, osso,
sentimentos e fé.

(Certo, mano, certo... Quando quiser se identificar, o papo ficará mais gostoso ainda. Também sou seu irmão, embora não sejamos idênticos. Em sentimentos, fé, verdade, carne, osso e... banha! Porque quando fiz aquela comparação do elefante, não estava brincando, não... Estou precisando mesmo sair um pouco de perto do computador e brincar do bola com o meu menino... Um abraço!)

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