Conheça a Sociedade Religiosa Irmãos Adventistas do 7º Dia, a Primeira Igreja Adventista Independente do Brasil

Florianópolis, 09.05.02

Prezado irmão Robson,

Somente agora me é possível responder a seu site. Nosso computador esteve com defeito por mais de duas semanas. Só Deus sabe o que estamos sentindo aqui no Sul. Depois de uma peregrinação de 31 anos, encontrar alguém independente, e comungando os mesmos princípios, é motivo para louvar a Deus.

Nos primeiros anos de independência, não ousávamos colocar a cabeça fora da trincheira, pois todo novo interessado era destruído. Assim vivemos no anonimato por muitos e muitos anos, agarrado em Jesus e Sua doutrina, orando para que ninguém se desviasse da fé.

Cremos na doutrina original, defendida por nossos pioneiros entre os anos de 1863 a 1955. Pensávamos ser um tipo da “meia tribo de Manasses”, dos que ficaram aquém do Jordão. Hoje, somos gratos a Deus, por crer que não estamos sós. Na verdade o número aumentou para duas tribos e meia. (ver Josué 22:1 a 31 e PP:549-552).

O irmão tem dado a trombeta o sonido certo. Vejo pela fé, um joeirar entre o povo adventista. Mas como em todas as batalhas existem mortos e feridos, ora pelo irmão, para que a batalha não tome apenas o rumo do combate. Precisamos mais que nunca, rogar a Deus que nos ajude a resgatar as veredas antigas.

Precisamos daquela “Chuva”. Não estou me referindo a Chuva Serôdia, que é porção dobrada do Espírito Santo. Precisamos, agora, neste tempo difícil, tão próximo da vinda de Jesus, que nos batize com a Chuva Temporã, aquela que mata o grão e o faz germinar e dar muito fruto. Jesus disse: - “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra,não morrer, fica só; mas se morrer, dá muito fruto”. São João 12:24.

Como um povo, estivemos por muitos anos embalados numa ortodoxia sonolenta e fora do contexto, temperada por muitas heresias. Creio eu que a herança do Senhor precisa nascer de novo. O Sul ainda é muito tradicional, tem a organização como se fosse um semi-deus. Lamentavelmente, crêem mais no que a igreja diz, do que num “assim diz o Senhor”.

Vejo em seu trabalho o cumprimento da ordem de Jesus: - “Mas ide antes as ovelhas perdidas da casa de Israel”. São Mateus 10:6.

Meu nome é Saulo, mas devido ao grande preconceito aqui no Sul, passei a fazer o trabalho de Paulo, indo para os gentios (outros movimentos religiosos). Não deixando de amar meus irmãos adventistas.

Nossa igreja é uma igreja jovem e fraterna. O velho sou eu e outros poucos que vieram do adventismo. Trabalhamos com católicos, ou sem religião. Eles são maravilhosos, aceitam a doutrina e colocam em prática com a ajuda de Deus.

Nossa diretoria da Escola Sabatina é organizada, funcionando da mesma forma que há 50 anos atrás. Devido ao espírito missionário que reina entre os irmãos, os cargos duram apenas um mês, para que toa a igreja tenha a oportunidade de assumir essa tão grande responsabilidade.

Na Santa Ceia, não temos fronteiras. Pessoas sem religião se converteram ao verem um irmão lavando seus pés.

Somos adventistas do sétimo dia, mas não estamos presos a placa.

Cremos que Jesus é o nosso Salvador.

Sem mais, aqui fico no aguardo daquilo que possa ser útil.

A igreja do Sul ora por vosso trabalho, desejando que o amor de Deus, a paz de Jesus e a comunhão do Espírito Santo reinem em vosso coração.

Seu sempre amigo e irmão,

Pr. Saulo


Informações adicionais:

Saudações em II Pedro 1:2.

Louvo a Deus por suas notícias. Sinto que o grande Deus está sacudindo o Seu povo. Em comparação à grande multidão, são poucos os que tomam posição ao lado da verdade. Mas creio que o Senhor admira mais a qualidade do que a quantidade. Estamos orando por vocês. Os irmãos estão trilhando por um caminho que eu já peregrinei e só Deus sabe por quanto tempo terei de percorrer, o que chamo de via dolorosa.

Existe uma escada ascendente que nos leva a uma a uma plenitude superior. Como adventistas falamos tanto na Chuva Serôdia, que nada mais é do que a plenitude do Espírito Santo em nossas vidas. Denominamos de porção dobrada do Espírito Santo. Sabemos que quando ocorrer esse acontecimento, o professo povo de Deus poderá enfrentar a lei dominical, as sete últimas pragas e participar da transladação para o encontro com Jesus.

Mas algo tem ficado no esquecimento do professo povo de Deus. Precisamos rogar ao Senhor, em nome de Jesus, que nos batize com a Chuva Temporã, aquela chuva que mata o grão para que germine. "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto." São João 12:24.

Precisamos rogar ao Senhor por um novo nascimento diário. Satanás não dorme e fará todo possível para desviar nossas mente da verdade. Se nossos olhos e mente estiverem mais atentos às heresias e fracassos ocorridos no velho movimento, por certo estaremos perdendo de vista o nosso estado espiritual.

Possuímos uma verdade completa que o Senhor nos enviou, suficiente para nos ajudar individualmente e também ao nosso próximo. O tempo é curto, mas "posso todas as coisas naquEle que me fortalece". Filipenses 4:13.

Quando o cordão umbilical com o velho movimento for cortado, quando rogarmos a Deus que nos ajude a resgatar as veredas antigas, pois na verdade a igreja não salva, mas sim Jesus; então sim, é sinal que somos o grão que morreu e que começa a germinar.

Jesus disse: - "Lembrai-vos da mulher de Ló". São Lucas 17:32. Não tenho notícias que quando o povo remanescente saiu de Babilônia, após os setenta anos de cativeiro, tivessem olhado para trás para uma maioria de judeus que voluntariamente ficaram em Babilônia. É tempo de reerguer os muros (da fé) e do templo (da alma). É tempo do exercício da fé. É tempo esperar Jesus, nosso Salvador.

Breve o homem do tinteiro da profecia de Ezequiel, passará pelo acampamento do professo povo de Deus. (ver Ezequiel 9:1 a 11 e I São Pedro 4:17). "A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de Deus". ... "Vemos ai que a igreja - o santuário do Senhor - foi a primeira a sentir o golpe da ira de Deus." Testemunhos Seletos Mundial, Volume II, págs. 64 e 65.

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