Papa poderia renunciar
por razões de saúde, diz cardeal
Roma - O papa João
Paulo II não exclui a possibilidade de renunciar se suas condições de saúde se
agravarem, afirmou hoje o cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga,
arcebispo de Tegucigalpa e considerado candidato ao trono pontifício. "O papa
sente toda a responsabilidade de seu ministério e, no dia em que se der conta de
que não pode continuar, poderia deter-se", acrescentou o cardeal.
Segundo Rodríguez Maradiaga, o pontífice "pensa da mesma
maneira" - o que confirmaria o que já se diz há tempos no Vaticano, ou seja, que
diante de um mal que o impedisse de cumprir seu ministério, João Paulo II
renunciaria.
Na véspera, entretanto, em audiência pública semanal o
papa esclareceu que não tinha a intenção de renunciar, e disse que "conto com
vosso apoio espiritual para prosseguir com o ministério que o Senhor me
confiou".
Às vésperas de completar 82 anos em 18 de maio, João
Paulo II tem sentido a saúde piorar nos últimos meses, mas até o momento não
suspendeu as viagens que deverá realizar à Bulgária e ao Azerbaidjão nas
próximas semanas.
A viagem de João Paulo a Ischia, em 5 de maio passado,
foi a primeira saída de Roma em sete meses, devido a uma dolorosa artrose. O
cardeal Rodríguez Maradiaga se reuniu com a imprensa após receber o título de
doutor honoris causa que lhe foi concedido pela Universidade dos Salesianos na
capital italiana.
Referindo-se à eventual possibilidade de o atual
pontífice vir a ser substituído por um cardeal latino-americano, o cardeal
hondurenho de 59 anos disse que "um papa da América Latina daria um grande
impulso para uma nova evangelização e um novo impulso missionário à Igreja", e
poderia até mesmo jogar um papel importante "para superar o conflito Norte-Sul
na batalha contra a pobreza".
O cardeal Josef Ratzinger, prefeito da Congregação para
a Doutrina da Fé, disse à revista católica alemã Münchener Katolische
Kirchenzeitung que a "responsabilidade que sente o papa é a de levar em
conta quando chegue o momento de se demitir".
Fonte:
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/mai/16/145.htm
Papa não descarta renúncia por motivos
de saúde, diz cardeal
11h55 - 16/05/2002
CIDADE DO VATICANO, 16 maio (AFP) - Ao afirmar nesta quinta-feira que o papa
João Paulo II "está refletindo" sobre a possibilidade de renunciar, o cardeal
hondurenho Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga não fez nada mais que dizer em alto
e bom som aquilo que os outros prelados murmuram.
O arcebispo de Tegucigalpa deu uma grande demonstração de franqueza à imprensa,
como se ele tivesse realmente discutido com o papa sua renúncia, se o Sumo
Pontífice não se sentir em condições de governar a Igreja.
Dois outros cardeais já tinham dito isso, mas não de forma direta. Num livro de
entrevistas publicado há mais ou menos dois anos, o cardeal Godfried Danneels,
arcebispo de Bruxelas, avaliou que o papa poderia muito bem decidir se aposentar
um dia.
Em entrevista concedida à rádio Deutschlandfunk, o presidente da Conferência
Epicospal alemã, o cardeal Karl Lehmann, afirmou algum tempo depois que ele
acredita que o papa tem coragem e força de dizer, caso sinta que não é mais
capaz de dirigir a Igreja: "eu não tenho mais as condições necessárias".
"Naturalmente que isso não é facil de pensar. Ninguém está habituado à idéia de
um papa demissionário", acrescentou.
João Paulo II deixou claro até o momento que não tem intenção de considerar a
possibilidade de renúncia e que vai governar a Igreja "por quanto tempo Deus
quiser".
"Eu não saberia a quem apresentar minha demissão", respondeu ele, brincando com
os jornalistas que lhe fizeram a pergunta. O direito canônico não prevê
demissão, mas fala sobre "renúncia", desejo de abdicar, a ser anunciado
publicamente.
No meio eclesiástico polonês, sempre se acreditou que o papa deveria se retirar
por vontade própria, partindo para o recolhimento num monastério na Polônia.
Eles citam o convento do santuário Zebrzydowska Kalwaria, onde ele ia
freqüentemente acompanhando seu pai e onde irá para as comemorações de quarto
centenário deste local de peregrinação a 35 km ao Sudoeste da Cracóvia.
O papa Paulo VI tinha uma carta de demissão pronta para ser divulgada caso fosse
verificada a sua impossibilidade de continuar a governar a Igreja de forma
adequada, revelou recentmente seu secretário, o arcebispo Pasquale Macchi.
Paul VI morreu em 1978 com 81 anos e esteve envolvido duas vezes com a questão
da demissão: em 1967, antes de operar a próstata, e em 1976, quando seu médico
desaconselhou sua ida ao Congresso Eucarístico da Filadélfia (EUA), por falta de
condições físicas.
"Se um papa não pode mais viajar, ele é deficiente. Para o bem da Igreja então,
ele deve renunciar", comentou.
Paulo VI pediu então a três especialistas em direito para estudar as
conseqüências de uma eventual demissão e falou ao abade de Montecassino (Sul da
Itália) que lhe reservasse, em todo caso, um lugar em sua abadia.
Os especialistas lhe disseram que nada o impediria de renunciar desde que seu
sucessor seja capaz de tomar decisões seguindo sua linha de direção.
Na história da igreja, os casos de renúncia de papas são raros. Um dos mais
famosos foi o de Benedito IX, eleito em 1033, renunciante em 1045. Reeleito em
1047, demitiu-se novamente em 1048.
Celestino V renunciou em 1294, quatro meses depois de sua eleição, irritado com
as intrigas da cúria romana. O último papa a renunciar foi Gregório XII em 1441,
dois anos antes de morrer.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/inter/afp/2002/05/16/ult34u41745.jhtm
Papa pode renunciar
se saúde piorar, diz cardeal
O papa João Paulo II pode renunciar se sua saúde piorar, disse
o cardeal hondurenho Oscar Andres Rodriguez Maradiaga.
Segundo a agência de notícias Associated Press, Maradiaga disse a
jornalistas em Roma: "O papa está plenamente ciente de sua responsabilidade e,
quando ele perceber que não pode mais prosseguir, vai ter coragem para dizer: Eu
renuncio".
O Vaticano se negou a comentar o assunto. Segundo a imprensa italiana, os
comentários do arcebispo hondurenho provavelmente vão alimentar o debate sobre
as condições de Karol Wojtyla para continuar ocupando a posição de papa.
O papa João Paulo II deverá completar 82 anos no sábado. Ele sofre de mal de
Parkinson e tem problemas nos joelhos e na bacia.
Negativa
Em uma audiência geral no Vaticano na quarta-feira, o papa aparentemente
descartou intenção imediata de
renunciar a sua posição.
João Paulo II pediu aos fiéis que rezem para que ele tenha força para continuar
sua missão.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/020516_papag.shtml
Com a saúde precária, papa
não descarta renúncia, diz cardeal
da France Presse, em Roma
O papa João Paulo 2º, 81, não descarta a possibilidade de renunciar se suas
condições de saúde se agravarem, afirmou hoje o cardeal hondurenho Oscar Andrés
Rodríguez, em uma entrevista à imprensa em Roma.
"O papa sente toda a responsabilidade que pesa sobre ele e, no dia em que
compreender que já não pode continuar, terá a coragem de dizê-lo", declarou o
cardeal de Tegucigalpa sobre a possibilidade de uma renúncia de João Paulo 2º,
que celebrará no próximo sábado seus 82 anos.
A saúde do papa tem dados sinais de
fragilidade desde o início dos anos 90, quando surgiram indícios de que ele
estaria sofrendo de mal de Parkinson, uma doença neurológica que provoca
paralisia e tremores.
O pontífice teve um tumor de cólon removido em 1992, deslocou um ombro em 1993,
quebrou o fêmur em 1994 e teve o apêndice retirado em 1996.
Em 1996, o Vaticano admitiu que o papa seria vítima de uma desordem neurológica,
mas não deu maiores detalhes.
Nos últimos meses, o papa tem sofrido de artrite no joelho direito, o que tem
lhe causado fortes dores. Em março passado, por decisão de seus médicos, João
Paulo 2º não celebrou por inteiro a tradicional missa do Domingo de Ramos, no
Vaticano. Foi a primeira vez que isso aconteceu em seu pontificado, iniciado em
1978.
Fonte:
http://www.uol.com.br/folha/mundo/ult94u41392.shl
Cardel diz que Papa admite
renunciar por motivos de saúde
O papa João Paulo II não descarta a
possibilidade de renunciar se suas condições de saúde se agravarem, afirmou hoje
o cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodríguez, em uma entrevista à imprensa em
Roma. "O Papa sente toda a responsabilidade que pesa sobre ele e, no dia em que
compreender que já não pode continuar, terá a coragem de dizê-lo", declarou.
Em contrapartida, ontem, na audiência das quartas-feiras, o
Papa assinalou que não tem intenção de renunciar. O pontífice, que sofre com
sintomas do Mal de Parkinson e problemas no joelho completa 82 anos depois de
amanhã.
Fonte:
http://www.terra.com.br/noticias/mundo/2002/05/16/017.htm
Papa não pensa em renúncia
Cidade do Vaticano - Às vésperas de
completar 82 anos, no próximo sábado, o papa João Paulo II reafirmou que não
pensa em renunciar ao pontificado. "Confio no vosso apoio espiritual para
continuar com fidelidade no cargo de que Deus me encarregou", disse diante de
milhares de fiéis.
Durante audiência pública, na Praça São Pedro, em Roma, o papa - que sofre de
artrite e mal de Parkinson - deu mais uma vez a impressão de que não está bem de
saúde. As especulações sobre uma aposentadoria voluntária de João Paulo II, que
seria o segundo papa a se aposentar em 2.000 anos de história da Igreja
Católica, são levantadas em Roma cada vez com mais insistência.
Alguns cardeais pressionam em favor dessa opção e há rumores de que o papa já
tem pronta uma carta, para o caso de sua saúde não permitir o desempenho de suas
funções. Segundo o cardeal chileno Jorge Arturo Medina, o papa não gostou da
hipótese da aposentadoria.
A audiência geral de João Paulo II foi vista nesta quarta-feira por
quinhentas ex-prostitutas de todo o mundo, acolhidas nos centros de recuperação
pelo padre italiano Oreste Benzi. Aproveitando a presença delas, o papa
conclamou a defesa da liberdade e da dignidade humana.
"Expresso minha espiritualidade e minhas preces às jovens e conclamo para que
prossigam com confiança o caminho da liberdade, eixo fundamental da dignidade
humana."
Fonte:
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/mai/15/344.htm
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