A Verdade Sobre os 144 Mil

 

Prezados amigos,

Os comentários que se seguem constituem uma resposta ao artigo Opinião de um Reformista: Quem São Realmente os 144 Mil? publicado recentemente no site do Ministério “Aconselho-te” e às colocações do irmão Wellington, a propósito da apostila do irmão Jairo de Carvalho.

Depois de analisar objetivamente as informações disponíveis sobre o assunto, não pude evitar a conclusão de que os 144.000 realmente constituem o conjunto de salvos dentre os crentes na terceira mensagem angélica desde que esta começou a ser proclamada (1.844).

Quando saliento que isso decorreu de uma análise OBJETIVA das evidências, quero dizer que pus à parte especulações do tipo: “Ah, mas se é assim, quase ninguém se salvará!”; ou “Mas, e o que dizer dos 12 milhões que hoje crêem na mensagem adventista?”. Não permiti que pensamentos dessa natureza se intrometessem no processo de pesquisa, pois estão eivados de sentimentalismo, não sendo compatíveis com o trabalho científico sério. Neste, o que importa é que as peças do quebra-cabeça se encaixem perfeitamente, a despeito da figura que se formará! No desejo de que o quadro seja bonito, não devemos juntar peças incompatíveis.

Como fruto do meu trabalho de investigação, tenho hoje uma apostila de 26 páginas em formato Word. Não pretendo disponibilizá-la no momento, pois carece de correções ortográficas e de embelezamento na estética literária, já que foi produzida há 5 anos. Mas, apresentarei aqui algumas dentre as diversas evidências que pude agrupar, no sentido de responder às 2 perguntas básicas sobre o assunto: [a] quem são os 144.000?; e [b] o número é literal ou simbólico?

Aviso àqueles que discordarem das conclusões aqui apresentadas que não responderei a comentários que não enfrentem tecnicamente e de forma direta os argumentos expostos. Não raras vezes, ocorre em debates sobre temas bíblicos que as pessoas lançam mão de outras passagens, enveredando por outras áreas do assunto, e não respondem claramente os argumentos elencados. Se os e-mails enviados não incluírem uma análise objetiva dos mesmos pontos apresentados por mim, sugerindo outras possibilidades de interpretação, considerarei simplesmente que o oponente não possui resposta satisfatória para os argumentos, sendo estes, portanto, irrefutáveis.

Quem são os 144.000?

Os 144.000 constituem os salvos dentre os crentes na terceira mensagem angélica desde 1.844. Conquanto minha apostila reúna no mínimo 10 fortes evidências a favor dessa posição, indicarei apenas 2.

Em Primeiros Escritos, à p. 15, a senhora White relata: “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de cento e quarenta e quatro mil, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto.”

Já em O Grande Conflito, à p. 637, afirma a senhora White: “Abrem-se sepulturas, e ‘muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.’ Daniel 12:2. TODOS os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua Lei. ‘Os mesmos que O traspassaram’ (Ap 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.”.

 

À p. 640, antes de descrever a segunda vinda de Jesus, ela explica: “A voz de Deus é ouvida no céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo.”.

Reunamos, agora, as evidências:

1. Pouco antes do aparecimento de Cristo, os santos vivos ouvem a voz de Deus anunciando o dia e a hora para aquele evento.

2. Antes dessa voz ser anunciada (GC, p. 640), TODOS os que morreram crentes na terceira mensagem angélica ressuscitam glorificados (GC, p. 637). É a ressurreição especial.

3. Estes ressuscitam antes justamente para ouvirem a voz de Deus estabelecendo concerto eterno com Seu povo.

4. Esta voz que estabelece o concerto eterno também anuncia o dia e a hora da vinda do Salvador.

5. Os santos vivos que ouvem essa voz são os 144.000 (PE, p. 15).

Conclusão: como a senhora White declara que os santos VIVOS serão os únicos que ouvirão o anúncio do dia e da hora da vinda de Cristo; que os que morreram crentes na terceira mensagem angélica já estarão VIVOS nessa ocasião; e que esses santos VIVOS são os 144.000, segue-se que os 144.000 são os salvos dentre os crentes na mensagem do terceiro anjo. Não há como escapar desse entendimento.

Alguns dirão: “Mas, os 144.000 não são aqueles que nunca provaram a morte?” Bem, em minhas investigações, nunca encontrei qualquer declaração da senhora White nesse sentido. Se puderem me apresentar tal citação, farei uma revisão de meu entendimento.

 

Outro argumento. A senhora White revela claramente que o selamento começou em 1.844:

“Vi que a presente prova do Sábado não poderia vir até que a mediação de Jesus no lugar santo terminasse e Ele passasse para dentro do segundo véu. Portanto, os cristãos que dormiram antes que a porta fosse aberta no santíssimo, quando terminou o clamor da meia-noite no sétimo mês, em 1.844, e que não haviam guardado o verdadeiro Sábado, agora repousam em esperança, pois não tiveram a luz e o teste sobre o Sábado que nós agora temos, uma vez que a porta foi aberta. Vi que Satanás estava tentando alguns do povo de Deus neste ponto. Sendo que grande número de bons cristãos adormeceram nos triunfos da fé e não guardaram o verdadeiro Sábado, eles estavam em dúvida quanto a ser isto um teste para nós agora... Satanás está agora usando cada artifício neste tempo de selamento a fim de desviar a mente do povo de Deus da verdade presente e levá-los a vacilar. Vi que Deus estava estendendo uma cobertura sobre o Seu povo a fim de protegê-lo no tempo de angústia; e que cada alma que se decidia pela verdade e era pura de coração devia ser coberta com a proteção do Todo ­Poderoso. Satanás sabia disto e estava trabalhando com afinco para conservar vacilante e instável na verdade a mente do maior número possível de pessoas.... Satanás estava procurando lançar mão de todas as suas artes a fim de mantê-los onde estavam até que a cobertura fosse estendida sobre o povo de Deus, e eles [os que não estavam firmes ao lado da verdade presente] fossem deixados sem um abrigo da ardente ira de Deus, nas sete últimas pragas.” Primeiros Escritos, pp. 42 e 43.

Deus está começando a estender a cobertura sobre Seu povo, e ela logo será estendida sobre todos os que devem ter um abrigo no dia da matança.” Primeiros Escritos, p. 44.

“O tempo de selamento é muito curto, e logo passará. Agora, enquanto os quatro anjos estão contendo os ventos, é o tempo de fazer firme a nossa vocação e eleição.” Primeiros Escritos, p. 58.

“Vi um pequeno grupo viajando por um caminho estreito. Todos pareciam estar firmemente unidos, ligados pela verdade, em companhia ou grupo. Disse o anjo: ‘O terceiro anjo está unindo-os, ou selando-os em grupos para o celeiro celestial.” Primeiros Escritos, pp. 88 e 89.

“Vi então o terceiro anjo. Disse meu anjo acompanhante: Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o anjo que deve separar o trigo do joio, e selar, ou atar, o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda.” Primeiros Escritos, p. 118.

Comparem-se esses extratos com as palavras de João em Apocalipse 7:4:

“Então ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.”

Concluindo: de acordo com Ellen G. White, o selamento começou em 1.844, quando Jesus entrou no Santíssimo do Santuário Celestial e em razão disso brilhou a luz sobre o Sábado; a obra do selamento é levada a efeito pela mensagem do terceiro anjo; e João diz que 144.000 é o TOTAL dos assinalados. Não pode haver assinalados que não façam parte dos 144.000. Portanto, os 144.000 são constituídos nos salvos dentre os crentes na terceira mensagem angélica desde 1.844.

 

O Número é Literal ou Simbólico?

Infelizmente, no afã de defender a verdade, os reformistas e parte dos adventistas do sétimo dia que ainda mantém posição semelhante à minha acabam se valendo de argumento frágeis, que embora não sejam totalmente inválidos não possuem o peso de resolver a questão. Bater na tecla de que a senhora White afirma que eles são em número de 144.000 é, de fato, um tanto infantil (enfatize-se: no plano da argumentação), eis que ela poderia estar fazendo tão somente um empréstimo literário do Apocalipse.

Ademais, quando os defensores da simbologia do número exigem que a coerência figurativa do Apocalipse seja mantida, não estão destituídos de razão. Ora, se o Apocalipse deve ser encarado como um livro simbólico, repleto de imagens e dados que não podem ser tomados literalmente, por que apenas o número 144.000 deve ser visto como literal?

O problema é que ambos os lados estão equivocados ao se excluírem mutuamente. Depois de meticulosa observação dos dados, entendi que, consistindo em um número, o valor “144.000” só pode ser comparado com outros números. Em outras palavras, se queremos saber se esse valor deve ser considerado como simbólico ou literal, precisamos atentar para o modo como os números são empregados em Apocalipse. São eles literais? Ou são simbólicos? Ou são ao mesmo tempo literais e simbólicos? Concluí que os números utilizados por João são tanto literais quanto simbólicos.

A primeira dificuldade nesse campo é enfrentar o senso comum, segundo o qual “simbólico” é tudo aquilo que não é literal. Trata-se de um conceito distorcido, que não corresponde à realidade. Simbólico é tudo aquilo que transmite uma mensagem, uma informação, que transcende à sua substância. Por exemplo: a bandeira do Brasil existe fisicamente; você pode apalpá-la, segurá-la, rasgá-la. Nesse sentido, ela não tem nada de simbólica. Mas, é simbólica porque representa uma pais e um povo (no caso, o Brasil e o povo brasileiro). Já o dragão do Apocalipse é unicamente simbólico, pois não existe um animal com as características quanto a ele descritas. Por vezes, em se tratando de coisas que existem mas que são comuns, desconsidera-se a existência real do ser (animado ou inanimado) e enfatiza-se apenas o aspecto figurativo. É o caso de um leão estampado numa bandeira.

Portanto, uma coisa pode ser apenas literal, apenas simbólica, ou literal e simbólica ao mesmo tempo.

É um erro crasso dizer que o Apocalipse é constituído apenas de elementos simbólicos. A Cidade Santa, o Santuário Celestial, os anjos etc. podem até exibir aspectos simbólicos, mas são bem reais. Mas, como os números são utilizados em Apocalipse? Vejamos algumas evidências.

O livro do Apocalipse é endereçado às 7 igrejas da Ásia (Apocalipse 1:4) e, em seus capítulos 2 e 3, o Senhor Jesus transmite os mais variados conselhos na forma de cartas enviadas a essas igrejas (Apocalipse 1:11). O número 7 possui aí os aspectos simbólico e literal. Ele é simbólico porque indica plenitude e faz com que as congregações mencionadas pelo vidente de Patmos representem todo o Cristianismo, desde sua fundação até a época atual (Atos dos Apóstolos, p. 585). É literal dada a possibilidade de se identificar exatamente 7 períodos históricos da religião cristã até a segunda vinda de Cristo.

Visto que os homens têm rejeitado as solenes advertências enviadas pelo Céu, tornado-se cada vez mais ousados no pecado, Deus promete castigar a impenitência da raça através das 7 últimas pragas (Apocalipse 15:1; 16:1). Esse número é literal ou simbólico? Resposta: tanto uma coisa quanto outra. O número 7, nesse caso, é usado para indicar que os flagelos vindouros perfazem a completa ira de Deus (Apocalipse 15:1). Mas isso quer dizer que não serão derramadas exatamente 7 pragas? Absolutamente. Tanto a Bíblia quanto o Espírito de Profecia (O Grande Conflito) vaticinam que os infiéis serão atormentados exatamente com 7 flagelos, 7 grandes desgraças que sobrevirão ao planeta Terra. Dessa maneira, mais uma vez fica demonstrado que os aspectos simbólico e literal não são opostos entre si, como muitos pretendem; antes, constituem os 2 lados de uma mesma moeda.

Jesus prometeu moradas especiais para Seus seguidores (S. João 14:1-3). A epístola aos Hebreus afirma que Abraão “aguardava a cidade que tem fundamentos da qual Deus é o arquiteto e edificador”. Hebreus 11:10. Diz também que Deus “lhes preparou uma cidade”. Hebreus 11:16. João fornece uma descrição dessa cidade e afirma que ela possui 12 portas, sobre as quais podem ser lidos os nomes das 12 tribos de Israel (Apocalipse 21:12), e 12 fundamentos, adornados de toda espécie de pedras preciosas e sobre os quais estão registrados os nomes dos 12 apóstolos do Cordeiro (Apocalipse 21:14, 19 e 20). O número 12, empregado abundantemente em relação à Nova Jerusalém, é simbólico ou literal? Resposta: tanto simbólico quanto literal. A própria cidade também possui os 2 aspectos. Ela representa o povo de Deus (Apocalipse 19:7 e 8; e 21:2, 9 e 10), mas isso de maneira alguma constitui evidência de sua inexistência física. Ela foi planejada e construída pelo próprio Jeová e prometida por Cristo aos redimidos. Da mesma forma, o número 12 possui os 2 aspectos.

Se a cidade possui 12 portas com os nomes dos filhos de Israel, Deus está querendo mostrar que apenas verdadeiros israelitas serão salvos. Nos dizeres de Jesus: “Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.” João 4:22. Todo gentio que almeja a salvação precisa antes aceitar a Cristo como Seu Salvador pessoal, tornar-se um com Ele e, por Seu intermédio, adotar o nome de israelita (ver Gálatas 3:26-29). No que tange aos 12 fundamentos, diz a carta aos Efésios: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.” Efésios 2:20.

Assim como a Nova Jerusalém está alicerçada sobre 12 fundamentos, a Igreja de Cristo é chamada de “apostólica”, pois tem como fundamento o testemunho dos discípulos de Jesus. Agora, tendo em vista essas observações, pode-se insinuar que a cidade não possua 12 portas e 12 fundamentos? De modo algum. O aspecto literal não deve ser desprezado. Como já foi dito, as dimensões simbólica e literal não são opostas, nem auto-exclusivas, mas complementares.

Verifica-se, a partir dessa análise, que atribuir ao número 144.000 apenas o aspecto simbólico, tornando-o abrangente de uma multidão indefinida, eqüivale a desmontar toda a teologia bíblica e deixar os cristãos a navegar num oceano de incógnitas indecifráveis. Assim, sem medo de errar, pode-se afirmar que o número em questão possui as 2 facetas; ele é tanto simbólico quanto literal. Simbólico, porque em sua composição aparece o número característico do reino de Deus, o 12 (12 x 12 x 1000); 1.000 indica um grupo grande. Literal, porque esse número indica realmente a quantidade de pessoas que receberão o selo de Jeová.

 

 

Finalizando.

Por certo que não pequeno número de leitores rejeitará tais conclusões por considerar severo demais o quadro que elas revelam: apenas 144.000 salvos dentre os que adotaram a Reforma do Sábado em virtude da tríplice mensagem angélica!!! Mas, isso diverge de alguma forma da triste declaração de Ellen G. White que se lê a seguir? Creio que não!

“Tenho afirmado perante eles [o povo de Deus] que, do que me foi mostrado, apenas um PEQUENO NÚMERO dos que agora professam viver na verdade acabarão sendo salvos – não porque não possam ser salvos, mas porque não quiseram ser salvos do modo indicado pelo próprio Deus. O caminho indicado pelo divino Senhor é muito apertado, e a porta, muito estreita para permitir-lhes entrar, enquanto se apegam ao mundo ou acariciam o egoísmo ou pecado de qualquer tipo...” Testemunhos para a Igreja, vol.2, pp. 445 e 446.

Que Deus possa abençoar os leitores deste artigo, não inspirando neles o temor abjeto daqueles que desistem de prestar o vestibular por acharem que não serão aprovados, devido ao elevado grau de dificuldade, mas o desejo ardente pela vitória que caracteriza os verdadeiros campeões!

“Ao vencedor” permitirei que “se alimente da árvore da vida”; não deixarei que sofra “dano da segunda morte”; darei um pouco “do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca”, sobre a qual estará escrito seu nome novo; concederei “autoridade sobre as nações” e a “estrela da manhã”; Eu o vestirei de roupas brancas, não “apagarei o seu nome do livro da vida”, antes “confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos”; farei dele “coluna do Meu Deus” e “gravarei também sobre ele o nome do Meu Deus, o nome da cidade do Meu Deus, a nova Jerusalém” “e o Meu novo nome”; e, por fim, Eu o premiarei com a maior das honras: “sentar-se comigo no Meu trono”. Tudo isso darei “ao vencedor” (Apocalipse 2:7, 11, 17 e 26-28; e 3:5, 12 e 21).

Terminamos o artigo com o apelo da senhora White: “Esforcemo-nos com todo o poder que Deus nos deu, para estar entre os cento e quarenta e quatro mil.” Review and Herald, 9 de março de 1905. -- Henderson H. L. Velten, editor dos sites www.concertoeterno.kit.net e www.profecia.com.br

[Obs.: Imprima este arquivo, tire cópias dele e distribua em sua igreja. Por favor, mantenha as referências aos sites indicados acima para divulgação dos mesmos]


Opinião de Jairo Carvalho

Irmão Robson,

Gostaria de efetuar algumas colocações relativas ao e-mail enviado pelo irmão Henderson sobre este tema. Segundo o irmão, os 144.000 constituem o conjunto de salvos dentre os crentes na terceira mensagem angélica desde que esta começou a ser proclamada (1.844). Gostaria de trazer a lume um texto do Espírito da Profecia, a fim de comentar tal conclusão. Chamo a atenção dos irmãos para as partes colocadas em negrito:

"No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo - tão resplendente é ele pela glória de Deus - está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo diante do trono - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apoc. 14:1-5; 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". "Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis" diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra." Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima". Apoc. 7:16 e 17." O Grande Conflito, 648.

Segundo o texto acima, os 144.000 cantam um cântico que ninguém, a não ser eles, conhece, pois é o da sua experiência. Que experiência é esta? A seqüência do texto relata:

Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, ...
passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação;
suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó;
permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus...

Uma simples leitura no texto acima nos aclara que os 144.000 passarão vivos pelo tempo de angústia de Jacó. Por este texto, temos automaticamente que excluir todos os que creram na mensagem do terceiro anjo desde 1844 e já morreram, uma vez que a ressurreição especial, daqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo mencionada em Daniel 12:1-3, ocorrerá ao final do tempo de angústia (sétima praga - ver Eventos Finais, pág. 234), por ocasião do livramento do povo de Deus.

A leitura do texto acima também nos aclara que o grupo dos 144.000 é constituído de pessoas pertencentes à última geração de adventistas guardadores do sábado que viverá sobre a Terra, e não de pessoas que nasceram no passado e já faleceram. Do texto acima também podemos concluir que piedosos pioneiros do movimento adventista, como Ellen G. White, Uriah Smith, James White, Andrews e tantos outros não farão parte do seleto grupo dos 144.000.

Espero que as palavras acima contribuam para o entendimento.

Que Deus abençoe a todos, Jairo Carvalho.

Leia também:

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com