O Que os Leigos Têm a Dizer Sobre a Lição 7: “Perdoados pelo Amor de Deus”?

 

SÁBADO À TARDE

“Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nEle” (Col. 2:6, NVI).

1)     Assim como = Da mesma maneira = De modo idêntico.

2)     Recebemos a Cristo depois dEle nos atrair para Si mediante Seu amor, ou seja, confiando em Sua graça (“Pela graça sois salvos mediante a fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus” Efésios 2:8).

3)     Continuamos em Cristo não se opondo à Sua contínua atração amorosa, ou seja, confiando na continuidade de Sua graça (“Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus” Filipenses 1:6).

4)     Receber a Cristo equivale à experiência da Justificação pela Fé

5)     Continuar em Cristo equivale à experiência da Santificação igualmente pela Fé.

6)     Se a experiência da justificação se dá quando recebemos a Cristo, e devemos continuar em Cristo da mesma que o recebemos, então a santificação é a repetição diária da experiência da Justificação pela Fé.

7)     Começamos (somos justificados) pela graça mediante a fé e continuamos (somos santificados) igualmente pela graça mediante a fé.

8)     Advertência: “Só quisera saber isto de vós: Recebeste o Espírito pelas obras da lei (esforço pessoal), ou pela fé (dom de Deus)?  Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito (graça mediante a fé), acabais agora na carne (legalismo) ?” Gálatas 3:2-3.

 

DOMINGO – PRIMEIRO AMOR

“Nós (O) amamos porque Ele nos amou primeiro” (I João 4:19).

A base da Aliança Eterna consiste na graciosa iniciativa de Deus com a qual “prova o Seu amor para conosco, pelo fato de que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” Romano 5:8.

Destaque da lição: “A evidência textual em I João 4:19 indica que a palavra ‘O’ pode não caber neste verso; neste caso, seria: "Nós amamos porque Ele nos amou primeiro." De qualquer forma, o argumento principal continua: Só amamos porque fomos amados. E não por qualquer um, mas por nosso Criador.”

“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (I Cor.2:14)

Foi por esta razão que Jesus falou: “Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver (aceitar, entender) o reino de Deus... nascer da água e do Espírito... o que é nascido da carne, é carne, mas o que é nascido do Espírito, é espírito” João 3:3,5-6.

Nascer de novo é a finalidade da Aliança Eterna, ou Nova Aliança como é mencionado em Jeremias: “Farei uma aliança nova... esta é a aliança que farei... Porei a minha lei no seu interior, e as escreverei no seu coração” Jeremias 31:31,33.

E Ezequias amplia: “Então Eu lhes darei em mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; tirarei  da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” Ezequiel 11:19. “Estabelecerei contigo uma aliança eterna” Ezequiel 16:60.

Esta Aliança eterna pode ser descrita como uma obra sobrenatural do Espírito Santo no coração humano, produzindo uma mudança de atitude para com Deus e criando uma nova capacidade para conhecê-lo e amá-lo.

 

SEGUNDA – DEUS ENVIOU SEU FILHO

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

João 3:16 não fala que Deus “emprestou” Jesus para a humanidade, mas “deu”. Foi uma dádiva permanente e um sacrifício de conseqüências eternas:

“Ao tomar nossa natureza, o Salvador ligou-se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. ‘Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito.’ Não o deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar seu imutável conselho de paz, Deus deu seu Filho Unigênito a fim de que se tornasse membro da família humana, retendo para sempre sua natureza humana.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 21.

 

“Teria sido quase uma suprema humilhação para o Filho de Deus, revestir-se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 41.

 

 

TERÇA-FEIRA – AMAR A DEUS

SERÁ QUE REALMENTE ENTENDEMOS O QUE É AMOR?

AMOR – Nosso idioma só tem uma palavra para expressá-lo:

¨       Com ela nos referimos a algo tão sublime como o que é Deus

¨       Com ela nos referimos também a coisas comuns e banais

Quando os apóstolos escreveram o Novo Testamento, sua linguagem era mais rica que a nossa.

A palavra mais comum usada no dia a dia para amor era eros.

Algo semelhante ao nosso uso mais habitual da palavra amor.

Denotava:

¨       o amor mútuo entre cônjuges

¨       o amor de pais para filhos e de filhos para pais

¨       o amor entre os amigos

¨       um princípio nobre e belo

Era a grande idéia de Platão sobre um amor elevado e espiritual, o oposto da mera sensualidade.

Quando o apóstolo João tomou sua pena para escrever a significativa expressão: “Deus é amor”, não pôde escrever “Deus é eros”. Por mais nobre e belo que o eros pudesse parecer, teve que escrever : “Deus é ágape”.

Os filósofos dos dias dos apóstolos se indignaram porque não foi empregado o seu termo predileto (eros).

Estas duas noções sobre o amor lutam ainda hoje pela supremacia.

 

NÃO CONFUNDA EROS COM ÁGAPE:

EROS – Amor Natural / Comum a todos os homens (mesmo aqueles que não crêem em Deus)

ÁGAPE – Amor Divino (Sobrenatural)

Jesus advertiu para não confundirmos estes tipos de amor – Mat.5:46-47:

Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?

Amar àqueles que nos querem bem é um tipo de amor que todos possuem (não precisa ser cristão).

Mas Jesus pediu – Mat.5:44:

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus

O AMOR NATURAL:

¨       É um tipo de amor que depende da beleza, bondade ou valor do objeto amado (Baseado na reciprocidade)

¨       É despertado perante a qualidade desejável do objeto deste amor, como ocorre no na relação sentimental entre pessoas de sexos opostos

¨       É um tipo de amor “eu-amo-a-quem-me-ama”

¨       Este tipo de amor é dado para uns e negado para outros ou dado mais para uns do que para outros

EM CONTRASTE, de Jesus, que veio nos revelar como Deus é e como Deus ama, é dito – Rom.5:7-8,10:

Dificilmente alguém morrerá por um justo; mas poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o Seu amor (ágape) para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. ... Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida.”

O AMOR DIVINO (ágape) é o tipo de amor que ama a quem não é amável, ama quem não é digno, ama inclusive os seus inimigos.

O AMOR NATURAL:

¨       Repousa sobre a noção de necessidade

¨       Empregamos de forma sinônima: “eu te amo” – “preciso de você”

¨       Cônjuges, pais e filhos, amigos se amam, pois necessitam um do outro (amamos aqueles que nos são agradáveis)

Não há nada de errado nisto, mas notem que o ÁGAPE está em completo contraste, pois fundamenta-se em uma motivação totalmente altruísta, sem relação com o interesse ou necessidade próprios – I João 4:9-10:

Nisto se manifesta o amor de Deus (ágape) para conosco: que Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está o amor (ágape), não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.

O AMOR NATURAL é um tipo de amor que busca a Deus.

A busca de Deus bem como de Seus favores é o fundamento da maioria das religiões do planeta (inclusive e especialmente a religião pagã).

Aparentemente é uma busca nobre.

Mas esta idéia é contrária ao princípio revelado na Bíblia e na pessoa de Jesus com respeito ao AMOR DIVINO (ágape): Não é o homem que busca a Deus, mas é Deus que busca o homemLucas 19:10:

“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”

“A salvação não é alcançada por procurarmos a Deus, mas porque Deus nos procura. ... Não nos arrependemos para que Deus nos ame, porém Ele nos revela Seu amor para que nos arrependamos.” Parábolas de Jesus, pág. 189.

 

O AMOR NATURAL busca a Deus porque precisa de Deus.

O AMOR DIVINO nasce no homem como uma conseqüência de Deus buscá-lo – João 15:16:

“Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi”.

O entendimento desta diferença entre estes dois tipos de amor é vital para a qualidade de nossa vida cristã.

Se o entendimento que temos do amor é o AMOR NATURAL que nasce da necessidade e da reciprocidade, é natural que tentemos nos tornar importantes e bonitos para Deus na intenção de que Ele nos ame (base do paganismo).

Conseqüentemente, este noção de amor com base no valor do objeto amado, no interesse e necessidade que dele temos, influirá no nosso amor para com o próximo:

¨       É por isso que tratamos melhor o médico que o lixeiro

¨       Amamos as pessoas que “valem” de acordo com o nosso conceito pessoal de valor

¨       Amamos àqueles que para nós “valem a pena” ser amados

O AMOR DIVINO é diferente, pois não está subordinado ao valor do que se ama (é soberano, independente).

Não depende do valor da pessoa amada, mas concede valor ao amá-la.

Quando entendemos que Deus nos ama, mesmo que para Ele sejamos feios e inúteis, este tipo de AMOR nos dá o desejo de não continuarmos sendo feios e inúteis, mas de sermos transformados pela Sua graça à Sua imagem e semelhança.

O maior exemplo que o universo tem do AMOR DIVINO foi nos concedido na pessoa de JESUS CRISTO.

Assim como usamos as palavras e os gestos para demonstrar nosso amor para os outros, Deus personificou Suas palavras e gestos de amor por nós na pessoa de Jesus – Fil.2:5-8:

(1) Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus”.

O Filho de Deus depôs Sua coroa voluntariamente.

(2) Mas esvaziou-Se a Si mesmo”.

Quando Cristo Se despojou a Si mesmo, estava submetendo eterna e voluntariamente tudo o que Lhe era precioso.

(3) “Tomando a forma de servo”.

Os anjos são chamados servos ou “espíritos ministradores” enviados para nos proteger (Hebreus 1:14). Se Cristo Se houvesse tornado como um deles, isto teria sido uma grande condescendência para Ele, pois era seu Criador e Comandante. Mas desceu ainda mais.

(4) Fazendo-Se semelhante aos homens”.

Não um homem forte, belo e inteligente como Adão, mas como um homem que carregava sobre Si a degradação física e mental ocasionada por 4000 anos de pecado. Mais ainda.

(5) E, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo”.

Teve um humilde nascimento. Viveu entre os pobres e marginalizados.Sua vida e posses foi precária e simples. “Não tinha onde reclinar a cabeça”. Mas isto não é tudo:

(6) Foi obediente até à morte”.

Não a morte que conhecemos hoje, pois esta é chamada na Bíblia é identificada como um “sono”. A morte que Cristo teve que sofrer, nenhum ser humano ainda a experimentou.

(7) E morte de cruz”.

Nos dias de Jesus, a morte de cruz era a mais humilhante e desesperadora das mortes. Não só era a mais cruel das que se tinham inventado, não só a mais vergonhosa. Ser amarrado nu perante a multidão gritando que contemplava a sua agonia com satisfação. A morte de cruz levava em si mesma um horror ainda mais profundo que tudo isto: Significava a maldição do Céu.

O tipo de morte que Cristo morreu foi a dos perdidos, que perecerão finalmente sem nenhuma esperança, naquilo que o Apocalipse denomina a “segunda morte”. Jesus morreu sem qualquer esperança. Esta foi a morte a que Jesus Se fez “obediente”. Clamou angustiado: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mateus 27:46).

Medite nisto com atenção e reverência. Você e eu deveríamos ter atravessado esta experiência, se Ele não houvesse tomado nosso lugar e morrido nossa segunda morte.

Ao começar a apreciar algo da grandeza e glória do AMOR DIVINO (ágape), à luz da maior revelação do Novo Testamento, é inevitável que perguntemos:

Podemos algum dia neste mundo amar com este tipo de AMOR DIVINO?

Isto pode nos parecer algo impossível, mas a Palavra de Deus em Fil.2:5 diz virtualmente: “Não é impossível!”:

Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.

Jesus não nos diz: “Contemple Minha vida caracterizada pelo ágape e se maravilhe, mas não se esforcem em vão, pois jamais você obterá algo parecido”.

Não! Mas nos diz – João 13:34:

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”.

“A energia criadora que trouxe à existência os mundos, está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder e gera vida. Cada ordenança é uma promessa; aceita voluntariamente, recebida na alma, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, restaurando-a à imagem de Deus” (Educação, p. 126).

O pastor R.J.Wieland conta a seguinte experiência em seu livro “Introdução à Mensagem de 1888”:

“Quando retornei da África, depois de anos de serviço missionário, me inscrevi em um curso universitário de tradução avançada do grego. Logo de início comecei a temer não poder seguir o ritmo da classe. Um dia após o outro, os colóquios em grego pareciam como ondas gigantes passando por cima de minha cabeça. Em certa ocasião disse a professora: ‘Creio ser melhor abandonar o curso: está acima de minhas possibilidades’. Ela respondeu: ‘Na minha opinião você deveria permanecer. Continue na classe. Eu verei como progride’. O que viu foi um aluno persistente, paciente, determinado. Ela me ajudou tanto que ao final, não somente terminei o curso, mas obtive a classificação máxima. Uma boa ilustração de nosso Professor celestial. Se permanecermos em Sua classe, é Seu trabalho nos conduzir à aprovação. E que a obtenhamos com o máximo proveito. Seu ofício é ser Salvador!

Não é por nossos próprios esforços e trabalho duro... É pela graça de Deus... Nossos ‘próprios e diligentes esforços’ significam simplesmente cooperação com os agentes que o céu emprega”.

O Senhor nunca nos pede que façamos o impossível.

Podemos, quando ingressamos humildemente em Sua escola e lá permanecemos permitindo-Lhe nos ensinar.

“No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio da ação. Modifica o caráter, governa os impulsos, domina as paixões, subjuga a inimizade e enobrece as afeições.” –Caminho a Cristo, pág. 59.

 

Notemos a seqüência lógica:

(1)  Coração renovado pela graça divina

(2)  Amor é o princípio da ação

(3)  Modifica o caráter

(4)  Governa os impulsos, domina as paixões, subjuga a inimizade e enobrece as afeições

Nossa maior dificuldade é inverter a ordem dos fatores, é querer principiar pelo fim, é tentar ir do efeito para a causa, é nos esforçarmos por governar nossos impulsos, dominar nossas paixões, subjugar a inimizade e enobrecer as afeições, sem antes termos sido renovados pela graça divina que implantará o amor como o princípio de toda ação, modificando assim nosso caráter.

 

 

QUARTA-FEIRA – ANDANDO EM AMOR

"Se Me obedecerem fielmente e guardarem a Minha aliança, vocês serão o Meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a Terra seja Minha, vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Êxo. 19:5 e 6, NVI).

É muito fácil tirar este verso do contexto da Aliança Eterna que Deus estava procurando renovar com Seu povo no Sinai, e entendê-lo equivocadamente no sentido da experiência do velho concerto: “obedece e viverás” que, segundo Paulo, gera “filhos para a servidão” (Gálatas 4:24). Portanto, cada vez que este verso é mencionado cabe a explicação:

A palavra hebraica que foi traduzida por “obedecer” (shamah) significa “dar ouvidos”, “prestar atenção”. E a palavra hebraica traduzida por “guardar” (shamar) está relacionada com a anterior.

Não é o termo habitual para referir-se a “obedecer” no sentido de “fazer”. Seu significado essencial é “considerar”, “prestar (dar) atenção”, “apreciar”, “manter”, “cuidar”, “cultivar” (ver Gên.2:15 onde a mesma palavra é usada no sentido de “cuidar”, “manter”, “cultivar” àquilo que Deus já havia preparado e entregue ao homem).

Assim, o que o Senhor disse a Israel foi: “Agora portanto, se derem ouvidos à Minha voz (considerarem com atenção), e apreciarem (cultivarem) o concerto (a promessa) que fiz...”.

O Senhor estava pedindo para que eles considerassem atentamente a promessa feita, cuidassem por mantê-la sempre na memória, vigiassem para não esquecê-la, apreciassem Sua iniciativa.

“Obedecer” no sentido de “fazer” não caberia aqui porque até então o Senhor não tinha pedido nada para eles, mas apenas lembrado de Sua promessa e feitos a favor deles (Êxo.19:4).

Está evidente que o Senhor estava propondo renovar a Aliança Eterna da justiça pela fé pronunciada no Éden (Gen.3:15) e repetida a Abraão, e não instituir um sistema de salvação pelas obras.

Toda verdadeira obediência deve ser uma conseqüência em descansarmos confiantemente nas promessas que o Senhor Deus fez e faz em nosso favor, ou seja, é conseqüência de estarmos andando em “Seu” amor. 

Destaque da lição: A lei de Deus não é uma questão de fazer mas de ser.”

 

 

QUINTA-FEIRA – O CUMPRIMENTO DA LEI

Como você responderia a este argumento: Quem precisa de regras para nos dizer como amar? Afinal, amar não é algo natural? Se amarmos, não faremos automaticamente a coisa certa?

Na verdade a lei é a definição divina do amor em termos humanos pós-pecado.

Pode existir um elemento essencialmente subjetivo ao simplesmente se dizer que devemos amar a Deus e ao próximo. Relativizamos a definição do que seria “amar” de acordo com a nossa natureza inerentemente egocêntrica. O conceito do amor para os seres humanos está contaminado com o pecado. Pode-se roubar, adulterar e até matar por amor.

Na lei, Deus deu um caráter objetivo ao amor, definindo todas as implicações deste amor no âmbito do nosso relacionamento para com Ele e para com o nosso semelhante.

Na cruz de Cristo, Deus exemplificou a abrangência de Sua definição de amor: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós. E devemos dar a nossa vida pelos irmãos” I João 3:16.

 

 

SEXTA-FEIRA

Que perigos surgem quando se tenta guardar a lei sem o fundamento do amor? A que resultados esse tipo de obediência conduz?

Guardar a lei sem o fundamento do amor que vem de Deus, é tentar observá-la na força da carne. Tal atitude a bíblia define como “obras da lei”, ou seja, legalismo; tentativa de obedecer à lei em nossos próprios esforços para sermos salvos; fazer as coisas certas pelas razões erradas. Tal atitude produz a enganosa e repugnante mornidão laodiceiniana.

 

“Não ganhamos a salvação por nossa obediência; pois a salvação é dom gratuito de Deus, e que obtemos pela fé. Mas a obediência é fruto da fé. ... Se habitamos em Cristo, se o amor de Deus habita em nós, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas ações estão em harmonia com a vontade de Deus tal como se expressa nos preceitos de Sua santa lei.” – Caminho a Cristo, pág. 61.

 

“Cristo tem de revelar-Se ao pecador como o Salvador morto pelos pecados do mundo; e, ao contemplarmos o Cordeiro de Deus sobre a cruz do Calvário, começa a desdobrar-se ao nosso espírito o mistério da redenção, e a bondade de Deus nos leva ao arrependimento. Morrendo pelos pecadores, Cristo manifestou um amor que é incompreensível; e esse amor, ao ser contemplado pelo pecador, abranda-lhe o coração, impressiona-lhe o espírito e inspira-lhe à alma contrição” Caminho a Cristo, pág. 46.

 

“Há os que professam servir a Deus, ao mesmo tempo que confiam em seus próprios esforços para obedecer à Sua lei, formar um caráter reto e alcançar a salvação. Seu coração não é movido por uma intuição profunda do amor de Cristo, mas procuram cumprir os deveres da vida cristã como exigência de Deus a fim de alcançarem o Céu. Semelhante religião nada vale.” Caminho a Cristo, pág. 44

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