Comentários da Lição 8 à Luz da Mensagem de 1888

 

Deus queria separar Seu povo do mundo e prepará-lo para receber Sua Palavra. Do Egito conduziu-o ao monte Sinai, onde lhe revelou Sua glória. Aqui nada havia que pudesse desviar seu espírito de Deus; e enquanto o povo levantava os olhos para os elevados cimos que se erguiam para o Céu, podia compreender a sua nulidade em face do grande Criador. Ao lado desses rochedos, que nada podia mover exceto a vontade divina, o Senhor Se comunicou com o homem. E para que Sua Palavra lhes ficasse clara e distintamente gravada no espírito, proclamou Sua lei, que tinha dado no Éden e era o transcrito de Seu caráter, em meio de trovões e relâmpagos, com terrível majestade. Essas palavras foram escritas sobre tábuas de pedra pelo dedo de Deus. Deste modo a vontade divina foi revelada a um povo que fora chamado a dar a conhecer a todas as nações, tribos e línguas, os princípios de Seu governo no Céu e na Terra.

Para o mesmo fim, Deus chamou Seu povo na atualidade. Revelou-lhe a Sua vontade e dele requer obediência. Nos últimos dias da história deste mundo a voz que falou do Sinai, volve a dizer aos homens: "Não terás outros deuses diante de Mim." Êxodo 20:3. À vontade de Deus os homens opuseram a própria vontade, mas não podem fazer calar esse preceito. A inteligência humana pode não compreender cabalmente as obrigações que tem para com o Poder mais elevado, mas não poderá delas fugir. Acumulem embora os homens teorias e especulações, tentando opor a ciência à revelação e anular assim a Lei de Deus; com insistência sempre crescente o Espírito divino reiterará o preceito que diz: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Mateus 4:10.

De que modo trata o mundo a Lei de Deus? - Por toda parte nota-se forte oposição aos divinos preceitos. No desejo de fugir à obrigação de levar a cruz imposta pela obediência, as próprias igrejas fazem causa comum com os apóstatas, declarando que a lei divina foi mudada ou abolida. Os homens, em sua cegueira espiritual, se gloriam de grandes progressos e conhecimentos; mas os vigias celestiais vêem a Terra cheia de corrupção e violência. Por causa do pecado, a atmosfera do mundo se tornou como o ambiente de um foco de pestilências.

Uma grande obra há a fazer em apresentar aos homens as verdades salvadores do evangelho. É este o meio estabelecido por Deus para represar a onda da corrupção moral. É este o meio de restaurar no homem a imagem divina. É este o Seu remédio contra a dissolução universal. É o poder que impele os homens para a unidade. Apresentar estas verdades é a obra da mensagem do terceiro anjo. O Senhor determinou que a proclamação dessa mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo para o presente tempo. - Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 364 e 365

 

Como Amamos a Deus

Aquele que tem o amor de Deus derramado no coração, refletirá a pureza e o amor que existem em Jeová, e que Cristo manifestou neste mundo. Quem ama a Deus em seu coração não tem inimizade contra a lei de Deus, mas presta obediência voluntária a todos os Seus mandamentos, e isto é o que constitui o cristianismo. Aquele que ama de forma suprema a Deus, revelará amar a seus semelhantes que pertencem a Deus tanto pela criação como pela redenção. O amor é o cumprimento da lei; e é dever de todo filho de Deus prestar obediência a Seus mandamentos ...

A lei de Deus, que é perfeita santidade, é a única verdadeira norma de caráter. O amor se expressa na obediência, e o amor perfeito lança fora o temor. Os que amam a Deus tem o selo de Deus na fronte, e realizam as obras de Deus. Tomara que todos os que afirmam seres cristãos conhecessem o que significa amar a Deus na prática... Teriam clara compreensão da santidade de Deus; saberiam que Ele ocupa em lugar alto, e que as vestes da Sua glória enchem o templo. Teriam uma influência poderosa sobre a vida e o caráter dos que os rodeiam, agiriam como a levedura na massa da humanidade, transformando a outros através do poder de Jesus Cristo. Relacionados com a Fonte do poder, nunca perderiam a Sua influência vital, mas cresceriam sempre em eficiência, atuando continuamente na obra do Senhor - Youth's Instructor, 26/7/1894.

 

Quem é Nosso Próximo

"Amarás a teu próximo como a ti mesmo" - Mateus 22:39

A lei divina requer que amemos a Deus de forma suprema, e a nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício deste amor, a mais elevada profissão de fé é mera hipocrisia. O adorador de Deus descobrirá que não pode abrigar nem sequer um vestígio de egoísmo. Não pode cumprir os deveres para com Deus e ao mesmo tempo ignorar a seus semelhantes. O segundo princípio é semelhante ao primeiro: "Amarás a teu próximo como a ti mesmo". "Faze isto, e viverás". Estas são as palavras de Jesus Cristo das quais nenhum homem, mulher ou jovem que seja verdadeiro cristão deve descuidar-se. É a obediência aos princípios dos mandamentos de Deus o que modela o caráter de acordo com a semelhança divina.

Deixar um vizinho sofrendo sem atender a suas necessidades, equivale a fazer uma fenda ou brecha na lei de Deus... Aquele que ama a Deus não somente amará a seus semelhantes, mas irá considerar com terna compaixão as criaturas que Deus fez. Quando o Espírito de Deus está no homem, induz a prestar alívio em lugar de produzir sofrimento... Devemos cuidar de todos os caso de sofrimento, e considerar-nos instrumentos de Deus para aliviar ao necessitado até onde nos permita a nossa habilidade. Devemos ser colaboradores de Deus... Perguntemos com o coração fervoroso: "Quem é meu próximo?" O nosso próximo não é simplesmente o nosso vizinho ou nosso amigo particular; não são simplesmente os que pertencem à nossa igreja e pensam como nós. O nosso próximo é toda a família humana - HHD, pág. 54.

 

O homem do pecado

Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria obra, e terá gloria apenas em si mesmo, e não noutro - Gálatas 6:3 e 4.

Note as palavras: “não sendo nada”. Não diz que nós não deveríamos acreditar tanto em algo que não chegamos a ser. Pelo contrário, é a verificação plena de um fato: que nós não somos nada. Não só um único indivíduo; também todas as nações reunidas, são nada perante o Senhor. Sempre que acreditamos que somos algo, estaremos enganando a nós mesmos. E fazemos freqüentemente isto, em detrimento da obra do Senhor.

Você se lembra da “Lei de Cristo”? Embora Ele tudo fosse, “Se despojou de Si mesmo” de forma que pudesse ser feita a vontade de Deus. “O servo não é maior que o seu senhor” (João 13:16). Só Deus é grande. “Certamente é vaidade completa todo o homem que vive” (Salmo 39:5). Deus sempre é verdadeiro, embora “todo homem seja mentiroso” (Romanos 3:4). Quando reconhecemos o anterior, e vivemos conscientes dele, nos colocamos na situação na qual o Espírito Santo pode alcançar-nos, tornando possível que Deus trabalhe por nós. O “homem do pecado” [o papado] é quem se exalta (II Tessalonicenses 2:3 e 4). O filho de Deus é o que se humilha - Ellet J. Waggoner, As Boas Novas:Gálatas, Versículo a Versículo, págs. 162 e 163.

 

Aprendei de Mim

Se Jesus nos garante que o Seu "fardo é leve" e o Seu "jugo é suave" [Mateus 11:30]é porque sabe que o poderoso Espírito Santo é quem leva a poderosa carga. Alonzo T. Jones compreendeu o significado das palavras de Paulo:

"Quando um homem se converte e é colocado debaixo do poder do Espírito Santo, não é livrado da sua carne e nem é separado dela, com as suas tendências e desejos... Não; esta mesma carne pecadora e degradada continua ali... Mas o indivíduo deixa de estar debaixo do seu poder. É libertado de estar submisso à carne, com as suas tendências e desejos, e agora é submetido ao Espírito Santo. Está debaixo de um poder que conquista, submete, crucifica e mantém imobilizada a carne... A própria carne é posta em sujeição ao poder de Deus através do Espírito, [de maneira que] todas estas coisas ímpias são cortadas pela raiz, evitando assim que apareçam na vida...

Estes benditos fatos ocorrem na conversão. Através dela, o homem recebe o poder de Deus, e debaixo do domínio do Espírito de Deus, ou seja, pelo Seu poder, triunfa sobre a carne, com todos os seus afetos e maus desejos; e, através do Espírito, crucifica a carne com estes afetos e maus desejos, em sua "boa batalha da fé"...

Jesus veio ao mundo e colocou a Si mesmo NA CARNE, exatamente ali onde está o homem; e enfrentou a esta carne TAL COMO ELA É, com todas as suas tendências e desejos; e através do poder divino que manifestou pela fé, "condenou ao pecado na carne", trazendo assim a toda a raça humana, a fé divina que concede o poder ao homem, para livrá-lo do poder da carne e da lei [princípio] do pecado, exatamente ali onde este se encontra, e dar-lhe seguro domínio sobre a carne" (Review and Herald, 18 de setembro de 1900) - Robert J. Wieland, Introdução á Mensagem de 1888, págs. 123 e 124. -- E-mail do colaborador: EvangelhoEterno@aol.com

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