Proibido de Cantar Porque Fez Perguntas Sobre a Trindade

 

Prezados amigos, sou um freqüentador assíduo do site e já tive vontade de apresentar minhas opiniões sobre vários assuntos algumas vezes, mas não me julgo no mesmo nível de redação e entendimento dos colaboradores, que sempre estão nos brindando com suas colocações e estudos muito bem elaborados.

Mas, hoje, tomei coragem e resolvi abordar um aspecto do assunto que tem tido minha atenção especial desde que comecei a freqüentar o adventistas.com, até por ser uma contestação de doutrina que um dia todos nós já a aceitamos, ainda que nunca tenhamos entendido como três poderiam ser UM, ou Um pudesse ser três.

Desde o início desses meus estudos, os pensamentos me afligiam. Então procurei o pastor da minha igreja para obter algumas respostas, ou até na esperança de conseguir explicações lógicas que pudessem me restabelecer a fé na Organização e nos homens que ditam os rumos da "igreja". Mas o que ele me disse me desanimou  de duas maneiras. Primeiro, me disse que ele não tinha conhecimento profundo do assunto, e depois que isso não era importante para a salvação.

Continuei então os estudos sobre o referido assunto, então já não pude mais guardar para mim e fui falar com um primo meu, que embora muito mais novo que eu, por já há algum tempo ser um grande estudioso da bíblia e dos livros de Ellen White, julguei que pudesse debater de maneira saudável comigo e que, finalmente, eu poderia chegar a um entendimento. Mas o que eu percebi foi que ele começou a me tratar como um apostatado.

Um dia, quando ensaiávamos um quarteto, fiz o comentário de que a música me tocava muito e que eu tenho muito prazer em cantar e etc. O pastor que estava ensaiando conosco disse, bem assim: 

-- Então você precisa fechar a boca e parar com essas idéias sobre a trindade. Se não, eu vou acabar te cortando.

Dante do "argumento" pastoral, resolvi encerrar o debate com meu primo imediatamente. (Ele está hoje em dia no UNASP fazendo teologia, e eu oro sempre para que ele possa descobrir a verdade por lá e ser mais um a engrossar as fileiras dos mártires da verdade e não mais um hipócrita com título de "doutor" em qualquer coisa.)

Pouco tempo depois, conversando com um amigo que foi excluído por adultério, começamos a falar sobre vários assuntos polêmicos, dentre os quais passamos ligeiramente sobre a trindade e o dízimo. Logo que nos separamos, ele foi abordado por dois anciãos que perguntaram "bem sutilmente": "Ele (eu!) estava falando sobre a trindade? O meu amigo disse que sim e que eles teriam problemas comigo.

No sábado seguinte, eu estava escalado para cantar, mas na quinta-feira recebi um telefonema do pastor dizendo que eu não poderia cantar até que fosse decidido meu caso. Quando perguntei que caso, ele me disse que já tinha avisado que eu parasse com "esses assuntos" e que como chegou aos ouvidos dele que eu continuava, então ele precisaria fazer uma reunião com todo o ancionato para decidir o meu caso e que eu seria comunicado da decisão.

Fiquei louco, disse que eu merecia ser ouvido e que queria fazer parte da tal reunião. Então, no sábado, após o culto, no qual eu deveria ter cantado, foi feita a inquisição. Disseram-me que eles não poderiam me deixar pegar em um microfone, porque com essas idéias eu poderia causar problemas na igreja. Não concordando com a doutrina da igreja, não seria confiável me deixar ir a frente com um microfone na mão.

Depois de muito bla-bla-blá, prometi que não faria tal coisa e não "aliciaria" mais ninguém. Pediram licença e fizeram então o tal estudo de caso. Resultado: eu ainda canto na igreja.

Mas duas coisas me incomodavam muito: a minha covardia (e de tal incômodo ainda não me livrei) e a dormência dos teólogos. Mas hoje, lendo comentários da lição e alguns textos despretensiosos de revistas denominacionais, não sei se é só impressão, mas percebi um pastor escrever sobre a relação paternal real entre JESUS E DEUS, então eu convoco aos amigos que procuremos esclarecer a verdade sobre divindade com os próprios escritos denominacionais de hoje em dia e seus atuais escritores, porque, enquanto líderes apóstatas encomendam artigos a pseudo-intelectuais doutores em divindade, os humildes escritores que muitas vezes passam desapercebidos pelos figurões da organização, estão escrevendo sem querer a verdade sem pensar e sem ter em mente atacar ou defender quem quer que seja, apenas sendo inspirados pelo verdadeiro espírito santo.

Um grande abraço!

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